Fanny Ardant Vai Rodar Novo Filme nos Açores com Gérard Depardieu e Victoria Guerra 🎬🌊

A icónica atriz e realizadora francesa Fanny Ardant prepara-se para filmar nos Açores a sua mais recente longa-metragem, Ela Olhava Sem Nada Ver. O filme, que contará com Gérard Depardieu e Victoria Guerra no elenco, será rodado integralmente na ilha de São Miguel, entre abril e maio.

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Uma História de Poesia e Destino

O enredo do filme gira em torno de duas mulheres à deriva que enfrentam os seus destinos num mundo onde a poesia parece estar a desaparecer. A sinopse oficial levanta questões sobre a sobrevivência da arte e da beleza num cenário cada vez mais cético e pragmático.

Fanny Ardant, que já tem um historial de colaborações com Gérard Depardieu, escolheu Portugal para este projeto, depois de ter filmado no país O Divã de Estaline (2016) e Cadências Obstinadas (2013). A realizadora e atriz tem uma carreira consagrada no cinema europeu, tendo trabalhado com nomes como François Truffaut, Alain Resnais e Michelangelo Antonioni.

Um Elenco de Prestígio

Além de Depardieu e Victoria Guerra, o elenco conta ainda com Ana Padrão, Miguel Borges, Paulo Pires, Ricardo Pereira, Anabela Moreira, Marcello Urgeghe e Miguel Monteiro. O filme será produzido com apoio do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA) e da RTP.

Portugal no Radar Internacional

Nos últimos anos, os Açores têm vindo a afirmar-se como um destino cada vez mais procurado para produções internacionais. A beleza natural e a atmosfera única do arquipélago tornam-no num cenário perfeito para histórias cinematográficas com forte carga poética e emocional.

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📅 Com filmagens a decorrer nos próximos meses, ainda não há uma data oficial de estreia para Ela Olhava Sem Nada Ver, mas o filme deverá chegar aos cinemas em 2025.

Bertrand Blier: O Adeus ao Mestre do Humor Negro no Cinema Francês

O cinema francês despede-se de um dos seus grandes mestres. Bertrand Blier, realizador e argumentista aclamado, faleceu na passada segunda-feira, em Paris, aos 85 anos, conforme comunicado pela família à agência France-Presse. Autor de uma obra marcada pelo humor negro e pela comédia grotesca, Blier deixa um legado cinematográfico que atravessa gerações e redefiniu o cinema de autor francês.

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Uma Carreira Brilhante e Provocadora

Bertrand Blier iniciou a sua filmografia nos anos 1960, com obras como Hitler, connais pas (1963), que lhe valeu o prémio de primeiras obras no Festival de Locarno. Seguiram-se títulos emblemáticos como Como se eu fosse um espião (1967), que contou com a participação do seu pai, o ator Bernard Blier, e As bailarinas (1974), que se tornou um filme de culto, apesar de ter gerado polémica devido às críticas de misoginia.

Blier conquistou o Óscar de Melhor Filme Internacional em 1979 com Uma mulher para dois, protagonizado por Carole Laure, Gérard Depardieu e Patrick Dewaere. Este último, juntamente com Depardieu, tornou-se um dos rostos mais frequentes na obra do realizador, contribuindo para o sucesso de filmes como Crimes a sangue frio (1979), Bela demais para ti (1989) — vencedor do Grande Prémio do Júri em Cannes — e Quanto me amas (2005).

O Humor Negro e a Subversão como Marcas de Estilo

A obra de Bertrand Blier distingue-se pela sua ousadia narrativa e pela capacidade de transformar temas controversos em histórias comoventes e provocadoras. Filmes como As bailarinas desafiaram convenções sociais e trouxeram para o grande ecrã uma visão singular, repleta de ironia e crítica às estruturas de poder. A sua abordagem inovadora e, por vezes, desconcertante marcou profundamente o cinema francês e internacional.

Um Legado de Colaborações Memoráveis

Gérard Depardieu, figura central na filmografia de Blier, destacou-se como parceiro criativo do realizador, protagonizando alguns dos seus maiores sucessos. A relação artística entre os dois tornou-se uma marca distintiva do cinema francês nas décadas de 1970 e 1980, reforçando o impacto cultural das suas colaborações.

O Último Adeus

Com a sua partida, Bertrand Blier deixa para trás um universo cinematográfico único, repleto de histórias que desafiaram as normas e inspiraram gerações de cineastas e cinéfilos. Para o jornal Le Figaro, Blier foi “um dos últimos gigantes do cinema francês” que, com a sua genialidade, criou filmes inesquecíveis que continuarão a ser celebrados.

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Que descanse em paz, Bertrand Blier, o mestre que ousou rir do mundo.

Julgamento de Gérard Depardieu por Agressões Sexuais Adiado para 2025

O aguardado julgamento de Gérard Depardieu por alegações de agressões sexuais foi adiado para março de 2025devido a problemas de saúde do ator francês, que não compareceu à sessão de tribunal marcada para segunda-feira passada, em Paris. Depardieu, que enfrentava acusações de assédio e agressão sexual contra duas mulheres, terá agora de se submeter a uma avaliação médica em março do próximo ano para determinar se está apto para comparecer.

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Este julgamento surge num contexto de crescente movimento #MeToo na França, com Depardieu a ser uma das figuras de maior destaque a enfrentar acusações de violência sexual, que, ao longo de anos, incluem relatos de cerca de 20 mulheres. A primeira queixa recente foi apresentada por uma designer de produção, em fevereiro de 2024, que alegou assédio e agressão sexual durante as filmagens de “Les Volets Verts”, de Jean Becker, em 2021. A advogada da queixosa, Carine Durrieu-Diebolt, enfatizou a necessidade de uma justiça igual para todos, afirmando que espera que Depardieu não beneficie de tratamento especial devido à sua notoriedade.

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No exterior do tribunal, cerca de 100 pessoas, principalmente mulheres, protestaram exigindo justiça para as vítimas, um sinal claro da pressão pública para responsabilizar figuras influentes. Em outubro de 2023, Depardieu publicou uma carta no Le Figaro onde se defendeu, afirmando que “nunca abusou de uma mulher.” Contudo, o seu historial inclui acusações de várias mulheres, incluindo a espanhola Ruth Baza e a atriz Charlotte Arnould, primeira a denunciar o ator, cuja queixa já levou a Procuradoria de Paris a pedir um julgamento por violação. A próxima audiência será determinante para o caso, que continua a atrair a atenção internacional.

Gérard Depardieu Vai a Tribunal: As Acusações de Violência Sexual e a Queda de um Ícone do Cinema Francês

O ator francês Gérard Depardieu, conhecido por papéis icónicos em filmes como “Cyrano de Bergerac” e “Asterix & Obelix”, enfrentará o tribunal em Paris na próxima segunda-feira, num julgamento que promete abalar o cinema francês. Depardieu, de 75 anos, será julgado por alegações de violação e agressão sexual feitas por duas mulheres, relacionadas com factos ocorridos durante a rodagem do filme “Les Volets Verts”, em 2021. As acusações, no entanto, não se limitam a estes casos, com várias outras mulheres a acusarem o ator de comportamentos inapropriados e abusivos, numa série de incidentes que remonta a várias décadas.

O Caso e as Alegações das Vítimas

Uma das acusações contra Depardieu parte de uma decoradora de cinema, que em fevereiro de 2024 apresentou uma queixa por assédio e agressão sexual, além de comentários sexistas que alega terem ocorrido durante as filmagens de “Les Volets Verts”, do realizador Jean Becker. A mulher descreve um ambiente de trabalho tenso e inapropriado, onde Depardieu teria feito observações degradantes e avançado fisicamente sobre ela numa mansão no 16.º bairro de Paris. Ela recorda, por exemplo, um episódio em que o ator, aparentemente em estado alterado, terá exigido um “ventilador” enquanto gritava que o calor não o deixava “ficar duro”.

Noutra alegação, uma assistente de realização acusa Depardieu de assédio físico e psicológico. As descrições são perturbadoras, com a assistente a relatar um incidente em que o ator a terá forçado numa posição constrangedora e feito avanços físicos contra a sua vontade. Estes relatos revelam um padrão de comportamento que, segundo a advogada de uma das queixosas, Carine Durrieu-Diebolt, evidencia “uma história de abuso continuado e impune”. A advogada espera que a justiça “não conceda tratamento preferencial” ao ator, sublinhando a necessidade de igualdade perante a lei.

Outras Acusações e o Movimento #MeToo no Cinema Francês

Depardieu tem sido alvo de acusações de violência sexual de várias outras mulheres ao longo dos anos, incluindo a atriz francesa Charlotte Arnould, que foi a primeira a denunciar o ator ao Ministério Público de Paris. A sua queixa levou as autoridades a considerar um julgamento por violação e agressão sexual, uma decisão que evidenciou o impacto do movimento #MeToo em França, que tem vindo a desmascarar comportamentos abusivos de várias figuras do cinema francês.

Entre as novas acusações surgem relatos da atriz Anouk Grinberg, que descreveu os “piropos” frequentes e os comentários sexuais de Depardieu no set. Grinberg, que também participou em “Les Volets Verts”, refere que a postura do ator era já conhecida na indústria, mas que o seu comportamento se agravou ao longo dos anos, protegido pela indústria cinematográfica que “tapa os crimes e financia a sua impunidade”.

O movimento #MeToo em França tem revelado histórias de abuso e comportamento inapropriado de várias figuras públicas, desde o produtor Harvey Weinstein até realizadores franceses como Jacques Doillon e Benoît Jacquot. Estas denúncias trouxeram à tona uma cultura de silêncio e encobrimento dentro da indústria cinematográfica, que, segundo críticos, continua a oferecer oportunidades a figuras acusadas de abusos, como Depardieu.

A Defesa de Depardieu e a Sua Visão Pública

Depardieu, por sua vez, nega categoricamente todas as acusações. Em outubro de 2023, publicou uma carta aberta no jornal Le Figaro, onde afirmava: “Nunca, nunca abusei de uma mulher”. A carta, no entanto, não pareceu apaziguar as controvérsias, especialmente depois de uma reportagem transmitida pelo programa “Complément d’Enquête” no canal France 2, onde o ator fez uma série de comentários misóginos e insultuosos. Esta postura tem sido criticada não só pelas vítimas e ativistas, mas também por figuras da política e do meio artístico.

As declarações de apoio do presidente francês Emmanuel Macron a Depardieu, descrevendo-o como um “grande ator que deixa a França orgulhosa”, causaram indignação entre associações feministas, que interpretaram as palavras de Macron como uma minimização dos relatos das vítimas. Para muitos, este caso simboliza a resistência que ainda existe em certos círculos em enfrentar de frente a cultura de abuso e de proteção de figuras poderosas na indústria.

O Futuro do Caso e o Impacto na Carreira de Depardieu

O julgamento de Gérard Depardieu representa um marco na tentativa de responsabilizar figuras públicas por alegados abusos de poder. Para as vítimas, é uma oportunidade de verem as suas queixas finalmente ouvidas em tribunal, numa altura em que as discussões sobre ética e abuso em Hollywood e no cinema europeu estão mais presentes do que nunca. Se condenado, este poderá ser o fim de uma longa carreira marcada por sucessos e controvérsias. Independentemente do veredito, o julgamento será acompanhado de perto por todos os que defendem uma mudança na forma como a indústria encara o comportamento dos seus artistas.