👗 Juliette Binoche encerra Cannes 2025 com estilo descontraído e elegância à francesa

A presidente do júri surpreendeu na cerimónia de encerramento com um visual inesperado, depois de doze dias de moda arrojada e sofisticada na Croisette

Juliette Binoche, uma das figuras mais queridas e respeitadas do cinema europeu, voltou a provar que o seu estilo é tão versátil quanto o seu talento. Na cerimónia de encerramento do Festival de Cannes 2025, que decorreu no dia 24 de Maio, a actriz e presidente do júri apresentou-se com um visual inesperado: descontraído, desportivo, mas irrepreensivelmente elegante.

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🧥 Um look “chic casual” para fechar com leveza

Para a grande noite, Binoche optou por uma longa saia plissada azul noite, salpicada de pérolas e pequenos cristais. A peça foi complementada por um cinto preto com fivela prateada, a evocar os mesmos tons dos detalhes da saia.

O destaque maior, no entanto, foi o inesperado bomber com capuz, da mesma cor da saia, que cobria um t-shirt branco com gola vermelha — uma combinação ousada e confortável que desafiou os códigos formais habituais da passadeira vermelha. As mangas do casaco foram arregaçadas até aos cotovelos, conferindo à actriz um ar ligeiramente desportivo, quase irreverente, sem perder classe.

No que toca a acessórios, minimalismo absoluto: apenas uns pequenos brincos prateados. Sem relógio. Sem pulseiras. Sem pretensões.


🎨 Cores, texturas e assinatura: o estilo de uma presidente com personalidade

Ao longo das doze noites do festival, Juliette Binoche mostrou-se entusiasta pelas cores ousadas e pelos contrastes. Vestiu Jacquemus em tons de amarelo manteiga, arrasou com um conjunto Gucci que misturava vermelho vivo, verde e roxo, e brilhou com um clássico vestido de seda escarlate no jantar de abertura.

Mas foi no dia 13 de Maio, durante a cerimónia de abertura do festival, que encantou todos os presentes com uma vestido branco imaculado da Dior, a lembrar os tempos de Trois Couleurs: Bleu, onde se afirmou como um ícone do cinema europeu.


✨ Aos 61, estilo intacto — e autoridade incontestada

Juliette Binoche encerrou Cannes 2025 como o começou: com graça, confiança e autenticidade. A sua escolha de roupas revelou não só sensibilidade estética, mas também uma recusa em se submeter às convenções do que “deve” vestir uma presidente do júri. Como sempre, fez à sua maneira. E brilhou.

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🕶️ Aaron Taylor-Johnson será o próximo James Bond? Tudo aponta nessa direcção

Actor britânico torna-se embaixador da Omega e reacende os rumores de que sucederá a Daniel Craig como 007

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O mistério em torno de quem irá assumir o papel de James Bond depois de Daniel Craig está a aquecer — e Aaron Taylor-Johnson volta a liderar a corrida. Depois de meses de especulação, o actor britânico foi agora anunciado como o novo embaixador global da Omega, a prestigiada marca de relógios associada ao agente secreto desde GoldenEye (1995).

🕵️ Um teste secreto e uma performance memorável

Segundo o jornal The Sun, Taylor-Johnson realizou um teste secreto nos Estúdios Pinewood em 2022, onde terá impressionado os produtores da EON Productions com a sua postura, presença física e elegância — três ingredientes fundamentais para vestir o icónico smoking.

Desde então, os rumores não pararam, com diversas fontes a indicarem que o actor de Kick-Ass e Bullet Train terá recebido uma oferta formal para assumir o papel de 007.

⌚ O poder de um relógio

Se há objecto simbólico que define Bond, para além do martíni e do Aston Martin, é o seu relógio. A ligação histórica entre a Omega e o universo 007 torna a nomeação de Taylor-Johnson como embaixador da marca num sinal quase inequívoco de que algo está a cozinhar nos bastidores.

Na história da publicidade cinematográfica, nunca um relógio disse tanto.

🎬 O apoio dos antigos e o silêncio dos actuais

O antigo Bond Pierce Brosnan elogiou publicamente Taylor-Johnson, afirmando que este tem “carisma e intensidade” suficientes para assumir o legado. Ao mesmo tempo, nomes como Theo James e Henry Cavill continuam a surgir em listas de favoritos, mas perderam força nas últimas semanas.

Até agora, Barbara Broccoli, produtora da saga, mantém o silêncio habitual, prometendo novidades apenas quando o novo projecto estiver solidificado.

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🧨 O que esperar do próximo Bond?

Com a guerra na Ucrânia, a ascensão da extrema-direita e o colapso de figuras de poder tradicionais, o mundo mudou desde No Time to Die. Os produtores já disseram que o próximo Bond será “uma reinvenção” — o que, para muitos, faz de Taylor-Johnson, com o seu ar simultaneamente clássico e rebelde, o candidato perfeito.

🎬 Tom Cruise quer filmar até aos 100 anos — e não vai parar por aqui

Aos 62, o ator recusa a reforma e promete continuar a fazer cinema — ação, drama, comédia e, quem sabe, até musicais

Tom Cruise não tem planos para abrandar. Aos 62 anos, o ator declarou recentemente que pretende continuar a fazer filmes até aos 100 anos, afirmando:

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“Nunca vou parar. Nunca vou deixar de fazer ação, nunca vou deixar de fazer drama, filmes de comédia — estou entusiasmado” . 

Estas declarações foram feitas durante a estreia de Missão: Impossível – O Acerto Final em Nova Iorque, onde Cruise enfatizou a sua paixão contínua pelo cinema. 


🏃‍♂️ O segredo da longevidade cinematográfica

Conhecido por realizar as suas próprias acrobacias, Cruise mantém uma rotina rigorosa de treino físico e dieta equilibrada, o que lhe permite continuar a desempenhar papéis exigentes fisicamente. Atualmente, está envolvido em vários projetos, incluindo possíveis sequelas de Top GunDias de Tempestade e No Limite do Amanhã, bem como uma colaboração com o realizador Alejandro G. Iñárritu . 

🎭 Mais do que um herói de ação

Embora seja amplamente reconhecido pelos seus papéis em filmes de ação, Cruise expressou interesse em explorar outros géneros, incluindo musicais. Em 2012, demonstrou as suas capacidades vocais em Rock of Ages, e recentemente manifestou vontade de voltar a esse tipo de projetos . 

🌟 Inspirado, mas não insubstituível

Apesar de ser uma das últimas grandes estrelas de cinema, Cruise rejeita essa designação, afirmando:

“Há tantos outros atores talentosos por aí, e quero vê-los brilhar” . 

Demonstrando apoio a colegas mais jovens, expressou entusiasmo por trabalhar com talentos emergentes como Michael B. Jordan e o realizador Ryan Coogler. 

🎥 O legado continua

Com Missão: Impossível – O Acerto Final a estrear nos cinemas a 23 de maio de 2025, Cruise encerra uma era, mas não a sua carreira. O filme, que marca o seu último desempenho como Ethan Hunt, é apenas mais um capítulo na sua trajetória cinematográfica . 

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“Actuar é uma profissão inútil”: Marlon Brando, o Génio que Desprezava o Cinema

Em 1976, o actor mais influente da sua geração desdenhava do ofício que o imortalizou. Brando odiava Hollywood — e nunca teve pudor em dizê-lo.

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Poucos nomes têm tanto peso na história do cinema como Marlon Brando. Revolucionou a arte da interpretação com Um Elétrico Chamado Desejo, redefiniu o poder do silêncio em O Padrinho e marcou para sempre o cinema com Apocalypse Now. E, no entanto, Brando odiava tudo isto.

Numa entrevista memorável à TIME, publicada a 24 de maio de 1976, o actor descreveu a profissão que o tornou mito como “vazia e inútil”, declarando que só atuava “pelo dinheiro”. Para muitos, foram palavras chocantes. Para quem conhecia o homem por detrás da lenda, foi apenas mais uma prova da sua frustração com um sistema que o aprisionava criativamente — mesmo enquanto o celebrava.


🎬 O artista que desprezava a indústria

“Estou convencido de que quanto maior for a bilheteira, pior é o filme”, afirmou Brando. Para ele, a indústria cinematográfica era uma máquina de fazer “glop” — entretenimento processado e sem valor artístico.

O actor não poupava críticas: ridicularizava os papéis que aceitava (“Brando faz de índio que ataca uma diligência”), desvalorizava os autores contemporâneos e lamentava a inexistência de verdadeiros clássicos modernos. Só Bergman e Buñuel escapavam à sua ira. “São visionários, artesãos maravilhosos”, disse. “Mas quantas pessoas no mundo já viram um filme deles?”


🎥 Último Tango em Paris e o trauma do impacto forçado

Ao falar de Último Tango em Paris, um dos seus papéis mais controversos, Brando foi claro: não gostava do filme. Achava-o “calculado, feito para chocar e não para dizer algo verdadeiro”. A relação com o realizador Bernardo Bertolucci foi tensa, especialmente quando este sugeriu uma cena de sexo real entre Brando e Maria Schneider.

Brando recusou:

“Disse-lhe: ‘Se fizermos isso, os nossos órgãos sexuais tornam-se o centro do filme’. Ele nunca concordou comigo.”

Décadas depois, Maria Schneider denunciaria a violência emocional que sofreu no set — uma revelação que lançou uma nova sombra sobre o filme e a sua receção crítica.


🕴️ O Padrinho… sem saber o que fazia

E quanto ao papel que lhe valeu um Óscar e o consagrou junto do público? Para Brando, Don Vito Corleone era uma figura estranha, distante.

“O que raio sei eu sobre um italiano de 65 anos que fuma charutos enrolados com merda de cabra?”, disse, com o desdém de quem nunca se importou em construir ídolos — nem mesmo a sua própria imagem.


💭 Rebelde até ao fim

A entrevista de Brando em 1976 não foi apenas um desabafo. Foi o reflexo de um artista atormentado pela distância entre o potencial transformador da arte e a sua banalização comercial. Foi também um grito contra o sistema que o consagrou — e o destruiu lentamente.

“Atuar é uma profissão inútil. Não me dá prazer”, disse.

E mesmo assim, ninguém a fez como ele.

🎬 Kristen Stewart em Cannes: “Ser mulher é uma experiência violenta”

Atriz estreia-se como realizadora com The Chronology of Water, um retrato visceral da sobrevivência feminina

No Festival de Cannes 2025, Kristen Stewart apresentou a sua estreia na realização com The Chronology of Water, uma adaptação das memórias de Lidia Yuknavitch. O filme, exibido na secção Un Certain Regard, aborda temas como abuso, trauma e a busca por identidade, através de uma narrativa sensorial e fragmentada. 

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🎥 Uma estreia audaciosa

Stewart, conhecida por papéis em filmes como Crepúsculo e Spencer, assume agora a cadeira de realizadora, trazendo à tela a história de Yuknavitch, uma nadadora e escritora que enfrentou abusos na infância e encontrou na arte uma forma de redenção. A atriz Imogen Poots interpreta Yuknavitch, oferecendo uma performance intensa e comovente. 

💬 “Ser mulher é uma experiência violenta”

Em entrevista à AFP, Stewart afirmou: 

“Ser mulher é uma experiência realmente violenta (…) mesmo que não se tenha o tipo de experiência extrema que retratamos no filme ou que a Lidia suportou e da qual saiu lindamente.”  

A realizadora destacou que, embora não tenha vivido as mesmas experiências de Yuknavitch, compreende profundamente a sensação de ter a voz silenciada e a luta para recuperar a confiança em si mesma. 


🎞️ Uma narrativa sensorial

The Chronology of Water é descrito como um filme que mergulha o espectador numa experiência sensorial, utilizando imagens oníricas e uma montagem não linear para transmitir as emoções da protagonista. A crítica tem elogiado a abordagem ousada de Stewart, que opta por sugerir em vez de mostrar explicitamente, criando um impacto emocional profundo. 


🌊 Um projeto pessoal

Stewart revelou que lutou durante anos para concretizar este projeto, enfrentando dificuldades em obter financiamento devido à natureza do tema e à sua falta de experiência como realizadora. Apesar dos obstáculos, ela manteve-se fiel à sua visão, resultando num filme que é tanto uma obra de arte quanto um ato de resistência. 

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🖖 Simon Pegg Diz que Star Trek Está “Para Sempre Tocado” Pela Perda de Anton Yelchin

O ator e argumentista de Star Trek Beyond  reflete sobre o legado da saga e a improbabilidade de um regresso à linha temporal Kelvi

O universo de Star Trek sempre foi sobre esperança, união e o desconhecido — mas para Simon Pegg, há um ponto de não retorno. O ator britânico, que deu vida ao engenheiro Montgomery “Scotty” Scott nos filmes da linha temporal Kelvin e co-escreveu Star Trek Beyond (2016), confessou numa recente entrevista que duvida que Star Trek 4 alguma vez venha a acontecer.

E a razão, segundo Pegg, vai além dos obstáculos financeiros e logísticos que têm assombrado o projeto: tem um nome, e um vazio impossível de preencher — Anton Yelchin.


🚀 O Fim da Linha Para a Linha Kelvin?

Star Trek Beyond, realizado por Justin Lin, foi a terceira entrada da chamada linha temporal Kelvin — um reboot jovem e energético iniciado por J.J. Abrams em 2009, com Chris PineZachary QuintoZoe SaldañaKarl UrbanJohn Cho e Anton Yelchin nos papéis dos tripulantes da mítica USS Enterprise. Mas apesar de críticas positivas e do carinho dos fãs, o filme não teve o desempenho comercial que a Paramount esperava. Desde então, Star Trek 4 tornou-se um projeto fantasma: anunciado, adiado, reformulado, cancelado e… adiado novamente.

“Adorava fazer mais. Mas ficou para sempre marcado pela perda do Anton, e isso foi muito duro para todos nós,” confessou Pegg.

“Se acontecer um regresso, seria por amor — não por dinheiro.”


💔 A Ausência de Anton

Anton Yelchin, que interpretava o jovem e brilhante Chekov, faleceu tragicamente em 2016, vítima de um acidente automóvel. Tinha apenas 27 anos. A sua ausência, diz Pegg, “toca para sempre” qualquer tentativa de voltar ao universo Kelvin, onde a camaradagem dos bastidores era tão importante quanto a ficção.

Pegg destaca que adora o elenco e que seria uma alegria reunir-se novamente com os colegas — mas que o espaço vazio de Anton seria impossível de ignorar.


📉 O Cansaço da Franquia

A hesitação da Paramount em avançar com Star Trek 4 também tem raízes mais pragmáticas. Desde a criação da plataforma Paramount+, o estúdio apostou tudo numa overdose de Star Trek: com múltiplas séries a estrearem quase em simultâneo, o franchise passou por um processo de saturação.

Nos últimos anos, no entanto, várias dessas séries foram canceladas e o estúdio está agora a repensar a sua estratégia. A verdade é que Star Trek, enquanto universo, talvez precise de respirar — e de encontrar uma nova forma de existir.


⭐ Uma Galáxia de Memórias

Mesmo sem um novo filme no horizonte, os três filmes da linha Kelvin deixaram uma marca importante: conseguiram reinventar personagens clássicas com frescura, humor e coração — e apresentar o universo de Star Trek a uma nova geração.

Para Pegg, o verdadeiro legado está nesse espírito de descoberta e de amizade, dentro e fora do ecrã. E talvez seja isso que mantém Star Trek vivo: não a promessa de novos filmes, mas a certeza de que — uma vez explorado — o espaço nunca deixa de nos tocar.

🍻 Adeus a George Wendt: Morre aos 76 Anos o Eterno Norm de Cheers

Um Ícone da Televisão que Fez do Bar um Lar para Milhões

George Wendt, o ator norte-americano eternizado como Norm Peterson na sitcom Cheers, faleceu pacificamente no sono aos 76 anos, no dia 20 de maio de 2025, em sua residência em Los Angeles.  

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Norm, o contador bem-humorado e amante de cerveja, tornou-se uma figura emblemática da televisão americana, aparecendo em todos os 275 episódios de Cheers entre 1982 e 1993. Sua entrada no bar, saudada com um uníssono “Norm!”, tornou-se uma das marcas registradas da série.  


🎭 Uma Carreira Além do Bar

Nascido em Chicago em 17 de outubro de 1948, Wendt iniciou sua carreira no renomado grupo de improvisação Second City. Além de Cheers, atuou em filmes como FletchForever Young e The Little Rascals, e teve participações em séries como FrasierThe Simpsons e Family Guy. No teatro, brilhou em produções da Broadway como HairsprayElf e Art.  

Em 1991, participou do videoclipe “Black or White” de Michael Jackson, demonstrando sua versatilidade artística.  


🧡 Homenagens e Legado

Colegas e fãs prestaram homenagens emocionadas. Ted Danson, co-estrela de Cheers, expressou profunda tristeza, lembrando Wendt como um amigo querido e talentoso. Outros colegas destacaram sua generosidade, humor e impacto duradouro na comédia televisiva.  

Wendt era casado desde 1978 com a atriz Bernadette Birkett, que deu voz à esposa invisível de Norm em Cheers. Ele deixa três filhos e dois enteados. Seu sobrinho é o ator Jason Sudeikis, conhecido por Ted Lasso.  

📺 Onde Rever George Wendt

Para os que desejam relembrar sua atuação, Cheers está disponível no Paramount+, com episódios selecionados em outras plataformas de streaming. Seus esquetes no Saturday Night Live podem ser encontrados no Peacock e no YouTube.  

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🎬 Cannes em Modo Wes Anderson: Estreia de “The Phoenician Scheme” Deslumbra e Ganha Fôlego para a Palma de Ouro

Comédia de espionagem assente no estilo visual inconfundível do realizador norte-americano é um dos filmes mais aplaudidos da edição

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Wes Anderson voltou a conquistar a Croisette com o seu novo filme The Phoenician Scheme, apresentado em competição no Festival de Cannes 2025. A comédia estilizada, passada entre o Médio Oriente e a Europa dos anos 50, junta Benicio del ToroMia ThreapletonScarlett JohanssonMichael CeraTom Hanks e Benedict Cumberbatch num enredo de espionagem, heranças familiares e delírios geopolíticos com assinatura 100% andersoniana.

O magnata, a noviça e uma conspiração

A história segue Zsa-Zsa Korda (del Toro), um magnata libanês que sobrevive a múltiplas tentativas de assassinato e decide entregar o seu império à filha distante Liesl (Threapleton), agora freira, que se vê arrastada para um negócio de infraestruturas num país fictício do norte de África. O resultado? Uma sátira sobre poder, legado, decadência colonial e… plantas com emoções.


Excentricidade com substância?

Com a sua habitual paleta de cores vibrante, composições simétricas e personagens que falam como se estivessem sempre a ensaiar uma peça de teatro, Anderson leva a sua estética ao limite. E desta vez, com ecos mais sombrios: a crítica internacional destaca The Phoenician Scheme como um dos seus filmes mais politicamente audaciosos — mesmo sem abandonar o tom lúdico.

“É como se Jacques Tati tivesse realizado O Terceiro Homem… com plantas falantes e em tons pastel”, escreveu um crítico da Sight & Sound.

Cannes rendido… mas dividido

O filme teve uma das ovações mais longas do festival até agora, mas a receção não foi unânime. Enquanto muitos apontam The Phoenician Scheme como um dos favoritos à Palma de Ouro, outros alertam para a sensação de fórmula esgotada.

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O que é certo é que Wes Anderson continua a dividir, mas nunca a desiludir quem entra no seu universo de olhos bem abertos.

🎞️ Billy Woodberry em Lisboa: Cinema Negro, Resistência e Memória na Cinemateca Portuguesa

O cineasta da L.A. Rebellion é o convidado de junho e apresenta uma programação marcada por política, poesia e imagens que perduram

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Billy Woodberry, uma das vozes mais influentes do cinema negro norte-americano, é o cineasta convidado de junho na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. Radicado em Portugal desde 2018, o realizador de Bless Their Little Heartsregressa agora à ribalta com um ciclo que cruza a sua obra com a de autores que moldaram a sua visão — e a de muitos outros.

“Triunfar é ter a oportunidade de partilhar o meu trabalho com os outros”, disse recentemente numa entrevista. E é isso mesmo que vai acontecer ao longo de junho em Lisboa.

L.A. Rebellion em Portugal

Woodberry foi uma das figuras fundadoras do movimento L.A. Rebellion, surgido na Universidade da Califórnia nos anos 70, que pretendia reivindicar novas narrativas para a comunidade afro-americana no cinema. As suas obras exploram temas como desigualdade, invisibilidade e resistência cultural.

Entre os filmes a exibir estão:

  • Bless Their Little Hearts (1984), um clássico do realismo social afro-americano;
  • And When I Die, I Won’t Stay Dead (2015), um retrato vibrante do poeta beat Bob Kaufman;
  • Mário (2024), uma abordagem documental sobre Mário Pinto de Andrade, figura central da luta anticolonial em Angola.

Arquivos, afeto e sessões especiais

A sessão de abertura está marcada para 3 de junho, com a exibição de A Story from Africa (2019), curta-metragem construída a partir de imagens de arquivo que reconstituem a ocupação militar portuguesa do Cuamato, em Angola. A noite incluirá também a projeção do filme mudo Voyage en Angola (1929), acompanhado ao vivo por Filipe Raposo ao piano.

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Uma programação escolhida com o coração e a memória

Woodberry também escolheu filmes de outros realizadores que considera essenciais:

  • As Vinhas da Ira (1940), de John Ford;
  • Tempos Modernos (1936), de Charlie Chaplin;
  • Cabra Marcado para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho.

A programação reflete um cinema de causas, mas também de emoções, memória e humanidade.

🎬 Denzel Washington Surpreendido com Palma de Ouro Honorária em Cannes

Ator é homenageado pela sua carreira em cerimónia surpresa durante a estreia de Highest 2 Lowest

O Festival de Cannes 2025 foi palco de uma emocionante homenagem ao ator Denzel Washington, que recebeu uma Palma de Ouro Honorária de forma inesperada. A cerimónia ocorreu durante a estreia mundial de Highest 2 Lowest, o mais recente filme de Spike Lee, marcando a quinta colaboração entre o realizador e o ator. 

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Uma homenagem inesperada

A entrega da Palma de Ouro Honorária não estava anunciada, tornando-se uma surpresa tanto para o público quanto para o próprio Washington. Após a exibição de um vídeo destacando momentos marcantes da sua carreira, incluindo cenas de Tempo de Glória e Dia de Treino, o ator foi chamado ao palco para receber o prémio das mãos de Spike Lee, acompanhado pelo delegado artístico Thierry Frémaux e pela presidente do festival, Iris Knobloch . 

Visivelmente emocionado, Washington agradeceu: 

“Desde o fundo do meu coração, obrigado a todos. Somos um grupo muito privilegiado por podermos fazer filmes, vestir smokings e roupas bonitas, e sermos pagos por isso. Sentimo-nos abençoados sem medida, sinto-me abençoado sem medida.” 


Highest 2 Lowes: Uma nova colaboração com Spike Lee

Highest 2 Lowest é uma adaptação contemporânea do clássico de Akira Kurosawa, High and Low. No filme, Washington interpreta David King, um executivo envolvido num caso de rapto que desafia as suas convicções morais e profissionais. O elenco conta ainda com A$AP Rocky e Jeffrey Wright, e a estreia nos cinemas está prevista para 22 de agosto, com lançamento na Apple TV+ a 5 de setembro . 


Um momento de tensão na passadeira vermelha

Antes da cerimónia, Washington protagonizou um momento tenso na passadeira vermelha. Enquanto posava para os fotógrafos, um deles tocou-lhe no braço para chamar a sua atenção, o que levou o ator a reagir firmemente, pedindo que parasse. Apesar do incidente, Washington manteve a compostura e prosseguiu com a sua participação no evento . 

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🎬 Pedro Pascal em Cannes: “Lutem, não deixem que eles ganhem”

Ator chileno denuncia ataques à liberdade artística e exorta à resistência no Festival de Cannes

Pedro Pascal, conhecido por papéis em The Last of Us e Game of Thrones, fez uma declaração contundente no Festival de Cannes 2025. Durante a apresentação do filme Eddington, dirigido por Ari Aster, o ator criticou duramente os ataques recentes do ex-presidente Donald Trump a artistas como Bruce Springsteen e Taylor Swift. Pascal afirmou: “Que se lixe quem tenta meter-nos medo. Lutem. Não deixem que eles ganhem” . 

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Eddington: um espelho da América em crise

No filme Eddington, Pascal interpreta Ted Garcia, um prefeito que defende medidas de confinamento durante a pandemia de COVID-19, em confronto com o xerife cético Joe Cross, vivido por Joaquin Phoenix. A narrativa, ambientada em maio de 2020, explora as tensões sociais e políticas numa pequena cidade do Novo México, refletindo os conflitos reais vividos nos Estados Unidos durante esse período . 

Uma voz em defesa dos imigrantes e da liberdade artística

Pascal, que nasceu no Chile e cuja família fugiu da ditadura de Pinochet, destacou a importância de proteger os mais vulneráveis e de resistir ao medo imposto por líderes autoritários. “Sou imigrante. Fugimos de uma ditadura. Quero que as pessoas estejam seguras e protegidas”, declarou o ator . 

O diretor Ari Aster também expressou preocupação com a possibilidade de filmes com mensagens políticas serem usados contra os seus criadores, especialmente em contextos de crescente polarização e repressão . 

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Estreia e receção de Eddington

Eddington teve sua estreia mundial no Festival de Cannes em 16 de maio de 2025 e está programado para ser lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 18 de julho de 2025 . O filme já gerou debates acalorados, com algumas críticas destacando sua abordagem provocadora dos temas políticos atuais . 

A Galáxia Não Foi Igual para Todos: O Trajecto Estelar de Harrison Ford

De Han Solo a Indiana Jones, o ator teve o toque de Midas. Mas foi só talento — ou a sorte também teve uma palavra a dizer?

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Quando Star Wars chegou aos cinemas em 1977, apresentou ao mundo três protagonistas com potencial de ícones: Harrison FordCarrie Fisher e Mark Hamill. Todos carismáticos, todos jovens, todos de repente transformados em estrelas planetárias. No entanto, ao longo das décadas, apenas um deles se tornou verdadeiramente um astro de primeira grandeza em Hollywood.

A pergunta impõe-se: porque é que Harrison Ford se tornou uma lenda de bilheteira, enquanto os seus colegas de galáxia seguiram percursos bem mais discretos?


🎭 Uma questão de alcance… ou de mercado?

É verdade que Ford nunca foi conhecido pela versatilidade extrema. Mas também é verdade que Hollywood adora um certo tipo de protagonista: determinado, pragmático, de queixo cerrado e olhar sarcástico. Ford encaixou perfeitamente nesse arquétipo. Hamill, mais teatral, mais introspectivo, e Fisher, mais associada à comédia e ao seu estilo ácido, não se ajustaram tão facilmente ao molde do “herói tradicional”.

💥 O efeito Raiders of the Lost Ark

Enquanto Hamill apostava em filmes pouco memoráveis (The Night the Lights Went Out in GeorgiaSlipstream) e Fisher se debatia com problemas de saúde e dependências, Ford cavalgava directamente para outra saga: Indiana JonesRaiders of the Lost Ark (1981) não foi só um sucesso — foi um fenómeno que selou Ford como o herói da década. E quando ainda por cima se torna Jack Ryan… o resto é história.

👑 Três sagas, três trunfos

A maioria dos atores tem sorte se participar numa saga de sucesso. Ford teve trêsStar WarsIndiana Jones e Jack Ryan. Isso deu-lhe uma estabilidade comercial que poucos conseguiram igualar. Quando um projeto falhava (como The Mosquito Coast), havia sempre um novo Indy a caminho para o salvar.

🧠 Fisher e Hamill: talento… mas menos oportunidades

Carrie Fisher era uma excelente argumentista, com um humor mordaz e uma inteligência afiada — mas Hollywood dos anos 80 não era o lugar mais acolhedor para uma mulher com opinião, problemas de saúde mental e vícios assumidos. Fisher lutou — e até escreveu sobre isso — mas perdeu papéis e oportunidades por não se encaixar na imagem da “boa estrela”.

Mark Hamill, por seu lado, teve uma carreira de sucesso nos bastidores — a sua interpretação do Joker nas animações da DC é lendária — mas o cinema em imagem real nunca mais o acolheu como protagonista. E em Hollywood, quem não lidera bilheteiras, desaparece rapidamente dos radares.

🍀 O Factor Sorte (e Tom Selleck)

Sim, houve talento. Mas também houve uma dose cavalar de sorte. Tom Selleck rejeitou o papel de Indiana Jones. Alec Baldwin abandonou a saga Jack Ryan. Star Wars foi um sucesso improvável. E mesmo quando Ford recusou filmes como Syriana ou Traffic, a sua carreira não sofreu.

Ford é, de certa forma, o Forrest Gump dos astros de Hollywood — sempre no sítio certo, à hora certa, com o sorriso certo.


📽️ Conclusão: a galáxia é injusta?

A pergunta do título não é simpática — nem totalmente justa. Hamill e Fisher não “desapareceram”. Ambos tiveram impacto, ambos deixaram legado. Mas Ford soube — ou teve oportunidade de — construir uma carreira paralela ao fenómeno Star Wars.

E talvez a verdadeira resposta seja esta: em Hollywood, o talento ajuda. Mas o timing, a sorte e a imagem contam… ainda mais.

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Morreu o Jacaré de Happy Gilmore 🐊💔

Adam Sandler despede-se do verdadeiro “vilão” do golfe mais divertido do cinema

Nem todos os vilões mordem… mas este mordeu mesmo. O lendário jacaré que roubava bolas, dedos e protagonismo em Happy Gilmore, comédia de culto de 1996, morreu aos 38 anos — e Adam Sandler não deixou passar a despedida em branco.

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O actor publicou uma sentida homenagem nas redes sociais, despedindo-se da “besta lendária” que se tornou um dos momentos mais memoráveis do filme. Para quem não se lembra: era este jacaré que arrancava a mão ao treinador de Happy (interpretado por Carl Weathers) e voltava mais tarde para um confronto épico… e escorregadio.

“Descanse em paz, velho amigo. Obrigado pelas risadas e pelo susto. Ninguém mordia como tu”, escreveu Sandler, provando que até os vilões répteis têm lugar no coração dos comediantes.

Um ícone… com escamas

O jacaré, que respondia pelo nome “Chubbs Gator” nos bastidores (em homenagem ao personagem de Weathers, Chubbs Peterson), era um dos animais mais treinados e experientes de Hollywood. Tinha participado em várias produções, mas foi em Happy Gilmore que se tornou verdadeiramente… imortal.

Aos 38 anos, viveu uma longa vida para um animal da sua espécie. Segundo o treinador responsável, morreu de causas naturais, num santuário para animais de cinema reformados. Sim, isso existe — e sim, também achámos adorável.

O legado de uma mordidela

Happy Gilmore é um daqueles filmes que envelheceu como um bom taco de golfe vintage: meio absurdo, meio paródico, completamente delicioso. O jacaré fazia parte do universo caótico de um jogador de hóquei transformado em golfista, com um temperamento explosivo e uma pancada fenomenal. A cena em que enfrenta o jacaré para recuperar a bola (e vingar o mentor) tornou-se um clássico imediato — tanto pela coreografia absurda como pela cara de puro terror de Sandler.

Agora, com a morte do jacaré, perde-se mais um pedaço do cinema físico, antes dos efeitos digitais tomarem conta de tudo. Era um tempo em que os animais no set eram reais, imprevisíveis… e com dentição afiada.

Adeus, Chubbs Gator. E obrigado pelas dentadas

A internet, claro, não deixou passar o momento. Memes, homenagens e vídeos da icónica cena inundaram o TikTok e o Instagram, com fãs a recordarem a importância deste improvável “actor secundário” na comédia dos anos 90.

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No fundo, é mais do que um jacaré: é um símbolo de uma era em que até os filmes de golfe tinham monstros memoráveis. E agora, descansa finalmente num lago tranquilo… longe de bolas de golfe e actores nervosos.

🎬 Halle Berry: “Não sei se o 007 deveria ser uma mulher”

A atriz, que interpretou Jinx em 007 – Die Another Day, partilha a sua opinião sobre a possibilidade de uma versão feminina de James Bond

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Durante uma conferência de imprensa no Festival de Cannes de 2025, Halle Berry, conhecida pelo seu papel como Jinx em 007 – Die Another Day (2002), expressou dúvidas sobre a ideia de uma mulher assumir o papel de James Bond. A atriz afirmou: 

“Não sei se o 007 deveria ser uma mulher. Em 2025, é bonito dizer: ‘Oh, ela deveria ser uma mulher.’ Mas não sei se isso é o certo a fazer.”  

Berry sugeriu que, em vez de transformar personagens existentes, seria mais apropriado criar novas personagens femininas fortes no universo do cinema de ação.

O spin-off de Jinx que nunca aconteceu

Após o sucesso de 007 – Die Another Day, houve planos para um filme centrado na personagem Jinx, interpretada por Berry. No entanto, o projeto foi cancelado. Em entrevistas anteriores, Berry mencionou que a indústria cinematográfica na época não estava pronta para investir numa protagonista negra num filme de ação de grande orçamento.  

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Um debate contínuo sobre o futuro de James Bond

A discussão sobre a possibilidade de uma versão feminina de James Bond tem sido recorrente. Outras atrizes, como Ana de Armas e Helen Mirren, também expressaram opiniões semelhantes às de Berry, defendendo a criação de novas personagens femininas em vez de alterar personagens icónicas existentes.  

👙 Demi Moore e a Cena de Biquíni em Os Anjos de Charlie: Potência Máxima — “Só Pedi Que Não Filmassem o Meu Rabo”

A atriz recorda o impacto da sua performance aos 40 anos e questiona os padrões de beleza e envelhecimento em Hollywood

Demi Moore, atualmente com 62 anos, revelou recentemente o único pedido que fez antes de gravar a sua famosa cena de biquíni em Os Anjos de Charlie: Potência Máxima (2003):

“Pedi apenas que não filmassem o meu rabo.”

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A confissão surgiu numa conversa bem-humorada com Drew Barrymore, também protagonista do filme, onde Moore refletiu sobre o efeito mediático daquela cena e a obsessão de Hollywood com a juventude feminina.

Um regresso inesperado… e uma cena que ficou na história

Na altura com 40 anos, Moore estava a regressar ao grande ecrã após uma pausa na carreira. Recebeu o convite para o papel com apenas três semanas de antecedência — e pouco tempo para qualquer preparação física.

Mesmo assim, o impacto foi imediato: a cena em que aparece de biquíni em plena praia tornou-se viral (num tempo pré-redes sociais), gerando manchetes e elogios… mas também comentários centrados apenas na sua aparência e idade.

“Houve muito burburinho sobre a cena de biquíni. Tudo foi muito intenso, muita conversa sobre o meu corpo — como se fosse surpreendente que uma mulher de 40 pudesse ter um aspeto saudável e confiante”, comentou Moore.

“Sentia que não havia lugar para mim”

A atriz admitiu que, na altura, a experiência a fez sentir-se deslocada:

“A indústria não sabia o que fazer com mulheres da minha idade que não estivessem a interpretar mães.”

Este sentimento de invisibilidade acabou por se tornar um motor de mudança. Moore viria a escolher projetos que explorassem justamente os temas da identidade, envelhecimento e o corpo feminino, como o recente filme de terror corporal The Substance, aplaudido em festivais pela sua ousadia.

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De Niro Ataca Trump em Cannes: “Estamos a Lutar Ferozmente Pela Democracia” 🇺🇸🔥🎬

Ator recebeu a Palma de Ouro honorária e não poupou críticas ao antigo presidente dos EUA — com Leonardo DiCaprio e Quentin Tarantino ao seu lado

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A abertura do Festival de Cannes 2025 ficou marcada por uma homenagem emocionante… e por um discurso politicamente incendiário. O lendário Robert De Niro, que recebeu esta terça-feira a Palma de Ouro honorária, aproveitou o palco para deixar um aviso claro:

“Estamos a lutar ferozmente pela democracia, que sempre demos como certa.”

O ator de 81 anos — conhecido tanto pelas suas performances arrebatadoras como pela sua frontalidade política — não perdeu tempo a apontar o dedo a Donald Trump, a quem voltou a chamar de “inculto presidente americano”.

“A arte está ameaçada”

Num discurso vibrante, De Niro lembrou o poder unificador da arte e criticou diretamente os cortes no financiamento cultural levados a cabo pela administração Trump:

“A arte é inclusiva, une as pessoas, como nesta noite. A arte busca a liberdade, inclui a diversidade, e por isso está ameaçada!”

A crítica subiu de tom ao abordar as recentes declarações de Trump sobre tarifas de 100% sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos:

“Isso é inaceitável. E não é apenas um problema americano — é um problema global.”

DiCaprio e Tarantino no palco

O momento ganhou ainda mais peso pela presença de Leonardo DiCaprio, que entregou o prémio a De Niro com palavras sentidas:

“Para uma geração inteira de atores, foi um modelo. O nosso ídolo.”

Também Quentin Tarantino subiu ao palco, relembrando a colaboração com De Niro em Jackie Brown (1997), e a ligação que os une como pilares do cinema norte-americano moderno.

DiCaprio e De Niro trabalharam juntos pela primeira vez em A Vida Deste Rapaz (1993) e voltaram a cruzar-se em Duas Irmãs (1996). Mais recentemente, foram dirigidos por Martin Scorsese em Assassinos da Lua das Flores (2023), que também passou por Cannes no ano anterior.

Um tributo a uma carreira e a um ativista

Com dois Óscares no currículo e uma filmografia que inclui marcos como Taxi DriverTouro Enraivecido ou O Padrinho: Parte II, Robert De Niro não é apenas um ícone do cinema — é também uma das vozes mais combativas contra o avanço do autoritarismo.

A sua Palma de Ouro honorária não celebrou apenas a sua carreira — foi, nas palavras do próprio, uma afirmação política:

“A arte resiste. E nós também.”

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Morreu Samuel French, Ator de Fear the Walking Dead e Assassinos da Lua das Flores🎬🕯️

O ator norte-americano tinha 45 anos e faleceu vítima de cancro. Foi recordado com emoção por colegas e realizadores

Faleceu esta segunda-feira, 12 de maio, o ator Samuel French, conhecido por participações marcantes em produções como Fear the Walking Dead e Assassinos da Lua das Flores, de Martin Scorsese. A morte ocorreu em Waco, no Texas, e foi causada por complicações de um cancro contra o qual lutava há vários meses. French tinha 45 anos.

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A notícia foi confirmada pelo realizador Paul Sinacore, que dirigiu o ator no seu último filme, Towpath. Numa mensagem emocionada partilhada nas redes sociais, o cineasta recordou French como um artista de entrega total:

“O ‘Towpath’ não existiria sem ele. A intensidade que trouxe à personagem do detetive Bernard Crooke definiu o tom de todo o filme.”

Um talento intenso e autêntico

French interpretou CJ Robinson no épico Assassinos da Lua das Flores (2023), onde contracenou com nomes como Leonardo DiCaprio e Robert De Niro, sob direção de Martin Scorsese. O seu desempenho discreto, mas impactante, não passou despercebido, reforçando a sua reputação como um ator de presença forte e entrega total.

Na televisão, destacou-se na série Fear the Walking Dead, no papel de Ben, onde deixou uma marca na narrativa com a sua intensidade e vulnerabilidade emocional.

Segundo Paul Sinacore, French era um artista apaixonado e sem filtros, cuja presença elevava cada cena:

“Tinha uma paixão ardente pela representação que transparecia em cada plano — sem filtros, destemida, viva.”

Uma perda sentida no meio artístico

A comunidade cinematográfica reagiu com tristeza à notícia da sua morte. O realizador lamentou que o ator não tenha tido oportunidade de ver a versão final de Towpath, projeto onde terá dado uma das suas interpretações mais intensas.

“Era único, e ficará para sempre nos nossos corações”, concluiu Sinacore.

French deixa para trás um legado breve, mas memorável, e será recordado como um ator comprometido com a arte, cuja presença discreta mas marcante continuará a viver nos seus trabalhos.

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Cineasta discreto mas marcante, Benton deixa uma obra comovente, premiada e profundamente humana

Faleceu aos 92 anos Robert Benton, realizador e argumentista norte-americano, uma figura essencial do cinema das décadas de 1960 e 1970. A notícia foi confirmada esta terça-feira ao The New York Times pela sua agente, Marisa Forzano. Apesar de ter assinado apenas cerca de uma dezena de longas-metragens, Benton é considerado um dos grandes contadores de histórias do cinema americano — um realizador que privilegiava a emoção, os silêncios e as personagens.

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Kramer vs. Kramer: o auge de uma carreira feita de sensibilidade

O seu filme mais célebre, Kramer vs. Kramer (1979), foi um marco na forma como o cinema retratou os divórcios, as relações familiares e a dor de um conflito entre pais separados. A obra valeu-lhe cinco Óscares — Melhor Filme, Melhor Ator (Dustin Hoffman), Melhor Atriz Secundária (Meryl Streep), Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado.

A crítica viu em Benton um herdeiro direto de François Truffaut, e não foi por acaso: os estúdios chegaram a oferecer o projeto Kramer vs. Kramer ao realizador francês, antes de confiarem a missão ao texano discreto e sensível que viria a fazer história.

Antes disso, Bonnie and Clyde

Benton começou por se destacar como argumentista de um dos filmes mais icónicos da Nova Hollywood: Bonnie and Clyde (1967). A abordagem estética arrojada, o retrato do famoso casal de criminosos e o tom quase poético da violência abriram caminho para uma nova era no cinema norte-americano. Benton coescreveu o guião com David Newman — e a sua reputação ficou cimentada.

Outros filmes com marca de autor

Outro título marcante da sua carreira foi Um Lugar no Coração (1984), com Sally Field no papel de uma viúva texana durante a Grande Depressão. O filme valeu-lhe mais um Óscar de Melhor Argumento, o Urso de Prata de Melhor Realização em Berlim e ainda o Óscar de Melhor Atriz para Field.

Mais tarde, em Vida Simples (1994), voltou a ser nomeado para os Óscares pelo argumento. Paul Newman brilhou no papel principal e venceu o Urso de Prata em Berlim — mais um exemplo da capacidade de Benton em tirar interpretações memoráveis dos atores, mesmo quando fazia questão de se desvalorizar.

“Há realizadores que sabem extrair o melhor dos atores. Eu não sou um deles”, disse em 2018, com o humor modesto que sempre o acompanhou. “Tentei não atrapalhar… o que não é assim tão fácil.”

Um cineasta raro

Robert Benton deixa um legado pequeno em quantidade, mas imenso em qualidade. Os seus filmes nunca foram artificiais nem excessivos. Tinham o tom certo, o tempo certo, e acima de tudo, a humanidade certa.

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Deixa um filho. A sua mulher, Sallie, faleceu em 2023.

O Dia em Que a Irmã de Tom Cruise “Forçou” um Almoço com Dustin Hoffman… e Criou Rain Man  🍝🎬

Uma história insólita de bastidores mostra como um simples encontro num restaurante mudou a história do cinema

Já todos ouvimos histórias de bastidores inacreditáveis que envolvem coincidências, telefonemas improváveis ou ideias nascidas em guardanapos de papel. Mas esta é especial: segundo o próprio Tom Cruise, Rain Man — o aclamado filme vencedor de 4 Óscares — não teria acontecido se não fosse… a irmã dele.

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Durante uma recente entrevista ao site Deadline, Tom Cruise revelou que o famoso drama sobre dois irmãos muito diferentes (um dos quais com autismo) nasceu de um “golpe de sorte” promovido por Lee Anne Mapother, sua irmã e agente na altura. E tudo aconteceu… num restaurante.

“Vamos almoçar com Dustin. Confia.”

Segundo Cruise, ele nem sabia quem era Dustin Hoffman pessoalmente. Mas a irmã insistiu em marcar um encontro entre os dois, convencida de que algo de bom podia sair dali. “Ela disse: ‘Vamos almoçar com Dustin Hoffman’”, contou Cruise. “E eu disse: ‘Mas porquê?’ Ela respondeu: ‘Confia em mim.’”

Resultado? No meio de massas e conversa fiada, Cruise e Hoffman começaram a falar de cinema — e de um guião que ambos tinham lido chamado Rain Man. O resto, como se costuma dizer, é história.

O nascimento de um clássico

Rain Man estreou em 1988 e tornou-se rapidamente num fenómeno. Realizado por Barry Levinson, o filme conta a história de Charlie Babbitt (Cruise), um jovem egoísta que descobre que o seu irmão mais velho, Raymond (interpretado por Hoffman), tem autismo e herdou a fortuna da família.

Com interpretações arrebatadoras — especialmente a de Dustin Hoffman, que lhe valeu o Óscar de Melhor Ator — e uma narrativa emocionalmente envolvente, o filme conquistou também os Óscares de Melhor Filme, Realização e Argumento Original.

Quando o destino tem forma de spaghetti

A ideia de que uma das colaborações mais icónicas do cinema contemporâneo nasceu de um simples almoço é, por si só, deliciosa. Mas quando sabemos que foi a irmã de Tom Cruise quem puxou os cordelinhos nos bastidores, percebemos como as grandes decisões de Hollywood às vezes acontecem à mesa, e não numa sala de reuniões.

Cruise termina a história com um sorriso: “Se não fosse por ela, esse encontro nunca teria acontecido. E talvez Rain Mantambém não.”

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Gérard Depardieu Condenado por Agressão Sexual: Um Ícone do Cinema Francês em Queda Livre

O ator foi considerado culpado de agredir duas mulheres durante as filmagens de Les Volets Verts em 2021

Gérard Depardieu, um dos nomes mais emblemáticos do cinema francês, foi condenado por um tribunal de Paris a 18 meses de prisão com pena suspensa por agressão sexual contra duas mulheres durante as filmagens do filme Les Volets Verts em 2021.  

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Detalhes do caso

As vítimas, uma decoradora de 54 anos e uma assistente de realização de 34 anos, acusaram Depardieu de toques inapropriados e comentários obscenos no set de filmagens. O ator, de 76 anos, negou as acusações, embora tenha admitido comportamentos grosseiros. Durante o julgamento, Depardieu não compareceu, alegando compromissos profissionais nas ilhas dos Açores.  

Repercussões na indústria cinematográfica

Esta condenação marca um momento significativo para o movimento #MeToo em França, que tem enfrentado desafios para ganhar tração no país. A decisão judicial surge num contexto de crescente escrutínio sobre a cultura de impunidade na indústria cinematográfica francesa, especialmente no que diz respeito a comportamentos abusivos por parte de figuras proeminentes.  

Reações públicas e futuras implicações

A condenação de Depardieu gerou uma onda de reações públicas, com algumas figuras do cinema francês a retirarem o seu apoio ao ator. O caso também levanta questões sobre a forma como a indústria lida com alegações de má conduta e a necessidade de mudanças estruturais para proteger os profissionais do setor.

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