Se gosta de histórias dentro de histórias dentro de outras histórias, e se sente atraído, como o vosso humilde escriba por temas que nos levantam os cabelos atrás na nuca.
Esta é uma daquelas histórias que surgiu nas redes sociais sobre a fotografia no Hotel de Shining, a versão filmada por Stanley Kubrick e com o maravilhoso Jack Nicholson. No filme é dada alguma relevância a uma foto duma festa passada no passado algures nos anos 20, enquanto a acção presente passa-se algures no final dos anos 70:
No coração de Londres, numa noite de dezembro de 1923, o ar estava carregado de excitação. O Winter Gala do Grand Imperial Hall era o evento mais aguardado da temporada. Elegantes damas em vestidos de seda cintilantes e cavalheiros de smokings impecáveis desfilavam pelas escadarias iluminadas a gás, prontos para uma noite de música, dança e decadência.
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Entre os presentes estava Santos Casani, uma figura ilustre no cenário das danças de salão. Conhecido pela sua elegância e carisma, ele era a estrela da noite. Convidado especial e mestre de cerimónias, Casani encantava a elite londrina com as suas demonstrações de valsa e tango, danças que ele ajudara a popularizar.
A noite prometia ser memorável, mas o que ninguém sabia é que aquela celebração guardaria um segredo que transcenderia o tempo.
Um Estranho Convidado
A festa estava em pleno vapor quando um homem misterioso entrou no salão. Ele não parecia deslocado, mas havia algo nele que captava a atenção. Era o seu sorriso, um pouco largo demais, e o olhar penetrante que parecia ver além do que os outros conseguiam. Ele apresentou-se como Jack Torrance, um escritor americano que afirmava estar de passagem por Londres.
Jack foi rapidamente recebido por Casani, que, encantado com o sotaque americano e a curiosidade sobre as danças europeias, convidou-o a juntar-se ao grupo principal. A conversa fluiu facilmente, mas havia algo em Jack que inquietava os presentes. Ele parecia saber mais sobre cada pessoa do que seria possível para um estranho.
O Fotógrafo
Enquanto a festa continuava, um fotógrafo foi chamado para registrar a ocasião. Os convidados posaram com entusiasmo, formando um grupo no centro do salão, sob o enorme lustre de cristal. Santos Casani, claro, estava na linha da frente, ladeado por figuras proeminentes da alta sociedade londrina. E Jack, com o seu sorriso perturbador, posicionou-se casualmente ao lado de Casani.
O flash da câmara iluminou o salão, congelando aquele momento para a eternidade.
Um Segredo Descoberto
Décadas depois, a fotografia reapareceu. Santos Casani, facilmente reconhecível pelos historiadores da dança, foi rapidamente identificado. Mas a presença de Jack Torrance era um mistério. Não havia registros de um escritor americano em Londres naquela época, e ninguém conseguia explicar como ele surgira na fotografia.
Especialistas notaram que Jack parecia deslocado na imagem. Havia algo na sua expressão e postura que destoava do resto. A pesquisa aprofundou-se, revelando que o negativo original tinha sido manipulado. Contudo, ninguém conseguiu explicar como ou porquê. Alguns especulavam que Jack Torrance era uma figura metafísica, um reflexo de algo ou alguém que não pertencia àquele tempo.
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A Maldição da Imagem
Com o passar dos anos, a fotografia tornou-se objeto de fascínio e teorias. Historiadores sugeriram que Jack Torrance não era apenas um visitante do passado, mas um símbolo de algo mais sombrio, um eco do sobrenatural que transcendeu o tempo. A fotografia foi considerada amaldiçoada, e qualquer um que passasse muito tempo a estudá-la relatava sonhos inquietantes e uma sensação de ser observado.
O baile de 1923, que deveria ser apenas uma noite de glamour e dança, tornou-se um enigma. A presença de Jack Torrance naquela fotografia transformou a memória de um evento exuberante numa história de mistério e terror, destinada a perdurar como uma lenda urbana que ainda hoje assombra aqueles que ousam explorar os segredos do passado.
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