Adeus à Justiça: Quinta Temporada de The Equalizer Marca o Fim da Série com Queen Latifah

A vigilante mais carismática da televisão despede-se dos ecrãs com emoção, acção e… um beijo por esclarecer

Preparem os lenços e apertem os cintos, porque The Equalizer está prestes a dizer adeus. A série protagonizada por Queen Latifah chega à sua quinta e última temporada, com estreia marcada para o dia 19 de junho, às 22h10, em exclusivo no TVCine Emotion e no TVCine+, com um episódio duplo que promete abanar os alicerces desta icónica versão moderna da clássica série dos anos 80.

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Relembremos: The Equalizer foi reinventada em 2021, inspirada na série original e nos filmes de ação protagonizados por Denzel Washington. Aqui, Queen Latifah dá vida a Robyn McCall, uma ex-agente da CIA com um passado envolto em mistério e um presente dedicado a proteger os mais vulneráveis. Para o mundo, é apenas uma mãe solteira a criar a sua filha adolescente, Delilah. Mas quando os fracos precisam de justiça, é ela quem responde ao apelo, qual anjo da guarda urbano com muito estilo e ainda mais pontaria.

Última temporada: tudo por resolver

Na quinta temporada, McCall enfrenta novas ameaças e decisões difíceis. Tudo começa com uma missão de alto risco: salvar dois irmãos que, numa tentativa desesperada, acabam por roubar um camião… que transportava armas ilegais. Mas nem só de balas vive a série: também há espaço para sentimentos e traumas. Mel, uma das aliadas mais fiéis de McCall, tenta lidar com as cicatrizes deixadas por um rapto, contando com o apoio de Harry e da jovem Delilah.

E, claro, há o romance que os fãs têm seguido com atenção: e agora, Robyn e Dante? Depois do beijo que incendiou corações no final da quarta temporada, tudo parecia encaminhado para um final feliz — até Dante ser recrutado para um trabalho em Los Angeles. Será que o amor resiste à distância? Ou vai tudo pelo cano abaixo como um plano mal executado?

Um elenco de peso, até ao fim

Queen Latifah volta a liderar um elenco talentoso, com Tory Kittles, Adam Goldberg, Liza Lapira, Lorraine Toussaint e Laya DeLeon Hayes também de regresso. Juntos, prometem levar a série a um final digno da sua reputação: com tensão, coração, tiros bem disparados e, claro, aquele sentido de justiça que sempre definiu The Equalizer.

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O adeus começa a 19 de junho e prolonga-se todas as quintas-feiras. Uma despedida em grande, num canal que sabe bem como fechar com chave de ouro.

Sally: O Documentário que Mostra Como a Primeira Mulher Americana no Espaço Teve de Esconder Quem Era

Entre o machismo da NASA e o silêncio imposto pela homofobia, o novo documentário da Disney+ revela a coragem íntima de Sally Ride — pioneira no espaço e na vida

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Em 1983, milhões de olhos seguiram o lançamento do vaivém espacial Challenger, com um detalhe histórico: entre os astronautas estava, pela primeira vez, uma mulher norte-americana. Sally Ride, física brilhante e reservada, foi catapultada para o estrelato como símbolo de progresso e inspiração para uma geração de jovens raparigas. Mas o que não se sabia — e o novo documentário Sally revela com crueza e ternura — é que por trás do sorriso público estava uma luta silenciosa contra o machismo institucional… e a homofobia.

O filme, que se estreia a 17 de Junho no Disney+ Portugal, chega num momento de particular tensão política e cultural. Realizado por Cristina Costantini (Mucho Mucho Amor), Sally é uma homenagem sentida e necessária à coragem em todas as suas formas — e a um tipo de heroína que a História tantas vezes silenciou.

“Fiz este filme para quem já teve de esconder parte de si”

Em entrevista à agência Lusa, Cristina Costantini não esconde a motivação pessoal por trás do projecto: “Fiz este filme para qualquer pessoa que já teve de esconder ou mudar parte de si para seguir os seus sonhos.” E completa: “Penso que essa é, tristemente, uma experiência mais relevante que nunca em 2025.”

Mais do que um simples retrato biográfico, Sally mergulha fundo nas contradições da era em que a NASA finalmente abriu as portas às mulheres… mas ainda não estava preparada para as receber como iguais. A agência chegou ao ponto de preparar um “kit de maquilhagem espacial” e questionar se 100 tampões seriam suficientes para seis dias no espaço — enquanto os media perguntavam se Sally ia chorar em órbita.

E, no entanto, sob essa pressão, Ride destacou-se. Brilhante, discreta, profissional ao mais alto nível. E ainda assim, durante toda a sua vida, escondeu uma parte essencial de si: a sua relação com Tam O’Shaughnessy, companheira durante 27 anos.


Uma vida dividida entre a ciência e o silêncio

Sally Ride morreu em 2012, vítima de cancro, aos 61 anos. Foi apenas no seu obituário que o mundo soube que deixava uma parceira. Até então, apenas familiares e amigos próximos sabiam da sua orientação sexual. Foi Tam quem insistiu que a verdade fosse finalmente dita — porque, como afirma no documentário, “a história não estava completa”.

O filme dá palco a Tam O’Shaughnessy, que partilha memórias íntimas, momentos de cumplicidade e frustrações silenciosas. Quando Barack Obama distinguiu Sally Ride com a Medalha Presidencial da Liberdade, foi Tam quem a recebeu. Três anos depois, o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado nos EUA. Mas Tam, hoje, está menos optimista.

“É uma batalha humana permanente e temos de continuar a esforçar-nos pelos valores que são importantes”, afirma, lembrando os recentes retrocessos nos direitos LGBT, tanto nos EUA como noutros países. “É um momento horrível e assustador”.


Quando até a bandeira do arco-íris incomoda

O contexto de Sally tornou-se involuntariamente profético. A realizadora começou a trabalhar com o canal National Geographic e a produtora Story Syndicate sem imaginar que o lançamento coincidiria com ataques directos às políticas de diversidade e inclusão. A própria NASA foi recentemente forçada a remover bandeiras do Orgulho Gay das suas instalações.

“Não fazíamos ideia de que seria lançado num momento em que a DEI está sob ataque”, lamenta Cristina. Mas talvez por isso mesmo, o documentário se torne ainda mais urgente.

Foi ao descobrir que Sally teve uma parceira que a realizadora sentiu o clique criativo: “Pensei: Se a NASA mal estava preparada para mulheres, como terá sido amar uma mulher naquele ambiente?


Precisamos de mais Sallys. E de mais Tams.

Sally não é apenas um tributo à primeira mulher americana no espaço. É um lembrete do preço que tantas pessoas pagaram — e ainda pagam — por serem quem são. E é, acima de tudo, uma história de amor, de resiliência, e de esperança.

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A estreia está marcada para 17 de Junho no Disney+ e 21 de Junho no canal National Geographic. Se há um momento para conhecer esta história, é agora.

O regresso explosivo de Fast X aos tops de streaming 🌍💥

Com Jason Statham, Alan Ritchson e companhia, a saga continua a acelerar — até quando?

Fast X, a décima entrada da saga Velocidade Furiosa, pode ter deixado os críticos a torcer o nariz (56% no Rotten Tomatoes), mas isso não impediu o filme de conquistar o público — e agora também as plataformas de streaming. A longa-metragem, protagonizada por Jason Statham, Vin Diesel, Alan Ritchson e um elenco que parece um festival de superestrelas, está de volta aos holofotes graças à sua escalada meteórica nas tabelas de visualizações em todo o mundo.

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E não estamos a falar só dos mercados habituais. Fast X está entre os filmes mais vistos em territórios tão diversos como Hong Kong, Gana ou Moçambique. Nos Estados Unidos, está disponível na Starz, enquanto que internacionalmente domina nas vendas digitais do iTunes.

704 milhões de razões para continuar a saga

Com um orçamento gigantesco de 340 milhões de dólares, Fast X conseguiu arrecadar 704 milhões de bilheteira — o suficiente para evitar o desaire financeiro, mas longe dos números estratosféricos de capítulos anteriores. Ainda assim, o interesse não desapareceu. Pelo contrário: a presença constante da franquia no imaginário pop, aliada ao poder das suas estrelas, continua a garantir gasolina no depósito.

Alan Ritchson, o musculado protagonista da série Reacher, junta-se aqui à trupe explosiva da saga, reforçando a componente física e carismática que tantos fãs adoram. Já Jason Statham, no papel de Deckard Shaw, tem pouco tempo de ecrã, mas suficiente para garantir que regressa em força em Fast X: Part 2.

O crossover que os fãs pediram está a chegar?

Um dos momentos mais comentados de Fast X foi o regresso surpresa de Dwayne Johnson como Luke Hobbs na cena pós-créditos. A cena serve como pista para o que está para vir — nomeadamente a possibilidade de uma nova aliança entre Hobbs e Shaw. A tão falada sequela de Hobbs & Shaw continua envolta em mistério, mas esta aparição reacendeu as esperanças dos fãs.

Entretanto, o elenco de Fast X parece uma reunião de galácticos do cinema de acção: Vin Diesel, Michelle Rodriguez, Brie Larson, Jason Momoa, Charlize Theron, John Cena, Helen Mirren, Nathalie Emmanuel, Tyrese Gibson, Ludacris e até Scott Eastwood. Uma autêntica parada de estrelas que eleva o caos controlado e os carros voadores a um nível quase mitológico.

E agora?

A segunda parte de Fast X, anunciada como a última entrada da saga principal (embora isso já tenha sido dito antes…), está prevista para 2026 e deverá reunir novamente Jason Statham e Dwayne Johnson num último sprint cheio de pancadaria, explosões e frases de efeito.

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Enquanto isso, Fast X está a fazer sucesso nas plataformas de streaming — provando que, mesmo com uma década de filmes às costas e um conceito que desafia as leis da física, a saga ainda tem combustível para queimar.

Dois documentários expõem os bastidores do desastre da OceanGate — mas deixam perguntas por responder 🌊🚢

A história da implosão do Titan continua a abalar — e pode não ter sido apenas um acidente

Quase dois anos depois do submersível Titan ter implodido numa missão à zona do Titanic, ceifando a vida de todos os cinco ocupantes, dois documentários lançados recentemente trazem novas revelações, suspeitas e, acima de tudo, dúvidas inquietantes.

Implosion, disponível na HBO Max e Discovery+, e Titan, agora em streaming na Netflix, traçam um retrato profundo e perturbador do que levou ao colapso da missão da OceanGate. E se antes havia a ideia de tragédia acidental, agora começa a formar-se um consenso desconfortável: isto pode ter sido evitado.

Stockton Rush: pioneiro ou imprudente?

Ambos os documentários apontam os holofotes para Stockton Rush, CEO da OceanGate, criador do Titan e piloto da fatídica viagem. Rush faleceu no desastre, ao lado de Paul-Henri Nargeolet, Hamish Harding, Shahzada Dawood e o filho deste, Suleman, de apenas 19 anos.

Em Titan, é possível perceber como, desde 2013, a OceanGate foi sendo afastada por engenheiros da Universidade de Washington e da Boeing, alarmados com o uso de materiais como fibra de carbono no casco do submersível — uma escolha controversa e sem precedentes no mergulho tripulado a grandes profundidades.

Alertas ignorados, dados escondidos

O que talvez mais assuste é o padrão recorrente: sinais de alerta ignorados, vozes silenciadas, riscos minimizados em nome da ambição.

  • Um protótipo do casco implodiu num teste.
  • Em 2018, o engenheiro David Lochridge alertou formalmente para falhas críticas no projeto. Foi processado pela OceanGate.
  • Em 2022, dados sonoros da missão “Dive 80” apontaram para rupturas internas. Ninguém agiu.

Em vez de trazer o submersível de volta a Everett para inspeção, a empresa deixou-o estacionado num parque em Newfoundland durante o inverno.

O som da tragédia

Num momento devastador do documentário Implosion, a esposa de Rush, Wendy Rush, é mostrada a monitorizar a comunicação com o sub na viagem fatal. Um estrondo abafado é audível. “O que foi esse barulho?”, pergunta.

Segundo os investigadores, esse som foi a implosão do Titan.

E se não foi acidente?

Os responsáveis pela investigação da Guarda Costeira dos EUA são categóricos: os dados indicam que o desastre não foi apenas falha técnica.

“O que temos aqui não é um acidente. É potencialmente um crime,” afirma Jason Neubauer.

“Ele sabia os riscos que estava a correr com o casco de fibra de carbono. Mas não contou a ninguém. Porque precisava do dinheiro”, reforça Thomas Whalen, também investigador da Guarda Costeira.

O que ainda falta saber?

  • relatório final da Guarda Costeira ainda não foi divulgado.
  • Não há, para já, acusações criminais formais.
  • Existem processos cíveis em andamento, como o pedido de indemnização de 50 milhões apresentado pela família de Nargeolet.
  • Não houve ainda uma declaração pública significativa por parte de Wendy Rush ou dos principais investidores da OceanGate.

Vale a pena ver ambos os documentários?

Sim — e por razões diferentes.

  • Titan oferece um olhar mais interno sobre a cultura da empresa e os conflitos de bastidores.
  • Implosion concentra-se mais na investigação e no impacto mediático e humano da tragédia.

Em conjunto, traçam um retrato complexo de ambição desmedida, silêncio institucional e consequências trágicas.

Eles nunca envelhecem (literalmente): os criadores de Os Simpsons explicam porquê 🍩🕰️

Desde 1989 que Bart, Lisa e Maggie mantêm a mesma idade — e segundo Matt Groening, isso não vai mudar

Já lá vão 35 temporadas, incontáveis donuts e até um filme que arrecadou mais de 500 milhões de dólares. Mas há uma coisa que nunca mudou em Os Simpsonsas personagens continuam exactamente como estavam em 1989.

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No Festival de Animação de Annecy, Matt Groening e Matt Selman — os “pais” espirituais de Springfield — reafirmaram: Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie vão manter-se eternamente jovens. E não é por falta de tempo. É por escolha criativa.

“É assim que o público continua ligado a eles”

Segundo Groening, a chave está na ligação emocional que as pessoas mantêm com a série:

“Os espectadores ainda se identificam com as personagens da mesma forma que sempre o fizeram.”

Matt Selman, produtor e argumentista, acrescenta que isso permite que a série passe de geração em geração:

“Quem era fã na infância pode agora ver Os Simpsons com os filhos — e as personagens continuam iguais.”

A ideia é simples mas eficaz: mantendo Bart sempre com 10 anos e Lisa com 8, a série preserva o seu equilíbrio e espírito original, enquanto comenta o mundo real em constante mudança.


E o filme 2? Não vai acontecer (para já)

Apesar de Os Simpsons – O Filme (2007) ter sido um sucesso estrondoso, com mais de 536 milhões de dólares em bilheteira, Groening deitou um balde de água fria nos fãs que esperavam uma sequela:

“A triste verdade é que simplesmente não temos tempo para trabalhar na série e num filme ao mesmo tempo.”

É o preço de manter uma máquina criativa com mais de três décadas de produção contínua. Afinal, Springfield nunca dorme… e o Homer também não, desde que tenha uma cerveja na mão.

Uma série eterna com audiências em mutação

Os Simpsons é, de longe, a série de animação americana mais longa de sempre. Mas, apesar da longevidade e do sucesso global (é transmitida em cerca de 100 países e 26 línguas), a audiência doméstica caiu: de 13,4 milhões de espectadores na primeira temporada, em 1990, para menos de dois milhões na 35.ª, em 2023/24.

Ainda assim, continua a ser um fenómeno cultural. Ao longo dos anos, celebridades como Tony Blair, Lady Gaga, Paul McCartney, Elon Musk (e muitos mais) passaram pela série — muitas vezes a fazer de si próprios.

Envelhecer é para os outros

Enquanto muitas séries apostam no crescimento, evolução e até despedida das suas personagens, Os Simpsons escolhem o caminho oposto. E talvez por isso ainda estejam cá, três décadas depois.

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Bart continua a fazer traquinices, Lisa ainda é a criança mais inteligente de Springfield, e Maggie… bom, continua a não falar. E é assim que queremos que fiquem. Para sempre.

De Chefe de Gabinete a Presidente: Allison Janney chega finalmente ao topo em A Diplomata

A terceira temporada da série da Netflix estreia no outono — e sim, o reencontro com The West Wing é real

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Demorou duas décadas e uma mudança de série, mas Allison Janney está, finalmente, na Sala Oval. Depois de sete temporadas a dar ordens como C.J. Cregg em The West Wing, a actriz volta à política em A Diplomata, agora com um novo título: Presidente dos Estados Unidos.

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E como cereja no topo da tarte (de campanha), o “primeiro-cavalheiro” é interpretado por Bradley Whitford, outro veterano da mítica série criada por Aaron Sorkin. Se isto não é fan service de luxo, não sabemos o que é.


A terceira temporada promete… caos, conspirações e mais chá

O trailer da nova temporada foi revelado pela Netflix, confirmando o regresso da série para o outono, com oito episódios novinhos em folha e um xadrez político que nunca foi tão pessoal.

Kate Wyler (Keri Russell) está de volta, e se achavas que ela já tinha problemas suficientes, prepara-te:

  • O presidente morreu (pois…);
  • A nova presidente é ninguém menos que Grace Penn (Janney);
  • Hal Wyler (Rufus Sewell) pode estar acidentalmente envolvido na morte do presidente;
  • E Kate é agora a favorita à vice-presidência — um cargo que nunca pediu, mas que toda a gente parece querer ver-lhe atribuído.

Intriga palaciana em tempo de eleições

Criada por Debora Cahn (The West WingHomeland), A Diplomata mistura tensão geopolítica com drama conjugal, diplomacia internacional com tequilas mal bebidas e… uma amizade cada vez mais ambígua com o Ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Austin Dennison (David Gyasi).

Na terceira temporada, Kate Wyler tem de enfrentar:

  • A sua própria ambição;
  • Uma presidente que ela acusou de conspiração terrorista;
  • Um marido manhoso que quer que ela seja vice-presidente;
  • E o espectro constante de perder o controlo de tudo — ou ganhar mais poder do que alguma vez quis.

Quarta temporada? Já tem luz verde 🚦

Antes mesmo da estreia da nova temporada, a Netflix já confirmou que A Diplomata terá uma quarta temporada. Porque, sejamos honestos, entre chávenas de porcelana e golpes de bastidores, ninguém quer que esta guerra de olhares e alianças termine tão cedo.


Um regresso político com sabor a nostalgia

Ver Allison Janney e Bradley Whitford juntos, outra vez em Washington (mesmo que fictício), é mais do que uma piscadela a The West Wing — é uma herança televisiva a ser respeitada, com uma boa dose de humor e ferocidade.

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Se Janney foi uma das melhores Chefe de Gabinete da história da televisão, agora prepara-se para mostrar como se lidera o mundo com classe e punho de ferro. Preparem o juramento — a Presidente chegou.

Hugh Grant Surpreende em “Herege”: O Diabo Veste Tarte de Mirtilo 😈🥧

O ator britânico entrega uma das performances mais inquietantes da sua carreira no novo thriller da A24, em estreia no TVCine Top

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Hugh Grant a fazer de vilão? Sim. Hugh Grant a assustar genuinamente? Também. Hugh Grant nomeado para Globos de Ouro e BAFTAs por um papel em terror psicológico? Pode acreditar. Herege (Heretic, no original) é um dos filmes mais inesperados e hipnóticos deste ano — e o mérito é, em grande parte, do homem que costumávamos associar a comédias românticas com cara de quem nunca parte um prato.

A estreia em televisão está marcada para 13 de junho, às 21h30, em noite de Sexta-Feira 13, no TVCine Top e em streaming no TVCine+. E é o filme perfeito para essa data maldita.


De porta em porta até ao inferno

A história começa de forma quase banal: duas jovens missionárias mórmon — Irmã Barnes (Sophie Thatcher) e Irmã Paxton (Chloe East) — andam de porta em porta à procura de fiéis. Quando tudo parece perdido e uma tempestade se aproxima, batem à última porta do dia. São recebidas por um homem afável, simpático, que até oferece tarte de mirtilo.

O nome dele é Sr. Reed. E ele é interpretado, com arrepiante subtileza e intensidade, por Hugh Grant.

Mas rapidamente a hospitalidade dá lugar ao desconforto — e depois ao terror puro. À medida que a casa se transforma num labirinto psicológico e físico, as duas jovens percebem que estão presas num jogo doentio, onde fé, manipulação e sobrevivência se confundem.

Grant: do charme ao abismo

Ver Hugh Grant neste registo é simplesmente fascinante. Conhecido por papéis charmosos, comedidos e até algo caricatos, o ator reinventa-se por completo como o Sr. Reed — uma figura ao mesmo tempo carismática, desconcertante e absolutamente ameaçadora.

Há algo de deliciosamente perverso na forma como nos conquista no início… para depois nos fazer arrepender da confiança. E é exactamente essa transformação que o torna tão eficaz. Não há gritos nem efeitos especiais exagerados — só uma presença sinistra e um controlo absoluto da cena. Nomeações para BAFTA e Globos de Ouro? Merecidíssimas.

Terror com assinatura A24 (e pedigree de “Um Lugar Silencioso”)

Com argumento e realização da dupla Scott Beck e Bryan Woods — os mesmos que assinaram Um Lugar Silencioso — Herege estreou-se no Festival de Toronto e não demorou a conquistar aplausos pela sua tensão meticulosamente construída, pela atmosfera opressiva e, claro, pelo elenco.

Sophie Thatcher (Yellowjackets) e Chloe East (The Fabelmans) brilham como protagonistas ingénuas mas resilientes, e a química (ou a ausência dela) com Grant mantém-nos colados ao ecrã. O jogo psicológico que se desenrola é tão desconcertante quanto envolvente.

Um “filme de terror religioso”? Sim, mas com cérebro

Herege insere-se numa linhagem cada vez mais rica de thrillers com temas religiosos, mas evita o óbvio. Mais do que uma crítica à fé ou ao fanatismo, o filme convida-nos a reflectir sobre a manipulação, a culpa e os limites da devoção. E fá-lo com tensão constante, sem recorrer ao susto fácil.

Conclusão: Hugh Grant está possuído (no melhor sentido possível)

Herege é uma prova de que o terror não precisa de monstros para nos assombrar — basta um homem com um sorriso, uma casa demasiado silenciosa e uma tarte de mirtilo que nunca parece inocente.

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Se ainda tinhas dúvidas sobre o talento de Hugh Grant fora da sua zona de conforto, este filme trata de dissipá-las. E se estavas à procura de uma boa razão para passar a Sexta-Feira 13 em casa… acabaste de encontrar.

 Génio do Mal: O Início — O Diabo também tem uma origem… e começa em Roma 🕍👶😈

A prequela do clássico The Omen chega ao TVCine Top a 14 de junho e promete ser uma das noites mais assustadoras do ano

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No sexto dia, do sexto mês, à sexta hora… ele nascerá. Esta é a premissa de O Génio do Mal: O Início, a prequela do icónico The Omen, que estreia sábado, 14 de junho, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+. A escolha da data — bem no fim de semana seguinte à sexta-feira 13 — não é inocente. O mal está a chegar… e é melhor deixar as luzes acesas.

De Roma com terror

A protagonista desta nova entrada na saga é Margaret, uma jovem americana enviada para Roma para servir a Igreja. Mas em vez de encontrar paz e vocação, depara-se com uma conspiração sinistra no seio do Vaticano — um plano meticuloso que visa preparar o nascimento do próprio Anticristo.

O cenário, entre criptas, arquivos secretos e corredores sombrios do Vaticano, é o palco perfeito para um filme de terror clássico com atmosfera pesada, fé abalada e o eterno confronto entre luz e trevas.

Uma saga que já faz parte da história do terror

Tudo começou em 1976 com o filme original de Richard Donner, onde conhecemos o pequeno Damien, a criança marcada com o número da besta. Seguiram-se sequelas, uma adaptação para televisão nos anos 90, um remake em 2006 e uma série em 2016. Agora, com O Génio do Mal: O Iníciorecuamos até ao momento zero — o plano para trazer Damien ao mundo.

É um regresso ao terror satânico clássico, feito com respeito pela mitologia original, mas com um toque moderno de tensão e realização eficaz.

Um elenco possuído de talento

Dirigido por Arkasha Stevenson, o filme conta com um elenco de luxo:

  • Nell Tiger Free (de Servant), no papel principal
  • Bill Nighy, sempre inquietante e carismático
  • Ralph Ineson (The WitchThe Green Knight) com a sua voz arrepiante
  • Charles Dance (Game of Thrones)
  • E até Sônia Braga, numa presença que promete deixar marca

Todos contribuem para uma narrativa intensa, que prefere o suspense à facilidade dos sustos, e que vai lentamente enroscando-se como uma serpente em redor do espectador.

Porque gostamos tanto de ver o mal nascer?

Prequelas são, por natureza, trágicas: sabemos sempre como acabam. Mas O Génio do Mal: O Início não pretende apenas explicar o passado — quer dar-lhe um novo peso emocional. A queda de Margaret, os dilemas espirituais e a sensação de inevitabilidade tornam esta entrada na saga uma experiência tensa e envolvente, com espaço para reflexões sobre fé, culpa e o eterno fascínio pelo lado negro.

“Lume”: a nova série da RTP e Max que promete incendiar o verão… mas só no ecrã 🔥

Thriller luso-galego mergulha no mistério dos incêndios florestais e estreia já a 19 de Junho

O verão ainda nem começou e já temos calor garantido — pelo menos nas televisões e nos ecrãs de streaming. Chama-se Lume e é a mais recente aposta da RTP e da plataforma Max, uma série de ficção ibérica que transforma o drama dos incêndios florestais num thriller envolvente e carregado de mistério.

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Criada pelas argumentistas Irene Pin (Espanha) e Sara Rodi (Portugal), Lume estreia a 19 de Junho na Max e no dia seguinte, a 20, na RTP1 e RTP Play. E promete muito mais do que labaredas e sirenes: há conspirações, redes especulativas e crimes por desvendar.


Uma aldeia na Raia Seca, um fogo que não se explica

A acção decorre numa pequena aldeia da Raia Seca, onde os incêndios parecem repetir-se com uma frequência suspeita. Por entre as cinzas, começa a desenhar-se um enredo que aponta para uma teia de interesses obscuros — e uma pergunta incómoda: será que todos os fogos começam por acidente?

Cristina Castaño interpreta uma jornalista obstinada e Albano Jerónimo dá vida a um cabo da GNR determinado em descobrir a verdade. Juntos, embarcam numa investigação que não só os leva a questionar as causas dos incêndios, como os arrasta para um mundo onde o poder económico pode queimar tanto quanto o fogo real.

A série foi filmada em pleno verão de 2024, entre o norte de Portugal e a Galiza, num esforço de coprodução entre a Coral Europa (Portugal) e a Setemedia (Galiza), com apoio da RTP, Televisión de Galicia, Max e ainda 250 mil euros do programa europeu Eurimages.


Entre o português e o galego, entre o drama e a verdade

O elenco, verdadeiramente ibérico, conta ainda com Ricardo Pereira, Lúcia Moniz, João Pedro Vaz, Isabel Naveira, Xúlio Abonjo e Afonso Agra, numa produção onde se ouvem tanto o português como o galego — duas línguas próximas que, aqui, se unem para dar voz a uma narrativa de fronteiras difusas, tanto geográficas como morais.

Com seis episódios, Lume segue a tradição de outras coproduções bem-sucedidas entre Portugal e Espanha, como Auga SecaCrimes Submersos ou Operação Maré Negra. Mas aqui, a grande protagonista é a floresta — ou melhor, aquilo que se faz com ela.


Uma série que promete aquecer as noites… e a consciência

Mais do que um drama policial, Lume é uma chamada de atenção sobre o problema crónico dos incêndios florestais, que todos os anos assolam o norte de Portugal e a Galiza. A série recusa soluções simplistas e não se contenta com “culpados habituais”. Quer ir ao fundo da questão — e levar-nos com ela.

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Se procura uma série que misture mistério, crítica social e paisagens arrepiantes (pelas melhores e piores razões), Lumepode ser a estreia certa para o seu verão. Prepare-se para suar… mas não só por causa do calor.

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O novo trailer da comédia de acção da Amazon Prime Video promete gargalhadas, perseguições e uma ex com planos muito perigosos

Imagina esta cena: és um condutor de carrinha blindada, estás a fazer mais uma daquelas rotinas tranquilas (ou pelo menos previsíveis), quando de repente dás por ti no meio de um assalto… e a líder dos criminosos é uma ex com quem tiveste um “casual encounter”. Pois é, Travis, a vida dá muitas voltas — e nenhuma delas parece boa neste caso.

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Vem aí The Pickup, a nova comédia de acção com Eddie Murphy e Pete Davidson, e o trailer oficial já nos deixa com vontade de marcar na agenda o dia 6 de Agosto de 2025, quando estreia globalmente na Amazon Prime Video. 🎬

O golpe (muito) mal parado

Eddie Murphy é Russell, o experiente condutor da carrinha de valores, e Pete Davidson é Travis, o mais impulsivo e desastrado parceiro de rota. O que devia ser um simples levantamento de dinheiro transforma-se num pesadelo digno de heist movie… mas com muitas gargalhadas pelo meio.

A responsável por todo o caos é Zoe (Keke Palmer), uma criminosa carismática e implacável, que lidera um plano de roubo de 60 milhões de dólares. Como se isso não bastasse, ela também ameaça a esposa de Russell, interpretada por Eva Longoria — o que coloca ainda mais pressão na dupla protagonista.

Ah, e claro, Zoe é também a tal ex com quem Travis teve um caso de uma noite. Porque a vida tem sempre sentido de humor. Ou talvez não.

Humor à Murphy, caos à Davidson

O trailer deixa claro que o filme vai apostar forte na química entre Eddie Murphy e Pete Davidson. O primeiro continua a mostrar porque é uma lenda da comédia, com aquele timing impecável e olhar de “não tenho paciência para isto”. Davidson, por outro lado, é o perfeito caos ambulante, sempre prestes a meter os pés pelas mãos — o que, para nós, é óptimo sinal.

Realizado por Tim Story (BarbershopRide Along), The Pickup conta ainda com um elenco recheado: Jack Kesy, Marshawn Lynch (sim, o ex-NFL!), Roman Reigns (sim, o wrestler!) e Andrew Dice Clay juntam-se à festa para dar mais cor, músculo e nonsense à narrativa.

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Quando e onde podemos ver?

The Pickup estreia a 6 de Agosto de 2025 no Amazon Prime Video, tanto em Portugal como no Brasil — por isso não há desculpa para perder esta aventura. Se gostas de filmes de assaltos com twists inesperados, personagens exageradas e humor a cada esquina… esta é a tua próxima paragem.

Se preferir ver o trailer original clique aqui

“Os Sobreviventes”: o mistério australiano que conquistou o top da Netflix 🌊🕵️‍♂️

Um melodrama familiar disfarçado de thriller policial? Sim — e está a dar que falar.

Chegou à Netflix no dia 6 de Junho e não precisou de muito tempo para se destacar: Os Sobreviventes, série australiana baseada no bestseller de Jane Harper, conquistou o topo do ranking da plataforma durante o fim de semana de estreia. Mas o que tem esta série de tão especial?

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Segundo o criador Tony Ayres, “é um melodrama familiar disfarçado de mistério policial” — uma combinação inusitada que está a prender o público ao ecrã episódio após episódio. E sim, há um cadáver na praia, segredos enterrados há muito e uma investigação policial. Mas no centro da narrativa está algo mais íntimo: a dor, o luto e a complexidade das relações humanas.

Fantasmas do passado numa vila costeira

Protagonizada por Charlie Vickers (The Rings of Power) e Yerin Ha, a série acompanha Kieran Elliott, um homem marcado por uma tragédia antiga que regressa à vila costeira de Evelyn Bay, acompanhado pela mulher e o filho. Quinze anos depois de ter fugido daquele lugar assombrado por memórias dolorosas, Kieran volta… mas as águas da baía continuam turvas.

Duas mortes por afogamento e o desaparecimento de uma jovem continuam sem explicação. Quando um novo homicídio agita a comunidade, a investigação reabre feridas antigas e ameaça revelar segredos que muitos preferiam manter enterrados.

Um drama íntimo com roupagem de crime

Apesar da aparência de thriller, Ayres insiste: o verdadeiro mistério não está apenas em descobrir quem matou quem, mas em desvendar as emoções soterradas entre pais e filhos, amigos de infância, casais marcados pela dor. “Um filho que quer o amor da mãe. Uma mãe que não o consegue dar porque o seu mundo pode desmoronar.” Eis o verdadeiro cerne da série, segundo o criador.

Os Sobreviventes mergulha profundamente em temas como culpa, perda, luto e redenção, e nas formas — por vezes desajeitadas — como tentamos dar sentido ao caos. O passado, esse espectro omnipresente, nunca é enterrado tão fundo quanto se pensa.

Do livro para o ecrã

A série adapta o romance homónimo de Jane Harper, autora já conhecida pelas suas histórias carregadas de tensão e paisagens intensas do interior australiano, como em The Dry (também adaptado ao cinema). Em Os Sobreviventes, o cenário muda para o litoral, mas a densidade emocional mantém-se. E não é por acaso que Evelyn Bay se torna quase uma personagem — com as suas praias traiçoeiras, falésias imponentes e silêncios desconfortáveis.

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Com apenas alguns dias no catálogo da Netflix, Os Sobreviventes já mostrou que é muito mais do que um típico policial. É um retrato atmosférico de como o passado molda o presente, envolto em suspense, mas com o coração na dor das pequenas grandes perdas.

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Obras inéditas do mestre sueco estreiam-se finalmente no nosso país — e sem precisar sair do sofá

Se o cinema é uma forma de arte, então Ingmar Bergman é um dos seus pintores mais profundos, meticulosos e intensos. Agora, pela primeira vez, grande parte da sua obra vai estar disponível — legalmente e em versão restaurada — para o público português. E não é numa sala escura de cinema, mas sim no conforto do lar.

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A partir desta quinta-feira, a plataforma Filmin estreia 32 filmes de Ingmar Bergman, muitos deles inéditos no circuito comercial português, numa coleção cuidadosamente restaurada que promete fazer as delícias de cinéfilos e curiosos. A iniciativa é mais do que uma estreia: é uma reparação histórica.

Bergman em todo o seu esplendor (e angústia)

Entre os títulos mais conhecidos da coleção estão alguns dos clássicos imortais do sueco: Mónica e o Desejo (1953), O Sétimo Selo (1957), Morangos Silvestres (1957), A Hora do Lobo (1968), Lágrimas e Suspiros (1972), Cenas da Vida Conjugal (1973), A Flauta Mágica (1975) e o majestoso Fanny e Alexandre (1982).

Mas o verdadeiro trunfo está nas raridades: filmes que, apesar do prestígio internacional de Bergman, nunca chegaram a ser exibidos comercialmente em Portugal. Entre eles, destacam-se Cidade Portuária (1948), A Sede (1949), Mulheres que Esperam (1952) e Depois do Ensaio (1984). Para os mais aficionados, isto é equivalente a encontrar um manuscrito perdido de Shakespeare numa arrecadação.

Um olhar íntimo sobre o génio

Para complementar esta maratona bergmaniana, a Filmin disponibiliza ainda o documentário Ingmar Bergman – A Vida e Obra do Génio (2018), realizado por Margarethe von Trotta. Nesta homenagem íntima e informada, von Trotta percorre os lugares simbólicos da vida e carreira do realizador — da Suécia à França e Alemanha — e junta testemunhos de colaboradores, familiares e realizadores da nova geração influenciados pelo seu legado.

Com excertos emblemáticos, reflexões sobre os temas obsessivos da sua obra (a morte, a fé, o silêncio de Deus, o amor, a crise conjugal…), o documentário é a porta de entrada ideal para quem ainda não se aventurou pelos labirintos psicológicos e existenciais de Bergman.

Um mestre eterno

Ingmar Bergman (1918–2007) realizou 41 longas-metragens, 12 curtas e centenas de peças de teatro. Morreu com 89 anos na ilha báltica de Fårö, que tão frequentemente serviu de cenário para os seus filmes — um local que ele transformou num território mental, cinematográfico e espiritual.

Se nunca viu O Sétimo Selo, agora é a altura certa para conhecer a morte mais icónica da história do cinema. Se já viu, talvez esteja na hora de descobrir Mulheres que Esperam ou Cidade Portuária, títulos que agora finalmente chegam a Portugal — ainda que com décadas de atraso.

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Mas como bem nos ensinou Bergman, nunca é tarde demais para encarar os fantasmas — ou o génio.

Miraculous Stellar Force: O Spin-off Anime Que Vai Levar Ladybug Até às Estrelas (Literalmente)

Paris fica para trás. Agora é Tóquio, kung fu e uma nova geração de heróis cósmicos

Atenção, fãs de Ladybug e Cat Noir: o universo Miraculous está prestes a explodir numa nova direção! A Disney anunciou oficialmente a aquisição de Miraculous Stellar Force, o primeiro spin-off original da saga criada por Thomas Astruc — e a promessa é clara: uma viagem até ao Japão com superpoderes, amizade, comédia kung fu… e uma arma cósmica ancestral chamada Stellar Matrix. Sim, leste bem.

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A série será lançada em 2027 no Disney Channel e Disney+, com um especial de uma hora, Miraculous World: Tokyo Stellar Force, a estrear já ainda este ano, numa ponte narrativa entre Paris e Tóquio.

🌍 De Paris para Tóquio: o universo Miraculous expande-se

Depois de conquistar o mundo com Miraculous – As Aventuras de Ladybug, Thomas Astruc leva-nos agora para Tóquio, numa série que homenageia o estilo anime clássico em 2D, com um toque visual que fará os fãs de NarutoSailor Moonou My Hero Academia sentirem-se em casa.

A história centra-se em 12 estudantes de uma escola internacional, que descobrem ser os novos guardiões da Stellar Matrix, uma arma cósmica fragmentada. Sob a liderança de Miki, Mayotte e Yu Lu, estes adolescentes têm de aprender a confiar uns nos outros, ultrapassar amizades turbulentas e derrotar inimigos galácticos como Modeler (com sede de vingança) e uma força misteriosa chamada The Supreme.

💫 Mais do que superpoderes: diversidade, identidade e trabalho em equipa

Andy Yeatman, CEO da Miraculous Corp, sublinhou que este novo capítulo da saga mantém os valores que fizeram de Miraculous um sucesso global — mas com um twist:

“As crianças de todo o mundo vão ver-se refletidas nestes heróis diversos, a navegar as suas próprias questões de amizade, identidade e colaboração em plena escala cósmica.”

Heath Kenny, responsável de conteúdos da Miraculous Corp, acrescentou:

Stellar Force reinventa o género anime de super-heróis com estilo e substância. A verdadeira força está nos laços que criamos.”


🌟 O especial que lança a nova era

Antes da série chegar em 2027, os fãs poderão ver já este ano o especial Miraculous World: Tokyo Stellar Force — uma aventura de uma hora que junta Marinette e Kagami numa missão entre Paris e Tóquio. Este será o ponto de encontro entre a geração original e os novos heróis, e prepara o terreno para a nova mitologia.

🐞 10 anos depois, Miraculous continua imparável

Completando 10 anos em 2025Miraculous continua a ser um fenómeno de audiências e merchandising — com séries, filmes, videojogos, produtos licenciados e milhões de fãs espalhados pelo mundo.

Stellar Force promete não só revitalizar a marca, mas também conquistar uma nova geração de fãs, com visuais inspirados na animação japonesa, humor mais refinado e temas contemporâneos como inclusão, diversidade cultural e identidade.

🧠 Fica a saber…

  • Criador: Thomas Astruc
  • Formato: Animação 2D inspirada em anime
  • Estreia da série: 2027 no Disney Channel e Disney+
  • Especial de lançamento: Miraculous World: Tokyo Stellar Force, estreia ainda em 2025
  • Ambiente: Escola internacional em Tóquio
  • Personagens principais: Miki, Mayotte, Yu Lu e outros nove estudantes-guardas do cosmos
  • Vilões: Modeler, The Supreme
  • Temas: Aventura, identidade, amizade, colaboração e conflito cósmico (com muito kung fu)

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Os Goonies Fizeram 40 Anos! E Eu Ainda Sei de Cor o Discurso do Mikey…

O clássico que envelheceu connosco… e que continua a ser obrigatório rever — com ou sem cabelos grisalhos

Pronto admito fui um grande fã e ainda sou.Há filmes que vemos uma vez e esquecemos. E depois há The Goonies.

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Passaram 40 anos desde que aquele grupo de miúdos desajeitados, corajosos e geniais embarcou numa das aventuras mais marcantes da história do cinema. Estreado em 1985, realizado por Richard Donner, com argumento de Chris Columbus e produzido por Steven Spielberg, The Goonies não foi apenas um filme — foi um ritual de passagem, uma cápsula de sonho, uma promessa de que a amizade e a coragem são as maiores riquezas de todas.

Neste 7 de Junho de 2025, celebrámos quatro décadas deste clássico e, sinceramente, não há palavras suficientes para descrever o quanto ele continua a significar para mim. Já com cabelos grisalhos e tantos anos de vida vividos, ainda hoje me emociono ao ouvir o Mikey a gritar “Goonies never say die!” — e revejo o filme sempre que posso, como quem visita um velho amigo.


🥹 Reunião de velhos amigos: tributos nas redes e reencontros emocionantes

Para assinalar o 40.º aniversário, vários membros do elenco partilharam mensagens nas redes sociais. Ke Huy Quan (o inesquecível Data) publicou o famoso discurso de Mikey no Instagram com a legenda: “Happy 40th my fellow Goonies!”. Já Sean Astin (Mikey) partilhou um conjunto de fotos dos bastidores do filme com a frase que se tornou lema de uma geração: “NEVER SAY DIE”.

Corey Feldman (Mouth), por sua vez, foi ainda mais longe: viajou até Astoria, no Oregon — a verdadeira cidade onde o filme foi gravado — com a namorada Adrien Skye, e publicou uma série de vídeos nostálgicos. Visitou os locais das filmagens, descobriu uma cópia em DVD numa loja local e até passou pela “possivelmente assombrada” Flavel House Museum (onde trabalhava o pai de Mikey no filme).

“WALKING AROUND THIS TOWN IS BLOWING MY MIND”, escreveu Feldman. “NUNCA VIVI NADA ASSIM POR NENHUM OUTRO FILME!”


🎥 Uma sequela no horizonte? O espírito Goonie continua vivo

Em abril deste ano, o elenco voltou a reunir-se na Awesome Con, onde participaram numa mesa redonda animada. A novidade? Está em desenvolvimento uma sequela oficial, com Steven Spielberg de volta ao leme e Chris Columbus a bordo no argumento.

Corey Feldman disse que “esperam que valha a pena”, enquanto Martha Plimpton (Steph) admitiu: “acho que os fãs vão ver The Goonies 2, estejamos nós lá ou não.”

E se a sequela acontecer mesmo, Ke Huy Quan já deixou claro que adoraria voltar a ser o Data: “É uma das perguntas que mais me fazem na vida. E sim, adorava que acontecesse.”

🌟 Homenagens a Ke Huy Quan e mais reencontros inesperados

Mas o reencontro mais tocante aconteceu em fevereiro, quando Quan recebeu a sua estrela no Passeio da Fama em Hollywood. Lá estavam Corey Feldman, Kerri Green (Andy), Jeff Cohen (Chunk) e Josh Brolin (Brand), prontos para o aplaudir de pé. Brolin até fez um discurso comovente: “Celebramos aqui tudo o que está certo nesta indústria.”

E nesse mesmo dia, mais um momento especial: no filme Love Hurts, Ke Huy Quan e Sean Astin voltaram a contracenar, quase como um aperitivo emocional para todos os que ainda sonham com The Goonies 2.


🇵🇹 Onde podes rever The Goonies em Portugal?

Felizmente, a nostalgia não está fora de alcance. Em Portugal, The Goonies está actualmente disponível para streaming nas plataformas Max e Netflix.

Para quem prefere ter uma cópia para sempre, o filme também está disponível para compra ou aluguer digital na Apple TVAmazonRakuten TV e YouTube Movies, com preços geralmente entre os 3,99 € e os 8,99 €.

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💭 40 anos depois… ainda somos todos Goonies

A beleza de The Goonies é essa: é um filme que não envelhece — apenas cresce connosco. E mesmo agora, com responsabilidades, rugas e contas para pagar, basta aquele mapa do tesouro, um grupo de amigos e uma boa dose de coragem para nos sentirmos outra vez como crianças a viver a maior aventura das nossas vidas.

Porque, no fim de contas… Goonies never say die. E eu também não.

“Alien: Planeta Terra” traz a saga de volta… e os Xenomorfos com ela

A icónica franquia de ficção científica invade o Disney+ com cyborgs, corporações distópicas e… híbridos com consciência humana

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Preparem-se: os Xenomorfos estão de volta. Mas desta vez, o terror espacial desce à Terra numa versão completamente nova da saga Alien, agora em formato de série. Intitulada “Alien: Planeta Terra”, a produção chega ao Disney+ a 13 de Agosto, prometendo um regresso explosivo a um universo que marcou a ficção científica desde 1979 — desta vez com cyborgs, megacorporações e novos horrores biotecnológicos.

O primeiro trailer oficial já está disponível e, para os fãs da franquia, a expectativa está em ponto de ebulição. Com Timothy Olyphant (conhecido de Justified) no elenco principal e uma estética que mistura distopia digital com pavor orgânico, esta poderá ser a expansão que muitos esperavam — ou o reinício que ninguém viu chegar.

Terra, ano 2120: um futuro dominado por empresas… e terrores escondidos

Segundo a sinopse oficial, a série situa-se no ano 2120, numa Terra controlada por cinco megacorporações: Prodigy, Weyland-Yutani (sim, a mítica da saga), Lynch, Dynamic e Threshold. Nesta nova “Era Corporativa”, humanos, cyborgs e sintéticos coexistem num equilíbrio instável, até que surge uma nova ameaça: os híbridos — robôs com consciência humana, desenvolvidos pela Prodigy Corporation.

O protótipo, Wendy, representa o auge da tecnologia e da ambição — o passo seguinte na corrida pela imortalidade artificial. Mas tudo muda quando uma nave da Weyland-Yutani colide com Prodigy City, libertando formas de vida tão antigas quanto mortais. Spoiler? Não precisamos de dizer o nome, pois os fãs já adivinharam: os Xenomorfos estão cá.

O ADN da saga está lá… mas com roupagem nova

A série não pretende ser apenas um prolongamento nostálgico. Alien: Planeta Terra mergulha em temas actuais como a identidade artificiala ética da tecnologiaa privatização da vida humana e, claro, o eterno embate entre ciência e sobrevivência. A ameaça biológica é o fio condutor, mas o subtexto distópico marca presença desde o primeiro frame.

Se os filmes anteriores exploraram o terror do desconhecido no espaço profundo, a série traz o pesadelo para o nosso quintal. E, ao que tudo indica, com uma narrativa dividida em oito episódios, sendo os dois primeiros lançados a 13 de Agosto e os restantes semanalmente às quartas-feiras.

Timothy Olyphant e um elenco internacional

Ainda sem grandes detalhes sobre as personagens, sabemos que Timothy Olyphant será um dos pilares da narrativa, acompanhado por um elenco global que promete dar profundidade às várias camadas sociais e tecnológicas do mundo de 2120. Os efeitos visuais, pelo que o trailer mostra, estão a par das melhores produções da plataforma, e os ambientes — entre cidades ultratecnológicas e zonas devastadas — mantêm o estilo visual característico da franquia.

Xenomorfos com filosofia?

Pode parecer impossível, mas a série parece caminhar entre terror corporal e existencialismo tecnológico. A introdução dos híbridos — robôs com consciência humana — pode bem ser o elemento de reflexão que distingue esta adaptação das anteriores. Até onde estamos dispostos a ir para não morrer? E o que significa estar vivo quando o corpo já não é nosso?

Se a execução corresponder à ambição, Alien: Planeta Terra pode vir a ser a reinvenção mais ousada da saga desde o original de Ridley Scott.

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“Alien: Planeta Terra” estreia a 13 de Agosto no Disney+ com dois episódios. Os restantes serão lançados semanalmente às quartas-feiras.

Especial Dia de Portugal no TVCine Edition: seis estreias para celebrar o cinema português

De Frederico Serpa a Sérgio Graciano, um 10 de Junho recheado de grandes estreias

O Dia de Portugal vai ser celebrado com uma maratona de cinema 100% português nos canais TVCine, que assinalam a data com seis estreias televisivas absolutas. A programação, transmitida a 10 de Junho no TVCine Edition, arranca às 11h e prolonga-se até ao início da noite, oferecendo uma amostra diversificada e rica do que se faz (e imagina) no cinema nacional. São filmes que percorrem géneros, geografias e visões, sempre com o talento português em primeiro plano.

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11h00 – Arrabalde, de Frederico Serpa

A jornada começa com Arrabalde, uma estreia na realização para Frederico Serpa, que também protagoniza este filme-poema urbano. Dois amigos percorrem de bicicleta uma cidade que tanto pode ser Lisboa como qualquer outra. À medida que o dia avança e a noite se instala, os episódios que testemunham põem em causa as suas bússolas morais. Com participações de Martim Guerreiro, Alexandra Freudenthal, Luís Miguel Cintra e Manuel João Vieira, esta é uma ode inquieta à cidade contemporânea.

12h20 – Na Mata dos Medos, de António Borges Correia

Segue-se Na Mata dos Medos, uma obra que mistura o real e o imaginado numa estrutura metacinematográfica. Alice, uma realizadora viúva, investe-se num projecto de filme-ensaio sobre os primeiros amores. Aos poucos, o espectador mergulha nesse mesmo filme idealizado, atravessando camadas de ficção e memória. Vencedor do Prémio do Público no FESTin, o filme conta com Anabela Brígida, Joana Bárcia e Cláudio da Silva.

13h50 – Nome, de Sana Na N’Hada

Diretamente da secção ACID do Festival de Cannes, Nome retrata a Guiné-Bissau de 1969, em plena guerra de libertação. O protagonista, um jovem que se junta ao movimento de resistência Maquis, regressa anos depois como herói — mas encontra uma realidade amarga e desiludida. Esta coprodução entre Guiné-Bissau, Portugal, França e Angola é assinada pelo veterano Sana Na N’Hada e tem no elenco Marcelino António Ingira, Binete Undonque e Marta Dabo.

15h50 – O Melhor dos Mundos, de Rita Nunes

Num cenário de ficção científica em Lisboa, no ano de 2027, O Melhor dos Mundos aborda dilemas éticos, científicos e emocionais entre um casal de investigadores que se vê dividido perante a iminência de um possível sismo devastador. Sara Barros Leitão e Miguel Nunes lideram o elenco desta proposta ambiciosa de Rita Nunes, que mistura ciência, drama e introspecção.

17h05 – Mãos no Fogo, de Margarida Gil

Inspirado livremente em A Volta do Parafuso de Henry James, este filme mergulha numa atmosfera de mistério e inquietação. Uma jovem estudante de cinema descobre que a mansão duriense que filma para um documentário tem muito mais para revelar do que se imagina. Margarida Gil assina aqui o seu nono filme, com um elenco onde brilham Carolina Campanela, Rita Durão e Marcello Urgeghe.

18h55 – Os Papéis do Inglês, de Sérgio Graciano

A maratona encerra com um épico luso-angolano que cruza literatura, mistério e identidade. Inspirado na obra de Ruy Duarte de Carvalho, o filme acompanha a busca de um homem pelos enigmas deixados pelo seu pai no deserto do Namibe, atravessando décadas de história. Com argumento de José Eduardo Agualusa, Os Papéis do Inglês conta com João Pedro Vaz, Miguel Borges, Joana Ribeiro e Délcio Rodrigues.

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Um retrato plural do cinema português

Este Especial Dia de Portugal nos TVCine é mais do que uma maratona cinematográfica: é um retrato caleidoscópico da criatividade portuguesa, com espaço para a memória colonial, a ficção científica, o realismo poético, a crítica social e a adaptação literária. Um verdadeiro mergulho na diversidade estética e temática que marca o nosso cinema, e uma excelente oportunidade para descobrir — ou redescobrir — o talento que se filma em português.

A não perder, a 10 de Junho, a partir das 11h, em exclusivo no TVCine Edition e no TVCine+.

“Red Rooms”: Obsessão, True Crime e a Dark Web no thriller que vai perturbar os nossos ecrãs

Estreia a 26 de Junho em Portugal o perturbador e fascinante filme de Pascal Plante, que já está a dar que falar entre os amantes de true crime e cinema psicológico.

🩸 Se alguma vez se perguntou até onde pode ir o fascínio pelo true crime, Red Rooms promete responder… da forma mais desconfortável possível. O novo filme do canadiano Pascal Plante, que estreia nas salas portuguesas a 26 de Junho, é um thriller psicológico afiado como uma lâmina, que desmonta — e questiona — a nossa obsessão moderna com os monstros da realidade.

O que se esconde por trás do fascínio pelo horror real?

Em Red Rooms, seguimos Kelly-Anne (brilhantemente interpretada por Juliette Gariépy), uma modelo de comportamentos metódicos e uma vida à superfície irrepreensível. Mas, nos bastidores da sua rotina glamorosa, esconde-se um interesse doentio: Kelly-Anne é absolutamente obcecada pelo julgamento de Ludovic Chevalier, um homem acusado de ser um dos assassinos em série mais sádicos da história recente do Canadá — o chamado Demónio de Rosemont — que gravou os assassinatos das suas vítimas e, alegadamente, os difundiu na dark web.

Kelly-Anne assiste religiosamente às sessões de julgamento, lado a lado com Clémentine (Laurie Babin), uma adolescente que partilha a mesma obsessão mórbida. Juntas, vão descer lentamente ao inferno de um voyeurismo digital sem limites, procurando a peça em falta: o vídeo desaparecido de um dos assassinatos, uma prova macabra que poderá condenar — ou redimir — Ludovic.

Um thriller elegante e gélido que deixa cicatrizes

Pascal Plante constrói o filme como uma cirúrgica reflexão sobre a sociedade contemporânea. Red Rooms não é só sobre serial killers — é sobre quem os venera, quem os mitifica e quem, por detrás de um ecrã ou de uma fachada socialmente aceitável, consome o horror como entretenimento. O filme dialoga com fenómenos como os documentários da Netflix, os podcasts de true crime e a estética dos fóruns mais obscuros da internet.

Mas, mais do que julgar, Red Rooms observa. Com uma realização minimalista, fria e precisa, Pascal Plante encena o desequilíbrio emocional de Kelly-Anne como um thriller de câmara lenta: inquietante, mas hipnotizante.

A dark web como espelho do nosso pior

Com referências assumidas a obras como The Poughkeepsie TapesZodiac ou mesmo NightcrawlerRed Rooms mergulha nas profundezas daquilo que a internet permite — e daquilo que cada um de nós é capaz de fazer quando o ecrã se fecha.

E se é verdade que “todos os assassinos em série têm os seus admiradores”, então este filme é o alerta vermelho que nos faz olhar ao espelho. Que voyeurismos cultivamos? Que verdades preferimos ignorar?

A resposta chega a 26 de Junho, e garantimos: vai dar que falar.


🎬 “Red Rooms”, de Pascal Plante

🗓️ A patir de 26 de Junho no Filmin

🎭 Com: Juliette Gariépy, Laurie Babin, Maxwell McCabe-Lokos

“Andor”: Criador Revela Orçamento Astronómico e Liberdade Criativa Dada pela Disney

💸 Tony Gilroy quebrou um dos maiores tabus de Hollywood ao dizer quanto custou a série — e parece que não houve limites (nem nas cenas de bordel).

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O universo Star Wars já nos habituou a aventuras épicas, batalhas espaciais, sabres de luz e… segredos orçamentais bem guardados. Mas Tony Gilroy, criador da aclamada série Andor, resolveu fazer aquilo que poucos em Hollywood ousam: dizer publicamente quanto a Disney pagou pelas duas temporadas da série. E não, não é um erro de digitação — são 650 milhões de dólares.


A rebelião não é barata

Durante uma conversa no ATX Television Festival, Gilroy revelou que os 24 episódios de Andor custaram aos cofres da Disney a módica quantia de 650 milhões de dólares (ou cerca de 569 milhões de euros à cotação actual). Este número impressionante confirma o que já havia sido avançado pela Forbes e Variety, colocando Andor ao lado de produções como House of the Dragon e Severance nos orçamentos mais robustos da televisão moderna.

Cada episódio terá custado perto de 20 milhões de dólares, um valor que, por si só, daria para produzir vários filmes independentes. Mas Gilroy garante que, apesar dos números colossais, nunca foi impedido de contar a história que queria.


“O Império que se f…!”

Segundo o argumentista e realizador, que também escreveu Rogue One e os filmes da saga Jason Bourne, o estúdio deu-lhe uma liberdade criativa invulgar — mesmo quando ele forçou (deliberadamente) os limites.

“Durante 24 episódios, nunca recebi uma nota [reparo]. Dissemos ‘O Império que se f***’ na primeira temporada, e a reação deles foi: ‘Por favor, podem não fazer isso?’.”

Gilroy não esconde que quis testar os limites logo à partida, ao abrir a série com uma cena num bordel — algo que, noutras eras da Disney, causaria um colapso de relações públicas. Mas não. Segundo ele, houve uma aceitação quase tranquila:

“Sim, não podemos ter pele, mas conscientemente comecei a primeira cena num bordel só para ver o que aconteceria… e acabou por ser um nada do início ao fim.”

Uma estrutura diferente, uma narrativa mais densa

A segunda temporada de Andor, lançada entre abril e maio deste ano, foi dividida em quatro arcos de três episódios, lançados semanalmente até 13 de maio. Uma estrutura pensada para permitir uma imersão mais profunda nos vários capítulos da história, mantendo a tensão narrativa ao longo de seis semanas.

Com Cassian Andor (Diego Luna) no centro da trama, a série explora o nascimento da rebelião contra o Império — muito antes de Luke, Leia e Han Solo entrarem em cena. É uma série que não se preocupa com batalhas espaciais a cada episódio, mas sim com personagens complexas, dilemas morais e uma atmosfera de thriller político que foi amplamente elogiada por críticos e fãs da saga.

A liberdade criativa… com responsabilidades

Gilroy reconhece que esta liberdade não veio sem desafios — especialmente numa altura em que o streaming enfrenta cortes orçamentais generalizados.

“Na segunda temporada, disseram: ‘O streaming está morto, não temos o dinheiro que tínhamos antes’, portanto lutámos bastante sobre o dinheiro, mas nunca nos impediram de fazer nada.”

Em tempos de incerteza para as plataformas de streaming, é reconfortante (e surpreendente) ver que ainda existem projetos onde o conteúdo, e não apenas os números, comanda as decisões.

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Andor pode não ter as explosões de The Mandalorian ou os cameos de Ahsoka, mas tornou-se um dos pilares criativos do universo Star Wars. E agora sabemos: essa qualidade teve um preço — mas, aparentemente, valeu cada crédito galáctico.

Megalopolis: o épico insano (e imperdível) de Francis Ford Coppola estreia-se na televisão portuguesa

Depois de décadas a sonhar e a riscar, Coppola dá-nos uma cidade romana em plena América moderna… com Adam Driver a liderar o caos visual mais polarizador do ano.

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🎬 Preparem-se para o delírio cinematográfico de 2024! Megalopolis, o filme que há décadas fervilhava na mente genial de Francis Ford Coppola, estreia finalmente na televisão portuguesa este sábado, 8 de junho, às 21h25, no TVCine Top. É a primeira oportunidade para muitos verem o filme que dividiu Cannes, incendiou críticas e reafirmou que Coppola, aos 85 anos, continua a ser um dos autores mais audaciosos da sétima arte.

Um sonho romano em plena Nova Iorque futurista

“Megalopolis” é tudo menos convencional. Com claras influências da Roma antiga e com uma estética que mistura o clássico com o surrealismo digital, Coppola desenha uma América alternativa onde a cidade de Nova Roma está em pleno dilema existencial: conservar os vícios do presente ou reinventar-se para um futuro utópico?

No centro desta fábula está Cesar Catilina (Adam Driver), arquiteto genial e idealista que quer reimaginar a cidade como um paraíso de justiça, beleza e paz. Do outro lado do conflito surge Franklyn Cicero (Giancarlo Esposito), presidente da câmara e defensor do status quo – um político do velho mundo, agarrado aos tentáculos da ganância e da guerra partidária.

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Entre estes dois mundos, Julia Cicero (Nathalie Emmanuel), filha do mayor e amante de Cesar, vê-se dividida entre o amor e a lealdade familiar, numa espécie de Julieta moderna com dilemas éticos, políticos e existenciais à mistura.

Cannes aplaudiu, mas também ficou perplexo

Estreado em maio no Festival de Cannes, Megalopolis competiu pela Palma de Ouro e saiu de lá como um dos filmes mais polarizantes da década. Houve quem gritasse “obra-prima” e quem fugisse a meio da projeção. Houve críticas que apelidaram o filme de “megalómano” (sem surpresa), e outras que o celebraram como “um grito criativo de liberdade”.

Com um elenco de luxo – para além de Adam Driver e Giancarlo Esposito, surgem ainda Aubrey Plaza, Shia LaBeouf, Forest Whitaker, Laurence Fishburne, Talia Shire, Jon Voight e Dustin Hoffman – Coppola dá-nos um filme que é tanto uma carta de amor ao cinema como uma provocação estética, filosófica e política.

Uma utopia visual ou um desastre glorioso?

“Megalopolis” não é para todos. Mas também não quer ser. É uma experiência que exige entrega, que rasga com as convenções narrativas e que abraça um estilo visual entre o operático e o teatral, com recurso a efeitos digitais ousados, monólogos shakespearianos e discursos inflamados sobre o destino da humanidade.

Francis Ford Coppola, que financiou o filme com a sua fortuna pessoal (estima-se que tenha investido mais de 120 milhões de dólares), quis deixar um testamento artístico. E conseguiu. Se o filme triunfa ou fracassa? Isso depende do espectador – mas indiferente, garantimos, ninguém ficará.

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📺 Megalopolis estreia sábado, 8 de junho, às 21h25, em exclusivo no TVCine Top e também disponível no TVCine+.

A cidade de Nova Roma aguarda a vossa decisão: evolução… ou destruição?

Depois do Desastre nas Bilheteiras, “Branca de Neve” com Rachel Zegler e Gal Gadot Chega ao Disney+

De polémica em polémica até ao streaming: a nova versão de Branca de Neve entra no catálogo da Disney+ a 11 de Junho, apenas 82 dias após a estreia nos cinemas — e um dos maiores desastres financeiros da história da Disney.

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Espelho meu, espelho meu… haverá fracasso maior do que o meu?

Era para ser um dos grandes eventos cinematográficos da Disney em 2024. Afinal, trata-se de uma adaptação do primeiro clássico animado dos estúdios: o lendário Branca de Neve e os Sete Anões, de 1937. Com Rachel Zegler no papel principal e Gal Gadot como a Rainha Má, o projecto reunia duas estrelas em ascensão num universo de contos de fadas. A fórmula parecia infalível.

Mas não foi.

Bilheteira desastrosa e orçamento astronómico

Com um orçamento estimado em 270 milhões de dólares (sem contar com os custos de marketing), os analistas indicavam que seriam necessários mais de 625 milhões em receitas mundiais para que a Disney começasse sequer a recuperar o investimento. O resultado? Uns magros 205,5 milhões no total mundial, com apenas 87,2 milhões nos EUA e Canadá.

Num mercado dominado por super-heróis em crise, sequelas exaustas e cansaço de remakes, Branca de Neve revelou-se um autêntico naufrágio comercial — com um percurso que levou muitos a apelidarem o filme como “o maior fracasso desde Joker: Loucura a Dois” (que, ironicamente, também teve um desempenho abaixo das expectativas em 2024).

Polémicas antes da estreia

Muito antes da estreia, Branca de Neve já era sinónimo de polémica. A começar pelas declarações de Rachel Zegler, que levantaram sobrancelhas ao afirmar que a versão original era “problemática” e que a sua Branca de Neve “não precisa de um príncipe para a salvar”.

A reinvenção da narrativa — com enfoque na independência da personagem feminina e uma abordagem mais moderna — dividiu o público. Ao mesmo tempo, o design e representação dos “sete companheiros” (que não são todos anões, nem sete no sentido tradicional) causaram desconforto e levaram até à intervenção pública de Peter Dinklage.

A recepção foi morna a nível crítico, com a realização de Marc Webb (de O Fantástico Homem-Aranha) a ser considerada insossa, e nem mesmo as músicas originais da dupla premiada Benj Pasek e Justin Paul (La La LandO Grande Showman) conseguiram gerar entusiasmo.


A grande retirada da Disney?

O impacto foi tão negativo que, segundo a imprensa especializada norte-americana, a Disney decidiu suspender indefinidamente o desenvolvimento da versão em imagem real de Entrelaçados (Tangled), que estava já em fase de pré-produção.

Com tantos remakes em produção (de Lilo & Stitch a Hércules), a derrota de Branca de Neve pode marcar uma viragem na estratégia da casa do Mickey. A pergunta impõe-se: será este o fim da era dos remakes live-action?

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Da tela grande ao conforto do sofá

Se perdeu o filme nos cinemas (ou preferiu aguardar pelo streaming), Branca de Neve chega ao Disney+ a 11 de Junho. Talvez lá, longe dos holofotes, consiga encontrar algum público disposto a redescobrir a história da jovem de pele branca como a neve… agora com menos magia e mais controvérsia.