Academia Portuguesa de Cinema Lança Terceiro Volume da Coleção Um Percurso pelo Cinema Português de Animação 🎬📚

Novo livro de Paulo Cambraia explora a década de 1950 e o nascimento do “Período Clássico” da Animação Portuguesa

Academia Portuguesa de Cinema vai apresentar, no próximo dia 23 de outubro, às 18h00, na Livraria Linha de Sombra da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, em Lisboa, o terceiro volume da coleção Um Percurso pelo Cinema Português de Animação, da autoria de Paulo Cambraia.

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A sessão contará com intervenções do próprio autor, do diretor da Cinemateca, Rui Machado, e do presidente da Academia Portuguesa de Cinema, Paulo Trancoso. A entrada é livre, limitada à lotação da sala.

Uma viagem aos anos 50: quando a animação portuguesa se tornou profissional

Este novo volume é dedicado à década de 1950, um período decisivo na história do cinema de animação nacional. Segundo o autor,

“Sendo os anos 1900-1949 os do Primeiro Ciclo do Cinema Português de Animação, os anos 1950 serão o início de um novo e longo ciclo, que parte numa direção completamente diferente.”

O livro identifica esta nova fase como o início do chamado “Período Clássico” da Animação Portuguesa, marcada pela criação de estúdios profissionais e pela participação direta de agências de publicidade, que ajudaram a consolidar a animação como uma atividade especializada, para além do mero exercício artístico ou técnico.

“Os primeiros passos nesta direção já tinham sido dados, embora de forma embrionária, durante o Primeiro Ciclo. É normal que assim seja. Não existem fronteiras rígidas nestas transições,” acrescenta Cambraia.

Com esta publicação, a Academia reafirma o seu compromisso em divulgar, preservar e estudar a história do cinema português, com especial atenção a áreas menos exploradas, como a animação — uma das mais ricas e inventivas expressões do nosso audiovisual.

A missão da Academia Portuguesa de Cinema

Criada em 2011, a Academia Portuguesa de Cinema (APC) é uma associação cultural sem fins lucrativos dedicada à promoção e reconhecimento do cinema português, tanto em Portugal como além-fronteiras.

É responsável pela organização dos Prémios Sophia, pela seleção dos filmes portugueses candidatos aos Óscares, Goya, Platino, Macondo e Ariel, e integra a FIACINE (Federação Ibero-Americana de Academias de Cinema) e a FACE(Federação de Academias de Cinema da Europa).

Reconhecida com o Alto Patrocínio da Presidência da República e apoiada pelo Ministério da Cultura e pelo ICA, a APC continua a ser um pilar essencial na preservação e promoção do cinema nacional, apoiando criadores, investigadores e novos públicos.

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🎥 Evento: Lançamento do livro Um Percurso pelo Cinema Português de Animação – Vol. 3

📅 Data: 23 de outubro (quinta-feira) | 🕕 Hora: 18h00

📍 Local: Livraria Linha de Sombra – Cinemateca Portuguesa, Lisboa

🔗 academiadecinema.pt/um-percurso-pelo-cinema-portugues-de-animacao

John Ford Ressuscitado em Lisboa: The Scarlet Drop Vai Ser Exibido na Cinemateca Portuguesa

Um século perdido, um achado no Chile

Um pedaço da história do cinema que parecia perdido para sempre vai finalmente ser exibido em Lisboa. A Cinemateca Portuguesa apresenta, no próximo 20 de outubro, o filme mudo The Scarlet Drop (1918), realizado por John Ford e dado como desaparecido durante mais de 100 anos.

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A descoberta aconteceu em 2024, num armazém em Santiago do Chile, quando o académico Jaime Córdova, da Universidade de Viña del Mar, comprou um lote de películas a um colecionador que as tinha guardado durante quatro décadas sem imaginar o seu valor. Entre elas, estava esta raridade de Ford, protagonizada por Harry Carey.

“Encontrar um filme perdido de John Ford é como encontrar o Santo Graal”, confessou Córdova, na altura, em entrevista à agência Efe.

Ford antes de Ford

Rodado em 1918, The Scarlet Drop é um western atípico para a época, já que aborda temas pouco habituais no género: desigualdade social, luta de classes e marginalização. Segundo nota da Cinemateca, o filme “permite já antever o que viria a ser entendido como universo fordiano: os rituais, as situações melancólicas, os anti-heróis e aquela fotografia extraordinária”.

É, portanto, uma oportunidade única de assistir ao embrião daquilo que viria a ser a assinatura de um dos cineastas mais influentes da história, autor de clássicos como O Vale Era Verde (1941) ou A Desaparecida (1956).

Um restauro minimalista

A cópia encontrada foi digitalmente restaurada pela Cinemateca Nacional do Chile, mas de forma quase invisível. “Não lhe quero chamar restauro. Obviamente que houve uma reparação no suporte do filme, mas a imagem não sofreu qualquer intervenção”, explicou Jaime Córdova, sublinhando a qualidade surpreendente da película em nitrato, ainda intacta após mais de um século.

Curiosamente, o filme conserva ainda as tonalidades originais da época — rosa, azul e ocre — utilizadas para dar cor às películas mudas e quebrar o monocromático do preto e branco.

Sessão dupla na Cinemateca

A exibição de The Scarlet Drop acontecerá numa sessão especial inserida no Dia Mundial do Património Audiovisual(celebrado a 27 de outubro). O filme será apresentado em conjunto com Sansho Dayu (1954), de Kenji Mizoguchi, proporcionando uma noite que junta duas obras-primas resgatadas do tempo e da memória.

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Para cinéfilos, historiadores e curiosos, trata-se de um acontecimento raro: ver renascer no ecrã uma obra de John Ford que o próprio mundo acreditava estar perdida.

O Dia Mais Curto do Ano Celebra o Formato da Curta-Metragem

Hoje, dia 21 de dezembro, marca o solstício de inverno no hemisfério norte, o dia mais curto do ano. Em Portugal, este fenómeno astronómico é celebrado de forma especial há mais de uma década com uma programação dedicada ao formato da curta-metragem. Promovida pela Agência da Curta-Metragem, a iniciativa envolve mais de uma centena de sessões temáticas em 44 localidades, convidando todos os públicos a explorar este formato único de contar histórias através do cinema.

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Uma Celebração Mundial

O evento, que tem como ponto alto o próprio dia do solstício, inspira-se na relação simbólica entre o tempo curto de luz diurna e o formato breve das curtas-metragens. Esta celebração não é exclusiva de Portugal; iniciativas semelhantes ocorrem em várias partes do mundo, promovendo a curta-metragem como uma forma de arte rica em criatividade e impacto.

“A curta-metragem é um formato que condensa emoções, ideias e histórias num curto espaço de tempo. É o cinema em estado puro, onde cada segundo conta”, explica a Agência da Curta-Metragem.

Destaques da Programação

Em 2023, a programação de “O Dia Mais Curto” inclui sessões diversificadas, adaptadas a diferentes públicos e gostos cinematográficos. Entre os destaques de hoje:

Centro de Ciência Viva de Vila do Conde e Quartel da Imagem na Figueira da Foz: Sessões matinais dedicadas ao público infantil, com animações como “Éter”, de Jorge García Velayos, e “Corvo Branco”, de Miran Miosic.

Incubadora do Centro Histórico de Viseu e Casa do Cinema de Coimbra: Apresentação de “Curtas do Mundo”, uma coleção de filmes que explora histórias do presente e do passado, oferecendo uma visão global e multifacetada.

Cinema Trindade, no Porto: Sessão especial dedicada à produtora Olhar de Ulisses, com filmes de realizadores como Margarida Assis e Luís Costa.

Cinemateca Portuguesa, em Lisboa: Exibição de obras de cineastas como Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, destacando a vitalidade da curta-metragem em Portugal.

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Sessões Solidárias

Além das projeções regulares, a iniciativa destaca-se pelas sessões solidárias, que levam o cinema a públicos muitas vezes esquecidos. Este ano, “O Dia Mais Curto” incluiu projeções em estabelecimentos prisionais, hospitais pediátricos e unidades de apoio social, garantindo que a magia do cinema chega a todos.

O Formato da Curta-Metragem

Embora muitas vezes visto como um género secundário, o formato da curta-metragem tem ganho cada vez mais destaque pela sua capacidade de transmitir mensagens poderosas em poucos minutos. Estas pequenas pérolas do cinema são frequentemente o ponto de partida para grandes realizadores e servem como uma plataforma de experimentação e inovação.

Com iniciativas como esta, a Agência da Curta-Metragem demonstra o impacto e a relevância deste formato, celebrando-o como uma forma única de expressão artística.

Exposição na Cinemateca Portuguesa celebra a obra de Noémia Delgado

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, apresenta até ao dia 16 de dezembro a exposição “noémia.”, uma homenagem à obra e legado da realizadora Noémia Delgado. Conhecida pelo seu contributo ao Cinema Novo português, Delgado teve uma carreira marcada tanto pelo sucesso artístico como pelos desafios institucionais.

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Uma abordagem íntima ao arquivo de Noémia Delgado
A exposição, localizada na Sala dos Carvalhos, desvenda os arquivos pessoais da realizadora, incluindo desenhos, crónicas e poesia, proporcionando um olhar íntimo sobre a sua vida e obra. Duas salas adicionais expandem o percurso com foco na sua prática cinematográfica, destacando ideias para filmes que nunca chegaram a ser materializados.

Noémia Delgado é mais lembrada pelo documentário “Máscaras” (1976), inspirado no trabalho etnográfico de Benjamim Pereira. A cineasta também colaborou com grandes nomes do cinema português, como Manoel de Oliveira e Paulo Rocha, e trabalhou como assistente de realização no emblemático documentário “Torre Bela” (1977).

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Um legado a redescobrir
A exposição, de entrada livre, está aberta de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h30, e oferece uma oportunidade única para conhecer a obra de uma das figuras mais subestimadas do cinema português. Não perca a chance de explorar este tributo à realizadora que foi casada com o poeta Alexandre O’Neill e cuja visão cinematográfica continua a inspirar.


Festa do Cinema Francês Abre Hoje em Lisboa com “O Conde de Monte Cristo”

Festa do Cinema Francês, que celebra este ano a sua 25ª edição, abre hoje em Lisboa, trazendo uma vasta programação repleta de estreias, antestreias e homenagens ao cinema francês. O evento, que se estende até ao dia 8 de novembro em várias cidades de Portugal, começa com a exibição de “O Conde de Monte Cristo”, uma das adaptações mais aguardadas do clássico literário de Alexandre Dumas, realizada por Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte.

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A sessão de abertura terá lugar no Cinema São Jorge, e contará com a presença especial do produtor Dimitri Rassam e do ator franco-português Patrick Mille, que integra o elenco do filme. A expectativa é alta para esta nova versão cinematográfica de um dos romances mais icónicos da literatura mundial.

Durante o mês de outubro, o público poderá assistir a outros grandes destaques do cinema francófono, como “Paradis Paris”, realizado por Marjane Satrapi, cineasta iraniana conhecida pelo seu trabalho em Persépolis. Outra obra de grande impacto é “Maria”, de Jessica Palud, que explora a vida da atriz Maria Schneider e o impacto da sua participação no controverso filme O Último Tango em Paris. Este drama promete uma reflexão profunda sobre a trajetória pessoal e profissional da atriz, cujas experiências a marcaram para sempre.

Festa do Cinema Francês também contará com uma vasta seleção de comédias na secção “Rir à Grande e à Francesa”, que inclui títulos populares e aclamados pela crítica. Entre os filmes mais aguardados está “Os Indesejáveis”, realizado por Ladj Ly, que volta a abordar questões sociais nos subúrbios franceses, após o sucesso de Os Miseráveis. O filme retrata a luta pelos direitos de habitação e a resistência da população local frente a interesses poderosos.

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Além da exibição de filmes contemporâneos, o evento também homenageará a carreira de Isabelle Huppert, uma das atrizes mais icónicas do cinema mundial. Entre as obras exibidas, estão “Sidonie no Japão”“O Crime é Meu” e “Os Novos Vizinhos”.

A Festa não se limita à capital, estendendo-se também a AlmadaCoimbraPortoFaro, entre outras cidades. Este ano, a Cinemateca Portuguesa apresenta uma retrospetiva completa do cineasta Chris Marker, que inclui mais de 50 obrasdo autor, conhecido pelos seus documentários experimentais e narrativas inovadoras.

Com uma programação diversificada e de grande qualidade, a Festa do Cinema Francês reafirma-se como um dos eventos mais relevantes no panorama cultural português.