A atriz belga Émilie Dequenne, que conquistou o mundo do cinema aos 18 anos com Rosetta (1999), faleceu aos 43 anosvítima de um cancro raro. A sua precoce e notável carreira, marcada por interpretações intensas e papéis desafiantes, chegou a um fim prematuro, mas o seu legado permanecerá para sempre na história do cinema europeu.

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O Fenómeno “Rosetta”: Uma Estreia Triunfante Que Entrou Para a História 🏆🎞️

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A história de Émilie Dequenne no cinema começou de forma explosiva. Sem qualquer experiência anterior, a jovem atriz belga conquistou um papel principal logo na sua primeira audição, protagonizando Rosetta (1999), o impactante drama dos irmãos Luc e Jean-Pierre Dardenne.

O filme, que retrata a luta de uma jovem pela sobrevivência num mundo hostil, venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes, e Dequenne recebeu o prémio de Melhor Atriz pelo seu desempenho visceral e autêntico.

A forma como interpretou Rosetta, uma jovem obstinada que luta desesperadamente por um emprego e uma vida melhor, emocionou o mundo e marcou para sempre a sua carreira.

Um Talento Que Ultrapassou Barreiras e Estereótipos 🎭🌟

Após o fenómeno de Rosetta, Dequenne enfrentou um desafio comum a muitos jovens atores: evitar ficar presa ao estereótipo do seu primeiro grande papel.

E fê-lo com mestria. Nos anos seguintes, demonstrou uma versatilidade impressionante, interpretando personagens de todos os espectros sociais, desde burguesas ricas a cabeleireiras apaixonadas, passando por mães atormentadas e vítimas de tragédias pessoais.

Um dos seus papéis mais marcantes surgiu em 2012, no filme Os Nossos Filhos, onde interpretou uma mãe infanticida. O seu desempenho arrebatador valeu-lhe o prémio de Melhor Atriz na secção Un Certain Regard do Festival de Cannes.

Entre outros destaques da sua carreira estão:

• “O Pacto dos Lobos” (2001) – Uma superprodução francesa onde interpretou uma condessa ao lado de Vincent Cassel e Monica Bellucci.

• “La Fille du RER” (2009) – Dirigido por André Téchiné, onde viveu uma jovem que mente sobre um ataque antissemita.

• “Pas son Genre” (2014) – Uma cabeleireira de província apaixonada por um professor de filosofia.

• “As Coisas Que Dizemos, As Coisas Que Fazemos” (2020) – Onde interpretou uma mulher rica e infeliz no amor, papel que lhe valeu um César (o Óscar do cinema francês) de Melhor Atriz Secundária.

• “Close” (2022) – Um dos seus últimos filmes, vencedor do Grande Prémio do Júri de Cannes e nomeado para o Óscar de Melhor Filme Internacional.

A Luta Contra o Cancro e a Última Passadeira Vermelha 🩺🎗️

Em outubro de 2023, Émilie Dequenne revelou ao mundo que tinha sido diagnosticada com carcinoma adrenocortical, um cancro raro e agressivo.

Durante meses, enfrentou a doença com coragem e partilhou a sua luta nas redes sociais, alertando para a importância da investigação e do apoio aos doentes oncológicos.

Em maio de 2024, apareceu pela última vez no Festival de Cannes, sorridente, apesar do cabelo curto e ralo devido aos tratamentos. Voltou à passadeira vermelha para celebrar o 25.º aniversário de “Rosetta” e apresentar o seu último filme, “Survivre”, cujo título simbolizava a sua própria luta para continuar a viver.

Algumas semanas depois, a doença agravou-se e Dequenne foi internada nos cuidados paliativos do Hospital Gustave Roussy, em Paris, onde faleceu a 9 de junho de 2024.

Homenagens de Colegas e do Mundo do Cinema 🎥❤️

A morte de Émilie Dequenne gerou uma onda de homenagens emocionadas. Colegas de profissão, realizadores e fãs recordaram a sua gentileza, talento e paixão pelo cinema.

O cineasta Lucas Belvaux, que trabalhou com ela em Pas son Genre, destacou a sua “empatia e proximidade com as personagens”.

A atriz Leïla Bekhti chamou-lhe “uma grande senhora, uma grande alma, uma grande atriz, uma rainha.”

O realizador Hugo Gélin lamentou a sua partida, dizendo que “a sua bondade, gentileza, força, beleza, talento e coragem farão muita falta.”

A ministra da Cultura francesa, Rachida Dati, escreveu que “o cinema francófono perdeu, cedo demais, uma atriz talentosa que ainda tinha muito a oferecer.”

Um Legado Que Permanecerá Para Sempre 🎞️✨

Com quase 50 filmes no currículo e uma carreira marcada por performances inesquecíveis, Émilie Dequenne deixa um legado que transcende a sua curta vida.

Do seu inesquecível papel em Rosetta ao reconhecimento como uma das atrizes mais versáteis do cinema francófono, a sua arte e paixão continuam vivas na tela.

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O cinema perde uma grande atriz, mas os seus filmes continuam a contar a sua história.

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