🎬 Cannes Celebra Cacá Diegues: Uma Homenagem ao Mestre do Cinema Brasileiro

O Festival de Cannes presta tributo ao cineasta com a exibição do documentário “Para Vigo Me Voy” no dia em que completaria 85 anos

No dia 19 de maio de 2025, data em que Cacá Diegues completaria 85 anos, o Festival de Cannes homenageou o renomado cineasta brasileiro com a exibição do documentário Para Vigo Me Voy. A sessão contou com a presença de sua esposa, Renata Magalhães, e da filha, Isabel, e foi marcada por emoção e reconhecimento à contribuição de Diegues ao cinema mundial. 

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🎞️ Para Vigo Me Voy: Um Tributo Cinematográfico

Dirigido por Karen Harley e Lírio Ferreira, o documentário apresenta entrevistas inéditas com Diegues, nas quais ele reflete sobre sua obra, o Brasil e memórias pessoais. A produção inclui trechos de filmes emblemáticos como Bye Bye Brasil (1979) e Xica da Silva (1976), este último considerado o primeiro filme brasileiro com uma heroína negra. O título do documentário faz referência a Bye Bye Brasil, obra que levou Diegues a concorrer à Palma de Ouro. 

🎥 Legado e Reconhecimento Internacional

Cacá Diegues foi um dos precursores do movimento Cinema Novo e esteve presente em Cannes em diversas ocasiões, tanto apresentando filmes quanto como membro do júri. Seu trabalho é reconhecido por abordar temas sociais e políticos, promovendo a diversidade e a liberdade de expressão no cinema brasileiro. 

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🏆 Competição pelo Olho de Ouro

Para Vigo Me Voy integra a seleção Cannes Classics e está na disputa pelo prêmio L’Œil d’Or (Olho de Ouro), que reconhece o melhor documentário exibido em todas as seções do festival. A homenagem a Diegues coincide com a estreia de O Agente Secreto, de Kleber Mendonça Filho, na competição oficial, evidenciando a forte presença do cinema brasileiro em Cannes este ano. 

Exposição na Cinemateca Portuguesa celebra a obra de Noémia Delgado

A Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, apresenta até ao dia 16 de dezembro a exposição “noémia.”, uma homenagem à obra e legado da realizadora Noémia Delgado. Conhecida pelo seu contributo ao Cinema Novo português, Delgado teve uma carreira marcada tanto pelo sucesso artístico como pelos desafios institucionais.

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Uma abordagem íntima ao arquivo de Noémia Delgado
A exposição, localizada na Sala dos Carvalhos, desvenda os arquivos pessoais da realizadora, incluindo desenhos, crónicas e poesia, proporcionando um olhar íntimo sobre a sua vida e obra. Duas salas adicionais expandem o percurso com foco na sua prática cinematográfica, destacando ideias para filmes que nunca chegaram a ser materializados.

Noémia Delgado é mais lembrada pelo documentário “Máscaras” (1976), inspirado no trabalho etnográfico de Benjamim Pereira. A cineasta também colaborou com grandes nomes do cinema português, como Manoel de Oliveira e Paulo Rocha, e trabalhou como assistente de realização no emblemático documentário “Torre Bela” (1977).

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Um legado a redescobrir
A exposição, de entrada livre, está aberta de segunda a sexta-feira, das 14h00 às 19h30, e oferece uma oportunidade única para conhecer a obra de uma das figuras mais subestimadas do cinema português. Não perca a chance de explorar este tributo à realizadora que foi casada com o poeta Alexandre O’Neill e cuja visão cinematográfica continua a inspirar.