Jacques Audiard Sobreviveu à “Guerra Aberta”: Realizador de “Emilia Pérez” Arrasa Corrida aos Óscares 🎬🏆

A temporada de prémios de 2025 ficará marcada para Jacques Audiard como uma verdadeira “guerra aberta”. O realizador francês, que liderava a corrida aos Óscares com Emilia Pérez e as suas impressionantes 13 nomeações, viu-se no centro de um turbilhão de polémicas e manobras de bastidores que, segundo ele, fazem os festivais europeus parecerem “brincadeiras de crianças”.

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A Ascensão e Queda de Emilia Pérez nos Óscares 🎥🥇

Apesar do favoritismo, Emilia Pérez saiu da noite dos Óscares apenas com duas estatuetas douradas: Melhor Atriz Secundária para Zoe Saldaña e Melhor Canção Original para El Mar, esta última garantindo um Óscar ao próprio Audiard. No entanto, o grande golpe foi a perda do prémio de Melhor Filme Internacional, que acabou por ir para o brasileiro Ainda Estou Aqui, de Walter Salles.

A jornada até à cerimónia de 2 de março foi tudo menos tranquila para Audiard e a Netflix, que apostou forte na campanha do filme. A produção enfrentou críticas severas por ter sido rodada em Paris, com poucos mexicanos no elenco e na equipa técnica, apesar da sua narrativa estar profundamente enraizada no México e na sua cultura. A forma como abordou temas transgénero e a violência dos cartéis também gerou debates intensos, dividindo audiências e especialistas.

Adicionalmente, a protagonista Karla Sofia Gascón viu declarações antigas de cariz racista e xenófobo virem a público, ameaçando implodir a campanha do filme. Para Audiard, esta sucessão de controvérsias transformou a corrida numa verdadeira batalha de bastidores.

Audiard Contra a “Máquina de Hollywood” 🤯💰

Numa recente entrevista à rádio France Inter, Jacques Audiard não poupou críticas à forma como a indústria norte-americana conduz a temporada de prémios. O realizador, que já esteve na corrida aos Óscares em 2010 com Um Profeta, considerou que o nível de competição se tornou brutal e desvirtua o que realmente importa: o cinema.

“Foi difícil, competitivo; não estamos necessariamente habituados aqui [na Europa] a esse nível de competição, mas naquela época foi uma brincadeira de crianças. Agora, tornou-se uma guerra aberta entre produtoras, distribuidoras e estúdios. É cansativo e faz as pessoas perderem de vista o cinema”, afirmou.

Segundo Audiard, “as pessoas ligadas à indústria, ao capital e ao comércio criam esta tensão”, algo que é exacerbado pelas redes sociais e a propagação de “notícias falsas”. Acrescentou ainda que, nos bastidores da temporada de prémios, os estúdios estão preparados para “lançar os maiores insultos uns contra os outros”.

Hollywood e o Código de Silêncio 🤐🎭

Para o realizador francês, a noite da cerimónia foi apenas a conclusão de um jogo político que acontece longe das câmaras. “Hollywood é um mundo de dinheiro”, disse Audiard, acrescentando que a influência de figuras como Donald Trump no setor financeiro acaba por moldar a indústria cinematográfica.

“Não é o Donald Trump que vai fazer o dinheiro crescer? Portanto, nada será dito abertamente em Hollywood; existe um código de silêncio”, garantiu.

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Após uma campanha intensa e repleta de desafios, Audiard sobreviveu à guerra de bastidores. No entanto, as suas palavras deixam claro que, para ele, o cinema como arte está a perder espaço numa indústria cada vez mais dominada pelo marketing e pela política dos grandes estúdios.

Zoe Saldaña faz história ao vencer Óscar de Melhor Atriz Secundária por Emilia Pérez 🎭🏆

Zoe Saldaña entrou para a história ao vencer o Óscar de Melhor Atriz Secundária pelo seu desempenho em Emilia Pérez, garantindo a primeira estatueta para o filme mais nomeado da noite. Ovacionada no palco, a atriz celebrou as suas raízes e destacou-se como a primeira atriz de origem dominicana a conquistar um Óscar.

🗣️ “Sou uma filha orgulhosa de pais imigrantes”, declarou Saldaña, visivelmente emocionada, recordando a sua avó, que chegou aos Estados Unidos em 1961.

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Uma vitória num ano competitivo 🎬✨

Na corrida ao prémio, Saldaña superou grandes nomes como Monica Barbaro (A Complete Unknown), Ariana Grande (Wicked), Felicity Jones (O Brutalista) e Isabella Rossellini (Conclave). A sua vitória representa um marco para a representatividade latina em Hollywood, e a atriz não hesitou em sublinhar que não será a última dominicana a subir ao palco dos Óscares.

A noite tem sido generosa para Emilia Pérez, que já garantiu também o Óscar de Melhor Canção Original com “El Mal”, numa categoria disputada com temas de Elton John: Never Too LateSing SingAs Mulheres do Batalhão 6888 e outro tema do próprio Emilia Pérez“Mi Camino”.

Mick Jagger e uma piada afiada para Bob Dylan 🎤😂

O prémio de Melhor Canção foi entregue por ninguém menos que Mick Jagger, que aproveitou o momento para brincar com Bob Dylan, dizendo que gostariam de o ter tido a entregar o Óscar, mas que as melhores canções deste ano estavam todas em A Complete Unknown, filme sobre os primeiros anos de Dylan.

Jagger, sempre irreverente, acrescentou: “Dylan disse que o Óscar devia ser entregue por alguém mais novo. E eu sou mais novo.” 😆

Wicked e Anora também brilham

A adaptação musical de Wicked também saiu vitoriosa ao arrecadar o Óscar de Melhor Design de Produção, superando fortes concorrentes como O Brutalista, Conclave, Duna: Parte Dois e Nosferatu.

Já Anora, de Sean Baker, conquistou o prémio de Melhor Montagem, consolidando-se como um dos favoritos da noite.

Uma cerimónia marcada pela polémica 🤔🔥

Enquanto Emilia Pérez liderava as nomeações com um impressionante recorde de 13 indicações, o filme de Jacques Audiard viu a sua popularidade cair devido à polémica envolvendo Karla Sofía Gascón, protagonista da produção, após a descoberta de mensagens antigas de cariz racista e homofóbico na rede social X.

Ainda assim, o filme segue forte na corrida ao Óscar de Melhor Filme, enfrentando concorrentes de peso como O Brutalista, Wicked, Conclave, Anora, Duna: Parte Dois, Nickel Boys, A Complete Unknown e o brasileiro Ainda Estou Aqui, que representa o Brasil com três nomeações.

97.ª edição dos Óscares continua a decorrer no Dolby Theatre, em Hollywood, com 52 filmes nomeados em 23 categorias.

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E vocês, o que acharam da vitória de Zoe Saldaña? Justa ou havia outra atriz mais merecedora? Partilhem a vossa opinião nos comentários! 🎬👇

Histórico! Paul Tazewell torna-se o primeiro negro a vencer o Óscar de Melhor Guarda-Roupa 🏆🎭

Os Óscares de 2025 já nos deram grandes momentos, mas um dos mais marcantes foi protagonizado por Paul Tazewell, que fez história ao tornar-se o primeiro homem negro a vencer o prémio de Melhor Guarda-Roupa pelo seu trabalho em Wicked.

Numa categoria sempre recheada de criatividade, Tazewell superou os concorrentes de Gladiador IINosferatuConclaveA Complete Unknown, conquistando a estatueta dourada graças ao seu trabalho inovador na adaptação cinematográfica do musical de sucesso.

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Nos bastidores, emocionado e visivelmente grato, o designer destacou a importância histórica do momento:

🗣️ “Este é o pináculo da minha carreira. Desenho roupas há mais de 35 anos, primeiro para a Broadway e agora para cinema. Durante todo este tempo, nunca houve um designer negro que eu visse como inspiração. Ser o primeiro torna este o meu verdadeiro ‘momento do Feiticeiro de Oz’.”

Um trabalho de equipa brilhante 🎭✨

Tazewell fez questão de sublinhar que este prémio não foi apenas seu, mas sim o resultado do trabalho de uma equipa talentosa.

“Não há forma de fazer isto sozinho, e a minha maior alegria é colaborar com outros artistas incríveis.”

O designer confessou ainda que ficou impressionado com o resultado final de Wicked, especialmente porque a equipa trabalhou simultaneamente nos dois filmes da saga, Parte I e II.

“Foi quando vi uma das versões finais que compreendi a experiência que criámos para o público. Isto definiu o porquê de eu desenhar guarda-roupa.”

Wicked a caminho da glória? 🏆✨

Este foi o primeiro Óscar da noite para Wicked, que chegou à 97.ª edição dos Prémios da Academia com 10 nomeações, igualando O Brutalista e ficando apenas atrás de Emilia Pérez, que liderava com 13 indicações.

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A gala decorre no Dolby Theatre, em Hollywood, e promete mais surpresas!

E vocês, acham que Wicked vai conquistar mais estatuetas esta noite? Partilhem as vossas apostas nos comentários! 🎬👇

Brady Corbet Revela Que The Brutalist Não Lhe Rendeu Um Único Dólar – Mas Portugal Ajudou a Salvar as Suas Finanças

Apesar de ser um dos filmes mais nomeados nesta temporada de prémios, The Brutalist, de Brady Corbet, não trouxe qualquer retorno financeiro para o realizador. No entanto, Portugal teve um papel inesperado na sua sobrevivência profissional.

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Um Filme Premiado, Mas Sem Pagamento 💸🎬

Corbet, conhecido por Vox Lux, participou recentemente no podcast WTF de Marc Maron, onde discutiu o seu épico sobre a imigração nos EUA, nomeado para 10 Óscares. Durante a entrevista, revelou que, após anos sem rendimento, só recentemente conseguiu ganhar dinheiro através de campanhas publicitárias em Portugal.

“Fazer publicidade em Portugal foi a primeira vez em anos que consegui ganhar algum dinheiro,” admitiu o realizador, sublinhando a dificuldade em manter uma carreira independente no cinema.

Corbet, que escreveu The Brutalist em parceria com a sua esposa e colaboradora Mona Fastvold, confirmou que “não ganhámos um único dólar com os últimos dois filmes que fizemos”. Quando Maron demonstrou surpresa, Corbet reforçou: “Sim. Literalmente zero. Tivemos de sobreviver com um salário de há três anos.”

Diretores Nomeados para Óscar em Dificuldades Financeiras 🏆🏚️

Corbet destacou que muitos realizadores na mesma posição passam por dificuldades financeiras, mesmo tendo filmes em destaque na temporada de prémios:

“Já falei com muitos cineastas nomeados este ano que não conseguem pagar a renda.”

A razão? Os diretores passam meses em campanhas promocionais sem qualquer remuneração. Corbet sublinha que, desde a estreia do filme em setembro, tem viajado constantemente e não conseguiu aceitar nenhum outro trabalho, nem sequer um projeto de escrita.

“É um interrogatório de seis meses. Estás em viagem constante, mas também trabalhas aos sábados e domingos. Não tenho um dia de descanso desde o Natal. Fiz umas 90 entrevistas só na semana passada.”

O Reconhecimento de Natalie Portman 🎭✨

A atriz Natalie Portman, que trabalhou com Corbet em Vox Lux (2018), publicou um artigo no Deadline em que elogiou a sua abordagem cinematográfica:

“Os épicos de pequena escala de Brady — com The Brutalist à cabeça — estão a transformar a forma como os filmes são feitos na nossa era de conteúdo algorítmico e fadiga de franquias.”

The Brutalist: Um Filme de Peso na Temporada de Prémios 🎥🏛️

Com nomeações para Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Realização e Melhor Argumento, The Brutalist igualou Wicked como o segundo filme mais nomeado, apenas atrás de Emilia Pérez da Netflix.

A longa-metragem de 215 minutos, com um intervalo de 15 minutos, acompanha a história do arquiteto judeu húngaro László Tóth (Adrien Brody), que emigra para os EUA após sobreviver ao Holocausto. Instalado na Pensilvânia e à espera da chegada da sua esposa Erzsébet (Felicity Jones), Tóth é descoberto por um industrial rico (Guy Pearce). O filme percorre três décadas da América pós-guerra e aborda as relações entre criatividade, exploração e alienação.

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Com um impacto tão profundo no cinema contemporâneo, The Brutalist não só está a redefinir o género épico, como também está a expor a dura realidade da sobrevivência no mundo da realização independente. E, como prova, Portugal acabou por ser um aliado improvável na trajetória de Corbet, garantindo-lhe um pouco de estabilidade financeira enquanto promovia o seu filme.

Karla Sofía Gascón encerra conta no X após campanha de ódio: “Ameaçaram-me de morte”

A atriz espanhola Karla Sofía Gascón, nomeada para o Óscar de Melhor Atriz Secundária pelo filme Emilia Pérez, anunciou esta semana que encerrou a sua conta na rede social X (antigo Twitter). O motivo? O que descreve como uma “campanha de ódio e desinformação”, na qual foi alvo de insultos, assédio e até ameaças de morte.

“Ameaçaram-me de morte, insultaram-me e assediaram-me até à exaustão”

A atriz, que se tornou a primeira pessoa trans a ser nomeada para um Óscar, fez um desabafo através da agência EFE, denunciando a violência que tem sofrido nas redes sociais.

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“Ameaçaram-me de morte, insultaram-me e assediaram-me até à exaustão. Decidi encerrar a minha conta no X para proteger a minha saúde mental e a minha família.”

A controvérsia surgiu após a descoberta de tweets antigos da atriz, alguns dos quais foram interpretados como racistas ou críticos dos próprios prémios. Nos últimos dias, estes tweets começaram a circular, gerando críticas e levando a um movimento de cancelamento online.

Gascón, no entanto, lamentou profundamente que as suas palavras tenham causado dor, sublinhando que sempre lutou por um mundo melhor.

“Quero reconhecer a conversa em torno das minhas publicações anteriores nas redes sociais. Como membro de uma comunidade marginalizada, conheço muito bem este sofrimento e lamento profundamente que cause dor. Lutei toda a minha vida por um mundo melhor. Acredito que a luz triunfará sempre sobre a escuridão.”

A atriz também fez questão de lembrar que tem uma filha a quem quer proteger.

Quem é Karla Sofía Gascón?

Karla Sofía Gascón fez história ao ser a primeira mulher trans nomeada para um Óscar, graças ao seu papel no filme Emilia Pérez, do realizador Jacques Audiard. O filme, que mistura musical, thriller e drama, também foi nomeado para um Globo de Ouro e já arrecadou prémios no Festival de Cannes.

Antes de brilhar no cinema internacional, Gascón já era uma figura reconhecida na televisão e teatro espanhóis. No entanto, foi com Emilia Pérez que alcançou um novo patamar na sua carreira.

Óscares e polémica: a nomeação que divide opiniões

A nomeação de Karla Sofía Gascón foi celebrada por muitos como um momento histórico para a representatividade trans em Hollywood. No entanto, também gerou algumas reações negativas, especialmente entre setores mais conservadores da indústria e do público.

A recente polémica em torno dos seus antigos tweets veio apenas intensificar o debate, dividindo opiniões entre quem defende a sua evolução e quem acredita que as suas palavras do passado não podem ser ignoradas.

Gascón não é a primeira nomeada ao Óscar a enfrentar controvérsias públicas antes da cerimónia. Nos últimos anos, vários atores e realizadores viram as suas redes sociais escrutinadas, muitas vezes resultando em críticas ou cancelamentos.

O impacto na corrida aos Óscares

Ainda não está claro se esta polémica afetará as hipóteses de Gascón levar a estatueta para casa. Hollywood tem sido cada vez mais atenta às reações do público, e os escândalos pré-Óscar já custaram prémios a outros artistas no passado.

A cerimónia dos Óscares 2024 acontece a 10 de março, e Emilia Pérez continua a ser um dos filmes mais comentados da temporada de prémios.

Enquanto isso, a atriz parece determinada a focar-se na sua carreira e afastar-se da toxicidade das redes sociais.

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E tu, o que achas desta polémica?

Será que o passado de uma atriz deve influenciar as suas chances num prémio de cinema?

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Oscars 2025: “Emilia Pérez” e “Wicked” Lideram Shortlists, com Destaques para “Dune 2” e “Gladiator 2”

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou as shortlists para dez categorias dos 97.º Oscars, marcando o início da corrida pelos prémios mais prestigiados do cinema. Entre as produções que lideram a lista, destacam-se “Emilia Pérez” e “Wicked”, enquanto pesos pesados como “Dune: Parte Dois” e “Gladiator 2” reforçam as suas campanhas. Contudo, houve também algumas omissões surpreendentes que estão a gerar discussões acaloradas.

“Emilia Pérez” e “Wicked” Dominam

O musical “Emilia Pérez”, da Netflix, destacou-se com seis nomeações nas categorias de melhor maquilhagem, som, banda sonora original, longa-metragem internacional e duas para melhor canção original (“El Mal” e “Mi Camino”). Já “Wicked”, da Universal Pictures, assegurou quatro nomeações, cimentando a sua posição como um dos grandes concorrentes da temporada de prémios.

Ambos os filmes prometem dominar as atenções em várias categorias, desde o design visual ao impacto musical, enquanto conquistam o público com histórias vibrantes e produções de alto nível.

Os Gigantes da Ficção Científica

Não é surpresa que “Dune: Parte Dois”, a aguardada sequência da obra-prima de Denis Villeneuve, tenha marcado presença nas categorias de maquilhagem, som e efeitos visuais. Da mesma forma, “Gladiator 2”, de Ridley Scott, reafirma-se como um concorrente de peso em categorias técnicas, garantindo um lugar de destaque nesta fase preliminar.

Snubs e Surpresas

A lista também trouxe algumas omissões notáveis. “Furiosa: A Mad Max Saga”, aguardada como um grande concorrente técnico, não conseguiu integrar as listas de efeitos visuais ou banda sonora. Outra surpresa foi a ausência de “Grand Tour”, de Portugal, apesar do reconhecimento internacional de Miguel Gomes como realizador.

Por outro lado, filmes menos esperados como “Waltzing with Brando”, com Billy Zane como Marlon Brando, e “The Wild Robot”, uma animação da DreamWorks, conseguiram lugar nas categorias de maquilhagem e som, respetivamente, criando uma onda de entusiasmo inesperada.

As Categorias e Datas Chave

As categorias abrangem um amplo espectro de arte cinematográfica, incluindo animação, documentário, curtas-metragens, banda sonora, canção original, som e efeitos visuais. A votação para determinar os nomeados em todas as 23 categorias terá lugar de 8 a 12 de janeiro, com os nomeados finais a serem anunciados no dia 17 de janeiro. A cerimónia está marcada para 2 de março de 2025, com Conan O’Brien como anfitrião.

Perspectivas Finais

A shortlist deste ano não só reflete a diversidade cultural e criativa do cinema global, mas também aponta para uma temporada de prémios altamente competitiva. Filmes como “Emilia Pérez”“Dune: Parte Dois” e “Wicked” já começam a moldar as narrativas que vão dominar as próximas semanas, enquanto surpresas e omissões mantêm o público e a indústria atentos a cada desenvolvimento.

Com algumas categorias ainda repletas de incógnitas, uma coisa é certa: os Oscars de 2025 prometem ser um espetáculo inesquecível.

Cinema Mexicano brilha com “Emilia Pérez” e “Sujo”

O cinema mexicano vive um momento de destaque no panorama internacional, com obras que capturam a atenção de críticos e audiências por todo o mundo. Duas produções em particular, “Emilia Pérez” e “Sujo”, destacam-se pela sua abordagem inovadora e pela capacidade de abordar temas universais com profundidade emocional e técnica apurada.

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“Emilia Pérez”: Musical ousado com uma mensagem poderosa
Realizado pelo premiado cineasta francês Jacques Audiard, “Emilia Pérez” mistura elementos de drama, comédia e musical para contar a história de um traficante que muda de sexo para escapar à sua vida criminosa. A atriz transgénero Karla Sofía Gascón brilha no papel principal, trazendo autenticidade e emoção à personagem. Ao lado de Gascón, Zoe Saldaña interpreta a advogada de Emilia, numa performance que equilibra humor e humanidade.

Filmado na vibrante Cidade do México, o filme destaca-se pela sua estética visual deslumbrante e pela forma como utiliza o género musical para explorar questões como identidade, transformação e aceitação. “Emilia Pérez” já conquistou prémios em festivais internacionais, incluindo Cannes, e é apontado como um forte candidato na corrida aos Óscares.

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Sujo

“Sujo”: Um retrato visceral do crime organizado
Dirigido por Astrid Rondero e Fernanda Valadez, “Sujo” oferece uma visão crua e emocionante da luta de um jovem para escapar ao legado do pai, um sicário envolvido no mundo do crime organizado. Inspirado nos livros do jornalista Javier Valdez, assassinado por expor as ligações entre o narcotráfico e a política, o filme é um testemunho poderoso da resiliência humana.

Filmado em paisagens áridas e com um estilo quase documental, “Sujo” transmite um sentido de urgência e realismo que ressoa com o público. Escolhido para representar o México na categoria de Melhor Filme Internacional nos Óscares, a obra é uma afirmação da capacidade do cinema mexicano para contar histórias complexas e impactantes.

Um momento de ouro para o cinema mexicano
Estas duas produções refletem a riqueza cultural e criativa do México, reafirmando o país como um dos centros mais vibrantes da cinematografia mundial. Tanto “Emilia Pérez” quanto “Sujo” exploram temas universais como identidade, violência, justiça e esperança, garantindo que o cinema mexicano continua a conquistar o mundo.

“Emilia Pérez”: Um Favorito aos Óscares Que já Conquista os Portugueses

O musical surrealista “Emilia Pérez”, de Jacques Audiard, já está em exibição nos cinemas portugueses e promete ser um dos grandes protagonistas da temporada de prémios de 2024. O filme, que mistura elementos de drama musical, telenovela e thriller, traz uma narrativa inovadora sobre arrependimento, transformação e redenção.

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A história centra-se em Manitas, um poderoso traficante mexicano que decide realizar o seu sonho de longa data: tornar-se Emilia, uma mulher que busca expiar os erros do passado. Interpretada pela atriz transgénero Karla Sofía Gascón, a personagem enfrenta desafios intensos, tanto no mundo machista do narcotráfico como na reconexão com a sua família. Esta atuação já colocou Gascón como uma das favoritas à categoria de Melhor Atriz nos Óscares, podendo fazer história como a primeira atriz transgénero a receber uma nomeação.

O filme também conta com atuações de destaque de Zoe Saldaña, Selena Gomez e Adriana Paz, que formam um elenco de grande diversidade e talento. “Emilia Pérez” já arrecadou prémios importantes, incluindo o Prémio do Júri em Cannes, solidificando a sua posição como um dos favoritos em várias categorias, como Melhor Filme, Realizador e Banda Sonora Original.

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Com a campanha agressiva da Netflix para impulsionar o filme, Audiard encontra-se num ritmo frenético de divulgação entre França e os Estados Unidos, numa tentativa de garantir a atenção dos votantes da Academia. Este esforço contrasta com o percurso do realizador em 2010, quando “Um Profeta” foi nomeado numa categoria mais restrita. Agora, Audiard compete ao mais alto nível, com expectativas de conquistar o prestigiado Óscar de Melhor Filme.

Para o público português, “Emilia Pérez” é uma oportunidade de assistir a um dos filmes mais comentados do ano e de celebrar o poder do cinema em contar histórias ousadas e transformadoras.

Previsões para os Óscares 2024: Favoritos e Surpresas da Temporada

A corrida aos Óscares 2024 está ao rubro, com uma lista de favoritos que reflete a diversidade e inovação da indústria cinematográfica nos últimos anos. A competição para Melhor Filme inclui obras como “Dune: Parte Dois”“Emilia Pérez” e “Conclave”, que combinam abordagens artísticas ousadas com narrativas acessíveis ao público global.

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“Emilia Pérez”, realizado por Jacques Audiard, destaca-se pelo seu formato híbrido que mistura drama musical, thriller e telenovela, com temas LGBTQ+ e um toque kitsch. O filme já ganhou o Prémio do Júri em Cannes e é apontado como um dos grandes favoritos a Melhor Filme, Realizador e Atriz. Karla Sofía Gascón, que interpreta o traficante transgénero Manitas/Emilia, tem grandes hipóteses de se tornar a primeira atriz transgénero nomeada aos Óscares, uma conquista histórica.

Outro destaque é “Conclave”, de Edward Berger, um thriller religioso liderado por Ralph Fiennes e que conta com a impressionante atuação de Isabella Rossellini como Irmã Agnes. A atriz é apontada como uma das favoritas a Melhor Atriz Secundária, mesmo com menos de oito minutos no ecrã. A força do filme como potencial candidato a Melhor Filme e Melhor Ator para Fiennes pode impulsionar as suas hipóteses na competição.

Na lista de previsões estão ainda nomes como “Blitz” e “The Brutalist” em várias categorias, enquanto “Dune: Parte Dois” consolida a sua posição com destaque técnico e artístico. As nomeações oficiais serão anunciadas a 17 de janeiro, e a cerimónia está marcada para 2 de março, prometendo uma temporada recheada de surpresas e emoções.

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Com tanto em jogo, os estúdios já começaram as suas campanhas, transformando os meses que antecedem os prémios numa verdadeira maratona de eventos e galas para garantir a atenção dos votantes da Academia.

Pedro Almodóvar e Jacques Audiard Lideram Nomeações para Prémios Europeus de Cinema

Pedro Almodóvar e Jacques Audiard, dois dos mais renomados realizadores da atualidade, destacam-se este ano na corrida aos Prémios Europeus de Cinema com os filmes O Quarto ao Lado e Emilia Pérez, respetivamente. Cada um dos filmes arrecadou quatro nomeações, incluindo Melhor Filme Europeu, Realização, Argumento e Atriz, com Tilda Swinton e Karla Sofia Gascón a competirem na categoria de Melhor Atriz.

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O Quarto ao Lado, vencedor do Leão de Ouro no Festival de Veneza, e Emilia Pérez, galardoado com o Grande Prémio do Júri em Cannes, são as grandes apostas da Academia do Cinema Europeu. Ambos exploram temas de identidade e relações humanas, em narrativas intensas e visualmente deslumbrantes que capturam o estilo inconfundível de cada realizador. A estreia em Portugal de O Quarto ao Lado está marcada para 5 de dezembro, enquanto Emilia Pérez chegará aos cinemas a 14 de novembro.

Entre os nomeados, destaca-se também The Seed of the Sacred Fig, do iraniano Mohammad Rasoulof, vencedor de um prémio especial em Cannes, e a coprodução portuguesa Mataram o Pianista, dirigida pelos espanhóis Fernando Trueba e Javier Mariscal, que concorre a Melhor Filme Europeu. A cerimónia dos Prémios Europeus de Cinema realiza-se em Lucerna, na Suíça, a 7 de dezembro.

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