O cinema português voltou a marcar presença forte nas bilheteiras. Pátio da Saudade, a nova comédia de Leonel Vieira, estreou a 14 de agosto e já foi vista por mais de 15 mil espectadores no fim de semana de abertura. O resultado ultrapassa os 100 mil euros de receita de bilheteira, coroando o filme como o mais visto do ano entre as produções nacionais.
Depois do êxito de O Pátio das Cantigas — ainda hoje o filme português mais visto de sempre nas salas de cinema —, Leonel Vieira regressa ao grande ecrã com uma história que mistura humor, emoção e um tributo à identidade cultural portuguesa.
Uma história de luta e paixão pelo teatro
No centro da narrativa está Vanessa, interpretada por Sara Matos, uma atriz de televisão que herda um antigo teatro em ruínas no Porto. Contra os conselhos do seu agente Tozé Leal (José Pedro Vasconcelos), que a incentiva a vender o edifício, Vanessa decide recuperar o espaço e devolver-lhe a glória perdida.
Para isso, reúne os amigos Joana (Ana Guiomar) e Ribeiro (Manuel Marques) e embarca no sonho de montar um espetáculo que reviva os tempos dourados da Revista à Portuguesa. Mas o caminho está longe de ser fácil: Armando (José Raposo), dono de um teatro rival, fará de tudo para travar o projeto.
Um elenco de luxo
Além de Sara Matos, o filme reúne alguns dos rostos mais queridos do público português, incluindo Ana Guiomar, Manuel Marques, José Pedro Vasconcelos, José Raposo, Gilmário Vemba, José Martins, Alexandra Lencastre, José Pedro Gomes, Aldo Lima e Carlos Cunha.
Este verdadeiro “elenco de luxo” dá vida a uma comédia que mistura emoção, nostalgia e crítica social, num registo que promete conquistar diferentes gerações de espectadores.
A tradição que volta a encher salas
Com esta estreia, Leonel Vieira prova mais uma vez a sua capacidade de unir plateias em torno de histórias com sabor a tradição portuguesa. Tal como acontecera com O Pátio das Cantigas, também aqui se celebra a memória cultural, mas com uma abordagem contemporânea que reflete os desafios de preservar a identidade no mundo moderno.
Em apenas quatro dias, Pátio da Saudade confirmou que o público português está disponível para apoiar produções nacionais — e que ainda há espaço para o riso, a emoção e a memória partilhada no grande ecrã.
O filme está em exibição exclusivamente nos cinemas.


