
O agente mais enigmático e letal do cinema poderá estar prestes a regressar — mas, desta vez, fora da Universal. A emblemática franquia Jason Bourne, baseada nos romances de Robert Ludlum, está oficialmente a ser disputada por vários gigantes do entretenimento, incluindo Apple, Netflix e Skydance, após o fim do vínculo exclusivo com a Universal Pictures.
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Segundo revelou a The Hollywood Reporter, a agência WME está a negociar os direitos da saga em nome do espólio do autor Robert Ludlum, não só para a franquia Bourne, mas também para todo o universo literário do escritor. A intenção é clara: dar nova vida ao agente secreto e torná-lo uma presença mais regular nos ecrãs.
Uma nova era para Bourne?
Ainda é cedo para saber se Matt Damon, rosto incontornável da personagem desde 2002, voltará a interpretar o ex-agente da CIA com amnésia e passado sombrio. O que se sabe, para já, é que a corrida pelos direitos está intensa, com reuniões já realizadas com os principais estúdios de streaming e produção.
Apesar do interesse de Apple, Netflix e Skydance, a própria Universal — que lançou todos os filmes até agora — ainda poderá tentar recuperar os direitos, caso apresente uma proposta suficientemente aliciante.
Uma franquia que redefiniu o cinema de espionagem
Criada a partir do romance The Bourne Identity (1980), a versão cinematográfica de Jason Bourne estreou-se em 2002, protagonizada por Matt Damon e realizada por Doug Liman. O sucesso foi imediato, muito graças ao realismo cru e à abordagem mais física da ação — algo que contrastava com os gadgets futuristas e o charme sofisticado dos filmes de James Bond até então.
A trilogia original (The Bourne Identity, The Bourne Supremacy e The Bourne Ultimatum) arrecadou elogios da crítica e do público, elevando a fasquia no género dos thrillers de espionagem. Em 2012, Jeremy Renner protagonizou o spin-off The Bourne Legacy, que tentou expandir o universo, mas sem grande impacto. Damon voltaria à personagem principal em Jason Bourne (2016), que arrecadou mais de 415 milhões de dólares mundialmente.
A febre do IP continua
Este novo capítulo na vida de Jason Bourne surge numa altura em que as propriedades intelectuais (IP) com notoriedade global estão cada vez mais escassas. Estúdios e plataformas de streaming apostam tudo em nomes reconhecíveis para garantir sucesso instantâneo, e Bourne é, sem dúvida, uma das marcas de ação mais valiosas.
Curiosamente, a Universal já tinha mostrado interesse em revitalizar a franquia. O realizador Edward Berger (Conclave) chegou a ser contratado no final de 2023 para desenvolver uma nova abordagem à saga, mas o projeto não avançou com a rapidez necessária — e os direitos saíram do seu controlo.
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Com a pressão crescente para conquistar audiências globais e expandir universos narrativos, tudo indica que Jason Bourne poderá regressar em grande… mas numa nova casa.
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