First Date: A Curta-Metragem Açoriana Que Está a Conquistar o Mundo 💙🎬

O NOS Açores celebra o primeiro aniversário com entrada gratuita para o premiado filme de Luís Filipe Borges

O cinema português tem novos ares — ou melhor, novos ventos vindos do Atlântico. Este sábado, 11 de outubro, o NOS Açores, em Ponta Delgada (Centro Comercial Parque Atlântico), celebra o seu primeiro aniversário com a exibição gratuita da curta-metragem First Date, a estreia na realização de Luís Filipe Borges.

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Com duas sessões especiais, às 18h00 e às 20h45, o evento é uma oportunidade rara de ver, no grande ecrã, uma curta que está a percorrer o mundo — e a colecionar prémios em festivais internacionais.

🎟️ A entrada é gratuita, mas a marcação é obrigatória no site oficial: cinemas.nos.pt.

💌 Uma comédia romântica com sotaque açoriano

Vencedor do Globo de Ouro 2025First Date é uma comédia romântica de alma portuguesa e espírito universal.

O filme acompanha Santiago (Cristóvão Campos) e Melissa (Ana Lopes), dois jovens que se conhecem numa rede social. Ela, uma americana fascinada pelos romances de Romana Petri, especialmente os que decorrem na ilha do Pico. Ele, um lisboeta que, para impressionar, finge ser açoriano — até que surge a inevitável pergunta:

“E se o nosso primeiro encontro fosse lá? É a minha terra!”

O que começa como um pequeno engano transforma-se num dilema delicioso, entre a verdade, o amor e a descoberta das raízes.

🌍 Uma curta que conquistou o mundo

Depois da estreia nacional no FEST – New Directors | New Films, em Espinho, First Date já soma 15 prémios e foi selecionado por 30 festivais internacionais, incluindo mostras em Itália, Inglaterra e nos Estados Unidos.

O crítico Rui Tendinha, do CINETENDINHA, definiu o filme como:

“Uma curta que reimagina a comédia romântica à Hollywood. Tem o seu charme e assume-se como uma carta de amor ao Pico.”

Com fotografia luminosa, diálogos inteligentes e um toque de humor muito português, First Date celebra o amor, a mentira inocente e o encanto dos Açores — um dos cenários mais cinematográficos do país.

🍿 Aniversário do NOS Açores com pipocas e entrada livre

Para assinalar o aniversário do Cinema NOS Açores, os espectadores terão entrada gratuita e pipocas incluídas. É uma celebração de cinema feita à boa maneira açoriana — com coração, boa disposição e mar no horizonte.

📅 Sessões: 11 de outubro, às 18h00 e 20h45

📍 Cinema NOS Açores – Parque Atlântico, Ponta Delgada

🎟️ Entrada gratuita mediante reserva antecipadacinemas.nos.pt

💬 Luís Filipe Borges: do humor à realização

Conhecido pelo seu trabalho como humorista, apresentador e guionista, Luís Filipe Borges estreia-se atrás das câmaras com um projeto pessoal e surpreendente — uma história simples, mas filmada com um olhar poético e humano.

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First Date confirma que o “Borges” não perdeu o humor — apenas o refinou em cinema.

“Lesson Learned” Vence o Lince de Ouro no FEST — E Há Muito Mais a Descobrir

O Festival de Espinho celebrou o novo cinema com prémios que reflectem os grandes temas do nosso tempo: educação, crise habitacional, identidade e criatividade sem fronteiras

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Terminou a 21.ª edição do FEST – Festival Novos Realizadores, Novo Cinema, e com ela chegou um palmarés que reflecte bem a inquietação do mundo contemporâneo. O grande vencedor? Lesson Learned, do realizador húngaro Bálint Szimler, que levou para casa o Lince de Ouro na categoria de Ficção. O filme, que mergulha fundo nos desafios da educação, impressionou o júri pela forma como dá corpo a uma problemática que afeta toda uma geração.

Mas a competição esteve longe de se esgotar aqui. Na mesma categoria, foi atribuída uma menção honrosa a Mad Bills to Pay (or Destiny, dile que no soy malo), de Joel Alfonso Vargas — uma história de amadurecimento neo-realista, onde a liberdade e o desejo colidem com as escolhas difíceis da vida.

Portugal em destaque com “Business as Usual”

O Grande Prémio Nacional foi para Business as Usual, de Pedro Vinícius. O filme conquistou o júri com o seu retrato criativo e acutilante da crise habitacional, evocando a desumanização das cidades através do som e da imagem. Uma crítica urbana, certeira e bem construída.

Duas menções honrosas vieram reforçar o talento nacional: Agente Imobiliário sem Casa para Viver, de Filipe Amorim, destacou-se pela sua sátira irreverente e energética, enquanto A Fronteira Azul, de Dinis Miguens Costa, convenceu pela visão artística e execução técnica irrepreensíveis.

Os Linces de Prata e a força do cinema de autor

Na ficção, o Lince de Prata foi para Family Sunday, de Gerardo Del Raso, uma incursão honesta e tecnicamente brilhante por um bairro difícil, enquanto Sammi, Who Can Detach His Body Parts, de Rein Maychaelson, levou uma menção honrosa pelos seus temas de género e comentário social com toque surrealista.

No campo documental, o Lince de Ouro foi para Songs of Slow Burning Earth, de Olha Zhurba, um olhar poderoso e humanista sobre uma sociedade em guerra. O Lince de Prata foi para Berthe is Dead But It’s Ok, de Sacha Trilles — que, curiosamente, venceu também o Prémio do Público na curta-metragem. Uma obra tocante que presta homenagem a uma personagem “maior que a vida”. Ainda no documentário, houve espaço para mais criatividade com What If We Run Out of Stones?, de Nora Štrbová, distinguido por lembrar que o cinema ainda tem muito para inventar.

Da animação ao experimental — sem esquecer o público

Na Animação, venceu The Crooked Heads, de Jakub Krzyszpin, com menção honrosa para Larval, de Alice Bloomfield. No cinema experimental, Medical Field Guide or Rules of Engagement With Native E-girls, de Andran Abramjan e Jan Hofman, destacou-se pela ousadia formal, sendo acompanhado por The Land of Abandonment, de Eliška Lubojatzká.

Na secção NEXXT, dedicada a talentos emergentes, venceu Punter, também de Eliška Lubojatzká, e foram distinguidos The Dam, de Giovanni Pierangeli, e Karaokiss, de Mila Ryngaert.

Por fim, o Prémio do Público na longa-metragem foi para Manas, de Marianna Brennand, confirmando que, para além do júri, o público também reconhece e valoriza novas vozes no cinema.

Espinho volta a ser capital do novo cinema

Durante uma semana, Espinho foi o palco vibrante de mais de 80 filmes em competição, 170 sessões no total e um programa formativo que trouxe 40 profissionais de topo da indústria para partilhar saber, visão e paixão pelo cinema.

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Mais do que um festival de cinema, o FEST é uma celebração de ideias, talento e futuro — e esta edição provou que os novos realizadores estão mais do que prontos para dar cartas no cinema mundial.