A Disney enfrenta um dos processos mais caros da sua história após o animador Buck Woodall ter avançado com uma acusação de violação de direitos de autor contra o estúdio. Em causa está o argumento de que a Disney terá plagiado a sua história de 2003, Bucky, para criar o universo de Moana. Agora, a empresa pode ter de desembolsar até 10 mil milhões de dólares em indemnizações.

Mas será que a acusação tem fundamento ou trata-se apenas de mais um caso de tentativa de aproveitamento do sucesso da gigante do entretenimento? Vamos explorar os detalhes deste processo que promete dar que falar.

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A Queixa: Um Franchising Inspirado Demasiado de Perto?

A base da acusação de Buck Woodall é a suposta semelhança entre Bucky, o seu guião submetido em 2003, e a história de Moana. Segundo o animador, ambas as tramas envolvem uma jovem aventureira determinada, que embarca numa missão mítica no Oceano Pacífico, guiada por um semideus carismático que utiliza um gancho mágico.

Woodall alega que, há mais de 20 anos, enviou o seu guião a Jenny Marchick, que na época era diretora de desenvolvimento num estúdio afiliado à Disney. Apesar de não ter recebido resposta, ele argumenta que a ideia foi aproveitada anos mais tarde, dando origem a Moana em 2016 e, mais recentemente, a Moana 2, lançada em novembro de 2024.

O primeiro processo de Woodall contra a Disney foi arquivado por questões de prazo. No entanto, o lançamento da sequela deu-lhe nova oportunidade de avançar com uma ação judicial, alegando que a empresa continuou a lucrar com a ideia alegadamente roubada. Agora, ele exige uma indemnização correspondente a 2,5% das receitas do franchising, valor que poderá atingir os 10 mil milhões de dólares.

A Resposta da Disney: “Pura Coincidência” ou Defesa Estratégica?

Como seria de esperar, a Disney rejeitou completamente as alegações, classificando-as como infundadas. Ron Clements, co-diretor de Moana, afirmou publicamente que o filme não teve qualquer inspiração no projeto de Woodall e que qualquer semelhança é meramente coincidência.

A posição do estúdio é clara: Moana foi um projeto original, desenvolvido internamente, com uma forte base na mitologia e cultura polinésia. Os criadores passaram anos a pesquisar as tradições e lendas da região antes de escreverem o guião, o que desmente qualquer ideia de que a história tenha sido copiada de um argumento desconhecido.

No entanto, os advogados de Woodall apontam que há demasiadas coincidências para serem ignoradas. Além da premissa central, destacam as semelhanças no design das personagens, nos elementos míticos e na jornada da protagonista.

A questão que se coloca é: será que há evidências concretas que provem que alguém na Disney teve acesso ao guião de Woodall e utilizou as suas ideias? Ou será que estamos perante um caso clássico de duas histórias semelhantes, mas desenvolvidas de forma independente?

O Impacto para a Disney e o Futuro de “Moana”

Independentemente do desfecho do caso, esta ação judicial coloca a Disney numa posição delicada. O franchising de Moana é uma das propriedades mais valiosas da empresa, e a sequela tem potencial para ser um dos maiores sucessos de bilheteira de 2024/2025.

Se o processo avançar e a Disney for considerada culpada, o impacto financeiro será significativo, não só pelos possíveis 10 mil milhões de dólares de indemnização, mas também pelo dano reputacional que pode afetar futuros projetos.

Por outro lado, se a Disney conseguir provar que as alegações não têm fundamento, este caso poderá ser mais um exemplo de acusações de plágio contra grandes estúdios que acabam por não resultar em consequências legais.

O que é certo é que este processo poderá arrastar-se durante meses (ou anos), e a Disney terá de gerir cuidadosamente a comunicação em torno do assunto para evitar que o caso manche o sucesso de Moana 2.

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Resta saber se Buck Woodall tem provas concretas para sustentar a sua acusação ou se este será apenas mais um episódio numa longa lista de disputas legais em Hollywood.

Conclusão: Uma Batalha de Gigantes no Tribunal 🎭⚖️

Casos de alegado plágio em Hollywood não são novidade, mas poucos chegam a valores tão astronómicos como este. Com a Disney a negar qualquer irregularidade e Woodall a insistir que a sua obra foi copiada, resta aguardar pelo desenrolar dos acontecimentos.

Independentemente do veredicto, este processo mostra como as disputas sobre direitos de autor continuam a ser um grande desafio na indústria do entretenimento, onde a linha entre inspiração e cópia nem sempre é clara.

O que achas? Será que Woodall tem razão, ou a Disney está a ser injustamente acusada? 🤔

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