A curta-metragem “Contra a Maré”, da realizadora portuguesa Inês Ventura, foi um dos projetos aclamados no DocLisboa deste ano. Com uma abordagem sensível e intimista, o documentário oferece uma perspetiva realista e esperançosa sobre a vida na Guiné-Bissau, um país que, apesar dos desafios políticos e económicos, resiste e sonha com um futuro melhor.
O projeto nasceu de um convite do Instituto Marquês de Valle Flôr e da Fundação Fé e Cooperação (FEC), ONGD que desenvolvem campanhas de consciencialização sobre o desenvolvimento e a cidadania global. Inês Ventura, acompanhada pelo fotojornalista Mário Cruz, registou o quotidiano de jovens e adultos na Guiné-Bissau, abordando temas como educação, direitos humanos e ambiente, numa tentativa de mostrar o país para além das narrativas ocidentais que frequentemente o retratam apenas como um local de dificuldades.
O filme retrata histórias de resiliência, com um foco especial na juventude guineense, que recupera o legado de Amílcar Cabral e mantém viva a esperança de transformar o país. Os depoimentos recolhidos ilustram um sentimento de pertença e de luta por uma Guiné-Bissau mais justa e autossuficiente. Ventura sublinha que a experiência foi impactante e que ela própria se deixou contagiar pela determinação dos jovens entrevistados.
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A estreia de “Contra a Maré” ocorreu no Cinema Fernando Lopes em Lisboa, e a curta-metragem promete percorrer festivais internacionais, levando a mensagem de resistência da Guiné-Bissau a audiências globais.
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