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Scarlett Johansson Recusa Pressões e Mantém Referência ao Holocausto no Seu Primeiro Filme como Realizadora

Eleanor the Great estreia a 12 de Dezembro no Reino Unido, após Johansson rejeitar alterar o núcleo moral e temático da narrativa.

Scarlett Johansson não podia ter escolhido um desafio pequeno para a sua estreia na realização. Eleanor the Great, o seu primeiro filme atrás das câmaras, aborda temas delicados — identidade, mentira, memória — e fá-lo através de uma personagem idosa que afirma ser sobrevivente do Holocausto, apesar de essa história ser uma invenção. Mas antes mesmo de começar a filmar, Johansson viu-se confrontada com pressões inesperadas para alterar profundamente esta premissa.

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Em entrevista ao The Telegraph, a actriz revelou que um dos financiadores do projecto tentou obrigá-la a retirar qualquer referência ao Holocausto, alegando desconforto com essa parte do guião. O pedido surgiu quando faltava apenas um mês para o início das filmagens, depois de longos meses de preparação, ensaios e construção narrativa já estarem concluídos. A exigência era explícita: manter o filme, mas eliminar o elemento central que lhe dá forma, gravidade e sentido moral.

“Adoramos o filme, Scarlett, mas não gostamos assim tanto da parte do Holocausto. A personagem pode mentir sobre outra coisa?”, terá dito o investidor. A realizadora não cedeu. Descrever esse pedido como incompreensível foi o mínimo; Johansson explicou que não estava perante uma questão logística ou financeira, mas sim uma tentativa de amputar a essência da obra. “Se não fosse sobre o Holocausto, sobre o que seria? Não deram alternativa. Apenas disseram que isto era um problema”, afirmou.

A recusa teve consequências: o financiador abandonou o projecto. Ainda assim, Eleanor the Great conseguiu manter-se de pé e chegará às salas britânicas a 12 de Dezembro, preservando intacto aquilo que Johansson definiu como “a pior mentira imaginável” — precisamente o que torna a narrativa tão desconfortável, mas também tão necessária. O filme explora o impacto devastador de uma mentira que cresce até se tornar incontrolável, reflectindo sobre culpa, identidade e as fronteiras éticas da memória colectiva.

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Para Johansson, este episódio revela até que ponto certas histórias continuam a suscitar tensões profundas — e porque é que não devem ser suavizadas quando o objectivo é confrontar o público com verdades difíceis. A estreia de Eleanor the Great, marcada por coragem criativa e resistência a pressões externas, promete fazer correr muita tinta e abrir debates sobre representação, responsabilidade histórica e liberdade artística.

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