Terror com Elas: MOTELX Cria Prémio para Mulheres Notáveis no Cinema de Género 👻🎬

A 19.ª edição do festival lisboeta celebra o feminino no terror com Gale Anne Hurd, cinema português em alta e até espiões à solta antes do 25 de Abril

O terror vai ganhar um novo rosto (ou vários) em Lisboa: o do feminino. A 19.ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa vai decorrer de 9 a 15 de setembro no Cinema São Jorge, e traz uma lufada de ar fresco ao género, com a criação de um novo prémio e uma homenagem de peso.

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O grande destaque? A presença de Gale Anne Hurd, produtora e argumentista lendária de obras como Aliens: O Reencontro Final, O Abismo e O Exterminador Implacável 2, que será distinguida com o recém-criado Prémio Noémia Delgado para Mulheres Notáveis no Terror.

Gale Anne Hurd: uma lenda em Lisboa

Com uma carreira irrepetível e um currículo que ajudou a moldar o cinema de género nos anos 80 e 90 (e também o fenómeno televisivo The Walking Dead), Gale Anne Hurd vem a Lisboa para receber o novo galardão do festival. O prémio, com o nome da poeta e cineasta portuguesa Noémia Delgado, serve para recuperar a memória de autoras pioneiras do fantástico e para dar palco a novos talentos femininos que estão a redefinir o terror do século XXI.

Terror português com sotaques diferentes (até madeirense)

O cinema português volta a estar em destaque, com três longas-metragens nacionais em competição pelo Prémio Méliès d’Argent para Melhor Longa Europeia: Sombras, a estreia no género de Jorge Cramez; A Pianista, de Nuno Bernardo; e Crendices, o primeiro filme de terror 100% madeirense, nascido das mãos do colectivo humorístico 4Litro. Uma estreia hilariante? Um susto em dialecto insular? Veremos.

Do lado das curtas, há 12 filmes portugueses a concorrer ao Prémio de Melhor Curta de Terror Nacional, com temas que vão do drama social ao sobrenatural, passando por animações e sátiras. Destaque para O Próximo Passo, sobre precariedade habitacional, e Resut, de Mafalda Jacob, com foco na saúde mental. No lado europeu, Portugal é representado por obras como Grito, de Luís Costa, Borbulha, de Fernando Alle, e animações como Amarelo Banana e Sequencial.

Espiões em Lisboa antes do 25 de Abril? Sim, no MOTELX também há!

Na secção “Sala de Culto”, o festival estreia em Portugal Los mil ojos del asesino, um ‘thriller’ italo-espanholo rodado em Lisboa poucos meses antes da Revolução dos Cravos. Mistura de James Bond com kung fu e filmado num país ainda sob ditadura, esta preciosidade vintage promete surpreender.

Fantasmas úteis, Ayo Edebiri, John Malkovich e um festival paralelo

Entre as antestreias internacionais, há a comédia surrealista A Useful Ghost, premiada em Cannes, o enigmático Opus, com Ayo Edebiri e John Malkovich, e o filme brasileiro Enterre Seus Mortos, de Marco Dutra, já antecipado como um dos grandes destaques do festival.

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E como o terror também é futuro e tecnologia, o MOTELX acolhe este ano a primeira edição do Digital Film Festival, a 10 e 11 de setembro, um espaço de inovação para criadores audiovisuais.

Richard Linklater Abre a 26.ª Festa do Cinema Francês com “Nouvelle Vague”: Uma Carta de Amor à Revolução Cinematográfica de Godard

O aclamado realizador norte-americano Richard Linklater será o responsável por abrir oficialmente a 26.ª edição da Festa do Cinema Francês, com o seu mais recente filme Nouvelle Vague, um tributo cinéfilo ao espírito revolucionário da nouvelle vague francesa. O festival, que este ano ganha uma nova direcção artística e um novo impulso programático, arranca no dia 2 de Outubro no Cinema São Jorge, em Lisboa, com a antestreia nacional do filme, que foi apresentado pela primeira vez em Maio no Festival de Cannes.

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Linklater, conhecido por obras como Before Sunrise, Boyhood e Dazed and Confused, vira agora a câmara para a França de 1959, recriando a produção e rodagem de O Acossado (À bout de souffle), obra seminal de Jean-Luc Godard que viria a transformar para sempre o cinema moderno. Com Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo como protagonistas, o filme de Godard encarnava o espírito de improvisação, liberdade narrativa e visual, e a ousadia estética que definiram uma geração inteira de cineastas franceses.

Segundo a organização do Festival de Cannes, Nouvelle Vague não é apenas um retrato do jovem Godard, mas “de toda uma geração de realizadores”, recuperando a poesia do quotidiano e o impulso de ruptura que definiu aquela época.

Uma Festa com Nova Direcção e Novas Secções

Este ano, a Festa do Cinema Francês apresenta várias novidades: a começar pela nova direcção artística, entregue a Anne Delseth, programadora com experiência em festivais de renome como Cannes, Locarno e Marraquexe. Com esta mudança chega também uma reformulação do modelo do festival, que passa a decorrer praticamente em simultâneo em Lisboa e no Porto — entre os dias 2 e 12 de Outubro na capital e de 3 a 10 de Outubro na cidade Invicta. Coimbra também entra na programação, com sessões entre 8 e 11 de Outubro.

Além da já habitual selecção de filmes francófonos, o festival introduz este ano uma secção competitiva dedicada a primeiras e segundas obras — reforçando a aposta no talento emergente — e promove um encontro profissional de coprodução luso-francófona, um gesto estratégico para dinamizar parcerias internacionais. Regressa também a iniciativa “Do Filme à Série”, que continua a explorar as intersecções entre cinema e televisão.

No Porto, a programação dividir-se-á entre o Batalha Centro de Cinema e o Cinema Trindade, com destaque para a nova secção competitiva e um prémio do público, reforçando o envolvimento directo dos espectadores na celebração do cinema francófono.

Uma Mostra Nacional em Expansão

Depois da passagem por Lisboa, Porto e Coimbra, a Festa do Cinema Francês estender-se-á a Almada (14 a 18 de Outubro) e Beja (em Novembro), com outras cidades ainda por anunciar. A itinerância continua a ser um dos pilares fundamentais da Festa, permitindo levar o melhor do cinema francês a diferentes públicos em todo o país.

A produção do festival está agora a cargo da associação Il Sorpasso, que organiza também a Festa do Cinema Italiano e o Luso! – Mostra Itinerante de Cinema Português em Itália. Esta nova direcção promete uma abordagem mais cosmopolita, dialogante e integradora entre os cinemas de expressão latina.

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Com uma programação que homenageia o passado e olha para o futuro, a 26.ª Festa do Cinema Francês promete ser uma edição marcante, abrindo com um filme que é, ele próprio, uma homenagem cinéfila apaixonada ao poder transformador do cinema.

Um Céu Amazónico Brilha em Lisboa: filme brasileiro conquista o FESTin ☁️🌳

“Enquanto o Céu Não Me Espera” vence Melhor Longa-Metragem e destaca-se como um grito poético vindo da floresta

Lisboa foi, durante vários dias, o palco onde o cinema em língua portuguesa celebrou as suas múltiplas vozes, paisagens e resistências. E no encerramento da 16.ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, foi o Brasil a erguer bem alto o troféu mais cobiçado.

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O filme Enquanto o Céu Não Me Espera, da realizadora Christiane Garcia, conquistou o prémio de Melhor Longa-Metragem, mas não ficou por aí: Irandir Santos e Priscilla Vilela arrecadaram os galardões de Melhor Ator e Melhor Atriz, respetivamente. Um feito triplo que coloca a obra no centro das atenções e confirma o talento multifacetado que pulsa nas margens do Amazonas.

Um rio que respira e um cinema que resiste

O júri não poupou nas palavras ao justificar a distinção: “Em um gesto cinematográfico raro, o filme premiado pelo júri se impõe como uma força da natureza: intenso, urgente e poético.” Ambientado na Amazónia, o filme transforma a paisagem num corpo vivo, onde o rio ganha alma e o próprio ato de respirar se torna resistência. Nas palavras do júri, a realizadora — descrita como “filha da floresta” — não usa o território apenas como pano de fundo, mas sim como matéria-prima da própria narrativa.

Enquanto o Céu Não Me Espera apresenta-se assim como uma experiência sensorial e política, onde a natureza é tanto personagem como metáfora. Um cinema que pulsa, grita e canta.

FESTin: um festival de encontros e confluências

A edição deste ano do FESTin decorreu em diversos espaços de Lisboa, incluindo o Cinema City Campo Pequeno, o Fórum Lisboa, o Liceu Camões e o Avenidas, integrando a rede “Um Teatro em Cada Bairro”. Mas o cinema não foi o único protagonista. Na Galeria Graça Brandão, está patente até ao final do mês a mostra de videoarte Territórios Confluentes, com curadoria de César Meneghetti e Miguel Petchkovsky, reunindo obras breves de artistas oriundos de países lusófonos.

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O FESTin continua a afirmar-se como um ponto de encontro essencial para o cinema de língua portuguesa, oferecendo uma janela para realidades tão diversas como a floresta amazónica, os subúrbios lisboetas ou as ilhas atlânticas. Um festival onde as imagens falam em português — com sotaques múltiplos, mas com a mesma paixão pela arte de contar histórias.

FESTin 2024 arranca em Lisboa com cinema em português — do Brasil à Guiné-Bissau 🎬🌍

“O Barulho da Noite”, de Eva Pereira, abre a 16.ª edição do festival que celebra o cinema da lusofonia

FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa começa hoje, dia 6 de Junho, em Lisboa, com a exibição de O Barulho da Noite, primeira longa-metragem da actriz e realizadora brasileira Eva Pereira. A sessão de abertura decorre no Cinema City Campo Pequeno, dando o pontapé de saída a uma semana de programação que une Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde e Guiné-Bissau sob o mesmo ecrã.

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Cinema em português, com sotaques diversos

A edição deste ano — a 16.ª — traz uma selecção rica e plural de filmes de ficção e documentário, incluindo obras em competição e outras fora de competição. Na secção de longas-metragens de ficção, destaque para o filme português “Criadores de Ídolos”, de Luís Diogo, que aborda de forma crítica e reflectida o culto da fama e os bastidores do fabrico de celebridades na indústria cultural.

Na competição de documentários, o Brasil marca forte presença com títulos como Funk Favela, de Kenya Zanatta, mas há também espaço para o documentário luso-guineense Nteregu, de Manuel Loureiro e Roger Mo, sobre a história da música na Guiné-Bissau, e para Beleza Africana, uma co-produção entre Angola, Moçambique e Portugal, realizada por Coréon Dú e Nataniel Mangue.


Clássicos, novidades e muito mais além da competição

Fora de competição, o festival traz pérolas como “Doce de Mãe” (2012), de Ana Luiza Azevedo e Jorge Furtado, protagonizado pela gigante Fernanda Montenegro, e a comédia dramática “Câncer com Ascendente em Virgem”, de Rosane Svartman, com Suzana PiresMarieta Severo e Nathália Costa no elenco.


Debates, artes visuais e encontros profissionais

Para além das sessões de cinema, o FESTin promove encontros e debates com profissionais do sector audiovisual, com destaque para a conversa marcada para esta quinta-feira, que contará com representantes dos institutos de cinema de Portugal, Brasil e Cabo Verde, focada em políticas públicas, parcerias e os desafios da produção lusófona.

Até ao final do mês, a Galeria Graça Brandão acolhe a mostra de videoarte “Territórios Confluentes”, com curadoria dos artistas César Meneghetti e Miguel Petchkovsky, apresentando peças breves de criadores oriundos de países de língua portuguesa.


FESTin em vários palcos da cidade

Além do Cinema City Campo Pequeno, as exibições e actividades do FESTin decorrerão também no Fórum Lisboa, no Liceu Camões e no espaço Avenidas, inserido na rede Um Teatro em Cada Bairro.

O festival termina a 8 de Junho, mas até lá promete oferecer muito mais do que cinema — será, acima de tudo, uma celebração da pluralidade cultural lusófona, da sua criatividade e das suas vozes diversas.

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Tribeca Festival Lisboa Está de Volta em 2025 – E Promete Melhorias! 🎬✨

Após uma primeira edição que gerou tanto entusiasmo quanto polémica, o Tribeca Festival Lisboa regressa este ano para uma segunda edição, agora com melhores condições de exibição e um programa mais alargado. O evento, que trouxe a Lisboa figuras como Robert De Niro, Whoopi Goldberg e Patty Jenkins, promete corrigir os erros do passado e consolidar-se como um dos grandes festivais internacionais de cinema na capital portuguesa.

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Mais Dias, Melhor Espaço e Um Compromisso com a Qualidade

A segunda edição do Tribeca Festival Lisboa decorre de 30 de outubro a 1 de novembro de 2025, na Unicorn Factory, aumentando um dia de programação em comparação com o ano passado.

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Se em 2024 houve críticas às deficientes condições de exibição e ao preço elevado dos bilhetes (que chegavam aos 130 euros para um passe completo), a organização – composta pela Tribeca Enterprises, a SIC, a plataforma de streaming OPTO e a Câmara Municipal de Lisboa – anunciou melhorias significativas.

Segundo o comunicado oficial, o festival terá “espaços melhorados, exibições aprimoradas e uma atmosfera ainda mais acolhedora para todos os participantes”.

Francisco Pedro Balsemão, CEO da Impresa, afirmou que o primeiro ano do festival foi “uma experiência incrível e única para o público português” e que o objetivo é elevar ainda mais a fasquia.

Jane Rosenthal, cofundadora do festival ao lado de Robert De Niro, destacou que Lisboa se revelou “um refúgio criativo repleto de inspiração e inovação” e que o evento pretende reforçar esse ambiente na sua segunda edição.

O Que Podemos Esperar do Tribeca Festival Lisboa 2025?

A programação deste ano ainda não foi revelada, mas os organizadores garantem que o festival trará um misto de cinema independente dos EUA, filmes portugueses, séries, podcasts, showcases musicais e conversas ao vivo com estrelas internacionais e nacionais.

Em 2024, o festival teve a sua abertura com Anora, de Sean Baker, filme que acabou por vencer a Palma de Ouro em Cannes e arrecadar cinco Óscares, incluindo Melhor Filme.

Se o objetivo é melhorar a experiência do público e atrair ainda mais nomes sonantes do cinema, podemos esperar um cartaz repleto de estreias, convidados de renome e um esforço renovado para tornar Lisboa um ponto de referência no circuito internacional de festivais de cinema.

As Controvérsias do Financiamento – Continuam as Dúvidas?

Apesar do sucesso e do impacto mediático do Tribeca Festival Lisboa, nem tudo foi elogios na primeira edição.

O financiamento público do evento foi fortemente questionado, com a revista Sábado a revelar que o festival recebeu 750 mil euros em apoios públicos de várias entidades, incluindo:

✔ 250 mil euros do Turismo de Portugal

✔ 250 mil euros da Associação de Turismo de Lisboa

✔ 250 mil euros da empresa municipal Lisboa Cultura

Além disso, o evento arrecadou 615 mil euros em patrocínios, 95 mil euros em bilheteira e apenas 3.389 euros em vendas de comida e bebida. No final das contas, o festival fechou com um prejuízo de 360.794 euros, o que gerou questões políticas e levou o Bloco de Esquerda a interpelar a Câmara Municipal de Lisboa sobre a atribuição destas verbas sem uma decisão pública.

Para 2025, ainda não há uma confirmação sobre o modelo de financiamento. A Câmara de Lisboa declarou à Lusa que os detalhes do apoio financeiro “ainda estão a ser avaliados e acertados”, o que sugere que o festival poderá tentar obter um maior equilíbrio entre fundos privados e públicos.

Tribeca em Lisboa – Um Festival Para Ficar?

O regresso do Tribeca Festival Lisboa demonstra que há interesse em consolidar este evento no panorama cultural da cidade. Se as melhorias anunciadas forem concretizadas e as polémicas financeiras forem esclarecidas, o festival pode tornar-se um marco na agenda cinematográfica portuguesa, atraindo não só grandes estrelas, mas também o público cinéfilo que deseja experiências de alta qualidade.

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🎥 O que achas do regresso do Tribeca Festival Lisboa? Estás entusiasmado para esta segunda edição?