Exposição na Cinemateca Portuguesa celebra a obra de Noémia Delgado

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, apresenta até ao dia 16 de dezembro a exposição “noémia.”, uma homenagem à obra e legado da realizadora Noémia Delgado. Conhecida pelo seu contributo ao Cinema Novo português, Delgado teve uma carreira marcada tanto pelo sucesso artístico como pelos desafios institucionais.

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Uma abordagem íntima ao arquivo de Noémia Delgado
A exposição, localizada na Sala dos Carvalhos, desvenda os arquivos pessoais da realizadora, incluindo desenhos, crónicas e poesia, proporcionando um olhar íntimo sobre a sua vida e obra. Duas salas adicionais expandem o percurso com foco na sua prática cinematográfica, destacando ideias para filmes que nunca chegaram a ser materializados.

Noémia Delgado é mais lembrada pelo documentário “Máscaras” (1976), inspirado no trabalho etnográfico de Benjamim Pereira. A cineasta também colaborou com grandes nomes do cinema português, como Manoel de Oliveira e Paulo Rocha, e trabalhou como assistente de realização no emblemático documentário “Torre Bela” (1977).

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Um legado a redescobrir
A exposição, de entrada livre, está aberta de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h30, e oferece uma oportunidade única para conhecer a obra de uma das figuras mais subestimadas do cinema português. Não perca a chance de explorar este tributo à realizadora que foi casada com o poeta Alexandre O’Neill e cuja visão cinematográfica continua a inspirar.


“Homo Urbanus Lisboetus”: Filme Sobre Lisboa Será Estreado em Março

A dupla de artistas Ila Bêka e Louise Lemoine prepara-se para estrear o mais recente filme do seu projeto “Homo Urbanus”, desta vez centrado na cidade de Lisboa. Intitulado Homo Urbanus Lisboetus, o filme será apresentado em março de 2025 no Museu do Centro Cultural de Belém (CCB) e faz parte da maior exposição de sempre deste projeto, que retrata a vida urbana em várias cidades do mundo.

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A exposição atual, intitulada “Homo Urbanus. Uma Odisseia Cinematográfica de Bêka & Lemoine”, inclui filmes sobre 13 cidades, como Veneza, Rabat, Tóquio e Mumbai. Agora, Lisboa será a 14ª cidade a integrar o projeto. Segundo Louise Lemoine, as filmagens na capital portuguesa estão prestes a começar, com a dupla de artistas a explorar os recantos da cidade para capturar a sua essência e criar um retrato autêntico da vida quotidiana.

O conceito por trás de “Homo Urbanus” é observar a interação entre as pessoas e o espaço público, revelando as particularidades de cada cidade. Para Bêka e Lemoine, Lisboa apresenta-se como uma cidade vibrante, onde o espaço público é utilizado de formas únicas pelos seus habitantes. A dupla pretende captar esta dinâmica e partilhá-la com o público através de um formato cinematográfico inovador e imersivo.

A exposição em curso no CCB oferece aos visitantes a possibilidade de assistir a mais de 13 horas de filmes sobre as cidades escolhidas, em ambientes especialmente criados para uma experiência confortável e contemplativa. Com ecrãs gigantes e espaços para descansar, o público é convidado a mergulhar nas cenas do quotidiano de várias cidades.

A estreia de Homo Urbanus Lisboetus será um dos grandes momentos da exposição, que ficará patente até abril de 2025. A expectativa é alta, pois o filme promete trazer uma nova perspetiva sobre a cidade de Lisboa, observada pelos olhos atentos de Bêka e Lemoine.

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