Colheita: O Western Medieval Hipnótico de Athina Rachel Tsangari com Caleb Landry Jones 🌾⚔️

A realizadora grega regressa com uma tragicomédia misteriosa e visualmente arrebatadora, onde uma aldeia indefinida mergulha no caos durante sete dias de loucura.

Chegou a época da colheita — e, nas mãos de Athina Rachel Tsangari, nunca a ceifa foi tão bela, enigmática e desconcertante. O novo filme da autora grega, simplesmente intitulado Colheita, é um drama de 2h13min que mistura o tom existencial do cinema europeu com a estrutura mítica de um western medieval. O resultado é uma experiência cinematográfica rara: trágica, surreal e profundamente humana.

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A parábola de uma aldeia à beira da extinção

Baseado no romance homónimo de Jim CraceColheita transporta-nos para uma aldeia sem nome, num tempo e espaço indefinidos. Ao longo de sete dias alucinatórios, os habitantes vêem o seu mundo ruir com a chegada de três figuras misteriosas: um cartógrafoum imigrante e um banqueiro. A sua presença desencadeia uma série de acontecimentos que põem em causa as tradições, a fé e até a própria noção de comunidade.

A realizadora, conhecida por filmes como Attenberg e Chevalier, usa a câmara com a precisão de uma arqueóloga emocional, escavando as camadas simbólicas de uma história que tanto pode ser lida como um retrato da Europa rural quanto uma alegoria universal sobre o poder, a ganância e a transformação.

Caleb Landry Jones: o estrangeiro que incendia o ecrã 🔥

No centro do filme está Caleb Landry Jones, um dos actores mais intensos e imprevisíveis da actualidade (NitramThree Billboards Outside Ebbing, Missouri). A sua presença é quase mítica — simultaneamente frágil e ameaçadora —, funcionando como o catalisador do colapso e da revelação. Jones habita o papel com a mesma energia hipnótica que o tornou uma das figuras mais fascinantes do cinema recente.

Um épico poético e brutal

Visualmente, Colheita é deslumbrante: os campos ondulantes, o fogo, a terra e a chuva transformam-se em personagens próprias, num trabalho de fotografia que evoca o simbolismo de Tarkovsky e a fisicalidade de Béla Tarr. Tsangari, fiel à sua tradição de explorar o absurdo e a vulnerabilidade humanas, equilibra o drama com um humor subtil e inesperado — uma tragicomédia onde a beleza e a barbárie caminham lado a lado.

Uma reflexão sobre o fim e o recomeço

Colheita não é apenas uma história sobre uma aldeia em ruínas; é uma meditação sobre o fim dos ciclos — agrícolas, sociais e espirituais. A colheita, aqui, é tanto uma metáfora da fertilidade como da destruição. No fim, resta a pergunta: o que é realmente semeado quando o mundo começa a arder?

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Athina Rachel Tsangari entrega um filme poderoso e hipnótico, que desafia convenções e confirma o seu estatuto como uma das vozes mais originais do cinema europeu contemporâneo.

Al Pacino e Kiefer Sutherland Juntam-se em Father Joe: O Novo Thriller de Luc Besson Promete Sangue, Fé e Vingança

Nos anos 90 em Manhattan, um padre decide enfrentar o submundo do crime — e o resultado é explosivo.

Luc Besson está de volta aos filmes de acção com estilo, e desta vez traz dois pesos pesados do cinema: Al Pacino e Kiefer Sutherland. O novo projecto chama-se Father Joe e promete um duelo moral e físico entre um padre armado de fé (e armas de grosso calibre) e um impiedoso chefe da máfia nova-iorquina.

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Segundo o VarietySutherland interpreta o protagonista — um homem de fé que decide declarar guerra ao crime organizado na Nova Iorque dos anos 90. Pacino, por sua vez, será o poderoso mafioso cujo império entra em rota de colisão com a cruzada do padre. A jovem actriz Ever Anderson (a Natasha Romanoff em criança em Black Widow) junta-se ao elenco como uma mulher dividida entre a redenção e o perigo, sob a tutela de Father Joe.

A realização estará a cargo de Barthélémy Grossmann, conhecido por Arthur: Malediction, enquanto o argumento e a produção são assinados pelo próprio Luc Besson. As filmagens começam já em meados de Outubro.

Num comunicado, Sutherland confessou o entusiasmo:

“Sou fã de Luc Besson desde Subway. Como realizador e argumentista, tem uma capacidade única de entrelaçar drama e acção sem sacrificar nenhum dos dois. Estou entusiasmado por trabalhar com ele neste projecto.”

O regresso de Besson à velha forma?

Depois de altos e baixos — recorde-se Valerian and the City of a Thousand Planets, que dividiu fãs e críticos — Luc Besson parece regressar ao território que domina: acção estilizada, dilemas morais e personagens intensas.

O cineasta francês ainda colhe elogios pelo seu mais recente filme, Dracula: A Love Tale, protagonizado por Caleb Landry Jones, uma versão gótica e romântica do vampiro de Bram Stoker que estreou este verão em França com críticas positivas. O filme chega à América do Norte em Fevereiro de 2026, distribuído pela Vertical.

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“É uma história de amor acima de tudo — um Drácula visto sob uma nova luz, como um homem que procura a mulher perdida há quatrocentos anos”, explicou Besson, emocionado com a recepção do público.

Com Father Joe, o realizador parece pronto para trocar a capa do conde pela batina de um guerreiro urbano — e se o elenco cumprir o que promete, esta poderá ser a redenção cinematográfica que os fãs de O Quinto Elemento esperavam há anos.

“Drácula: Uma História de Amor” — Luc Besson Reinventa o Vampiro Mais Famoso do Mundo

Com Caleb Landry Jones, Christoph Waltz e o toque visual inconfundível de Besson, o filme estreia a 21 de Agosto nos cinemas

🧛‍♂️ Quando se junta o mito de Drácula com a sensibilidade visual de Luc Besson, o resultado promete ser tudo menos convencional. Drácula: Uma História de Amor estreia a 21 de Agosto nas salas de cinema portuguesas e é muito mais do que mais uma adaptação da lenda do vampiro imortal. É um épico gótico-romântico que funde sensualidade, tragédia e redenção com a assinatura visual do autor de Léon, o Profissional e O Quinto Elemento.

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Apresentado no Festival de Cannes de 2024, o filme propõe uma nova leitura da história de Vlad, o Empalador — desta vez, como um homem dilacerado entre a escuridão que o domina e a memória de um amor perdido que atravessa séculos.

Um Drácula com alma (e cicatrizes)

O protagonista é interpretado por Caleb Landry Jones, numa das performances mais intensas da sua carreira. O príncipe Vladimir, transformado em Drácula após renegar a fé na sequência da morte brutal da sua esposa, torna-se uma figura amaldiçoada — eternamente viva, mas consumida por dor e desejo. Séculos depois, o reencontro com o rosto da mulher que amou dá início a uma espiral de paixão, violência e esperança.

A acompanhar Caleb Landry Jones está o inconfundível Christoph Waltz, que encarna um perseguidor misterioso e filosófico, à altura do eterno dilema de Drácula: será o amor suficiente para quebrar a maldição?

O elenco conta ainda com Zoë BleuMatilda De AngelisEwens Abid e Guillaume de Tonquédec.

Luc Besson em modo gótico romântico — e ainda bem

Confesso: sou um fã incondicional de Luc Besson. E é impossível não reconhecer os traços que tornam o seu cinema tão singular. Há sempre um fascínio pela imagem, pela beleza estilizada da composição, pelos momentos de silêncio emocional entre explosões de acção. Está tudo aqui: a grandiosidade visual, os cenários luxuosos, os interiores quase barrocos, os movimentos de câmara coreografados como danças.

Rodado em Paris, com locações como o Hôtel de la Marine e o Palais Royal, o filme aposta numa estética decadente mas sedutora, tão gótica como romântica. É La Belle et la Bête com dentes afiados e alma ferida.

Para quem se apaixonou por filmes como O Quinto ElementoLucy, ou até o subestimado Valerian and the City of a Thousand Planets, este novo Drácula parece um regresso a forma: exagerado, visualmente opulento, emocionalmente carregado — e sempre com o coração no sítio certo.

Entre a eternidade e a esperança

Mais do que um filme sobre vampiros, Drácula: Uma História de Amor é uma história sobre luto, culpa e a impossibilidade de esquecer. Uma fábula sombria sobre o que acontece quando o tempo deixa de curar — e começa a castigar.

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📅 A estreia em Portugal está marcada para 21 de Agosto, com distribuição da NOS Audiovisuais. Para fãs de cinema fantástico, de Besson ou de narrativas com sangue quente e alma partida, esta é uma experiência a não perder.

Dracula: A Love Tale — Luc Besson Morde Bram Stoker com Estilo…

O novo filme do realizador de O Quinto Elemento aposta na estética gótica e no erotismo, mas perde-se numa história de amor tão superficial quanto estereotipada

Luc Besson está de volta ao cinema fantástico com Dracula: A Love Tale, uma ambiciosa adaptação (romântica, segundo o próprio) do clássico de Bram Stoker. Estreia a 30 de Julho em Portugal e promete mergulhar o espectador num ambiente gótico, sensual e visualmente exuberante — tudo ao estilo característico do realizador francês.

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Mas se a promessa era reinventar a lenda do mais célebre dos vampiros, o resultado é mais uma incursão nos terrenos batidos do cliché, com muito fogo-de-artifício visual e pouca substância emocional.

Um amor que atravessa os séculos… mas sem grande alma

A narrativa segue os passos do príncipe Vladimir e da princesa Elisabeta, cuja paixão trágica no coração da Transilvânia medieval acaba em maldição. O príncipe, desesperado pela morte da sua amada, blasfema contra Deus e é condenado à vida eterna como o temível Conde Drácula. Séculos depois, em plena Paris de 1889 (com a recém-erigida Torre Eiffel como pano de fundo), encontra uma jovem que acredita ser a reencarnação de Elisabeta: Mina.

Se esta premissa soa familiar, é porque o filme pisa exactamente os mesmos terrenos de Bram Stoker’s Dracula de Coppola, mas com menos profundidade e mais efeitos visuais.

Visualmente exuberante, narrativamente frouxo

Com um orçamento de 45 milhões de euros, Besson não poupou na produção: figurinos detalhados, cenários sumptuosos, planos rápidos como videoclipes e uma banda sonora arrebatadora de Danny Elfman, o compositor habitual de Tim Burton.

O elenco é igualmente ecléctico: Caleb Landry Jones (num Drácula perturbador e magnético), Zoë Bleu (filha de Rosanna Arquette, aqui numa prestação surpreendente e intensa como Elisabeta/Mina), Christoph Waltz como um enigmático padre e Guillaume de Tonquédec como médico. A diversidade do elenco é louvável, mas nem sempre serve a coerência do enredo.

E é justamente no coração emocional do filme — a tal “história de amor” — que tudo vacila.

Uma paixão de plástico

Besson explora abertamente o erotismo da lenda de Drácula, mas fá-lo de forma superficial e quase adolescente. O filme começa com uma cena sexual marcada por uma representação algo inquietante de dominação, e avança com uma sucessão de momentos que parecem saídos de um catálogo de paixões teen mal escritas. A ausência de diálogo real entre os protagonistas impede qualquer desenvolvimento emocional significativo.

Pior: a personagem feminina é reduzida a um espelho do desejo masculino. Elisabeta/Mina, apesar do talento de Zoë Bleu, vive eternamente sob o olhar e o capricho de Drácula, nunca sendo verdadeiramente agente da sua própria história. É uma musa sacrificada, passiva, silenciada — e esse é talvez o verdadeiro horror do filme.

Um regresso às origens… ou um passo atrás?

Besson volta a mergulhar no fantástico como fez em O Quinto Elemento, mas desta vez sem a ousadia que o caracterizou. Em vez de reinventar ou desafiar o texto original de Stoker, opta por uma leitura convencional e datada, onde a estética prevalece sobre a emoção, e o romantismo sobrevive à custa de lugares-comuns.

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Sim, há momentos visuais deslumbrantes. Sim, Caleb Landry Jones tem uma presença hipnótica. E sim, Zoë Bleu dá humanidade a uma personagem mal escrita. Mas Dracula: A Love Tale não consegue justificar a sua existência num panorama cinematográfico onde tantos outros já beberam (e melhor) do mesmo sangue literário.