Festa do Cinema Francês Abre Hoje em Lisboa com “O Conde de Monte Cristo”

Festa do Cinema Francês, que celebra este ano a sua 25ª edição, abre hoje em Lisboa, trazendo uma vasta programação repleta de estreias, antestreias e homenagens ao cinema francês. O evento, que se estende até ao dia 8 de novembro em várias cidades de Portugal, começa com a exibição de “O Conde de Monte Cristo”, uma das adaptações mais aguardadas do clássico literário de Alexandre Dumas, realizada por Alexandre de La Patellière e Matthieu Delaporte.

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A sessão de abertura terá lugar no Cinema São Jorge, e contará com a presença especial do produtor Dimitri Rassam e do ator franco-português Patrick Mille, que integra o elenco do filme. A expectativa é alta para esta nova versão cinematográfica de um dos romances mais icónicos da literatura mundial.

Durante o mês de outubro, o público poderá assistir a outros grandes destaques do cinema francófono, como “Paradis Paris”, realizado por Marjane Satrapi, cineasta iraniana conhecida pelo seu trabalho em Persépolis. Outra obra de grande impacto é “Maria”, de Jessica Palud, que explora a vida da atriz Maria Schneider e o impacto da sua participação no controverso filme O Último Tango em Paris. Este drama promete uma reflexão profunda sobre a trajetória pessoal e profissional da atriz, cujas experiências a marcaram para sempre.

Festa do Cinema Francês também contará com uma vasta seleção de comédias na secção “Rir à Grande e à Francesa”, que inclui títulos populares e aclamados pela crítica. Entre os filmes mais aguardados está “Os Indesejáveis”, realizado por Ladj Ly, que volta a abordar questões sociais nos subúrbios franceses, após o sucesso de Os Miseráveis. O filme retrata a luta pelos direitos de habitação e a resistência da população local frente a interesses poderosos.

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Além da exibição de filmes contemporâneos, o evento também homenageará a carreira de Isabelle Huppert, uma das atrizes mais icónicas do cinema mundial. Entre as obras exibidas, estão “Sidonie no Japão”“O Crime é Meu” e “Os Novos Vizinhos”.

A Festa não se limita à capital, estendendo-se também a AlmadaCoimbraPortoFaro, entre outras cidades. Este ano, a Cinemateca Portuguesa apresenta uma retrospetiva completa do cineasta Chris Marker, que inclui mais de 50 obrasdo autor, conhecido pelos seus documentários experimentais e narrativas inovadoras.

Com uma programação diversificada e de grande qualidade, a Festa do Cinema Francês reafirma-se como um dos eventos mais relevantes no panorama cultural português.

“Os Três Mosqueteiros: Milady” Estreia a 13 de Setembro no TVCine

Depois do sucesso de “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, a saga épica inspirada na obra de Alexandre Dumas regressa com uma nova e emocionante aventura. “Os Três Mosqueteiros: Milady” chega aos ecrãs portugueses no dia 13 de setembro, às 21h30, em estreia exclusiva no TVCine Top, prometendo cativar o público com uma narrativa cheia de ação, intrigas e personagens inesquecíveis.

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Nesta segunda parte, D’Artagnan (François Civil) volta a estar no centro dos acontecimentos quando a sua amada Constance é raptada. Desesperado por a salvar, o jovem mosqueteiro é obrigado a formar uma aliança improvável com a misteriosa Milady de Winter, interpretada pela carismática Eva Green. Juntos, embarcam numa busca frenética, que os levará a enfrentar inimigos poderosos e a desenterrar segredos do passado, capazes de abalar as fundações de velhas alianças e precipitar uma grande guerra.

Com a direção de Martin Bourboulon, “Os Três Mosqueteiros: Milady” eleva a fasquia das produções de época, transportando o espectador para a França do século XVII, um país dividido por conflitos religiosos e ameaçado por invasões britânicas. O filme leva-nos numa viagem entre o Louvre e o Palácio de Buckingham, passando pelas perigosas sarjetas de Paris até ao cerco de La Rochelle, com cenas de batalha e duelos de espadas que mantêm o ritmo frenético e a adrenalina no auge.

Além de Eva Green e François Civil, o elenco de luxo conta com a participação de grandes nomes do cinema francês, como Vincent Cassel, Romain Duris, Lyna Khoudri, Pio Marmai e Eric Ruf. Cada um dos personagens traz uma nova dimensão a esta aventura épica, com desempenhos intensos que prometem cativar tanto os fãs das histórias de Dumas como os novos espectadores.

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A produção já arrecadou seis nomeações para os Prémios César 2024, destacando-se na categoria de Melhor Cenografia, que venceu graças aos detalhes meticulosos e realistas da recriação histórica. Com uma atenção cuidada aos cenários e aos figurinos, “Os Três Mosqueteiros: Milady” mergulha o espectador numa experiência visual imersiva, que faz justiça à riqueza do universo criado por Alexandre Dumas.

Depois de conquistar o público com “Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan”, esta segunda parte é aguardada com grande expectativa. A história de Milady promete aprofundar ainda mais as relações entre as personagens, explorando o lado mais sombrio de uma das figuras mais enigmáticas do cânone literário de Dumas. Conhecida pela sua astúcia e pelo papel decisivo que desempenha nas tramas políticas e emocionais da saga, Milady surge aqui com uma nova camada de complexidade, numa interpretação que promete marcar a carreira de Eva Green.

Para quem não puder assistir à estreia na televisão, o filme estará também disponível no serviço de streaming TVCine+, permitindo que os espectadores possam ver e rever esta épica continuação quando desejarem.

“Os Três Mosqueteiros: Milady” é uma grande produção francesa que celebra a intemporalidade da obra de Alexandre Dumas, adaptando-a com uma energia renovada e uma abordagem cinematográfica moderna. Esta nova versão da história dos lendários mosqueteiros traz à televisão uma combinação perfeita de ação, romance, intriga e emoção, transportando o público para uma era onde honra, coragem e traição são as forças motrizes de uma das narrativas mais amadas da literatura mundial.

Não perca a estreia a 13 de setembro, às 21h30, no TVCine Top, para acompanhar esta grande aventura repleta de emoção, batalhas épicas e personagens inesquecíveis.

Morte do Ícone do Cinema Francês Alain Delon aos 88 Anos

O mundo do cinema despediu-se este domingo de um dos seus maiores ícones, Alain Delon, que faleceu aos 88 anos na sua residência em Douchy, França. A notícia foi confirmada pelos seus três filhos, que pediram privacidade neste momento de luto.

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Delon, cuja carreira se estendeu por mais de cinco décadas, foi uma figura central no cinema francês, tendo colaborado com grandes realizadores como Jean-Pierre Melville, Luchino Visconti e Louis Malle. Entre os seus filmes mais memoráveis estão ‘O Círculo Vermelho’, ‘O Leopardo’ e ‘Rocco e os Seus Irmãos’, que cimentaram a sua reputação como um dos maiores atores da sua geração.

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Ao longo da sua carreira, Delon recebeu vários prémios, incluindo um César de Melhor Ator e uma Palma de Ouro honorária em Cannes. Nos últimos anos, o ator afastou-se gradualmente do cinema, aparecendo esporadicamente em eventos públicos. A sua morte marca o fim de uma era no cinema francês, deixando um legado de 122 filmes e uma influência indelével na história do cinema mundial.

#MeToo francês: Benoît Jacquot levado a tribunal, Jacques Doillon libertado

A onda de acusações do movimento #MeToo continua a fazer ondas no cinema francês, com os cineastas Benoît Jacquot e Jacques Doillon no centro de uma nova polémica. Ambos foram detidos para interrogatório na segunda-feira, após acusações de violência sexual feitas por Judith Godrèche e outras atrizes. Enquanto Jacquot enfrentará a justiça, Doillon foi libertado sem acusação.

Benoît Jacquot, conhecido por filmes como “Adeus, Minha Rainha” e “Diário de Uma Criada de Quarto”, foi mantido sob custódia policial por 48 horas e será apresentado à justiça francesa na quarta-feira. A sua advogada, Julia Minkowski, expressou indignação pela detenção, classificando-a de “questionável” e defendendo que uma audiência em liberdade teria sido mais apropriada. Já Jacques Doillon, cuja filmografia inclui “Ponette” e “Rodin”, foi libertado sem acusação, após ser interrogado pela polícia. A sua advogada, Marie Dosé, criticou a custódia policial, considerando-a injustificada devido à antiguidade dos factos denunciados, que remontam a 36 anos.

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As acusações contra Jacquot e Doillon surgiram no início de fevereiro, quando Judith Godrèche, de 52 anos, apresentou queixas na justiça francesa. Godrèche acusou Jacquot de violação e Doillon de agressão sexual, alegando que os crimes ocorreram quando era menor de idade. O caso de Jacquot é particularmente complexo, dado o seu relacionamento com Godrèche ter começado quando ela tinha apenas 14 anos, com o consentimento dos pais da atriz. A relação, descrita por Godrèche como de “dominação” e “perversão”, foi amplamente conhecida na comunicação social e no mundo do cinema.

Além de Godrèche, outras duas atrizes denunciaram Jacquot: Julia Roy, por agressão sexual, e Isild le Besco, por violação de menor de 15 anos e violação, ocorridas entre 1998 e 2007. Jacquot, um realizador prolífico com mais de 50 filmes e filmes para TV, tem uma longa história de trabalho com atrizes renomadas como Catherine Deneuve e Isabelle Huppert. No entanto, a sua abordagem ao trabalho, descrita por ele como a necessidade de estar “apaixonado” pelas suas atrizes, levantou questões sobre a dinâmica de poder e consentimento nos seus relacionamentos profissionais.

A investigação da Procuradoria de Paris está focada em alegados crimes como violação de um menor com menos de 15 anos por uma pessoa com autoridade, violação, violência doméstica e agressão sexual de um menor com menos de 15 anos por uma pessoa com autoridade. Esta custódia policial permitiu acareações entre os realizadores e algumas das atrizes que os acusam, incluindo Godrèche.

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As advogadas de ambos os cineastas denunciaram os “ataques à presunção de inocência” dos seus clientes e criticaram a cobertura mediática das detenções. Este caso destaca as tensões contínuas no movimento #MeToo francês, onde figuras proeminentes da indústria cinematográfica enfrentam um escrutínio cada vez maior sobre o seu comportamento passado.

Este desenvolvimento no caso de Jacquot e Doillon sublinha a importância de uma investigação rigorosa e justa, equilibrando as necessidades de justiça para as vítimas e a proteção dos direitos dos acusados. À medida que o #MeToo continua a evoluir, é crucial que tanto o público quanto a indústria cinematográfica permaneçam vigilantes e empenhados em promover um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos.