Julia Fox em Polémica: Interrompe Marlon Wayans em Debate Sobre “Homens de Verdade” e é Acusada de “Feminismo Branco” 🎬🔥

A actriz foi criticada por interromper repetidamente o colega de elenco durante uma entrevista sobre masculinidade — e as redes sociais não perdoaram

O que era para ser uma conversa tranquila sobre masculinidade e cinema acabou por se transformar num debate viral sobre “feminismo branco” e respeito em conversas inter-raciais. Julia Fox, conhecida tanto pelas suas escolhas de moda arrojadas como pelas opiniões fortes, voltou a ser o centro das atenções — desta vez, por ter interrompido várias vezes o actor Marlon Wayans durante uma entrevista ao BAFTA.

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A dupla, acompanhada pelo actor Tyriq Withers, promovia o novo filme HIM, descrito como um thriller desportivo com toques de terror. A dada altura, a conversa desviou-se para um tema mais profundo: o que significa ser um “homem de verdade”. Foi então que tudo descambou.

Wayans começou por dizer que “um verdadeiro homem é um homem responsável”, mas mal conseguiu terminar a fraseantes de Fox o interromper com um sorriso irónico e a pergunta provocatória:

“Mas o que são ‘homens de verdade’?”

A partir daí, cada tentativa de Wayans para desenvolver o seu raciocínio foi interrompida por Fox, que argumentava que o conceito de “homem real” é apenas uma desculpa para comportamentos tóxicos. O actor, conhecido pelo humor afiado, ainda reagiu com bom espírito, atirando:

“Dito como um verdadeiro homem!”

Curiosamente, Fox não interrompeu o colega Tyriq Withers, que apresentou uma resposta semelhante à de Wayans, mas com um tom mais académico sobre vulnerabilidade e masculinidade — o que levou muitos internautas a apontar uma diferença de atitude que não passou despercebida.

O debate nas redes: empatia ou ego?

Nas redes sociais, o vídeo tornou-se viral e dividiu opiniões. Alguns elogiaram Fox por desafiar rótulos de género, com comentários como “Interrupt him, queen” ou “Ela tem razão, todos os homens são reais, independentemente do comportamento”.

Mas a outra metade da internet foi menos simpática. Muitos acusaram Fox de “feminismo performativo” e falta de respeito, especialmente por ter interrompido um homem negro enquanto ele falava sobre masculinidade — um tema que, como vários utilizadores sublinharam, tem camadas de vivência racial que Fox aparentemente ignorou.

Um comentário muito partilhado resumia assim o desconforto:

“Isto é o problema do feminismo branco. Julia não percebe que o feminismo tem contextos diferentes quando se fala com homens negros. Não é só uma mulher a interromper um homem — é uma mulher branca a falar por cima de um homem negro.”

Outros recordaram ainda que Wayans é pai de um filho transgénero, e que já falou publicamente sobre desconstruir o que significa “ser homem” através dessa experiência — algo que, segundo muitos, Fox deveria ter considerado antes de o interromper.

Um “debate” que se tornou espelho cultural

No fim, o episódio acabou por ser mais do que uma simples entrevista desastrada. Tornou-se um espelho das tensões dentro do próprio feminismo contemporâneo — entre empatia e ego, entre escuta e interrupção, entre a vontade de falar e a necessidade de ouvir.

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Julia Fox, fiel à sua reputação, ainda não comentou a polémica. Mas se o objectivo era “provocar conversa”, missão cumprida: o público está a falar — e muito.

Os Excluídos: Paul Giamatti Brilha no Regresso de Alexander Payne à Comédia Dramática 🎄🎬

O filme que emocionou Hollywood estreia a 12 de outubro no TVCine Top

Um professor rabugento, um aluno rebelde e uma cozinheira em luto. Três almas perdidas, três vidas à deriva, unidas pelo acaso de passarem o Natal juntos num colégio vazio. É assim que começa Os Excluídos, o filme que devolve Alexander Payne (Sideways, Os Descendentes) à sua forma mais humana e comovente — e que chega ao TVCine Top, em estreia exclusiva no sábado, 12 de outubro, às 21h35 (também disponível no TVCine+).

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🎓 Uma história sobre solidão, humor e redenção

Nos anos 70, num colégio interno da Nova Inglaterra, o professor Paul Hunham (interpretado magistralmente por Paul Giamatti) é detestado por todos — alunos, colegas e até pela direção. Cínico, antiquado e solitário, vê-se forçado a passar o Natal no campus para supervisionar um grupo de estudantes que não têm para onde ir.

Quando os restantes partem, sobram apenas dois: Angus (o estreante Dominic Sessa), um jovem brilhante mas problemático, e Mary (a extraordinária Da’Vine Joy Randolph), a cozinheira da escola, que ainda tenta lidar com a morte recente do filho.

O que se segue é uma comédia dramática de personagens improváveis, cheia de ironia, afeto e pequenas epifanias. O humor nasce da convivência forçada e do contraste entre as personalidades, mas também de uma ternura discreta — a de quem, sem perceber, encontra numa família improvisada o consolo que faltava.

🏆 Do Oscar ao BAFTA: o sucesso de Os Excluídos

O filme foi um dos grandes triunfos da última temporada de prémios:

  • Paul Giamatti recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Ator;
  • Da’Vine Joy Randolph conquistou o Óscar de Melhor Atriz Secundária, além de um BAFTA e um Critics Choice Award;
  • E Alexander Payne foi novamente aclamado pela crítica, regressando à sua zona de conforto — a observação melancólica e divertida da condição humana.

Com o seu toque característico de humor agridoce, Payne constrói uma história sobre exclusão, empatia e segundas oportunidades, que brilha tanto pela escrita como pelas interpretações.

🎄 Um filme para quem já se sentiu fora de lugar

Mais do que um drama de Natal, Os Excluídos é uma carta de amor às pessoas que vivem nas margens — aos que não se encaixam, mas ainda assim aprendem a encontrar o seu lugar.

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Com a fotografia suave e nostálgica que remete aos anos 70 e uma banda sonora subtilmente emocional, o filme confirma aquilo que Payne faz de melhor: encontrar humanidade nas imperfeições.

📅 Estreia: Sábado, 12 de outubro, às 21h35

📺 Canal: TVCine Top (também no TVCine+)

Eduardo Serra: O Mestre da Luz Português que Conquistou Hollywood

A morte de Eduardo Serra, aos 81 anos, deixa o cinema português e internacional mais pobre. O diretor de fotografia, considerado o mais internacional da sua área em Portugal, construiu uma carreira marcada pela elegância da luz e pela profundidade visual com que enriquecia cada filme.

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Um artista da imagem

Para o realizador João Mário Grilo, que trabalhou com Serra em O Processo do Rei (1989), esta foi uma “aliança decisiva”. A recriação visual do século XVII português exigia mais do que técnica: precisava de inteligência e sensibilidade, atributos que Serra dominava como poucos.

“Não era apenas um técnico, era um artista muito talentoso”, recordou Grilo, sublinhando que o diretor de fotografia conseguia explicar a razão de cada luz e cada plano, como se fosse um pintor a desenhar na tela do cinema.

Duas nomeações aos Óscares e um BAFTA

Nascido em Lisboa, em 1943, Eduardo Serra tornou-se referência mundial. Foi nomeado duas vezes para os Óscares, por As Asas do Amor (1997) e Rapariga com Brinco de Pérola (2003), este último também distinguido com o BAFTA de Melhor Fotografia. A recriação da luz da pintura flamenga nesse filme é hoje considerada uma das mais belas traduções visuais da história da arte para o cinema.

Colaborações internacionais e blockbusters

A sua carreira no estrangeiro levou-o a trabalhar com nomes como Claude ChabrolPatrice LeconteMichael WinterbottomM. Night Shyamalan e Edward Zwick. Foi também responsável pela fotografia de dois filmes da saga Harry Potter, levando a sua assinatura estética a um dos maiores fenómenos de bilheteira da história do cinema.

Portugal no percurso

Apesar do sucesso internacional, Eduardo Serra não se desligou de Portugal. Trabalhou com realizadores como José Fonseca e Costa (A Mulher do Próximo, 1988), Luís Filipe Rocha (Amor e Dedinhos de Pé, 1991) e Fernando Lopes(O Delfim, 2001). Cada colaboração foi marcada por uma atenção exímia à atmosfera e à textura visual da narrativa.

Uma carreira sem paralelo

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou pesar pela morte do cineasta, lembrando “uma carreira internacional que não tem paralelo entre os diretores de fotografia portugueses” e o seu contributo “decisivo para a luz e a imagem” no cinema mundial.

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De Lisboa a Hollywood, passando por Paris, Eduardo Serra deixa um legado maior do que a soma das suas imagens: deixa-nos a certeza de que a luz, nas mãos certas, pode transformar-se em poesia.

🎬 Óscares 2025: “Anora” Assume Favoritismo Após Dupla Vitória nos Prémios dos Sindicatos 🏆

A corrida aos Óscares 2025 acaba de ganhar um novo líder: “Anora”, de Sean Baker, que conquistou dois dos mais importantes prémios da temporada este fim de semana, tornando-se o principal candidato à estatueta de Melhor Filme.

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📌 Vitórias Cruciais:

🏆 Melhor Filme – Sindicato dos Produtores (PGA)

🏆 Melhor Realização – Sindicato dos Realizadores (DGA)

Os PGA e os DGA são considerados os melhores termómetros para prever os vencedores da cerimónia da Academia, marcada para 2 de marçoNos últimos 22 anos, 19 vencedores do DGA levaram o Óscar de Melhor Realização, e em 16 dos últimos 21 anos, o vencedor do PGA levou o Óscar de Melhor Filme.

Com estas conquistas, “Anora” ultrapassa os até então favoritos “O Brutalista”“Emília Pérez” e “Wicked”, tornando-se o filme a bater nesta temporada de prémios.

🎞 “Anora”: Um Romance Turbulento Que Conquistou Hollywood

O filme de Sean Baker, vencedor da Palma de Ouro em Cannes, conta a história de uma jovem stripper de Nova Iorque que se casa com o filho de um multimilionário russo, num romance tão apaixonante quanto condenado ao fracasso.

Apesar de ter apenas seis nomeações aos Óscares, menos do que alguns rivais como “Emília Pérez” (13 nomeações) e “O Brutalista” (10 nomeações), “Anora” dominou a reta final da temporada com um desempenho inesperado.

🏆 A Noite Triunfal de “Anora” nos Prémios dos Sindicatos

🎥 Prémios do Sindicato dos Realizadores (DGA)

O realizador Sean Baker superou nomes de peso como:

✅ Jacques Audiard (Emília Pérez)

✅ Edward Berger (Conclave)

✅ James Mangold (A Complete Unknown)

✅ Brady Corbet (O Brutalista), o grande favorito da noite

🗣 “O meu síndrome do impostor está a disparar agora, assim como meus níveis de cortisol. É uma honra ser reconhecido pelos meus colegas.” – Sean Baker

A importância desta vitória? Nos últimos 22 anos, apenas três vencedores do DGA não levaram o Óscar de Melhor Realização.

🎬 Prémios do Sindicato dos Produtores (PGA)

Já nos PGA, “Anora” superou um leque de candidatos de peso:

✅ “O Brutalista”

✅ “A Complete Unknown”

✅ “Conclave”

✅ “Emília Pérez”

✅ “Wicked”

✅ “O Atentado de 5 de Setembro”

✅ “Dune – Duna: Parte 2”

✅ “A Substância”

✅ “A Verdadeira Dor”

Os PGA usam um sistema de voto preferencial, o mesmo dos Óscares, onde os votantes ordenam os filmes por preferência. Nos últimos 21 anos, 16 vencedores do PGA também ganharam o Óscar de Melhor Filme, reforçando a posição de “Anora” como favorito.

🏆 Outros Grandes Vencedores da Noite

🎬 DGA – Melhor Realizador Estreante

🏆 RaMell Ross – “Nickel Boys”

Filme também nomeado para Melhor Argumento Adaptado e Melhor Filme nos Óscares.

📺 DGA – Melhor Direção em TV

🏆 Série de Drama: “Shōgun”

🏆 Série de Comédia: “Hacks”

🏆 Minisséries: “Ripley”

🎞 PGA – Melhor Animação

🏆 “Robot Selvagem”

Superou “Flow – À Deriva”, “Divertida-Mente 2”, “Vaiana 2” e “Wallace & Gromit: A Vingança das Aves”.

Nos 19 anos desta categoria, PGA e Óscares coincidiram 14 vezes.

📽 PGA – Melhor Documentário

🏆 “Super/Homem: A História de Christopher Reeve”

Curiosamente, não foi nomeado para os Óscares.

🎭 E Agora? Os BAFTA São o Último Obstáculo Antes dos Óscares

O próximo grande teste para “Anora” será nos BAFTA 2025, no próximo domingo, 16 de fevereiro.

Se vencer novamente, será praticamente imbatível na corrida aos Óscares.

Os BAFTA frequentemente alinham-se com os vencedores da Academia – e a expectativa é que Hollywood tenha finalmente encontrado o seu grande favorito de 2025.

🔥 “Anora” Consegue Manter o Impulso Até 2 de Março?

Com as vitórias nos PGA e DGA, Sean Baker e “Anora” estão no caminho certo para o maior prémio do cinema.

Mas os BAFTA e os votos finais dos membros da Academia serão decisivos.

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📅 A votação para os Óscares decorre de 11 a 18 de fevereiro.

💡 Será que “Anora” consegue a consagração total ou veremos uma reviravolta inesperada?

“The Elephant Man”: O clássico emocional que revolucionou o cinema

Lançado em 1980The Elephant Man é um dos filmes mais comoventes e impactantes do cinema, explorando a história verídica de Joseph Merrick (chamado John no filme), um homem severamente deformado que viveu na Londres vitoriana. Com um olhar sensível sobre a dignidade humana, a compaixão e a crueldade da sociedade, o filme rapidamente se tornou um clássico, consagrando-se como uma das obras mais acessíveis de David Lynch.

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Com um elenco de luxo, liderado por John HurtAnthony Hopkins e Anne Bancroft, a produção arrebatou oito nomeações aos Óscares, provocando até mudanças na Academia ao destacar a importância do trabalho de maquilhagem no cinema. Mas o que torna esta obra tão especial?

A história de um homem que desafiou a sociedade

O filme baseia-se em relatos reais e no livro The Elephant Man and Other Reminiscences (1923), de Frederick Treves, o médico que descobriu John Merrick num espetáculo de aberrações na Londres do século XIX.

Merrick, tratado como uma mera curiosidade grotesca, encontra um inesperado defensor no doutor Treves (Anthony Hopkins), que percebe que por trás da sua aparência existe um homem inteligente e sensível. O filme acompanha a luta de Merrick para ser tratado como humano, enquanto é tanto acolhido pela elite londrina quanto explorado por aqueles que apenas o veem como um espetáculo ambulante.

A performance de John Hurt é assombrosa, transmitindo toda a fragilidade e doçura do personagem, mesmo sob camadas pesadas de maquilhagem. A icónica cena em que Merrick clama “Eu não sou um animal! Sou um ser humano!” é um dos momentos mais marcantes do cinema.

David Lynch e o impacto visual de “The Elephant Man”

Conhecido pelo seu estilo surreal e perturbador, David Lynch surpreendeu ao entregar um filme mais convencional e emocional, mas sem perder sua identidade visual.

Rodado em preto e branco, com a fotografia magistral de Freddie Francis, o filme recria a atmosfera sombria da Londres vitoriana, transportando-nos para um mundo de sombras e neblina, onde a monstruosidade não está no protagonista, mas sim na crueldade das pessoas ao seu redor.

A banda sonora, que inclui o Adagio for Strings de Samuel Barber, reforça o tom melancólico da obra e eleva os momentos mais emocionantes a um nível arrebatador.

O legado e as nomeações ao Óscar

Apesar de ser um dos grandes favoritos dos ÓscaresThe Elephant Man saiu de mãos vazias na cerimónia de 1981, perdendo para Gente Vulgar (Ordinary People). No entanto, o filme teve um impacto duradouro na indústria, especialmente pelo seu trabalho revolucionário em maquilhagem e efeitos visuais.

A ausência de reconhecimento levou a Academia a criar, no ano seguinte, o prémio de Melhor Maquilhagem, garantindo que trabalhos como o de Christopher Tucker em The Elephant Man não fossem mais ignorados.

Além disso, o filme arrecadou três prémios BAFTA, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator para John Hurt, e ainda venceu um César na categoria de Melhor Filme Estrangeiro.

O que torna “The Elephant Man” uma obra intemporal?

Mais do que um drama biográfico, The Elephant Man é um filme que questiona a empatia humana e o preconceito, desafiando os espectadores a olharem além das aparências.

Com uma história comovente, performances inesquecíveis e uma abordagem visual impecável, o filme continua a tocar gerações e permanece um dos trabalhos mais icónicos de David Lynch.

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Se ainda não viste The Elephant Man, prepara-te para uma experiência cinematográfica emocionante e inesquecível. E se já viste, partilha connosco a tua opinião nas redes sociais do Clube de Cinema! 🎬✨