O clássico adolescente regressa em versão musical, com novas canções e velhas rivalidades
Há filmes que definem gerações — e Mean Girls é, sem dúvida, um deles. Agora, vinte anos depois do original que se tornou fenómeno cultural, a história regressa numa nova versão musical, pronta para conquistar uma nova geração de espectadores. Mean Girls estreia na televisão portuguesa no dia 1 de Janeiro, às 21h30, numa noite perfeita para começar o ano com humor, música e alguma maldade bem coreografada.
Esta nova adaptação parte do musical da Broadway, que por sua vez nasceu do filme de 2004 escrito por Tina Fey, mantendo o espírito mordaz que sempre caracterizou a história, mas acrescentando-lhe números musicais e uma energia renovada.
ler também : Chevy Chase Sem Filtros: O Documentário Que Mostra o Comediante Tal Como Ele É — e Ele Aceita
Cady Heron entra na selva social do liceu
A protagonista é Cady Heron, uma adolescente que passou grande parte da infância fora dos Estados Unidos, longe do sistema escolar tradicional. Ao chegar a um liceu americano, depara-se com um microcosmo feroz, dominado por hierarquias sociais rígidas, aparências cuidadosamente construídas e jogos de poder dignos de uma corte real.
Rapidamente, Cady chama a atenção das Plásticas — o grupo de raparigas mais populares da escola. Bonitas, influentes e temidas, as Plásticas são lideradas por Regina George, a indiscutível “rainha” do liceu. O problema surge quando Cady se apaixona por Aaron Samuels, o ex-namorado de Regina. A partir desse momento, o equilíbrio frágil do grupo começa a ruir.
Popularidade: um jogo com custos elevados
Incentivada por novas amizades, Cady aceita infiltrar-se no grupo das Plásticas com o objectivo de derrubar Regina. Mas aquilo que começa como uma missão quase ingénua transforma-se rapidamente numa espiral de rivalidades, traições e perda de identidade.
À medida que o estatuto social aumenta, Cady começa a afastar-se da pessoa que era. O filme acompanha essa transformação com ironia e humor, mostrando como o desejo de pertença pode facilmente tornar-se uma armadilha. Mean Girls continua a ser, acima de tudo, uma sátira afiada sobre adolescência, poder e a crueldade subtil — e nem sempre tão subtil — das relações sociais.
Um musical que respeita o legado
Realizado por Samantha Jayne e Arturo Perez Jr., este Mean Girls assume sem pudor a sua natureza musical. As canções ajudam a amplificar emoções, conflitos e exageros típicos do universo adolescente, sem perder o tom irreverente que tornou a história tão memorável.
Tina Fey regressa ao projecto, não só como argumentista, mas também em frente às câmaras, no papel da professora de matemática Ms. Norbury. O elenco jovem dá nova vida às personagens icónicas, com Angourie Rice como Cady Heron e Renée Rapp como uma Regina George carismática, dominante e deliciosamente cruel. Destacam-se ainda Auliʻi Cravalho e Christopher Briney, que completam um conjunto afinado e energético.
Uma história que continua actual
Apesar de ter mudado de formato, Mean Girls continua surpreendentemente актуado. As dinâmicas de exclusão, a obsessão com estatuto e a pressão para corresponder a expectativas sociais permanecem tão relevantes hoje como há duas décadas — talvez até mais, numa era dominada pelas redes sociais.
Este regresso em versão musical não tenta substituir o original, mas dialogar com ele, oferecendo uma leitura contemporânea que mantém o humor ácido e a crítica social intactos.
ler também : David Spade Viveu 25 Anos Convencido de Que Eddie Murphy o Detestava — Tudo por Causa de Uma Piada
A forma perfeita de começar o ano
Leve, divertida e com uma boa dose de ironia, Mean Girls é uma escolha certeira para a primeira noite do ano. Uma comédia que diverte, canta e, pelo caminho, lembra que nem sempre ser popular é sinónimo de ser feliz.



No comment yet, add your voice below!