Os Excluídos: Paul Giamatti Brilha no Regresso de Alexander Payne à Comédia Dramática 🎄🎬

O filme que emocionou Hollywood estreia a 12 de outubro no TVCine Top

Um professor rabugento, um aluno rebelde e uma cozinheira em luto. Três almas perdidas, três vidas à deriva, unidas pelo acaso de passarem o Natal juntos num colégio vazio. É assim que começa Os Excluídos, o filme que devolve Alexander Payne (Sideways, Os Descendentes) à sua forma mais humana e comovente — e que chega ao TVCine Top, em estreia exclusiva no sábado, 12 de outubro, às 21h35 (também disponível no TVCine+).

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🎓 Uma história sobre solidão, humor e redenção

Nos anos 70, num colégio interno da Nova Inglaterra, o professor Paul Hunham (interpretado magistralmente por Paul Giamatti) é detestado por todos — alunos, colegas e até pela direção. Cínico, antiquado e solitário, vê-se forçado a passar o Natal no campus para supervisionar um grupo de estudantes que não têm para onde ir.

Quando os restantes partem, sobram apenas dois: Angus (o estreante Dominic Sessa), um jovem brilhante mas problemático, e Mary (a extraordinária Da’Vine Joy Randolph), a cozinheira da escola, que ainda tenta lidar com a morte recente do filho.

O que se segue é uma comédia dramática de personagens improváveis, cheia de ironia, afeto e pequenas epifanias. O humor nasce da convivência forçada e do contraste entre as personalidades, mas também de uma ternura discreta — a de quem, sem perceber, encontra numa família improvisada o consolo que faltava.

🏆 Do Oscar ao BAFTA: o sucesso de Os Excluídos

O filme foi um dos grandes triunfos da última temporada de prémios:

  • Paul Giamatti recebeu uma nomeação ao Óscar de Melhor Ator;
  • Da’Vine Joy Randolph conquistou o Óscar de Melhor Atriz Secundária, além de um BAFTA e um Critics Choice Award;
  • E Alexander Payne foi novamente aclamado pela crítica, regressando à sua zona de conforto — a observação melancólica e divertida da condição humana.

Com o seu toque característico de humor agridoce, Payne constrói uma história sobre exclusão, empatia e segundas oportunidades, que brilha tanto pela escrita como pelas interpretações.

🎄 Um filme para quem já se sentiu fora de lugar

Mais do que um drama de Natal, Os Excluídos é uma carta de amor às pessoas que vivem nas margens — aos que não se encaixam, mas ainda assim aprendem a encontrar o seu lugar.

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Com a fotografia suave e nostálgica que remete aos anos 70 e uma banda sonora subtilmente emocional, o filme confirma aquilo que Payne faz de melhor: encontrar humanidade nas imperfeições.

📅 Estreia: Sábado, 12 de outubro, às 21h35

📺 Canal: TVCine Top (também no TVCine+)

Fernanda Torres no Júri de Veneza: Um Regresso Triunfal ao Festival que a Consagrou

🎬 Um ano depois de ter brilhado com Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres regressa a Veneza — desta vez do outro lado da cortina. A actriz e argumentista brasileira foi escolhida para integrar o júri principal da 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que decorre entre 27 de Agosto e 6 de Setembro.

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É um regresso com sabor a consagração: em 2024, Ainda Estou Aqui arrecadou o prémio de Melhor Argumento no Lido e acabaria por conquistar o Óscar de Melhor Filme Internacional. Agora, cabe a Fernanda ajudar a decidir quem sucede aos vencedores, ao lado de nomes de peso do cinema mundial.

Um júri com estrelas e autores

O júri que decidirá o Leão de Ouro — o prémio máximo do festival — será presidido pelo realizador norte-americano Alexander Payne, conhecido por filmes como Nebraska ou The Descendants. Juntam-se a ele:

  • A actriz chinesa Zhao Tao, presença marcante no cinema de Jia Zhangke e vencedora do Leão de Ouro com Natureza Morta (2006).
  • O francês Stéphane Brizé, realizador de O Valor de um Homem.
  • A italiana Maura Delpero, autora de Maternal.
  • O romeno Cristian Mungiu, Palma de Ouro em Cannes por 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
  • O iraniano Mohammad Rasoulof, cineasta dissidente que ganhou o Urso de Ouro com There Is No Evil.

É um painel que equilibra vozes femininas, olhares autorais e uma diversidade cultural notável — com Fernanda Torres a representar o cinema em língua portuguesa ao mais alto nível.

Horizontes e primeiras obras: Júris alternativos também revelados

Na secção Horizontes, dedicada às novas linguagens do cinema, o destaque vai para a presidente do júri, Julia Ducournau, que venceu a Palma de Ouro em Cannes com Titane. Com ela estarão:

  • O artista visual italiano Yuri Ancarani;
  • O crítico argentino Fernando Enrique Juan Lima;
  • A realizadora australiana Shannon Murphy;
  • E o cineasta e fotógrafo norte-americano RaMell Ross.

Já o júri do Prémio Luigi De Laurentiis, que distingue a melhor primeira obra, será liderado pela britânica Charlotte Wells (Aftersun), com Erige Sehiri (França/Tunísia) e Silvio Soldini (Itália).

Uma edição cheia de simbolismo… e cinema de qualidade

A 82.ª edição do festival abrirá com “La Grazia”, o novo filme do italiano Paolo Sorrentino, e prestará uma homenagem especial à lendária Kim Novak, com a atribuição do Leão de Ouro de Carreira.

E para os amantes do cinema português, há uma pérola imperdível: “Aniki Bóbó”, o primeiro filme de Manoel de Oliveira, será exibido numa secção dedicada a obras-primas restauradas — uma curadoria pessoal do director artístico Alberto Barbera.

Um símbolo do reconhecimento internacional da lusofonia

O convite a Fernanda Torres não é apenas um reconhecimento do seu talento individual — é também um marco para o cinema falado em português num dos palcos mais importantes do mundo. Depois do impacto de Ainda Estou Aqui, este regresso sela um ciclo de afirmação internacional para a actriz e para o cinema brasileiro, num festival que nunca deixou de valorizar o olhar autoral.

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Com Alexander Payne ao leme, e Fernanda como parte integrante do júri, a edição de 2025 do Festival de Veneza promete um equilíbrio entre tradição e novidade, emoção e reflexão — como só o grande cinema sabe fazer.


🎬 Alexander Payne preside ao Júri do Festival de Veneza 2025 e prepara novos projetos surpreendentes

O realizador norte-americano Alexander Payne, conhecido por filmes como Sideways e The Holdovers, foi nomeado Presidente do Júri da 82.ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza, que decorre de 27 de agosto a 6 de setembro de 2025.

Além deste papel de destaque num dos mais prestigiados festivais de cinema do mundo, Payne está a desenvolver não um, mas dois novos projetos cinematográficos muito aguardados.

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🎥 Um Western diferente de tudo o que já vimos

Alexander Payne está a preparar um western passado em 1886 no Nebraska, uma história que promete reinventar o género tradicional. A colaboração repete a parceria com David Hemingson, argumentista de The Holdovers, e terá novamente Paul Giamatti no elenco principal.

Segundo Hemingson, o novo western será “como nenhum outro já visto”, combinando a abordagem humanista e subtil que caracteriza o cinema de Payne com o cenário clássico do velho oeste.

O projeto encontra-se em fase de pré-produção e deverá arrancar filmagens ainda em 2025.


🌍 Primeira longa-metragem europeia de Payne

Simultaneamente, Alexander Payne prepara-se para realizar o seu primeiro filme europeu, falado em dinamarquês e rodado no meio rural da Dinamarca. Financiado exclusivamente com apoio europeu, este novo desafio marca uma mudança importante na carreira do realizador, conhecido pela sua visão profundamente americana.

Ainda não foram revelados detalhes sobre o enredo, mas a expectativa é alta dada a reputação de Payne para retratar personagens complexas e situações existenciais.


🏆 Festival de Veneza 2025: a missão de Alexander Payne

Como Presidente do Júri, Payne terá a responsabilidade de liderar a escolha dos vencedores do Leão de Ouro e outros prémios oficiais do certame. A direção da Biennale descreveu-o como “um mestre da observação da alma humana”, sublinhando que a sua perspetiva artística é perfeita para a missão de Veneza.

Payne junta-se assim a uma lista ilustre de presidentes anteriores que inclui cineastas como Martin Scorsese, Guillermo del Toro e Bong Joon-ho.

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