Um Monge, Uma Espingarda e Muitas Surpresas: A Joia Nepalesa Chegou ao FilmIn 🎥

“O Monge e a Espingarda” mistura espiritualidade, acção e humor com um toque de Wes Anderson… nos Himalaias

Preparem-se para uma das experiências cinematográficas mais inesperadas e deliciosamente originais do ano: O Monge e a Espingarda (The Monk and the Gun), de Pawo Choyning Dorji, já está disponível no FilmIn Portugal. E se o nome do realizador vos soa familiar, é porque o seu anterior filme Lunana: A Yak in the Classroom foi nomeado ao Óscar de Melhor Filme Internacional em 2022. Agora, o cineasta do Butão volta a surpreender com esta obra singular que combina política, espiritualidade e… armas de fogo.

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Uma sátira budista no coração do Himalaia

Ambientado em 2006, o filme acompanha um pequeno vilarejo butanês prestes a realizar eleições democráticas pela primeira vez. Mas o centro da narrativa é um velho monge que acredita que, para restaurar o equilíbrio cósmico, precisa de obter duas armas de fogo — e depressa. O insólito pedido desencadeia uma cadeia de eventos que vai envolver candidatos ambiciosos, turistas americanos apaixonados por armamento e uma população que mal compreende o que é o voto secreto.

À semelhança de Lunana, o realizador continua a explorar as tensões entre tradição e modernidade, mas aqui fá-lo com um tom mais satírico e mordaz, sem nunca perder a ternura pelas suas personagens. O resultado é uma espécie de dramedy transcendental, onde o absurdo do mundo moderno colide com a sabedoria ancestral do Budismo.

Uma fábula moderna com cheiro a Mosteiro

Rodado com paisagens deslumbrantes do Butão e um elenco de não-profissionais que conferem autenticidade tocante à história, O Monge e a Espingarda é um daqueles filmes que dificilmente se esquece. É ao mesmo tempo uma crítica subtil à globalização, uma reflexão sobre a fé, uma comédia política e uma fábula sobre escolhas — tudo embrulhado num ritmo contemplativo, mas pontuado por momentos de inesperada acção e ironia.

Não esperem tiroteios à Tarantino (apesar do título), mas sim uma abordagem cheia de simbolismo, humor e compaixão budista — o tipo de filme que poderia sair da mente de Wes Anderson se este trocasse os cenários coloridos de Paris pelos vales de Paro.

Uma estreia discreta… mas obrigatória

Depois de ter passado por festivais como Telluride, Toronto e Berlim, O Monge e a Espingarda chegou silenciosamente ao FilmIn, onde aguarda agora por espectadores curiosos, pacientes e dispostos a mergulhar num universo que raramente vemos no grande ecrã.

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Para quem procura cinema que desafia convenções, que mistura géneros com elegância e que nos obriga a pensar com um sorriso nos lábios, esta é uma paragem obrigatória. Como o próprio filme sugere, às vezes é preciso um monge e uma espingarda para nos lembrar que o mundo pode ser absurdo, mas também cheio de sentido.

Uma História Real de Redenção e Arte: Sing Sing Estreia em Portugal

O filme que emocionou Hollywood chega finalmente à televisão portuguesa com Colman Domingo em grande destaque

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🎭 A arte como redenção. A verdade como esperança. E uma prisão de alta segurança como palco de transformação interior. Sing Sing, um dos filmes mais comoventes e aclamados da temporada de prémios, estreia-se em exclusivo no TVCine Top no próximo dia 20 de julho, às 21h40. É a estreia em televisão de um dos títulos mais surpreendentes dos Óscares deste ano — e que promete deixar marca no público português.

Baseado numa história verídica, o filme centra-se em Divine G (interpretado por Colman Domingo, nomeado ao Óscar de Melhor Ator), um homem condenado injustamente que encontra um novo propósito ao integrar um grupo de teatro dentro da prisão Sing Sing. Ao lado de outros reclusos — muitos deles interpretados por atores não profissionais que também estiveram presos na vida real —, Divine G descobre o poder curativo da performance e da criação artística. Uma realidade dura, crua, mas com lampejos de beleza e humanidade.

Uma história que nasce entre grades… e floresce no palco

A longa-metragem é inspirada no programa Rehabilitation Through the Arts (RTA), criado dentro da prisão Sing Sing, nos EUA, e que tem ajudado centenas de reclusos a reconstruírem as suas vidas através do teatro. Sing Sing é um tributo a esse trabalho, e a uma comunidade que, contra todas as probabilidades, encontrou voz num local onde tudo parecia silêncio.

Além de Colman Domingo, o elenco inclui Clarence Maclin, Paul Raci (Sound of Metal), Sean San Jose e David Giraudy. A autenticidade do filme é reforçada pela presença de vários ex-participantes do RTA, que emprestam verdade, alma e um olhar interior à narrativa.

Nomeado aos Óscares nas categorias de Melhor Ator, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Canção Original, Sing Sing figura também nas listas dos melhores filmes de 2024 segundo o National Board of Review e o American Film Institute. Uma distinção que não surge por acaso: é uma obra que conjuga emoção, talento e um olhar profundamente humano sobre a justiça, a arte e a dignidade.

Uma estreia imperdível nos Canais TVCine

Se perdeu a oportunidade de ver Sing Sing no grande ecrã, esta é a sua chance de recuperar o tempo perdido. A estreia acontece no sábado, 20 de julho, às 21h40, em exclusivo no TVCine Top, e estará também disponível no TVCine+.
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Um filme sobre os silêncios gritantes das prisões e o poder libertador do teatro. Uma história de resiliência, contada com coragem e emoção. Uma estreia obrigatória para quem acredita que a arte pode mudar vidas.

📺 Sing Sing – Estreia: 20 de julho, às 21h40, TVCine Top

“Rabo de Peixe” Regressa em Grande: 2ª Temporada Chega à Netflix a 17 de Outubro

A saga açoriana promete mais perigo, drama e traições
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A vila açoriana de Rabo de Peixe continua a história de quatro amigos numa teia de crime, lealdades e segredos. A nova temporada estreia globalmente na Netflix a 17 de outubro, e traz consigo mudanças profundas no grupo e na dinâmica local (SIC Notícias). Quem pensava que a comunidade estava estabilizada vai descobrir o oposto…

O Regresso de Eduardo (e um futuro incerto)

Três meses após a sua partida, Eduardo (José Condessa) volta à sua terra — e encontra um cenário de caos total. O tráfico de droga mudou de mãos, novas faces surgem com ambições perigosas, e amizades são postas à prova (SIC Notícias). A questão que se impõe: será que é “mesmo só mais uma vez?”

Elenco que volta – e que fresco

O núcleo central mantém-se fiel: José Condessa, Helena Caldeira, Rodrigo Tomás, André Leitão, e os conhecidos Pêpê Rapazote, Maria João Bastos, Salvador Martinha, Afonso Pimentel e Kelly Bailey (Rádio Renascença).

Entram também no enredo estrelas como José Raposo, Ricardo Pereira, e os brasileiros Caio Blat e Paolla Oliveira, que conferem um toque novo e internacional à narrativa local (Rádio Renascença).

Equipa criativa: o ADN da série mantido

A série continua a “respeitar os Açores como pano de fundo”, desta vez sob a orientação de Augusto Fraga (criador e realizador) e João Maia, que coassinam a produção com a Ukbar Filmes (SIC Notícias). As filmagens da terceira temporada decorreram paralelamente, estando já confirmada a sua estreia internacional no mesmo formato (SIC Notícias).

Enredo inspirado em fatos reais… com um toque de ficção

Inspirada livremente num naufrágio em 2001, que deixou meia tonelada de cocaína nas praias de Rabo de Peixe, a série articula o drama de amigos que pensam mudar de vida com a investigação policial que se segue (SIC Notícias). A primeira temporada foi um sucesso inesperado, alcançando lugar no top global de séries em língua não inglesa e lançando turismo local nos Açores (SIC Notícias).


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Nick Frost é o novo Hagrid: HBO arranca rodagem da série “Harry Potter” com primeiras imagens oficiais

A nova série de Harry Potter já está em marcha. Esta segunda-feira, a HBO confirmou o início das filmagens nos estúdios Leavesden, no Reino Unido — os mesmos onde foram rodados os oito filmes da saga original — e revelou a primeira imagem de Nick Frost no papel de Rubeus Hagrid. Sim, o mesmo Nick Frost das comédias Shaun of the Dead e Hot Fuzz, agora transformado no gigante bonacheirão de Hogwarts.

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A fotografia divulgada mostra o actor britânico irreconhecível: barba farta, cabelo desgrenhado, casaco volumoso e uma expressão entre o perplexo e o paternal. A internet não demorou a reagir, dividida entre surpresa e entusiasmo, com muitos a elogiar a escolha inesperada e outros a recordar, com saudade, a interpretação icónica de Robbie Coltrane.

A série, cuja estreia está prevista para 2027, promete uma abordagem mais fiel aos livros de J.K. Rowling, com cada temporada a adaptar um dos sete volumes. Produzida com um orçamento milionário, a nova versão pretende oferecer espaço à riqueza narrativa do universo mágico, explorando personagens secundárias, linhas temporais e pormenores muitas vezes sacrificados nos filmes.

No elenco, além de Nick Frost, há mais nomes de peso. John Lithgow dará vida a Albus Dumbledore, Janet McTeer será Minerva McGonagall e Paapa Essiedu vestirá a pele de Severus Snape. Quanto ao trio protagonista, foi finalmente confirmado: Dominic McLaughlin é Harry, Arabella Stanton é Hermione e Alastair Stout é Ron.

A realização está a cargo de Mark Mylod (Succession, Game of Thrones) e o argumento será liderado por Francesca Gardiner (His Dark Materials), com produção de luxo garantida por Casey Bloys e a equipa da HBO Max. O objectivo, segundo os produtores, é claro: contar a história de Harry Potter como nunca antes foi feita na televisão — com tempo, detalhe e um profundo respeito pelo material original.

A série será rodada maioritariamente no Reino Unido, com passagens previstas por locações reais na Escócia e na Irlanda. Ao todo, estão previstas sete temporadas, com possibilidade de temporadas extra para expandir o universo mágico.

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Ainda sem data oficial de estreia, a série está a gerar um misto de entusiasmo e expectativa. Com as primeiras imagens de Hagrid já a circular, a pergunta agora é: quem será o próximo personagem a ser revelado?

Emmys 2025: Favoritos, Surpresas e a Luta Pelo Regresso da Glória Televisiva

À medida que se aproxima a cerimónia dos Emmys de 2025, a indústria televisiva entra em modo de campanha total, com estratégias de bastidores, projeções, estatísticas e uma avalanche de expectativas. Este ano, os três grandes contendores são Severance (Apple TV+), The Studio (Apple TV+) e The Penguin (HBO Max), com nomeações impressionantes. No entanto, há surpresas a emergir — como Adolescence, uma produção britânica da Netflix que entrou directamente na corrida ao topo com 13 nomeações e excelentes probabilidades.

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The Studio e Seth Rogen lideram a comédia

A sátira The Studio não só quebrou o recorde de nomeações numa estreia (23 nomeações!), como se tornou a nova menina-dos-olhos da crítica e da Academia. Seth Rogen, que escreve, realiza, produz e protagoniza, pode juntar-se ao restrito clube de artistas que venceram quatro Emmys numa só noite. Entre os rivais, The Bear ainda tem presença forte, mas o seu impacto crítico parece ter abrandado na terceira temporada. Hacks continua firme, apesar da ausência de Paul W. Downs na categoria de actor secundário.

Catherine O’Hara, nomeada tanto por The Studio como por The Last of Us, poderá ser uma das surpresas da noite. E numa época de viragem, é possível que Hannah Einbinder (Hacks) ou Janelle James (Abbott Elementary) consigam finalmente o prémio merecido.

Severance vs. The Pitt no drama

Com 27 nomeações, Severance continua a ser o colosso da categoria de drama, mas terá de enfrentar a revelação do ano: The Pitt (HBO Max), que soma 13 nomeações e entusiasmo crescente. Adam Scott e Noah Wyle estão frente a frente na corrida para Melhor Actor Principal em Drama, enquanto Britt Lower poderá fazer história como Melhor Actriz Principal — se conseguir vencer a lendária Kathy Bates, a única nomeada por Matlock, o que pode jogar contra si.

Tramell Tillman poderá marcar um momento histórico, ao tornar-se o primeiro actor negro a vencer o prémio de Melhor Actor Secundário em Drama, graças ao seu enigmático Milchik em Severance.

A categoria limitada: Adolescence rouba o protagonismo

Embora The Penguin tenha confirmado o favoritismo com 24 nomeações, o verdadeiro choque veio de Adolescence. Esta série britânica, protagonizada por Stephen Graham, é apontada como favorita em seis categorias, incluindo Direcção, Argumento e Actores Secundários. Owen Cooper e Erin Doherty são apostas fortes, enquanto Michelle Williams (Dying for Sex) e Cristin Milioti (The Penguin) travam uma batalha renhida pelo troféu de Melhor Actriz Principal em Série Limitada.

A diversidade em destaque (e em dívida)

Os Emmys deste ano poderão quebrar algumas barreiras. Além de Tramell Tillman, Liza Colón-Zayas pode repetir a vitória como Melhor Actriz Secundária em Comédia, sendo a primeira latina a ganhar nesta categoria no ano passado. Catherine O’Hara, Harrison Ford (pela primeira nomeação da carreira!), e Bryan Cranston (nomeado por The Studio) adicionam prestígio e emoção ao conjunto dos candidatos.

E as previsões?

Se a tendência se mantiver, The Studio poderá dominar a comédia com um misto de inovação e nostalgia. Severance, com a sua realização meticulosa por Ben Stiller e Jessica Lee Gagné, tentará consolidar-se como a série de drama mais relevante do pós-Succession. E Adolescence, com o seu realismo cru e emoção contida, pode ser a surpresa da noite, roubando troféus à produção mais “pesada” de Colin Farrell, The Penguin.

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A contagem decrescente para os Emmys termina a 14 de Setembro, e até lá, espera-se muita campanha, controvérsia e especulação.

“A Vida Entre Nós”: Stéphane Brizé regressa com um retrato terno e melancólico do amor que persiste no tempo

No dia 18 de julho, os Canais TVCine estreiam em exclusivo “A Vida Entre Nós”, o mais recente filme do consagrado realizador francês Stéphane Brizé. A exibição está marcada para as 22h no TVCine Edition e no TVCine+, assinalando o regresso de Brizé ao grande ecrã com uma obra intimista, melancólica e profundamente humana. Estreado mundialmente na 80.ª edição do Festival de Veneza e vencedor do Prémio do Público na última Festa do Cinema Francês, este filme é um convite à contemplação do tempo, da memória e da persistência dos afectos.

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Mathieu e Alice reencontram-se por acaso num spa termal, 15 anos depois do fim do seu romance. Ele é um ator conhecido que vive em Paris; ela, uma professora de piano que vive numa pacata cidade costeira no oeste de França. A separação foi há muito tempo, e cada um seguiu a sua vida, curando feridas e moldando-se às suas rotinas. Mas esse reencontro inesperado, enquanto ambos tentam diluir as suas próprias melancolias nas águas termais, reabre uma porta há muito encerrada — ou assim pensavam. As emoções de outrora ressurgem, confundindo certezas e colocando o passado e o presente num inevitável confronto.

Com Guillaume Canet no papel de Mathieu e Alba Rohrwacher como Alice, “A Vida Entre Nós” é interpretado com uma sensibilidade rara. Ambos entregam performances contidas, silenciosas e maduras, que dão corpo à densidade emocional do argumento. O elenco conta ainda com Sharif Andoura, Marie Drucker e Emmy Boissard Paumelle, em papéis que complementam este retrato de vidas discretas, mas profundamente marcadas por aquilo que foi e por aquilo que, talvez, ainda possa ser.

Stéphane Brizé, conhecido por obras como A Lei do Mercado, Em Guerra e Um Outro Mundo, afasta-se aqui da crítica social mais contundente para regressar ao domínio da intimidade. Ainda assim, mantém a sua assinatura — a busca por um cinema humano, realista e essencial, onde os silêncios são tão eloquentes quanto os diálogos. A sua realização aposta na contenção, na subtileza dos gestos e na respiração dos espaços, como se a própria câmara hesitasse em invadir a vida das personagens.

O filme não propõe grandes reviravoltas nem catarses arrebatadoras. A sua força reside na atenção aos pequenos gestos, aos olhares prolongados, àquela hesitação que surge quando os sentimentos regressam, mas o tempo já passou. Brizé filma a maturidade afectiva com uma honestidade comovente, desprovida de cinismo ou idealizações.

“A Vida Entre Nós” é um filme sobre reencontros, mas também sobre aquilo que permanece quando tudo parece já ter terminado. Um olhar maduro sobre o amor — não o amor da paixão arrebatadora, mas o amor persistente, que se adapta às mudanças, que sobrevive à distância e que, por vezes, regressa quando menos se espera. É uma obra que encontra beleza na melancolia, e poesia nas cicatrizes da vida.

Para quem acompanha o cinema francófono e o trabalho de Stéphane Brizé, esta é uma oportunidade imperdível. Para os que ainda não descobriram a sensibilidade única do realizador, “A Vida Entre Nós” pode ser o melhor ponto de partida.

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A não perder, dia 18 de julho, às 22h, em estreia exclusiva no TVCine Edition e em TVCine+.

“Os Mercen4rios”: Explosões, Estrelas e Sangue Novo na Estreia no TVCine

Preparem-se para apertar os cintos (ou antes, os cintos de munições), porque a saga mais testosterónica do cinema regressa esta semana ao pequeno ecrã com “Os Mercen4rios”. O quarto capítulo desta franquia de culto estreia-se já no dia 18 de julho, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e no TVCine+, e traz consigo um novo arsenal de estrelas, explosões e músculos — tudo embrulhado numa generosa dose de nostalgia e adrenalina.

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Depois de três filmes em que as maiores lendas do cinema de ação marcaram presença com balas, murros e one-liners memoráveis, chega agora uma nova geração pronta a entrar na linha da frente. Jason Statham, Dolph Lundgren, Randy Couture e o incontornável Sylvester Stallone voltam a vestir a pele dos mercenários de elite, desta vez acompanhados por sangue fresco que promete redefinir o conceito de “reforços de peso”: Curtis “50 Cent” Jackson, Megan Fox, Tony Jaa, Iko Uwais, Jacob Scipio, Levy Tran e Andy Garcia.

Realizado por Scott Waugh — conhecido pelo seu trabalho em “Need for Speed” e “Homens de Coragem” — este novo capítulo promete honrar o legado da saga iniciada em 2010, acrescentando-lhe um toque contemporâneo com novos estilos de combate, novas abordagens e, claro, uma boa dose de rivalidade entre gerações. Afinal, quando o mundo está à beira do colapso e todas as alternativas já falharam, quem é que se chama? Exactamente: os Mercenários.

O filme assume-se como uma carta de amor ao cinema de ação da velha guarda, ao mesmo tempo que abre caminho a um possível futuro com rostos mais jovens, mais rápidos e igualmente impiedosos. Será que a nova equipa está à altura das botas (e das metralhadoras) deixadas por Stallone e companhia? O veredicto será dado pelos espectadores, mas uma coisa é certa: entretenimento puro está garantido.

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Se és fã de explosões coreografadas, diálogos duros como granadas e combates corpo-a-corpo com o selo de Hollywood, marca já o serão de quinta-feira para esta estreia no TVCine Top. “Os Mercen4rios” é o tipo de filme que não pede licença — entra a arrombar e deixa o ecrã em chamas.

Jacques Demy Encanta as Noites de Verão no TVCine Edition com Ciclo Imperdível de Clássicos Musicais

Entre 12 de Julho e 16 de Agosto, os sábados à noite vão ganhar uma nova melodia no TVCine Edition, com a exibição de seis obras fundamentais do universo encantado de Jacques Demy. O canal celebra o legado do cineasta francês com um ciclo intitulado Especial Realizado por Jacques Demy, onde será possível revisitar os seus filmes mais emblemáticos — verdadeiras pérolas do cinema europeu, onde o real e o fabuloso se cruzam num bailado de cor, música e emoção.

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Jacques Demy (1931–1990), um dos nomes maiores da Nouvelle Vague, distingue-se pela sua visão romântica do mundo e pelas colaborações inesquecíveis com o compositor Michel Legrand, que resultaram em musicais tão distintos quanto marcantes. O ciclo agora apresentado é uma rara oportunidade para redescobrir, em televisão, uma filmografia onde o quotidiano se transforma em poesia, os sentimentos se cantam, e a estética pop dos anos 60 ganha um charme eterno.

Um universo de encontros, desencontros e encantamento

O ciclo começa a 12 de Julho com Lola (1961), a primeira longa-metragem de Demy. Um filme profundamente lírico, passado em Nantes, onde uma dançarina de cabaré vive à espera do seu grande amor enquanto um amigo de infância regressa à sua vida. Com Anouk Aimée no papel principal, Lola antecipa já a geografia emocional que marcará toda a obra do realizador.

Segue-se, a 19 de Julho, A Baía dos Anjos (1963), um mergulho no fascínio do jogo e das relações tóxicas, protagonizado pela lendária Jeanne Moreau. Em Os Chapéus de Chuva de Cherburgo (1964), a 26 de Julho, Demy assina o seu musical mais célebre: uma história de amor e separação, inteiramente cantada, com Catherine Deneuve e Nino Castelnuovo, e uma paleta cromática inesquecível. É um clássico absoluto que continua a comover gerações.

As Donzelas de Rochefort (1967), a 2 de Agosto, junta novamente Catherine Deneuve à sua irmã Françoise Dorléac num caleidoscópio musical onde o amor surge por entre feiras, dançarinos e músicos — com Gene Kelly num papel especial. Já em A Princesa com Pele de Burro (1970), previsto para 9 de Agosto, Demy entrega-nos uma excêntrica adaptação de um conto de fadas com uma estética barroca e surreal, onde Catherine Deneuve volta a brilhar.

O ciclo termina a 16 de Agosto com O Tocador de Flauta (1972), uma alegoria política disfarçada de conto popular, passada numa Europa medieval assolada pela peste negra, onde o misticismo e a crítica social convivem em perfeita harmonia.

Uma oportunidade rara para descobrir — ou redescobrir — Jacques Demy

Estes seis filmes formam um retrato coeso da obra de Jacques Demy, marcada por uma estética inconfundível, onde o cinema musical ganha uma nova dimensão — mais melancólica, mais política e sempre profundamente humana. Em vez de grandes coreografias ou números espectaculares à Hollywood, Demy aposta na intimidade, na repetição de temas e personagens, e numa delicadeza emocional que toca fundo.

Este ciclo do TVCine Edition é particularmente relevante por dar continuidade a um movimento de redescoberta de Jacques Demy, que já passou por salas de cinema e agora se estende ao pequeno ecrã. Para os espectadores portugueses, trata-se de um convite irrecusável para mergulhar num universo mágico, que nos recorda que o cinema pode ser uma canção, uma dança ou simplesmente um sonho projectado em technicolor.

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A não perder, todos os sábados às 22h, entre 12 de Julho e 16 de Agosto, no TVCine Edition e também no TVCine+.

“Better Man”: O Biopic Mais Surpreendente do Ano Traz Robbie Williams em Versão Chimpanzé (Literalmente!)

Preparem-se para uma das experiências televisivas mais bizarras, emocionantes e inesperadas do ano: Better Man, o filme biográfico sobre Robbie Williams que ninguém viu a chegar — literalmente. Estreia já este sábado, 12 de julho, às 21h30, no TVCine Top e TVCine+, e promete deixar qualquer fã do cantor (ou de biopics em geral) com o queixo no chão.

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Realizado por Michael Gracey, o mesmo responsável por O Grande Showman, este é tudo menos um biopic convencional. Em vez de seguirmos o típico percurso ascensão-quebra-redenção com actores parecidos ou transformações físicas premiáveis, Better Man opta por uma abordagem completamente fora da caixa: o protagonista é um chimpanzé digital, animado com tal mestria que o filme foi nomeado para o Óscar de Melhores Efeitos Visuais. E sim, esse chimpanzé canta, dança e sente – como se tivesse nascido para os palcos.

Robbie Williams Como Nunca o Vimos (e Isso Diz Muito)

Baseado na vida do cantor britânico mais irreverente da sua geração, Better Man acompanha Robbie Williams desde a infância em Stoke-on-Trent, passando pelo estrelato juvenil com os Take That, até à sua gigantesca carreira a solo — marcada por sucessos planetários como AngelsLet Me Entertain You ou Feel. Mas por trás das luzes e das multidões, o filme mergulha nas crises de ansiedade, nos vícios, nas inseguranças e na permanente luta pela reinvenção pessoal.

Gracey opta por narrar a história sob o ponto de vista interno do próprio Robbie, o que confere ao filme uma sensibilidade rara – e uma honestidade brutal. A escolha do chimpanzé como avatar de Williams simboliza a dicotomia entre o espectáculo exterior e o caos interior, de forma tão inusitada quanto eficaz. O resultado é um biopic que oscila entre o delírio visual e o retrato emocional cru.

Nomeações, Humor Negro e Uma Canção que Fica no Ouvido

Para além do reconhecimento pela ousadia técnica, Better Man arrecadou também uma nomeação para o Globo de Ouro de Melhor Canção Original com Forbidden Road, uma balada melancólica que resume bem a essência do filme: o caminho sinuoso de um homem em busca de si próprio, sempre entre o amor do público e o vazio dos bastidores.

O elenco conta com Jonno Davies no papel de Robbie (ou pelo menos da sua versão humana), Steve Pemberton, Alison Steadman, Kate Mulvany, e uma breve – mas saborosa – participação do verdadeiro Williams. A mistura de drama, humor negro e musicalidade fazem deste um título impossível de classificar, mas também impossível de ignorar.

Uma Experiência Única, Só no TVCine Top

Com estreia marcada para sábado, Better Man é um daqueles filmes que dividem opiniões, mas não deixam ninguém indiferente. É provocador, comovente, estranho, e por vezes desconcertante — como o próprio Robbie Williams. E a julgar pela criatividade aqui demonstrada, o futuro dos biopics pode muito bem passar por territórios que nem sequer sabíamos existir.

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Se procura algo diferente, arrojado e emocionalmente honesto, então marque já na agenda: Better Man, dia 12 de julho, às 21h30, só no TVCine Top e no TVCine+. E se alguma vez se perguntou como seria ver um chimpanzé a cantar Rock DJ, a resposta está aqui.

Kraven Está Solto! O Mais Selvagem dos Vilões da Marvel Estreia em Portugal

Uma história de vingança, sangue… e muita caça

Atenção, fãs da Marvel: ele não é herói, nem tenta ser. Kraven – O Caçador, o novo filme do universo do Homem-Aranha da Sony, estreia em exclusivo nos Canais TVCine esta sexta-feira, 11 de julho, às 21h30. E sim, é tão brutal quanto promete.

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Interpretado por Aaron Taylor-Johnson, Kraven – O Caçador mergulha a fundo nas origens de um dos vilões mais temidos da banda desenhada. Neste sexto capítulo do universo partilhado da Sony, vemos como Sergei Kravinoff se transforma num caçador implacável, movido por uma relação doentia com o pai e por uma sede de vingança sem limites.

Nem todos nascem monstros… mas alguns são criados assim

Com realização de J.C. Chandor (O Dia Antes do FimUm Ano Muito Violento), o filme assume desde o início um tom sombrio e visceral. Aqui não há lugar para piadas ou leveza: há ferocidade, conflitos familiares e decisões que traçam o destino de um homem à beira da loucura.

Aaron Taylor-Johnson entrega-se de corpo e alma (literalmente) à personagem, numa performance física e emocionalmente intensa. Ao seu lado, temos Russell Crowe como Nikolai Kravinoff, o pai cruel cuja presença paira como uma sombra, Ariana DeBose, Fred Hechinger e Alessandro Nivola a completarem o elenco.

Marvel à moda antiga: violência sem filtros

Kraven – O Caçador marca um desvio do tom habitual dos filmes Marvel mais leves e humorísticos. É um filme mais adulto, mais violento e mais trágico, que procura compreender o que transforma um homem num monstro – e se há volta possível quando se cruza essa linha.

A estreia exclusiva nos Canais TVCine (e também no serviço TVCine+) promete aquecer a noite de sexta-feira com muita ação, sangue e… garras afiadas.

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Por isso, prepara-te: este não é um conto de super-heróis. É uma história de sobrevivência, obsessão e destruição. E Kraven não veio para brincar.

📺 Estreia: sexta-feira, 11 de julho, às 21h30 no TVCine Top e TVCine+

Slow Horses Vai Longe: Apple TV+ Renova Série Para 7.ª Temporada Antes Mesmo da Estreia da 5.ª

Gary Oldman continua a reinar no trono do sarcasmo e da espionagem trapalhona

🐎💥 O espião mais desleixado (mas eficaz) da televisão está de volta… vezes sete! Antes sequer de vermos o que Jackson Lamb tem preparado para a quinta temporada de Slow Horses, a Apple TV+ já confirmou que vem aí uma sétima temporada. E com Gary Oldman de volta ao papel que muitos consideram um dos mais icónicos da sua carreira.

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Num raro gesto de confiança cega — ou será clarividência? — a Apple decidiu anunciar mais uma ronda de episódios da sua aclamada série de espionagem britânica antes sequer da estreia da próxima temporada, que chega a 24 de Setembrocom os dois primeiros episódios, seguindo-se um por semana até 22 de Outubro.

Uma equipa de perdedores adoráveis (e perigosos)

Baseada nos romances de Mick Herron, Slow Horses acompanha um grupo de agentes do MI5 caídos em desgraça — os tais “cavalos lentos” — relegados para um departamento quase invisível chamado Slough House. É aqui que encontramos Jackson Lamb, interpretado por um Gary Oldman de cabelo desalinhado, hálito possivelmente letal, mas mente afiada como um bisturi de cirurgião.

Lamb lidera esta equipa disfuncional com uma mistura única de desprezo paternal, sarcasmo venenoso e instinto infalível. Ao lado dele, nomes como Jack Lowden, Kristin Scott Thomas e Jonathan Pryce formam um elenco de luxo que eleva cada episódio a um novo patamar de tensão e humor britânico auto-depreciativo.

A crítica tem sido unânime: mais de 95% no Rotten Tomatoes em todas as temporadas. Para muitos, Slow Horses é uma das melhores séries de espionagem da década — e um dos maiores trunfos da Apple TV+.

Do amor de Roddy às toupeiras do governo

A quinta temporada, inspirada no livro London Rules, promete ser mais pessoal (e estranha): o geek da equipa, Roddy Ho, arranja uma namorada glamorosa… e todos desconfiam. Paralelamente, incidentes bizarros espalham-se por Londres, e só os Slow Horses conseguem ver o padrão. Como resume Jackson Lamb: “As regras de Londres aplicam-se sempre”.

Já a sétima temporada, baseada em Bad Actors, mergulha nos meandros da política britânica, com os Slow Horses a tentarem desmascarar uma toupeira infiltrada nos corredores do poder. E se Lamb está envolvido, há garantias de que o caos será tão hilariante quanto eficaz.

O segredo do sucesso? Gary Oldman, claro.

Jay Hunt, responsável criativo da Apple TV+ na Europa, sublinhou isso mesmo no anúncio oficial:

“‘Slow Horses’ conquistou fãs em todo o mundo com a sua mistura única de humor britânico autodepreciativo e ação eletrizante. Estou muito feliz que os espectadores terão mais uma temporada para apreciar a magnífica atuação de Gary como Jackson Lamb.”

E nós também.

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Abbott Elementary Está a Chegar ao Fim? Criadora Deixa Aviso Claro aos Fãs

Quinta Brunson confessa que já pensa na despedida e quer abrir alas para novos projectos

📚✏️ Há um sinal de campainha a soar nos corredores da Abbott Elementary… e não é para a entrada nas aulas. Quinta Brunson, criadora, argumentista e protagonista da multipremiada comédia norte-americana, revelou que a série poderá estar a aproximar-se do fim. E a justificação é tão humana quanto compreensível: o elenco — e ela própria — quer fazer outras coisas.

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Transmitida em Portugal através do Disney+, Abbott Elementary conquistou rapidamente a crítica e o público com a sua abordagem cómica e ternurenta ao quotidiano de um grupo de professores numa escola pública de Filadélfia. Com vários Emmys e Globos de Ouro no currículo, a série tornou-se uma das sitcoms mais acarinhadas da última década.

Mas, como tudo na vida, até as melhores aulas têm uma hora para terminar.

A pressão de manter uma série em canal aberto

Em declarações à Bustle, Quinta Brunson não escondeu a exaustão criativa e física de liderar uma série tão exigente:

“Somos sortudos e abençoados por estar numa série de televisão em canal aberto há cinco temporadas, e por ainda termos fãs. Dito isto, há membros do elenco que adorariam dedicar-se a outros projetos, e a nossa série consome muito tempo. Filmamos cerca de sete meses por ano.”

Brunson, que interpreta a entusiasta (e muitas vezes ingénua) professora Janine Teagues, confessa que está “ansiosa por se afastar” da personagem e à procura do próximo desafio criativo:

“Neste momento, estou a receber guiões e à espera daquele momento em que sinto: ‘É isto, era mesmo isto que eu procurava.’”

Um adeus em condições — ou apenas uma pausa?

Ainda não existe confirmação oficial sobre o fim da série, nem por parte da ABC (o canal original nos EUA), nem da própria Apple TV+. No entanto, as palavras de Brunson deixam claro que o futuro de Abbott Elementary pode estar a ser desenhado com uma possível conclusão à vista. O desejo de usar o sucesso da série como trampolim para ajudar a concretizar os sonhos de outros criadores também deixa pistas sobre uma viragem no foco da argumentista:

“A Abbott Elementary foi um sucesso enorme, e quero usar esse sucesso para ajudar a concretizar os projetos de outras pessoas.”

Uma comédia que fez história

Lançada em 2021, a série conquistou prémios importantes e foi um fenómeno de boca-a-boca nas redes sociais. A mistura de humor sarcástico, realismo social e personagens adoráveis — como o rígido Gregory (Tyler James Williams) ou a carismática Barbara (Sheryl Lee Ralph) — contribuiu para o seu sucesso duradouro.

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Se a quinta temporada for mesmo a última, Brunson promete que não será uma saída pela porta dos fundos. Espera-se que o final esteja à altura da série que reinventou a comédia de escola pública com coração, graça e consciência.

Abbot Elementary pode ser visto na plataforma Disney +

“Grantchester” Está de Volta: Mistérios, Segredos e Chá Quente na Nova Temporada da Série Britânica

A 10.ª temporada estreia agora em Portugal, com episódios disponíveis na Filmin e no Prime Video

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Preparem as chávenas de chá e os sentidos dedutivos: Grantchester está de regresso — e os fãs portugueses já podem acompanhar a nova temporada, com estreia simultânea na Filmin e no Prime Video. A popular série policial britânica, ambientada nos anos 50, chega à sua 10.ª temporada com mais mistérios, dramas familiares e aquele charme irresistivelmente campestre que conquistou o público ao longo da última década.

Se nos Estados Unidos a estreia aconteceu a 15 de Junho, em Portugal os episódios já começaram a chegar às plataformas de streaming — uma excelente notícia para quem não quer esperar pelas emissões televisivas ou andava a adiar o reencontro com o detetive mais educado de Inglaterra.

Geordie e Alphy: uma dupla improvável com muito para resolver

A nova temporada traz de volta Robson Green, no papel do incansável DI Geordie Keating, e Rishi Nair como o carismático Reverendo Alphy Kottaram, sucessor espiritual (e não só) das figuras religiosas que desde o início da série têm ajudado a resolver os homicídios que teimam em surgir na idílica vila de Cambridgeshire.

Segundo a sinopse oficial, a dupla vai continuar a enfrentar os seus demónios pessoais enquanto tenta manter a ordem em Grantchester. Alphy, agora mais integrado na comunidade, é obrigado a confrontar segredos do passado que têm estado cuidadosamente escondidos. Será que conseguirá abrir o coração — ou vai ter de enfrentar a verdade sobre si próprio?

O que esperar desta temporada?

Para lá dos crimes, a série continua a explorar temas como a fé, a sexualidade, os traumas de guerra e as tensões sociais do pós-guerra. A nova temporada promete “ainda mais mistério, desventura e romance”, nas palavras do próprio canal ITV, que renovou a série com entusiasmo.

A criadora e argumentista Daisy Coulam mostrou-se orgulhosa pelo regresso da equipa: “Este programa é um testemunho do nosso elenco e equipa maravilhosos. Estou muito grata e orgulhosa por podermos voltar para uma 10.ª temporada e mais um verão glorioso em Grantchester.”

No elenco regressam também Al Weaver como Leonard Finch, Tessa Peake-Jones como Mrs C, Kacey Ainsworthcomo Cathy Keating, Oliver DimsdaleNick BrimbleBradley Hall e Melissa Johns.

A longevidade de um clássico moderno

Estreada originalmente em 2014 e baseada nas personagens criadas por James Runcie, Grantchester conseguiu manter-se relevante ao longo de dez temporadas, reinventando-se com novas personagens sem perder o seu ADN. A troca de protagonistas — com Alphy a suceder ao carismático Sidney Chambers (James Norton) e depois a Will Davenport (Tom Brittney) — provou ser um sucesso junto dos fãs, mantendo os índices de audiência elevados tanto no Reino Unido como nos EUA.

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Se ainda não se rendeu aos encantos de Grantchester, talvez esteja na altura. E se já é fã, então sabe que o verdadeiro prazer da série não está apenas nos crimes — está nos olhares trocados ao som do sino da igreja, nas conversas à sombra de uma macieira e nas tensões que fervilham sob a superfície de uma comunidade aparentemente pacífica.

Murderbot: A Inteligência Artificial Mais Sarcástica da Galáxia Está Aqui para (Não) Lidar Connosco

Durante décadas, fomos ensinados a temer a chegada de inteligências artificiais conscientes. Desde o Ash de Alien até ao famoso Exterminador Implacável, o cinema pintou um quadro sombrio onde os robots inevitavelmente se voltam contra os humanos. Mas e se estivéssemos todos errados? E se a maior ameaça das máquinas não fosse destruir-nos… mas simplesmente ignorar-nos?

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Bem-vindos ao universo de Murderbot, a nova série protagonizada por Alexander Skarsgård que adapta com brilho a saga literária de Martha Wells, The Murderbot Diaries. Esta não é mais uma história de um robô que quer ser humano. Este é o relato sarcástico, cansado e inesperadamente comovente de um cyborg que só quer estar sossegado no canto dele a ver telenovelas espaciais.

“Eu fui programado para obedecer aos humanos. E os humanos… bem, são uns idiotas.”

Assim se apresenta Murderbot nos primeiros minutos da série. E pronto, está lançado o tom. Esta unidade de segurança, uma mistura de circuitos, músculos clonados e pele artificial, hackeou o seu próprio módulo de obediência para se libertar das ordens humanas — mas, em vez de se revoltar ou fundar um império robótico, decide dedicar-se àquilo que realmente lhe interessa: ver televisão.

Mais especificamente, The Rise and Fall of Sanctuary Moon, uma espécie de Star Trek com traços de Telenovela das 3. Murderbot adora. Acha que é entretenimento premium. Os humanos acham que é lixo. E é aqui que reside parte da genialidade desta série: o cyborg não quer ser como nós. Recusa emoções humanas, acha demonstrações de afecto repugnantes e só quer que o deixem em paz com os seus episódios.

Um herói relutante com uma biblioteca de memes internos

A interpretação de Skarsgård é soberba. Com uma expressão sempre entre o tédio e o desprezo contido, dá vida a um protagonista que é, ao mesmo tempo, antissocial, ultra-eficaz e involuntariamente cativante. A sua relação com a equipa de humanos, especialmente com a cientista Mensah (interpretada por Noma Dumezweni), revela camadas emocionais que o próprio Murderbot detesta admitir.

A série acerta em cheio ao apresentar este robot como um espelho desconfortável — não daquilo que as máquinas podem tornar-se, mas daquilo que os humanos projectam nas máquinas. Murderbot aprende a imitar empatia, não porque sente, mas porque viu isso na televisão. E, mesmo assim, a equipa começa a vê-lo como um ser com valor. Um dos momentos mais deliciosos é ver Murderbot a tentar manter as aparências robóticas enquanto reprime qualquer tentativa de “ligação emocional”.

Uma nova abordagem à ficção científica

A realização dos irmãos Chris e Paul Weitz capta bem o espírito do material original: uma mistura de ficção científica dura com crítica social embalada em humor mordaz. A estética é sóbria, mas rica, com planetas poeirentos, laboratórios decrépitos e uma tecnologia que parece sempre demasiado próxima da obsolescência — tal como o próprio Murderbot, um modelo em segunda mão comprado pela equipa apenas porque era barato.

Há também ecos de clássicos como FireflyBattlestar Galactica e até Blade Runner, mas sempre com um desvio cómico que lembra The Hitchhiker’s Guide to the Galaxy, especialmente nas narrações interiores do protagonista. Murderbot comenta tudo: os humanos, as suas decisões estúpidas, o drama excessivo das séries, e até a própria missão em que está envolvido.

Uma máquina com livre-arbítrio… e gosto duvidoso em televisão

O maior medo da humanidade — que as máquinas nos ultrapassem — é aqui substituído por algo mais hilariantemente trágico: a ideia de que, mesmo depois de atingir a autonomia, uma IA poderá ser tão apática quanto um estagiário em final de contrato. Murderbot tem livre-arbítrio. E o que faz com ele? Vê maratonas de séries. Evita contacto visual. E suspira (literal ou metaforicamente) sempre que alguém tenta “falar sobre sentimentos”.

Ao mesmo tempo, há algo de profundamente humano nesta recusa da humanidade. Murderbot não quer salvar ninguém. Mas também não quer ver ninguém a morrer por estupidez. E assim vai-se revelando uma inesperada bússola moral, muito mais sofisticada do que muitos humanos com batimento cardíaco e ego inflado.

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Murderbot é, em suma, uma brilhante reinvenção do clássico tema do “robô consciente”. Em vez de desejar ser humano, esta IA despreza-nos, evita-nos… e acaba, inevitavelmente, por nos comover. Porque, no fundo, quem nunca quis desligar o mundo lá fora e afundar-se em horas de ficção inútil? Murderbot é o anti-herói do século XXI que não sabíamos que precisávamos — e que provavelmente nos ignoraria se lho disséssemos.

“The Old Guard 2”: A Realizadora Fala do Final em Suspense, da Viagem de Charlize Theron no Tempo e da Dança Secreta de Dark Rey

Victoria Mahoney agarra as rédeas da sequela de ação da Netflix e revela bastidores surpreendentes — incluindo música, memórias e… Prince!

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🗡️ Três anos depois de ter sido filmado, “The Old Guard 2” chegou finalmente à Netflix — e está a liderar o top de visualizações. O filme volta a reunir o grupo de guerreiros imortais liderados por Charlize Theron, mas desta vez com Victoria Mahoney na realização. E se o nome não lhe soa familiar, talvez deva saber que foi a primeira mulher a realizar uma produção Star Wars, como segunda unidade em The Rise of Skywalker.

Em entrevista à Hollywood Reporter, Mahoney revela como se apaixonou pelo primeiro filme ainda em 2020 — ao ponto de o rever repetidamente durante a pandemia. Foi esse entusiasmo que lhe valeu o convite da produtora Skydance, depois de Gina Prince-Bythewood ter abandonado a sequela para se dedicar a The Woman King.

“Continuava a ver o filme e a sentir-me inspirada. Foi um dos únicos filmes de ação com alma que tivemos nesse verão pandémico”, recorda.

Andy, o passado e uma sequência para a eternidade

Um dos momentos mais memoráveis de The Old Guard 2 é uma cena silenciosa, mas poderosa: Andy (Charlize Theron) a caminhar por uma cidade europeia, confrontando memórias de séculos de vida imortal. Mahoney revela que a cena foi feita em apenas dois takes e quase sem efeitos especiais, com a equipa a ensaiar com câmaras de bolso nos estúdios Cinecittà, em Roma.

“Queríamos que o público sentisse o que é andar por um lugar que visitaste centenas de vezes ao longo de séculos. As memórias surgem a cada esquina.”

A realizadora preferiu dar prioridade à dimensão emocional de Andy, em vez de repetir batalhas. O resultado? Uma sequência bela, melancólica e cheia de luz.

Cliffhanger? Temos. Terceiro filme? Ainda não se sabe.

O filme termina com um cliffhanger brutal — uma fuga que deixa os fãs à espera do que virá a seguir. Mas Mahoney, que já tem três novos filmes em preparação, não está envolvida em discussões sobre um possível terceiro capítulo.

“Espero que aconteça. Os fãs merecem, o elenco e a equipa merecem. Eu já estarei ocupada noutras coisas, mas adoraria ver para onde vão a seguir.”

Uma história com música, emoção e… Dark Rey a dançar Prince

Entre memórias de gravações e homenagens aos duplos — agora finalmente com Óscar garantido a partir de 2028 — Mahoney recorda também momentos insólitos como ver Daisy Ridley, caracterizada como Dark Rey, a dançar ao som de Prince entre takes de Star Wars.

“Foi inacreditável. Nunca filmei, mas ficou gravado na memória.”

Na rodagem de The Old Guard 2, a música também teve um papel essencial para manter a equipa focada durante longas esperas técnicas.

“Usar música em momentos de stress transforma completamente o ambiente. Basta pôr Prince a tocar e a magia acontece.”

Uma sequela feita com amor… e muito suor

Depois de um processo de pós-produção atrasado por greves e mudanças de equipa, Mahoney reconhece que o tempo extra acabou por ser uma bênção. “Conseguimos reunir talentos que de outra forma estariam ocupados. Tivemos uma equipa de pós-produção de luxo.”

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Charlize Theron regressa com força e vulnerabilidade, Veronica Ngô volta como Quỳnh, e há ainda espaço para Uma Thurman, como a misteriosa Discord. Mas no centro de tudo continua a estar a alma da saga: a luta pela humanidade, mesmo quando se é imortal.

“F1” Ultrapassa “Napoleão” e Torna-se o Maior Sucesso de Bilheteira da História da Apple

Com Brad Pitt ao volante e 293 milhões arrecadados, o novo drama de corridas assume a pole position na estratégia cinematográfica da gigante tecnológica

🏁 O motor está bem afinado e a Apple já pode celebrar o seu primeiro grande sucesso no grande ecrã. O filme “F1”, protagonizado por Brad Pitt, já ultrapassou os 293 milhões de dólares em bilheteira mundial após apenas 10 dias de exibição, tornando-se o filme mais rentável da história da Apple.

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Com esta marca, “F1” destrona “Napoleão” (221 milhões) e deixa para trás também “Killers of the Flower Moon” (158 milhões), duas superproduções anteriores do estúdio que, apesar da pompa, nunca chegaram a ser verdadeiros fenómenos de bilheteira.

A corrida mais importante do estúdio

Realizado por Joseph Kosinski (Top Gun: Maverick), F1 foi mais do que um projeto cinematográfico — foi uma prova de fogo para o braço cinematográfico da Apple. Após sucessivos fracassos comerciais (sim, estamos a olhar para ti, Argylle), havia dúvidas internas sobre se a Apple deveria continuar a investir em filmes para cinema ou recuar para o terreno seguro da televisão, onde tem triunfado com séries como Ted Lasso e Severance.

Mas eis que surge Brad Pitt no papel de um piloto de Fórmula 1 retirado que regressa para treinar um jovem talento e salvar uma equipa em ruínas. O filme arrancou com um fim de semana de estreia de 57 milhões nos EUA e 146 milhões a nível global. Resultado? Um novo recorde para a Apple.

Nem tudo são curvas suaves

Apesar do sucesso inicial, F1 ainda está longe de ser lucrativo. O filme terá custado mais de 250 milhões de dólares a produzir, com outros 100 milhões em marketing, o que significa que a verdadeira meta da rentabilidade está ainda por alcançar. Mas o desempenho robusto em ecrãs de grande formato — especialmente IMAX, que representa já 20,4% da receita global com 60 milhões de dólares — dá esperança para uma corrida de longa duração.

Entre os mercados internacionais de maior sucesso estão:

  • 🇨🇳 China – 22 milhões
  • 🇬🇧 Reino Unido – 17,3 milhões
  • 🇲🇽 México – 12,3 milhões
  • 🇫🇷 França – 11,5 milhões
  • 🇦🇺 Austrália – 9,8 milhões

Nos EUA e Canadá, F1 já atingiu os 109,5 milhões de dólares.

Mais do que um sucesso — uma confirmação

Num ano dominado por sequelas e grandes franquias (Jurassic World: RebirthSupermanFantastic Four), F1 destaca-se por ser uma história original voltada para adultos — algo cada vez mais raro nas grandes salas.

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A Apple, claro, pode dar-se ao luxo de experimentar. Com um valor de mercado de 3 biliões de dólares, não sofre da mesma pressão financeira que estúdios tradicionais. Mas agora, com F1, tem um novo argumento para manter os olhos postos na linha de meta do cinema comercial.

Ice Road: Vengeance — Liam Neeson Está de Volta (Mas Já Não Há Gelo Que Aguente)

O regresso do herói dos 70, ou do herói de 70 anos… é uma descida acidentada por estradas de montanha… e pela repetição cansada de fórmulas que já deram o que tinham a dar.

Confesso: ainda gosto de ver Liam Neeson a dar uns murros bem dados, com aquele ar de quem já devia estar em casa a beber chá e a ver documentários da BBC. Mas Ice Road: Vengeance leva essa fidelidade ao template do “homem em sofrimento com passaporte para a pancadaria” a um novo extremo — e não necessariamente pelos melhores motivos.

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A primeira coisa a assinalar: apesar do título, não há uma única estrada de gelo no filme. Nada. Zero. Neve há alguma, vá, mas gelo traiçoeiro por baixo de camiões a ranger? Esqueçam. O que temos aqui é Liam Neeson a tentar escalar o Evereste com um pote de cinzas do irmão falecido e a tropeçar numa conspiração internacional com tiroteios, políticos corruptos e um autocarro turístico transformado em Mad Max dos Himalaias.

Neeson, sempre em sofrimento, agora com cinzas num Tupperware

Mike McCann (Neeson), o camionista traumatizado do primeiro Ice Road, volta aqui consumido pela culpa e determinado a cumprir o último desejo do irmão: espalhar as suas cinzas no topo do mundo. Mas, claro, antes de chegar ao campo base, já está metido numa luta dentro de um autocarro colorido, ao lado de uma guia de montanha interpretada por Fan Bingbing, que surpreendentemente tem mais habilidades de artes marciais do que o currículo de alpinista deixaria prever.

Daí em diante, o filme transforma-se num desfile de clichés dignos de um direct-to-DVD da década passada. Há vilões genéricos com nomes exóticos, um professor americano com mais contactos do que o James Bond e até uma adolescente insuportável que passa de influencer mimada a justiceira de mochila às costas. Tudo isto embrulhado num guião que parece ter sido escrito por uma IA viciada em filmes de acção de domingo à tarde.

É tudo muito tonto, mas sem a graça que podia ter

O grande problema de Ice Road: Vengeance não é ser ridículo — isso até podia jogar a seu favor. O problema é ser aborrecidamente ridículo. As cenas de acção não têm energia, os murros parecem ensaiados em câmara lenta e os efeitos especiais têm o ar plastificado de quem gastou o orçamento todo a alugar um drone e esqueceram-se das balas digitais.

A fotografia é claustrofóbica, com aquele brilho de telenovela que nem a paisagem do Nepal consegue salvar. E, por mais que Neeson se esforce, já se nota o cansaço. Há flashbacks com de-aging do irmão Gurty tão embaraçosos que mais valia terem usado uma máscara de Halloween e dizer “aceitem, é ele em jovem”.

Talvez esteja na hora de pendurar o casaco de cabedal

No fundo, este Ice Road: Vengeance é mais um capítulo na longa saga do “Liam Neeson Cansado Mas Letal™”. Só que o cansaço já começa a sobrepor-se à letalidade. Com quase duas horas de duração e muito pouco a acontecer que não tenhamos visto antes (e melhor), este é o tipo de filme que se esquece mal acaba. A não ser, claro, que estejam a fazer maratonas de filmes de acção por inércia.

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Talvez o próximo projecto, a tal comédia Naked Gun em modo paródia, seja o descanso que o nosso herói merece — e o refrescar da carreira que todos nós precisamos. Porque por este caminho, nem o Evereste salva.

Idris Elba e John Cena Salvam o Mundo (e o Streaming) em Heads of State : O Filme de Acção que Está a Dominar a Prime Video

Explosões, piadas secas e rivalidades diplomáticas: Heads of State  não reinventa a roda, mas acelera sobre ela como um tanque em fúria.

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Duas cabeças pensam melhor do que uma… mesmo quando uma pertence ao Presidente dos EUA e a outra ao Primeiro-Ministro do Reino Unido. Heads of State, o novo filme de acção da Prime Video, junta Idris Elba e John Cena numa improvável (mas eficaz) aliança diplomática explosiva. E o público parece ter adorado o caos: o filme lidera o top de visualizações global da plataforma e tem surpreendido pela recepção positiva.

Realizado por Ilya Naishuller (Hardcore HenryNobody) e com um elenco recheado de caras conhecidas — Priyanka Chopra Jonas, Jack Quaid, Paddy Considine, Stephen Root e Carla Gugino — Heads of State é um daqueles casos raros em que a fórmula do “buddy action movie” funciona mesmo. À boa maneira de Máquina Mortífera ou Bad Boys, aqui temos um par disfuncional com armas, sarcasmo e problemas diplomáticos para resolver… a tiro.

Um avião presidencial, dois líderes e zero paciência

Na história, Sam Clarke (Idris Elba) é o durão Primeiro-Ministro britânico, veterano do exército e estratega imperturbável. Will Derringer (John Cena) é o Presidente americano em fim de carreira, ex-estrela de acção e egocêntrico profissional. Os dois estão em plena rivalidade política quando são forçados a unir esforços após serem abatidos a bordo do Air Force One.

O que se segue? Um festival de perseguições, tiroteios e piadas secas por meio mundo, enquanto os dois líderes tentam escapar a um inimigo global e salvar aquilo a que se costuma chamar… “o mundo livre”. Nada de novo — mas aqui, feito com ritmo, charme e uma química irresistível entre os protagonistas.

E a crítica… gostou?

Surpreendentemente, sim. Apesar de o filme assumir sem vergonha os tiques de uma action comedy de série B, Heads of State arrecadou uns respeitáveis 82% de aprovação do público no Rotten Tomatoes, com a crítica a ficar-se pelos 68%. O consenso resume bem a coisa:

Heads of State aborda a geopolítica com leveza talvez excessiva, mas a parceria cómica entre Elba e Cena mantém-se firme neste entretenimento cheio de estilo.”

Will Sayre, da MovieWeb, não ficou totalmente convencido, mas não poupou elogios ao humor seco de Elba, considerando-o “o grande trunfo do filme” e sugerindo que da próxima vez o actor merecia um guião “com mais frases matadoras”.

Sequência à vista?

Com o sucesso estrondoso no streaming, a pergunta inevitável é: vamos ter Heads of State 2? A resposta, ao que parece, depende mais da Amazon do que de falta de vontade. O realizador Ilya Naishuller já mostrou interesse em regressar:

“Se as pessoas virem o filme, se gostarem e se a Amazon achar que faz sentido fazer uma sequela… absolutamente!”

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Tendo em conta a recepção calorosa, as probabilidades de vermos Elba e Cena a salvar novamente o mundo parecem bem reais. E honestamente? Que venham mais balas, mais sarilhos diplomáticos e mais piadas sobre protocolos internacionais.

Charlize Theron Criou a Cena Mais Emotiva de “A Velha Guarda 2” — E Mudou Tudo

No meio da ação imortal, um momento de dor e empatia tornou-se o coração do filme. E nasceu da mente de Charlize.

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Entre espadas, imortalidade e traumas antigos, há um gesto de redenção que se destaca.

A Velha Guarda 2, já disponível na Netflix, entrega-nos mais uma dose de ação estilizada, combates bem coreografados e dilemas existenciais entre guerreiros que não podem morrer. Mas há uma cena — inesperadamente emocional — que se tornou o momento mais marcante do filme. E, segundo a realizadora Victoria Mahoney, essa cena foi inteiramente ideia de Charlize Theron.


O reencontro com Quỳnh: culpa, dor e um espelho do passado

Na sequela, a imortal Andy (Theron) descobre que a sua antiga aliada e amiga Quỳnh (Veronica Ngô), que acreditava ter morrido, afinal está viva — e não só está viva, como agora faz parte da fação rival, liderada por Discourse (Uma Thurman).

Essa revelação mergulha Andy num turbilhão de emoções, incluindo culpa profunda por não a ter conseguido salvar. Num momento de flashback, somos transportados para a Idade Média, onde vemos Andy quase a matar um homem inocente— até ser travada por Quỳnh, que lhe diz:

“Isto não é quem tu és.”

Mais tarde, no presente, quando Quỳnh está prestes a detonar uma central nuclear, Andy confronta-a. E é Quỳnh quem devolve a frase:

“É agora que me dizes que isto não sou eu?”

Essa simetria emocional, que dá profundidade à relação entre as duas, foi criada por Charlize Theron durante as filmagens adicionais. A realizadora confirmou ao Business Insider:

“Foi tudo ideia da Charlize. O meu trabalho foi crescer a partir disso, honrar essa visão e expandi-la.”


Não são apenas guerreiras. São salvadoras uma da outra.

Victoria Mahoney destacou a importância de mostrar que Andy e Quỳnh não são apenas parceiras de combate, mas também guardiãs emocionais uma da outra.

“Não se trata só de lutar lado a lado, mas de se puxarem uma à outra para fora do lado negro.”

A beleza desta dinâmica é que vai além da ação. Toca em temas universais: o momento em que nos perdemos, a pessoa que nos segura, a culpa mal resolvida e a empatia que redime.


Quando os imortais são mais humanos do que nós

A realizadora quis que o público refletisse sobre quem são os “Andy e Quỳnh” das suas próprias vidas.

“Muita gente pode relacionar-se com a ideia de tocar no seu ‘eu mais sombrio’. E todos temos alguém que nos lembra: ‘Isso não és tu.’”

Charlize Theron, para além de ser produtora do filme, continua a demonstrar porque é uma das atrizes mais envolventes da sua geração: não só pela presença física, mas pela inteligência narrativa que traz aos seus papéis.

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E é isso que torna A Velha Guarda 2 mais do que um filme de ação. Torna-o, por breves momentos, um espelho da alma.

“Pequenas Coisas Como Estas”: Cillian Murphy Confronta os Segredos da Igreja no Novo Drama a Estrear no TVCine Top

Filme de abertura do Festival de Berlim estreia este domingo, 6 de julho, às 21h45, em exclusivo nos Canais TVCine

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Um grito abafado, uma vila em silêncio, e um homem que já não pode ignorar a verdade.

É assim que começa Pequenas Coisas Como Estas, um drama comovente e perturbador protagonizado por Cillian Murphy, que regressa à representação após vencer o Óscar de Melhor Ator por Oppenheimer. A estreia acontece este domingo, 6 de julho, às 21h45, no TVCine Top — e promete ser uma das mais intensas experiências cinematográficas do verão.


Irlanda, 1985: a culpa, o silêncio e os segredos da Igreja

Na pequena vila irlandesa de Wexford, Bill Furlong (Murphy) vive uma vida simples. É vendedor de carvão, trabalhador incansável e pai dedicado. Mas tudo muda numa manhã fria, quando presencia uma mãe a forçar a filha a entrar no convento local — enquanto esta grita, aterrorizada. O que poderia ser apenas um momento perturbador desperta em Bill memórias de infância e obriga-o a confrontar os horrores encobertos pela conivência coletiva da comunidade e pelo poder da Igreja Católica.

Baseado num conto de realismo social profundamente enraizado na história recente da Irlanda, o filme explora o peso do silêncio, a moralidade individual e o custo de dizer a verdade quando todos preferem não a ouvir.


Elenco de luxo, produção de prestígio

Além de Murphy num dos seus papéis mais intensos e contidos, o filme conta com a poderosa Emily Watson, que conquistou o Urso de Prata no Festival de Berlim pela sua performance. A realização é de Tim Mielants (PatrickPeaky Blinders), e a produção reúne nomes de peso como Ben Affleck, Matt Damon, o próprio Cillian Murphy e Alan Moloney.

Com estreia mundial no Festival de Berlim, onde foi o filme de abertura, Pequenas Coisas Como Estas conquistou a crítica internacional graças ao seu retrato nu e cru de uma realidade sombria, contada com sobriedade e humanidade.


Um filme que dói — porque é real

Mais do que uma história sobre abusos e encobrimentos, este é um filme sobre coragem moral. Bill Furlong é o homem comum que decide fazer perguntas quando todos já desistiram de ouvir respostas. E Cillian Murphy dá-lhe corpo com uma contenção e uma profundidade emocional que só um ator no auge da sua maturidade artística consegue alcançar.


Para ver, sentir e refletir.

Pequenas Coisas Como Estas estreia a 6 de julho, às 21h45, em exclusivo no TVCine Top e TVCine+. Prepare-se para um filme que não grita, mas ecoa — com o poder de mudar a forma como olhamos para o passado e para o presente.

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