Love, Death + Robots  Está de Volta: Temporada 4 Estreia em Maio na Netflix 

Preparem os circuitos cerebrais e afinem os sentidos: a antologia mais ousada, estilizada e imprevisível da Netflix está de regresso. 💥 A quarta temporada de Love, Death + Robots estreia-se no dia 15 de maio, prometendo mais uma dose de ficção científica, terror, fantasia e animação de cortar a respiração.

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Desde a sua estreia em 2019, a série criada por Tim Miller (Deadpool) e com produção executiva de David Fincher(MindhunterO Assassino) conquistou fãs com o seu formato singular: cada episódio é uma curta-metragem independente, com estilo visual e narrativa próprios — e todos os anos consegue surpreender com novas abordagens, novos mundos e… novos pesadelos.

Um Novo Banquete Visual 🎨

No mais recente trailer revelado pela Netflix, podemos antever uma nova fornada de episódios visualmente deslumbrantes e tematicamente provocadores. O criador Tim Miller adiantou ao portal Tudum que continua a procurar “uma mistura de terror, ficção científica e fantasia”, acrescentando que a série trabalha com “escritores e artistas absolutamente fantásticos”. E acredita-se — porque as temporadas anteriores já o provaram — que isso se vai refletir mais uma vez em qualidade e ousadia.

Na realização, destaca-se novamente a presença de Jennifer Yuh Nelson, que regressa como realizadora supervisora. A cineasta, conhecida pelo seu trabalho em O Panda do Kung Fu 2, tem sido uma das peças-chave na coesão estética da antologia, mesmo com a variedade de estilos e equipas.

Curtas, Mas Impactantes

Cada episódio de Love, Death + Robots é criado por uma equipa de artistas diferente — o que significa que o espectador nunca sabe o que esperar. Em poucos minutos, somos atirados para mundos distantes, futuros distópicos, realidades alternativas ou experiências de pura violência estilizada. É uma viagem para quem gosta de animação adulta, provocadora e, por vezes, completamente insana. 🧬

Com episódios que variam do absurdo ao comovente, da sátira ao puro existencialismo, a série tem vindo a consolidar o seu lugar como um dos projetos mais arrojados da Netflix — e uma montra invejável do que de melhor se faz na animação contemporânea para adultos.

Prontos Para a Quarta Volta? 🚀

Ainda não foram revelados os títulos ou sinopses dos novos episódios, mas se o passado serve de referência, podemos esperar criaturas mutantes, robôs com crises existenciais, humanos em situações extremas… e animações de deixar qualquer maxilar caído.

Se é fã de animação experimental, ficção científica bem escrita e mundos que desafiam as leis da lógica (e da física), marque já na agenda: 15 de maio, na NetflixLove, Death + Robots está de volta — e não quer saber se está preparado ou não.

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 The Last of Us Já Tem Terceira Temporada Confirmada — Antes Mesmo da Estreia da Segunda!

Os fãs de Joel e Ellie podem respirar de alívio (ou ansiedade?): a Max confirmou oficialmente a renovação de The Last of Us para uma terceira temporada, mesmo antes da estreia da nova leva de episódios, agendada para 14 de abril. Esta aposta antecipada mostra a confiança da HBO no poder narrativo e emocional desta que já é uma das séries mais aclamadas dos últimos anos. 🎮📺

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Com base no universo criado por Neil Druckmann no icónico videojogo da Naughty Dog, e adaptada para televisão por Craig Mazin (Chernobyl), a série continua a conquistar fãs e crítica com o seu retrato cru, visceral e profundamente humano de um mundo pós-apocalíptico.

Cinco Anos Depois…

segunda temporada, composta por sete episódios, avança cronologicamente cinco anos desde o final da primeira. Segundo a sinopse oficial, Joel e Ellie serão forçados a enfrentar novas ameaças, tensões internas e um mundo ainda mais caótico e imprevisível.

O elenco principal regressa em força com:

  • Pedro Pascal como Joel
  • Bella Ramsey como Ellie
  • Gabriel Luna como Tommy
  • Rutina Wesley como Maria

Mas há também reforços de peso no elenco:

  • Kaitlyn Dever como Abby
  • Isabela Merced como Dina
  • Young Mazino como Jesse
  • Ariela Barer como Mel
  • Tati Gabrielle como Nora
  • Spencer Lord como Owen
  • Danny Ramirez como Manny
  • Jeffrey Wright como Isaac
  • E uma participação especial de Catherine O’Hara como atriz convidada 🎭

Entusiasmo Dentro e Fora do Ecrã

Para a HBO, a renovação precoce faz todo o sentido. Francesca Orsi, vice-presidente executiva da estação, elogiou o trabalho de Craig e Neil e afirmou que a nova temporada representa “uma conquista extraordinária”, adiantando:

“Estamos entusiasmados por levar o poder da narrativa de Craig e Neil para o que sabemos que será uma terceira temporada igualmente comovente e extraordinária.”

Também os criadores mostraram confiança no futuro da série. Craig Mazin afirmou que os resultados da nova temporada superaram as expectativas:

“Abordámos a segunda temporada com o objetivo de criar algo de que nos pudéssemos orgulhar.”

Já Neil Druckmann, que continua a acompanhar de perto a adaptação do seu próprio universo, agradeceu o apoio dos fãs e da equipa:

“É um privilégio continuar a contar a história de The Last of Us.”

Um Universo em Expansão

A primeira temporada de The Last of Us foi um fenómeno global, com audiências massivas, aclamação crítica e múltiplas nomeações para prémios. O realismo cru, os dilemas morais e a profundidade emocional tornaram-na mais do que uma simples adaptação de videojogo — transformaram-na num marco da televisão contemporânea.

Com a segunda temporada quase a estrear e a terceira já confirmada, tudo indica que a série está a construir um legado duradouro, mantendo a fasquia elevada e o público ansioso por mais.

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🧳 Agora é só preparar o coração para a viagem — porque, como já sabemos, The Last of Us não perdoa emoções.

👻 Fotografia Original de The Shining  Foi Descoberta… 45 Anos Depois!

Pode demorar, mas às vezes o cinema ainda nos reserva pequenos milagres. 🕰️ Quase meio século depois da estreia de The Shining (1980), foi finalmente descoberta a fotografia original usada naquele que é um dos finais mais enigmáticos e perturbadores da história do cinema. Sim, aquela imagem fantasmagórica do baile de 4 de Julho de 1921, com Jack Nicholson sorridente no centro… apesar da sua personagem, Jack Torrance, teoricamente ainda nem ter nascido naquela altura. 🪞

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Durante décadas, a origem da fotografia foi um dos muitos mistérios que alimentaram teorias e obsessões cinéfilas. Mas agora, graças ao trabalho conjunto de investigadores, historiadores e até utilizadores do Reddit, a verdade veio ao de cima.

Um Baile Real… com Pessoas Reais

A revelação foi feita por Alasdair Spark, académico reformado da Universidade de Winchester, através de uma publicação no Instagram da Getty. A foto original, explicou Spark, foi tirada a 14 de fevereiro de 1921, num baile de São Valentim no Royal Palace Hotel, em Kensington, pelo fotógrafo da agência Topical Press.

O homem originalmente presente no centro da fotografia — que no filme é substituído digitalmente por Nicholson — foi identificado como Santos Casani, um bailarino de salão londrino. A identificação foi possível graças ao uso de software de reconhecimento facial, e a imagem fazia parte de um conjunto de três fotografias tiradas nesse evento.

Uma Caça ao Tesouro Arquivística 🎞️

A procura pela imagem envolveu Spark, o jornalista do New York Times Arick Toller, e vários utilizadores dedicados do Reddit. Durante meses, seguiram pistas em bibliotecas, arquivos e bases de dados fotográficas, enfrentando becos sem saída e referências contraditórias. A suspeita inicial era de que a foto tivesse sido obtida da BBC Hulton Library, mas o rasto parecia perdido.

Até que Spark decidiu explorar os arquivos da Getty Images, que herdou o acervo da Hulton. E aí encontrou o que procurava: a foto tinha sido licenciada para a Hawk Films, produtora de Kubrick, a 10 de outubro de 1978, claramente para ser usada em The Shining.

Nem celebridades, nem cultos secretos — apenas “as melhores pessoas”

Ao contrário das teorias mais excêntricas — que especulavam que a imagem retratava membros de cultos, presidentes, banqueiros ou estrelas do vaudeville — Spark confirma que o retrato mostra apenas “pessoas comuns de Londres numa segunda-feira à noite”. Como dizia o gerente do Overlook Hotel no filme: “All the best people.”

A fotografia, agora digitalizada a partir do negativo original em vidro, foi restaurada com uma nitidez impressionante, revelando detalhes inéditos do momento captado. E se pensarmos que apenas Jack Nicholson foi acrescentado artificialmente à imagem… é de arrepiar. 📸

Um Mistério Resolvido — Mas a Magia Permanece

Desde a sua estreia, The Shining tem sido alvo de análises obsessivas, interpretações místicas e teorias conspirativas. Kubrick, como sempre, deixou o suficiente para que o espectador saísse da sala com mais perguntas do que respostas — e esta fotografia foi uma das chaves desse mistério. Agora, mesmo com o puzzle resolvido, o seu poder simbólico permanece intacto.

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A descoberta é um presente para os fãs de Kubrick e do cinema em geral, e uma prova de que há sempre algo novo para descobrir… mesmo 45 anos depois. 🎬

🎬 #MeToo na Europa: Cronologia de Uma Revolução Silenciosa no Cinema

O movimento #MeToo nasceu nos Estados Unidos, mas depressa alastrou a outras indústrias culturais em todo o mundo. Em França, a sua chegada foi lenta — mas quando irrompeu, abalou os alicerces de uma das cinematografias mais prestigiadas do mundo. Abaixo, traçamos uma cronologia dos principais marcos do #MeToo no cinema europeu, com especial destaque para a realidade francesa, onde a atriz Judith Godrèche se tornou o rosto de uma denúncia com impacto real e político.


📍 Outubro 2017 – O Início Global

Após a publicação de reportagens explosivas no New York Times e The New Yorker sobre Harvey Weinstein, milhares de mulheres em todo o mundo começaram a partilhar experiências de abuso sexual com a hashtag #MeToo. Nos EUA, nomes como Ashley Judd, Lupita Nyong’o ou Uma Thurman lideraram a denúncia.

Em França, a reação inicial foi mais contida — e até controversa.


📍 Janeiro 2018 – A Carta das 100

Um grupo de 100 mulheres francesas, incluindo Catherine Deneuve, publicou uma carta aberta no Le Monde criticando os “excessos” do movimento #MeToo e defendendo o “direito dos homens a importunar”. A carta causou indignação a nível internacional, sendo vista por muitos como uma reação conservadora disfarçada de defesa da liberdade sexual.


📍 2019 – Adèle Haenel e a Primeira Grande Denúncia

A atriz Adèle Haenel fez uma denúncia histórica ao acusar o realizador Christophe Ruggia de abuso sexual quando tinha entre 12 e 15 anos. A entrevista, publicada no site Mediapart, marcou uma viragem na perceção pública em França. Pela primeira vez, uma atriz de renome falava abertamente sobre abusos sofridos por um cineasta conhecido — e era levada a sério. 🎤


📍 2020 – O Caso Roman Polanski e os Césares em Rebuliço

A atribuição do César de Melhor Realização a Roman Polanski por J’accuse gerou protestos intensos. Polanski é procurado nos EUA por violação de menor desde os anos 70. Várias atrizes abandonaram a cerimónia em sinal de protesto, incluindo Adèle Haenel e Céline Sciamma. Foi um momento simbólico de rutura entre o cinema francês “institucional” e a nova geração. 🚨


📍 2022 – Judith Godrèche Rompe o Silêncio

A atriz Judith Godrèche revelou publicamente que teve uma relação com o realizador Benoît Jacquot iniciada quando tinha apenas 14 anos, acusando-o de violação e abuso de poder. Pouco depois, apresentou queixa contra o cineasta Jacques Doillon por factos semelhantes. Estes testemunhos abriram caminho para a criação de uma comissão de inquérito parlamentar na Assembleia Nacional francesa. 🧨


📍 Fevereiro 2024 – Um Discurso-Chave nos Césares

Judith Godrèche subiu ao palco da cerimónia dos Césares 2024 e fez um discurso emocional e acusatório, pedindo uma mudança radical na forma como o cinema francês lida com o abuso. O momento foi amplamente partilhado nas redes sociais e contribuiu para a aceleração de medidas legislativas.


📍 Abril 2025 – Relatório do Parlamento Francês

O inquérito parlamentar sobre violência sexual no setor cultural francês concluiu que o problema é sistémico. Foram propostas 86 medidas concretas, incluindo:

  • Regras para proteger menores
  • Fiscalização dos castings
  • Formação obrigatória em ética profissional
  • Canais de denúncia independentes

Judith Godrèche, após ler o relatório, voltou a insistir: “Agora ninguém pode fingir que não sabia.” 📚


📍 Em paralelo: Outras Vozes na Europa

  • Itália: O caso do ator e realizador Fausto Brizzi, acusado por várias mulheres de assédio, teve forte repercussão mediática, embora sem acusações formais.
  • Reino Unido: O escândalo com o ator e comediante Noel Clarke, acusado de abuso por mais de 20 mulheres, gerou enorme debate sobre a impunidade no setor televisivo britânico.
  • Espanha: O caso Rubiales, apesar de se passar no desporto, teve impacto cultural, impulsionando debates sobre o consentimento e abuso de poder.

Conclusão: O Cinema Está (Finalmente) a Ouvir?

O movimento #MeToo no cinema europeu ainda enfrenta resistência — por vezes subtil, outras vezes declarada. Mas a verdade é que mudanças concretas começam a acontecer, e figuras como Judith Godrèche, Adèle Haenel ou Céline Sciamma estão a reescrever as regras do silêncio.

🎥 Que venha um cinema onde talento não seja moeda de troca pelo silêncio. E onde os aplausos não abafem os gritos.

🎭 Judith Godrèche Exige Ação Política Após Relatório “Chocante” Sobre Abusos na Cultura Francesa

A atriz francesa Judith Godrèche voltou a posicionar-se como uma das vozes mais firmes do movimento #MeToo em França, depois da divulgação de um relatório parlamentar que descreve o panorama da violência moral, sexista e sexual no sector cultural francês como “sistémico, endémico e persistente”.
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Godrèche classificou as conclusões do inquérito como “chocantes” e “bastante assustadoras”, e apelou diretamente à classe política francesa para agir. Segundo a atriz, “mais ninguém pode dizer ‘não sabíamos’”. 📢

Um relatório com 86 recomendações… e muitas feridas expostas

O documento é o resultado de seis meses de audiências levadas a cabo por uma comissão de inquérito da Assembleia Nacional Francesa, presidida pela deputada ecologista Sandrine Rousseau, também ela uma reconhecida ativista feminista. Foram ouvidas mais de 350 pessoas de áreas como o cinema, teatro e televisão.

O relatório recomenda 86 medidas que visam regular e proteger os trabalhadores da cultura, entre elas:

  • Regras mais rígidas para castings
  • Monitorização especial de menores em ambientes de filmagem
  • Criação de canais de denúncia acessíveis e independentes
  • Formação obrigatória para quem ocupa cargos de chefia artística

Rousseau não poupou palavras: o setor cultural francês é, nas suas palavras, uma “máquina de triturar talentos”.

“O cinema é uma grande família incestuosa” 🎬

Numa entrevista à Franceinfo, Godrèche expressou frustração, mas não surpresa com o conteúdo do relatório:

“É impressionante e bastante assustador. Mas não estou surpreendida. Não esperava nada melhor.”

A atriz, que recentemente se tornou o rosto mais visível do #MeToo francês, sublinhou que o problema não está confinado ao cinema:

“As relações de poder e os abusos de poder são os mesmos que se encontram na Igreja, nas escolas, em todo o lado.”

Godrèche acusou publicamente o realizador Benoît Jacquot de violação, revelando que iniciou uma relação com ele quando tinha apenas 14 anos. Acusações semelhantes foram feitas contra Jacques Doillon, também realizador, o que levou à abertura de investigações judiciais distintas.

Uma luta que chegou ao coração do sistema 🎬⚖️

Godrèche insiste que a responsabilidade deve recair sobre os que ocupam posições de poder nos sets de filmagem:

“As pessoas com mais poder têm de assumir a responsabilidade pelo sofrimento dos que têm menos.”

A atriz tem-se afirmado não apenas como uma voz corajosa, mas como uma força mobilizadora. Em fevereiro deste ano, emocionou o público francês com um discurso poderoso na cerimónia dos Césares (os Óscares do cinema francês), onde denunciou a cultura de silêncio e impunidade.

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Este relatório surge como um ponto de viragem potencial — mas Judith Godrèche deixa claro que não basta “recomendar”. É preciso agir, legislar e transformar o sistema. Ou, como ela diz, deixar de fingir que não sabíamos.

🎥 Michael Cera Entra no Mundo Maravilhosamente Excêntrico de Wes Anderson em The Phoenician Scheme

📣 Alerta para os fãs do cinema milimetricamente simétrico e deliciosamente estranho: Michael Cera vai finalmente entrar no universo de Wes Anderson! O ator canadiano, conhecido pelo seu estilo peculiar e expressividade minimalista, junta-se ao elenco estelar de The Phoenician Scheme, o próximo filme do realizador de Asteroid CityThe Grand Budapest Hotel e The Royal Tenenbaums.

Depois de anos como fã confesso da obra de Anderson, Cera junta-se agora oficialmente ao clube. E fá-lo com um papel à medida da sua persona: excêntrico, fora do lugar… e com sotaque! 😄

Quem é quem neste novo delírio cinematográfico?

Em The Phoenician Scheme, Michael Cera interpreta Björn, um tutor norueguês contratado para educar os filhos do empresário Zsa-Zsa Korda, interpretado por Benicio Del Toro. Mas, como qualquer filme de Wes Anderson, o que começa com um plano simples rapidamente descamba numa viagem excêntrica pelo mundo. Björn acaba por se envolver numa odisseia internacional ao lado de Korda e da filha deste, Liesl — uma freira vivida por Mia Threapleton (filha de Kate Winslet, já agora).

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Com a habitual estética de paleta pastel, planos frontais e diálogos rápidos e carregados de subtexto, o filme promete mais um mergulho no universo andersoniano — onde o absurdo é tratado com a maior das elegâncias. 🎨

O sotaque norueguês (mais ou menos)

Michael Cera não quis brincar em serviço — mas também não quis soar a paródia. Para preparar o papel, trabalhou com um coach de diálogo e até pediu a um amigo norueguês para gravar as falas. O objetivo? Um sotaque “jovial, mas não ridículo”. Nas palavras do próprio:

“Não sei se os noruegueses vão vomitar quando ouvirem isto…” 😅

Mas lá está: este não é o mundo real. É o mundo de Wes Anderson, onde até o sotaque pode (e deve) ser cuidadosamente desalinhado. Como diria o próprio realizador, o realismo nunca foi o objetivo — a harmonia do absurdo, sim.

Um elenco digno de um catálogo de luxo

The Phoenician Scheme continua a tradição de reunir um elenco de sonho, misturando os suspeitos do costume (Jason Schwartzman, Tilda Swinton, Bill Murray, Adrien Brody…) com novas caras que encaixam como peças LEGO num diorama cuidadosamente encenado. A cada novo filme, Anderson parece montar uma nova família — onde os maneirismos, os figurinos e as pausas dramáticas fazem parte de uma língua própria.

A chegada de Michael Cera é mais do que natural. O seu humor seco e o ar perpetuamente deslocado fazem dele o candidato ideal para este tipo de cinema. E quem sabe se esta estreia não será apenas o primeiro de vários capítulos na colaboração entre os dois?

E quando chega?

Ainda não há data oficial de estreia para The Phoenician Scheme, mas tudo indica que o filme poderá estrear ainda em 2025, talvez com passagem por Cannes ou Veneza, como tem sido habitual nas obras de Anderson.

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Enquanto isso, resta-nos imaginar Cera de boina, blazer vintage e olhar enigmático, a recitar falas existencialistas com um sotaque norueguês inventado. E sinceramente? Já queremos ver isso no grande ecrã. 🍿

🎬 Werner Herzog Vai Receber Leão de Ouro em Veneza — Mas Reformado é que Ele Não Está!

O lendário realizador alemão Werner Herzog vai ser homenageado com o Leão de Ouro de carreira na 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, a decorrer entre 27 de agosto e 6 de setembro. A distinção celebra uma vida inteira de cinema ousado, físico, profundamente humano… e muitas vezes, um bocadinho louco (no melhor dos sentidos). 🦁

Herzog, conhecido por obras como Fitzcarraldo (1982), Aguirre, o Aventureiro (1972), Nosferatu, o Vampiro (1979) ou o perturbador documentário Grizzly Man (2005), é descrito pela organização do festival como “um cineasta físico e um caminhante incansável”. Nada mal para quem já conta 82 anos de idade — e ainda está, literalmente, a correr o mundo a filmar.

Um Romântico do Absurdo

Segundo Alberto Barbera, diretor do Festival de Veneza, Herzog é “o último herdeiro da grande tradição do romantismo alemão, um humanista visionário e um explorador incansável, em perpétua deambulação, à procura — nas suas próprias palavras — ‘de um lugar decente para a Humanidade, uma paisagem para a alma’”. 💫

Mais do que palavras bonitas, esta homenagem reconhece uma carreira singular, marcada por obras desafiantes e por um olhar profundamente filosófico sobre o homem, a natureza e o absurdo da existência. Herzog filmou no meio da selva, em desertos, nas profundezas do gelo, e até nos limites do espaço (literal e metaforicamente).

Um “reformado” muito ativo 📽️

Se alguém pensa que o Leão de Ouro de carreira significa que Herzog está pronto para pendurar a câmara… pense outra vez. O realizador terminou há poucas semanas o documentário Ghost Elephants, rodado em África, e está atualmente na Irlanda a filmar uma nova longa-metragem de ficção, com o sugestivo título Bucking Fastard (sim, é mesmo isso que está a pensar 🤭).

E há mais: Herzog está a desenvolver um filme de animação baseado no seu livro O Crepúsculo do Mundo, publicado também em Portugal, e emprestará a sua voz inconfundível a um projeto animado do sul-coreano Bong Joon Ho(Parasitas). Aos 82 anos, continua mais produtivo do que muitos realizadores na flor da idade — e, felizmente, tão imprevisível como sempre.

Um Legado Literário Também Presente em Portugal 📚

Além do cinema, Herzog tem uma faceta menos conhecida mas igualmente fascinante: a escrita. Em Portugal estão publicados vários dos seus livros, incluindo:

  • O Crepúsculo do Mundo
  • A Conquista do Inútil
  • Caminhar no Gelo
  • Cada Um Por Si e Deus Contra Todos

Todos eles mergulham no seu universo interior — ora contemplativo, ora inquieto — e oferecem novas janelas para perceber o que o move artisticamente. São obras tão singulares como os seus filmes, escritas com o mesmo olhar febril que o leva a filmar cascatas selvagens, homens em conflito com a natureza ou… ursos assassinos.

Um Leão Merecido

O Leão de Ouro é, sem dúvida, um dos prémios mais justos da temporada. Não apenas por tudo o que Werner Herzog já fez, mas também por aquilo que ainda está a fazer — e promete continuar a fazer. A sua carreira é um lembrete constante de que o cinema, quando feito com paixão, não conhece limites. Nem idade.

🎥 Bravo, Herzog. E que venha o próximo filme.

White Lotus 4: O Que Sabemos Até Agora Sobre a Próxima Viagem de Luxo… e Assassinato

Preparem os biquínis, os fatos de banho e a paranoia existencial, porque The White Lotus já tem quarta temporada confirmada — e promete mais drama, mais luxo… e, claro, mais uma misteriosa morte num resort cinco estrelas. 🏖️🔪

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A série de sucesso criada por Mike White, que nos tem levado por viagens decadentes com hóspedes abastados e emocionalmente desastrosos, continua a expandir-se. Depois do Havai, Sicília e Tailândia, o criador promete mudar o ambiente — mas não se preocupem, o crime e o sarcasmo continuam no menu. 🍸

Renovação Oficial: Mais Uma Estadia no Paraíso (Ou Inferno?)

Sim, é oficial! A HBO confirmou em janeiro de 2025 que The White Lotus regressará para uma quarta temporada. O anúncio foi feito antes mesmo da estreia da temporada 3, sinal claro de confiança no sucesso contínuo da série. E a aposta parece ter valido a pena: o penúltimo episódio da terceira temporada bateu recordes de audiência com 4,8 milhões de espectadores só nos EUA. 📈

Mike White, o cérebro por detrás desta sátira de costumes, deixou no ar que pretende afastar-se ligeiramente do típico “ondas a bater nas rochas” como pano de fundo. Mas uma coisa é certa: haverá espaço para mais mortes no paraíso.

Para Onde Vamos Agora? ✈️

Ainda não há localização confirmada, mas há pistas. A Francesca Orsi, chefe de drama da HBO, revelou que estão em fase de “escolha de localizações”, com a Europa como forte possibilidade.

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Há quem aposte num destino menos tropical e mais fresco, mas David Bernad, parceiro de produção de White, deixou escapar que o criador “não gosta do frio”, o que pode deitar por terra um White Lotus na Islândia, por exemplo. 🥶

Entre as hipóteses mais prováveis estão:

  • Japão – era o destino originalmente pensado para a terceira temporada;
  • Austrália – Mike White confessou que adoraria filmar por lá;
  • Algum destino europeu de luxo – talvez a Riviera Francesa, os Alpes suíços ou até a costa portuguesa!

Curiosamente, todas as temporadas anteriores foram filmadas em resorts Four Seasons — uma boa pista para os detetives de sofá que gostam de antecipar o destino.

Um Adeus Musical

Nem tudo são boas notícias: o compositor Cristóbal Tapia de Veer, autor dos geniais e algo perturbadores temas de abertura das temporadas anteriores, confirmou que não voltará para a nova temporada. Resta saber se a nova sonoridade manterá o mesmo nível de irreverência musical que tanto caracterizou a série.

Quando Estreia a Temporada 4?

Ainda vai demorar. Segundo a Variety, as filmagens estão previstas apenas para 2026, o que significa que a nova temporada só deverá estrear em 2027. 😩 A espera entre a 2.ª e a 3.ª temporadas já foi longa (mais de dois anos), devido às greves de argumentistas e atores — e tudo indica que o hiato continuará.

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Entretanto, os fãs podem sempre rever as temporadas anteriores, todas disponíveis na plataforma Max, e começar a especular: quem serão os próximos hóspedes? Quem morre desta vez? E, acima de tudo… quem vai interpretar o empregado de hotel excêntrico e passivo-agressivo?

🏜️ Robert Pattinson Pode Juntar-se a Dune 3 como Novo Vilão

O universo de Dune continua a expandir-se — e pode vir aí uma adição de peso ao elenco da terceira parte da saga: Robert Pattinson. 🎭 Segundo fontes próximas da produção, o ator de The Batman está em negociações para integrar o próximo filme de Denis Villeneuve, que está actualmente a ultimar o guião de Dune: Parte Três. Embora ainda não exista uma proposta formal, a Legendary parece estar bastante interessada em contar com Pattinson.

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E o papel não é qualquer um. De acordo com a publicação Deadline, o ator poderá dar vida a Scytale, uma personagem intrigante do universo literário de Frank Herbert — e, sim, um vilão com um toque de disfarce e manipulação que promete dar trabalho ao jovem Atreides.

O Regresso à Areia

Dune 3, ainda sem título oficial, deverá começar a ser filmado já este verão, com Denis Villeneuve novamente na realização. A confirmar-se, o filme reunirá parte do elenco de luxo que já brilhou nos dois primeiros capítulos: Timothée ChalametZendaya e Florence Pugh são esperados de volta, entre outras caras conhecidas.

Recorde-se que Dune: Parte Um (2021) e Dune: Parte Dois (2023) somaram juntos mais de 1,1 mil milhões de dólares nas bilheteiras mundiais e arrecadaram oito Óscares de um total de 15 nomeações, incluindo Melhor Filme em ambas as ocasiões. Um feito que poucos blockbusters de ficção científica conseguiram alcançar — e que consolida esta adaptação como uma das mais ambiciosas da história do cinema moderno.

Quem é Scytale?

Para os leitores dos livros, o nome Scytale é imediatamente reconhecível: trata-se de um mestre do disfarce e membro da misteriosa irmandade Bene Tleilax. Em Dune: Messias, segundo romance da saga, Scytale desempenha um papel central nas maquinações contra Paul Atreides. Um vilão elegante, inteligente e perigoso — o tipo de personagem que Robert Pattinson poderia interpretar com um brilho sinistro (e provavelmente com um olhar enigmático).

Se se confirmar, será a primeira vez que Pattinson entra no mundo de Dune, embora o seu currículo recente esteja cheio de projetos desafiantes, como The BatmanTenet, e os próximos The Drama (com Zendaya), Die, My Love (com Jennifer Lawrence) e a nova adaptação de A Odisseia, realizada por Christopher Nolan.

Um Universo em Expansão

Enquanto Dune 3 não chega, os fãs têm mais conteúdo para explorar. A prequela televisiva Dune: Prophecy, que se passa 10.000 anos antes da ascensão de Paul Atreides, estreou recentemente na HBO e na Max com críticas bastante positivas. A série foi criada por Alison Schapker, conhecida pelo seu trabalho em Lost, e aprofunda as origens da Bene Gesserit, num tom mais místico e político.

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O universo de Frank Herbert, longe de estar esgotado, continua a ser uma mina de ouro para o cinema e a televisão — e Villeneuve parece determinado a explorar cada grão de areia com rigor, grandiosidade e um elenco estelar. 🌌

Nas Sombras: a Nova Série Política da Filmin Inspirada por um Ex-Primeiro-Ministro Francês

Estreia já na próxima terça-feira, 15 de abril, na plataforma Filmin, uma série que promete lançar luz sobre os bastidores mais obscuros do poder político. Chama-se Nas Sombras (Dans l’Ombre), e é inspirada no romance homónimo coassinado por ninguém menos que Édouard Philippe, antigo primeiro-ministro de França, e o eurodeputado Gilles Boyer.

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Se é fã de intrigas políticas, manipulação nos corredores do poder e dilemas morais nos bastidores das campanhas, esta é uma série que vai querer ver com atenção. E talvez com um bloco de notas na mão. 📝

Política, Ambição… e Conspiração

A trama de Nas Sombras gira em torno de César Casalonga, um assessor político profundamente leal ao seu chefe, Paul Francoeur, um candidato presidencial em ascensão. Após uma vitória decisiva nas primárias do seu partido — derrotando a rival Marie-France Trémeau — tudo parece correr como o previsto. Mas a aparente vitória é abalada por uma chamada anónima: alguém afirma que as primárias foram… manipuladas. 😮

É neste momento que o mundo de César começa a desabar. Entre dúvidas, conspirações e uma teia de interesses que se torna cada vez mais densa, o espectador é convidado a mergulhar na realidade muitas vezes invisível do jogo político — aquela que acontece longe dos microfones, dos palcos e dos slogans.

Da Direita à Ficção

Embora o livro original não tenha uma afiliação partidária clara, para a adaptação televisiva Gilles Boyer defendeu que era importante situar a narrativa num contexto político concreto. O universo escolhido foi o da direita francesa — mas com um subtexto mais amplo: a ideia de que a velha divisão entre esquerda e direita, embora esbatida, ainda não desapareceu por completo. 🗳️

A série segue assim os passos de outras produções políticas francesas como Baron Noir, mas com uma abordagem própria e com um elenco e realização pensados para elevar o drama político a novos patamares.

“Uma Série Louca”, Diz o Realizador 🎬

O realizador Pierre Schoeller, conhecido por filmes como L’Exercice de l’État, sublinha que esta não é uma recriação realista da política francesa atual. “Penso que é uma série bastante louca e com elementos irrealistas”, comentou. O que não significa que falte autenticidade emocional. Pelo contrário, Schoeller reforça que a ficção permite aproximar os cidadãos da realidade política — não pelo caminho do realismo seco, mas sim pela exploração das motivações, das contradições e da humanidade de quem vive da política.

E esse poderá ser o maior trunfo de Nas Sombras: não pretende julgar, mas sim mostrar — e deixar que cada espectador tire as suas próprias conclusões. 🤔

Uma Nova Visão Sobre o Poder

Com estreia marcada para 15 de abril na FilminNas Sombras oferece uma viagem intensa ao interior da “máquina política”, com todos os seus jogos de bastidores, manobras de poder e dilemas éticos. E, tal como na política real, as aparências são frequentemente ilusórias — e os aliados, nem sempre leais.

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Se gosta de narrativas tensas e inteligentes, de personagens complexas e de séries que não tratam o espectador como ingénuo, então esta produção francesa pode muito bem tornar-se o seu novo vício de primavera. 🇫🇷📺

🎬 Tom Cruise regressa a Cannes com Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final

O Festival de Cinema de Cannes 2025 promete ação, glamour e… Tom Cruise a correr em câmara lenta. 😎 Está confirmado: o ator regressa à Croisette para apresentar Missão: Impossível – O Ajuste de Contas Final, o aguardado capítulo final da saga que redefiniu o conceito de “missão suicida” no grande ecrã.

A estreia mundial terá lugar no segundo dia do festival, a 14 de maio, numa das sessões mais antecipadas da edição deste ano. Três anos depois de ter conquistado Cannes com Top Gun: Maverick, Cruise volta a ser cabeça de cartaz — e tudo indica que o festival vai, mais uma vez, render-se à sua energia imparável.

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A Última Missão de Ethan Hunt

Depois de quase três décadas de perseguições, explosões, acrobacias aéreas e fugas impossíveis, chega ao fim a saga Missão: Impossível. O novo filme, agora com o subtítulo “O Ajuste de Contas Final”, promete ser uma despedida épica para o agente Ethan Hunt, que Cruise interpreta desde 1996 com uma intensidade quase… sobre-humana. 💥

Com estreia mundial marcada para 17 de maio nos cinemas, o filme chega com um novo trailer que já fez ferver a internet. A organização de Cannes não poupou nas palavras: “promete proporcionar uma experiência cinematográfica inesquecível”.

Um Festival Repleto de Estrelas ✨

Para além de Cruise, o Festival de Cannes deste ano terá a presença confirmada de Robert De Niro, que receberá uma Palma de Ouro honorária na cerimónia de abertura (13 de maio), e de Juliette Binoche, que presidirá o júri da competição oficial.

Também há fortes rumores de que nomes como Terrence MalickWes AndersonJim JarmuschJulia Ducournau e até Kristen Stewart (agora como realizadora!) estejam entre os destaques da programação. E se os deuses do cinema assim quiserem, ainda poderemos ver Ari Aster a estrear o seu novo pesadelo cinematográfico protagonizado por Joaquin Phoenix e Emma Stone. 🧠🎭

Cannes à procura de um novo brilho

Hollywood está em busca de redenção depois de um início de ano atribulado, marcado por fracassos de bilheteira como a adaptação de imagem real de Branca de Neve e o enigmático Mickey 17. Até mesmo a Marvel tropeçou com Capitão América: Admirável Mundo Novo.

Nesse cenário, Cannes torna-se mais importante do que nunca como palco de relançamento para o cinema global. A passadeira vermelha da Riviera Francesa poderá ser o início da recuperação do glamour que muitos consideram perdido.

E entre filmes intimistas, projetos experimentais e obras de culto, um dos momentos mais esperados será mesmo ver Tom Cruise a apresentar, provavelmente com um sorriso rasgado e uma salva de aplausos, aquela que poderá ser a última missão de Ethan Hunt.

🍔 “Quero o que ela está a comer”: A Verdadeira História da Cena Mais Icónica de When Harry Met Sally…

❤️ Florence Pugh e Andrew Garfield Vivem um Amor Contra o Tempo em Todo o Tempo Que Temos 

Preparem os lenços, porque a estreia desta semana no TVCine promete emoções fortes. 🎬 No dia 11 de abril, às 21h30, chega ao TVCine Top o comovente drama romântico Todo o Tempo Que Temos, protagonizado por dois dos nomes mais brilhantes da sua geração: Florence Pugh e Andrew Garfield. Um filme sobre o amor, o tempo… e tudo o que acontece no meio.

Realizado por John Crowley — o mesmo de Brooklyn e O Pintassilgo — o filme teve a sua primeira apresentação no prestigiado Festival de Toronto, onde arrecadou elogios pela química arrebatadora dos protagonistas e pela forma como aborda o romance com uma honestidade desarmante.

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Um Encontro, Uma Vida

A história gira em torno de Almut, uma talentosa chef em ascensão, e Tobias, um executivo de marketing acabado de se divorciar. O seu encontro dá-se por acaso, mas rapidamente transforma-se num ponto de viragem nas vidas de ambos. Entre refeições improvisadas e sonhos partilhados, constroem uma casa, uma família e uma história de amor que parece destinada a durar para sempre.

Mas como em todas as grandes histórias, há um ponto de rutura. 💔 Uma verdade dolorosa vem abalar os alicerces da relação, obrigando o casal a confrontar não só o seu passado como também aquilo que esperam do futuro.

Amor em Fragmentos

Todo o Tempo Que Temos não segue a narrativa linear tradicional. Em vez disso, prefere mostrar o romance através de fragmentos da vida a dois — momentos fugazes, deslumbrantes, por vezes caóticos, mas sempre intensos e significativos. Há lugar para a paixão, o humor, o absurdo, a ansiedade, as pequenas vitórias e as grandes perdas.

É precisamente essa estrutura não convencional que dá ao filme uma autenticidade rara. Não se trata de um conto de fadas, mas sim de um retrato realista — e profundamente humano — do que é amar alguém ao longo dos anos.

Dupla de Ouro ✨

Florence Pugh e Andrew Garfield são o coração pulsante do filme. A sua química em cena é magnética, com interpretações que oscilam entre o intimismo mais terno e os confrontos mais dolorosos. Não é à toa que a crítica internacional tem elogiado ambos pela subtileza com que expressam o crescimento (e a fragilidade) de uma relação a dois.

John Crowley dirige tudo com mão segura, deixando espaço para que os sentimentos respirem. É um filme que se saboreia devagar, como uma receita bem apurada — e que nos deixa um nó na garganta quando percebemos que o tempo, esse velho tirano, não espera por ninguém.

Estreia Imperdível

Não perca: quinta-feira, 11 de abril, às 21h30, só no TVCine Top e também disponível no TVCine+Todo o Tempo Que Temos é daqueles filmes que nos faz sorrir… e depois chorar um bocadinho. Ou muito. 🥲

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🍔 “Quero o que ela está a comer”: A Verdadeira História da Cena Mais Icónica de When Harry Met Sally…

Há cenas no cinema que se tornam eternas. E depois há essa cena. Aquela que envolve Meg Ryan, um pasmado Billy Crystal, um sanduíche e um falso orgasmo — tudo no meio de um restaurante movimentado. Sim, estamos a falar da icónica sequência de When Harry Met Sally… (1989), uma das mais memoráveis comédias românticas de sempre. Mas o que talvez não saiba é que parte dessa genialidade veio… de improvisos e ideias no momento! 😲

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Numa entrevista dada à NPR em 2004, Nora Ephron — a argumentista do filme — revelou que foi Meg Ryan quem sugeriu não só que Sally fingisse um orgasmo, mas também que isso acontecesse em pleno restaurante. Segundo Ephron, a cena tornou-se um dos momentos mais audaciosos e engraçados do cinema exactamente por causa dessa ousadia. E o toque final? A famosa frase “I’ll have what she’s having” (“Quero o que ela está a comer”) foi ideia de ninguém menos que Billy Crystal. Brilhante, não é?

Katz’s Deli: Um Templo Cinematográfico 🍴

A cena foi filmada num restaurante real — o lendário Katz’s Delicatessen, em East Houston Street, Nova Iorque. Hoje, o local tornou-se ponto de peregrinação para os fãs do filme e do cinema em geral. Na mesa onde Meg Ryan protagonizou o falso orgasmo mais famoso da história, existe agora uma placa com os dizeres: “Where Harry met Sally… hope you have what she had!”.

Mas a cena não foi feita num único take. Ryan teve de repetir o seu “momento de glória” múltiplas vezes, com a câmara a filmar de diferentes ângulos e o ambiente do restaurante a ser cuidadosamente controlado. Um trabalho de fôlego… e de pulmões! 😅

A Comida, a Personalidade e Nora Ephron ✍️

Outro detalhe delicioso: os hábitos alimentares maníacos de Sally — aquela coisa de pedir pratos complicados e com mil modificações — vieram da própria Nora Ephron! O realizador Rob Reiner reparou em como Ephron pedia a sua comida e decidiu que isso tinha de entrar no argumento. Quando ele lhe disse “Tu és igualzinha à Sally!”, Ephron respondeu: “Eu só quero as coisas como eu quero”. E, claro, essa linha acabou mesmo no filme.

Anos depois, já com o filme consolidado como um clássico, Ephron contou que, ao pedir um prato num avião de forma muito específica, a hospedeira olhou para ela e perguntou: “Já viu o filme When Harry Met Sally…?” — sem sequer perceber que estava a falar com a mulher que o escreveu! ✈️😂

Um Clássico com Sabor a Realidade

Parte da magia de When Harry Met Sally… está no facto de as personagens parecerem absolutamente reais. Não são perfeitas, mas são honestas — e muito engraçadas. A contribuição espontânea dos actores, as observações pessoais de Nora Ephron e o olho clínico de Rob Reiner criaram um filme que atravessou gerações.

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E tudo começou com um orgasmo falso no meio de um pastrami. Que mais se pode pedir ao cinema?

🔥 Tom Hardy Traz o Caos em ‘Havoc’: O Próximo Grande Filme de Ação da Netflix

Preparem-se, fãs de pancadaria cinematográfica: Tom Hardy está de volta ao ecrã com um novo projeto cheio de adrenalina. 🎬 Havoc estreia na Netflix já no dia 25 de abril, e promete elevar (ainda mais) o nível da ação no catálogo da plataforma. Se é fã de perseguições caóticas, confrontos brutais e investigações que se complicam mais a cada minuto… então esta estreia vai direto para a sua lista!

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O filme é realizado por ninguém menos do que Gareth Evans, o cineasta galês que nos deu os inesquecíveis The Raid e The Raid 2 — verdadeiros clássicos modernos do cinema de ação asiático. Evans não brinca em serviço, e o seu regresso ao género, agora com uma superprodução ocidental, está a gerar bastante expectativa. E com razão!

Um Detetive no Inferno Urbano

Em Havoc, Tom Hardy interpreta Walker, um detetive que se vê mergulhado num submundo violento quando uma simples investigação a um massacre em Chinatown rapidamente descamba numa teia de corrupção, crime organizado e política podre. O principal suspeito? Nada menos do que o filho do mayor da cidade, interpretado por Forest Whitaker— outro peso-pesado do cinema que dispensa apresentações.

Ao que tudo indica, esta não será apenas mais uma história de “polícia à procura da verdade”. Gareth Evans é conhecido por transformar até os guiões mais simples numa experiência física, visual e emocional intensa. E com Tom Hardy no papel principal — um ator que parece sempre pronto para levar e dar porrada em doses cinematográficas — as expectativas só aumentam. 💥

Estilo, Violência e Coreografias à Gareth Evans

Se já viu The Raid, sabe o que esperar: combates coreografados ao milímetro, tensão constante e uma câmara que não tem medo de se meter no meio da confusão. Havoc promete manter essa assinatura visual brutal e visceral que tornou Gareth Evans num nome incontornável para qualquer fã de ação a sério.

O trailer, recentemente lançado, já dá um cheirinho dessa energia: explosões, confrontos corpo-a-corpo e uma cidade mergulhada em caos, onde a linha entre heróis e vilões é tudo menos clara. Este poderá ser um dos filmes de ação mais intensos do ano — e está mesmo aí à porta.

Estreia Mundial: 25 de Abril

A Netflix já habituou o público a produções musculadas, como Extraction com Chris Hemsworth ou The Old Guard com Charlize Theron, mas Havoc parece querer subir a parada. O envolvimento de Gareth Evans e o carisma explosivo de Tom Hardy fazem deste título um dos mais aguardados do mês.

🔔 Marque na agenda: 25 de abril. E prepare-se para o caos. Havoc está prestes a rebentar com tudo — literalmente.

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🎬 “Greed is Good”… mas os bastidores de Wall Street foram tudo menos tranquilos

Quando Oliver Stone realizou Wall Street em 1987, o mundo ainda não sabia que estava prestes a assistir a um dos retratos mais icónicos da ganância americana — mas também não fazia ideia do caos que se passou atrás das câmaras. Sim, o filme foi um sucesso. Sim, Michael Douglas brilhou como Gordon Gekko e até levou um Óscar para casa. Mas o caminho até ao “Greed is good” foi tudo menos dourado.

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Um maestro despedido, uma actriz mal escalada e um realizador impiedoso

Comecemos pela música. A ideia original era contar com Jerry Goldsmith, um dos compositores mais respeitados de Hollywood. Mas Oliver Stone não ficou nada impressionado com o que ouviu. Resultado? Goldsmith foi despedido, mesmo depois de já ter recebido um pagamento chorudo. “Ele ficou mesmo insultado”, admitiu Stone mais tarde, reconhecendo que tal atitude lhe valeu uns quantos inimigos no sindicato dos músicos. Na época, substituir um compositor já contratado era algo praticamente impensável.

A solução apareceu de forma pouco ortodoxa: Stewart Copeland, o baterista dos The Police, entrou em cena e entregou uma banda sonora eficaz — e rápida. “Lembro-me de ter uma ligação qualquer com ele, mas já não sei bem qual”, confessou Stone. A urgência falou mais alto, e Copeland salvou o dia.

Charlie Sheen teve de escolher… entre Jack Lemmon e o próprio pai

Um dos momentos mais curiosos da produção foi quando Oliver Stone ofereceu a Charlie Sheen a oportunidade de escolher o seu “pai cinematográfico”. A escolha era entre Jack Lemmon, uma lenda de Hollywood, ou… Martin Sheen, o seu pai na vida real. Charlie escolheu o sangue — e a química entre pai e filho no ecrã ficou para a história.

Daryl Hannah e o papel que nunca devia ter sido seu

Nem todas as escolhas do realizador correram tão bem. Stone admitiu mais tarde que foi demasiado orgulhoso para substituir Daryl Hannah, mesmo quando toda a equipa achava que ela estava mal escalada para o papel de Darien. Pior ainda: Sean Young, que queria desesperadamente o papel, fez questão de causar tensão no set, chegando atrasada e mal preparada — e não se coibiu de dizer a Stone que Hannah devia ser despedida. A má energia resultou numa participação reduzida de Young no filme. Karma imediato.

Michael Douglas: de produtor a vilão lendário

Na altura, Michael Douglas era mais conhecido como produtor do que como ator, o que causou alguma hesitação por parte dos estúdios. “Ele vai querer mandar no filme”, diziam a Stone. Mas o realizador confiou nele — e ainda bem. Douglas entregou uma das melhores interpretações da sua carreira, muito por culpa de… Oliver Stone.

Num momento de provocação calculada, o realizador entrou no camarim do ator e perguntou-lhe: “Estás a drogar-te? Pareces alguém que nunca representou na vida.” Douglas ficou chocado… e motivado. Voltou a trabalhar as falas, estudou obsessivamente a personagem e levou Gekko a um novo nível — culminando naquele momento icónico em que diz: “Greed, for lack of a better word, is good.

Um filme mal compreendido… ou demasiado bem compreendido?

Apesar de todo o subtexto crítico, Stone confessou mais tarde algo revelador:

“Quando fiz o filme, achava que a ganância não era boa. Mas aprendi que as pessoas gostam mesmo de dinheiro. Gostam de quem faz dinheiro. Até admiram o vilão com dinheiro — mesmo quando quebra a lei.”

Quase 40 anos depois, Wall Street continua a ser citado, estudado, e até mal interpretado por alguns dos mesmos executivos que o filme satiriza. É, talvez, o exemplo perfeito de uma obra que pretendia criticar… mas que acabou por inspirar.

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📺 Onde verWall Street está disponível para aluguer na Apple TV, e passa regularmente no canal FOX Movies.

🎬 Jenna Ortega Parte o Silêncio: Porque Abandonou Realmente o Universo Scream

Depois de meses de especulação, Jenna Ortega quebrou finalmente o silêncio sobre a sua saída da popular saga Scream, e a resposta está longe das habituais “incompatibilidades de agenda”. A verdade é outra — mais pessoal, mais política… e mais humana.

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Em entrevista recente à revista The Cut, a atriz de 22 anos revelou que o verdadeiro motivo que a levou a abandonar o papel de Tara Carpenter não foi o dinheiro, nem os compromissos com Wednesday. Foi o despedimento polémico de Melissa Barrera, sua parceira de ecrã e irmã na ficção, que precipitou a sua decisão.

“A situação com a Melissa estava a acontecer e tudo estava a desmoronar-se”, confessou Ortega. “Se Scream VII não fosse com aquela equipa de realizadores e aquelas pessoas de quem me apaixonei, então não me parecia a escolha certa para mim, naquele momento da minha carreira.”

🩸 De irmãs no ecrã a aliadas fora dele

A saída de Melissa Barrera, motivada por publicações nas redes sociais em que demonstrava apoio à Palestina durante a guerra em Gaza, gerou grande polémica. A atriz foi acusada pela produtora Spyglass de “incitamento ao ódio” e “distorção do Holocausto” — acusações pesadas que levaram à sua demissão imediata em 2023.

Jenna Ortega, solidária com a colega, abandonou o projeto no dia seguinte. E mais tarde fez questão de lhe prestar apoio pessoalmente.

“Falámos durante algum tempo”, disse Barrera numa entrevista. “Adoro-a imenso. Foi muito solidária comigo, e somos irmãs para a vida.”

Num gesto que ecoa o espírito do slasher original — onde a lealdade pode salvar (ou perder) uma vida — Ortega demonstrou que, para lá dos papéis, há valores que não abdica. 👏

🎬 Fim de um ciclo, início de outro

Ortega admite também que está a tentar afastar-se dos franchises e procurar histórias originais e realizadores emergentes. Depois de integrar sagas como ScreamWednesdayBeetlejuice Beetlejuice e X, a atriz sente que é tempo de “apostar em narrativas novas”.

“Já fiz parte de muitas franquias, o que é incrível por fazer parte de um legado”, explicou. “Mas estou a tentar dar prioridade a novos realizadores e histórias originais.”

Aliás, o seu mais recente projeto, Death of a Unicorn, é precisamente um desses casos: um guião improvável com… unicórnios. Sim, unicórnios. “Nunca pensei fazer um filme com unicórnios, mas um guião original é entusiasmante”, disse com um sorriso.

🔪 O estado atual do massacre

Com a debandada de Ortega, Barrera, e até do novo realizador Christopher Landon (que abandonou o projeto dizendo que era “um sonho tornado pesadelo”), Scream VII foi completamente reconfigurado. Mas a produção não baixou os braços.

Para salvar o barco (ou a casa infestada por Ghostface), o estúdio trouxe de volta os três rostos clássicos da sagaNeve Campbell, Courteney Cox e David Arquette, que vão retomar os papéis de Sidney Prescott, Gale Weathers e Dewey Riley. E não é tudo — dois assassinos Ghostface do passado, Matthew Lillard e Scott Foley, também estão confirmados para o sétimo filme.

A estreia está marcada para 2026, mas a pergunta continua no ar: conseguirá Scream VII manter a relevância sem o sangue novo (e os gritos potentes) de Jenna Ortega e Melissa Barrera?

🎬 Scream VII chega aos cinemas em 2026, com promessas de nostalgia, sangue e mais reviravoltas do que um filme do Shyamalan.

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 The Phoenician Scheme: Wes Anderson regressa com heranças, espiões e… Benicio del Toro

O universo colorido e milimetricamente simétrico de Wes Anderson está prestes a regressar ao grande ecrã com The Phoenician Scheme, o 13.º filme do realizador, e o primeiro trailer já foi divulgado. Preparem-se para mais uma odisseia de personagens excêntricas, cenários estilizados e diálogos que mereciam ser emoldurados.

Desta vez, Anderson leva-nos para o mundo da espionagem com uma comédia negra onde Benicio del Toro interpreta Zsa-Zsa Korda, um milionário excêntrico que já escapou à morte seis vezes (não perguntes como). Ao perceber que o seu tempo pode finalmente estar a esgotar-se, decide nomear a sua filha Liesl (interpretada por Mia Threapleton) como herdeira única da sua fortuna — apesar de uma relação familiar que, digamos, não é propriamente um conto de fadas.

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A jovem Liesl é uma freira e a única rapariga entre dez filhos de Zsa-Zsa (sim, dez!). A esta dupla improvável junta-se Bjorn, um tutor interpretado por Michael Cera, numa jornada tão absurda quanto importante: concretizar aquilo que o patriarca descreve como “o projeto mais importante da sua vida”. Espionagem, heranças, drama familiar e, claro, muito estilo à Wes Anderson.

Um elenco de luxo ao estilo “Anderson”

Como já é tradição, o elenco de The Phoenician Scheme é um verdadeiro festival de estrelas: Scarlett JohanssonTom HanksRiz AhmedBryan CranstonBenedict CumberbatchJeffrey WrightRichard AyoadeMathieu AmalricRupert Friend e Hope Davis fazem parte desta mistura improvável e irresistível. Anderson volta também a contar com Roman Coppola, coargumentista habitual, na escrita da história.

A produção está a cargo de Steven RalesJeremy Dawson e John Peet, veteranos do “Andersonverse” — como os fãs mais devotos já baptizaram o universo cinematográfico único do realizador.

Wes em modo espião?

Apesar de The Phoenician Scheme manter o ADN visual e narrativo do cineasta, esta será uma incursão mais declarada no terreno do thriller de espionagem, embora filtrado pela lente irónica e poética de Anderson. O trailer revela cenários em tons pastel, enquadramentos milimétricos, narradores omniscientes e aquele tom de melancolia disfarçada de excentricidade que já conhecemos de filmes como The Grand Budapest Hotel ou Asteroid City.

O título do filme, “Phoenician Scheme”, remete tanto para mistérios ancestrais como para conspirações modernas — mas com o toque muito particular de quem é capaz de transformar uma perseguição internacional numa dança coreografada com chávenas de porcelana.

Quando chega?

Ainda sem data confirmada para estreia em Portugal, The Phoenician Scheme tem estreia garantida nos EUA pela Focus Features e deverá passar por alguns dos principais festivais de cinema internacionais. Apostamos numa estreia no outono, que é quando Wes Anderson costuma gostar de colorir as salas com tons de nostalgia, humor e melancolia bem medidas.


🎥 The Phoenician Scheme promete ser mais uma peça singular na filmografia de Wes Anderson — e, quem sabe, mais uma obra-prima com lugar cativo nos tops de fim de ano.

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🐺 Lobo-terrível de “A Guerra dos Tronos” renasce 13 mil anos depois… e chama-se Khaleesi

Preparem os vossos dragões e afiem as espadas de aço valiriano, porque um pedaço do mundo de A Guerra dos Tronosacaba de ganhar vida… na Terra real. Cientistas anunciaram que o lendário lobo-terrível, criatura extinta há cerca de 13.000 anos, foi revivido com sucesso através de edição genética — e, claro, um dos exemplares chama-se Khaleesi. Não estamos a inventar. Nem a sonhar com Westeros.

A proeza científica foi revelada pela empresa norte-americana Colossal Biosciences, que já anda há algum tempo a brincar aos deuses da biotecnologia. Desta vez, criaram três crias de lobo-terrível — Rómulo, Remo e Khaleesi — a partir de ADN recuperado de fósseis com entre 11.500 e 72.000 anos. Um dente com 13 mil anos aqui, um crânio com 72 mil acolá, uma pitada de ciência futurista… e voilá, temos lobinhos jurássicos a uivar alegremente para a câmara.

Mas como é que se traz de volta um animal pré-histórico que só conhecemos dos livros e dos efeitos especiais? Fácil (para quem tem milhões e génios de laboratório): a equipa editou 20 genes de lobos cinzentos, introduzindo características do lobo-terrível — como o pelo mais espesso, as mandíbulas intimidantes e um ar que faz até um dragão hesitar. Depois, criaram embriões e implantaram-nos em cadelas modernas, que deram à luz os nossos pequenos Jon Snows peludos.

Lobos ao estilo Stark: ciência, fantasia e uivos reais

Se o nome da fêmea Khaleesi não fosse suficiente para atrair os fãs da HBO, a Colossal tratou de envolver ainda mais Westeros na equação. O próprio George R.R. Martin, criador da saga literária As Crónicas de Gelo e Fogo, é consultor cultural da empresa, e não esconde o entusiasmo.

“Muitos veem os lobos-terríveis como criaturas mitológicas de fantasia, mas têm uma história rica e real na ecologia americana”, disse Martin, talvez enquanto acariciava um manuscrito secreto de Ventos do Inverno (ainda estamos à espera, George).

Estes lobos inspiraram o símbolo da Casa Stark, e apareceram também em jogos como Dungeons & Dragons e World of Warcraft. Agora, estão literalmente a ganhar vida no nosso mundo — o que levanta uma pergunta crucial: estamos prontos para viver com criaturas que nem Tyrion Lannister ousaria adotar como mascote?

Entre lobos e mamutes… Jurassic Park está ao virar da esquina?

A Colossal não é nova nestas aventuras. Há cerca de um mês, anunciaram a criação de um rato com o pelo de mamute-lanoso, só para ver se o caos funciona mesmo melhor com mais pêlos pré-históricos. Mas os lobos-terríveis são a primeira “desextinção” oficialmente bem-sucedida, um feito digno de figurar ao lado de dinossauros de laboratório e sapos transgénicos.

Por enquanto, Rómulo, Remo e Khaleesi estão a viver como verdadeiros nobres: numa reserva ecológica nos EUA, com câmaras de vigilância, dronesinteração monitorizada e tudo o que uma lenda genética merece. Segundo a Colossal, os lobos-terríveis podiam ser até 25% maiores que os lobos modernos, com um ar digno de virar o inverno real para norte e sul.

O Inverno está a chegar… e traz lobos-terríveis

Este anúncio está a gerar tanto entusiasmo como receio. Afinal, já vimos como estas histórias terminam em filmes como Jurassic Park. O que é certo é que a linha entre ficção e realidade está cada vez mais esbatida, e parece que já não precisamos de viajar até Westeros para ver criaturas extintas a ganhar vida.

A pergunta que se impõe: o que vem a seguir? Um dragão bebé chamado Drogon? Um urso gigante albino com tendências filosóficas? Um White Walker em estágio de verão?

Enquanto isso, fiquemo-nos por estes adoráveis (e ligeiramente intimidantes) lobinhos. Que uivem em paz — de preferência, longe de qualquer muralha gelada.


📍 Rómulo, Remo e Khaleesi vivem atualmente numa reserva ecológica certificada pela American Humane Society.

📽️ Vídeo dos lobos a uivar disponível no perfil oficial da Colossal Biosciences no X (antigo Twitter).

Entre Dois Mundos: Os Cineastas Matis Que Estão a Redefinir o Cinema Indígena

🎥 Equipados com câmaras pequenas mas com uma visão imensa, os realizadores indígenas brasileiros Pixi Kata MatisDamba Matis estão a mostrar ao mundo uma nova forma de fazer cinema – a partir do coração da Amazónia. Pela primeira vez fora do Brasil, os dois cineastas viajaram até Paris para apresentar o seu documentário “Matses Muxan Akadakit”, uma obra profundamente íntima e culturalmente rica que regista um dos rituais mais simbólicos da sua comunidade: a tatuagem facial dos jovens Matis.

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O filme, com 92 minutos e disponível gratuitamente no YouTube, foi gravado entre 2018 e 2019 e já passou por festivais na Alemanha, Bélgica e França. A sua exibição mais recente aconteceu no histórico Collège de France, fundado em 1530 – uma instituição que durante séculos estudou os povos indígenas, mas raramente lhes deu voz. Desta vez, a história foi contada por quem a vive.

Um cinema feito de dentro

O povo Matis habita o Vale do Javari, uma das regiões indígenas mais ricas e protegidas do planeta, na fronteira entre o Brasil, o Peru e a Colômbia. A sua história de contacto com o mundo exterior é recente – só em meados da década de 1970 é que tiveram os primeiros encontros. Ainda assim, em menos de duas gerações, passaram do isolamento ao digital. Aprenderam a filmar, a editar e, sobretudo, a narrar o seu mundo com o seu olhar.

Pixi Kata Matis, de 31 anos, e Damba Matis, de 25, fazem parte de uma geração que percebeu que o futuro passa por viver entre dois mundos – o da floresta e o das cidades.

“Hoje estamos a tentar aprender sobre o mundo dos brancos. Aprendemos português, mas mantemos a nossa língua. É mais importante”, explica Pixi.

A sua chegada a Paris foi registada por eles próprios – com as câmaras que se tornaram extensões da sua identidade. Damba, presidente da Associação dos Indígenas Matis, disse que a câmara é, para eles, “tão importante quanto o livro e a caneta são para os brancos”.

“Sem a câmara, não temos provas da nossa cultura nem da nossa viagem”, sublinha.

Um cinema coletivo e espiritual

Ao contrário da lógica individualista de muitos cineastas ocidentais, os Matis pensam o cinema de forma coletiva. Segundo o consultor francês Lionel Rossini, que os acompanha há anos, “eles têm uma maneira única de pensar e fazer cinema – como um grupo, como um corpo unido”. Rossini também ajudou na edição de “Matses Muxan Akadakit” e garante que a formação continua: há agora 16 jovens realizadores Matis prontos para pegar na câmara.

A experiência europeia será levada de volta para a aldeia, onde os “dadasibo” – os anciãos – aguardam com entusiasmo para ver as imagens da viagem. Um momento que mistura o moderno com o ancestral, o registo audiovisual com a oralidade tradicional.

A câmara como arma contra o esquecimento

O Vale do Javari enfrenta ameaças constantes: madeireiros ilegais, garimpeiros, tráfico de drogas. Mesmo assim, o acesso ao sistema de internet por satélite Starlink já chegou a algumas povoações, criando paradoxos entre o tradicional e o contemporâneo. Para os Matis, isso não é um problema, mas uma nova realidade.

Estão em produção dois novos documentários: um sobre um festival em torno da capivara e outro sobre Mariwin, o espírito da floresta. E se há algo que este percurso mostra, é que a câmara na mão de um indígena deixa de ser uma ferramenta de exotização ou estudo antropológico: torna-se uma arma de afirmação cultural, uma ponte entre mundos e um meio de preservar aquilo que muitos querem apagar.

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Pixi resume o espírito da sua geração:

“Fico emocionado por contar a minha própria história. A gente conseguiu lidar bem com o mundo dos brancos. Outros que vieram antes não conseguiram. Mas nós vamos continuar.”

🎬 Documentário: Matses Muxan Akadakit

📍 Disponível em: YouTube

🗓️ Duração: 92 minutos

🌍 Próximos projetos: Filme sobre o festival da capivara e documentário sobre Mariwin, o espírito da floresta

📷 Produzido por: Associação dos Indígenas Matis com apoio do CTI e edição de Lionel Rossini

Robert De Niro vai ser homenageado com a Palma de Ouro Honorária em Cannes: Uma Lenda Reconhecida

🎬 Aos 81 anos, Robert De Niro continua a fazer história. O lendário ator norte-americano vai receber uma Palma de Ouro honorária na cerimónia de abertura do 78.º Festival de Cannes, marcada para o próximo dia 13 de maio, e os cinéfilos já estão em contagem decrescente para este merecido momento de celebração.

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A organização do festival não poupou elogios ao ator de Taxi DriverO Touro Enraivecido e Tudo Bons Rapazes, sublinhando a forma como De Niro “se tornou um mito do cinema” graças a uma interpretação interiorizada, onde tudo pode estar na subtileza de um sorriso ou na dureza de um olhar.

Com este galardão, o Festival de Cannes presta tributo não só ao ator, mas também ao produtor, ao fundador do Festival Tribeca em Nova Iorque e ao homem que, em mais de cinco décadas de carreira, se tornou sinónimo de excelência artística e integridade criativa.

Cannes, um regresso a casa

Robert De Niro já esteve várias vezes presente na Croisette, inclusive como presidente do júri em 2011, mas esta será a primeira vez que recebe uma distinção honorária do festival. E fá-lo com palavras que revelam o carinho que guarda pelo evento:

“Especialmente hoje, quando tantas coisas no mundo nos separam, Cannes reúne-nos: narradores, cineastas, admiradores e amigos. É como voltar para casa.”

O ator irá receber o prémio na noite de abertura do festival e, no dia seguinte, dará uma masterclass pública – um dos momentos mais aguardados do evento, sobretudo para as novas gerações de atores e cinéfilos que cresceram a admirar o seu trabalho.

De Nova Iorque para o mundo

Nascido em agosto de 1943, no bairro nova-iorquino de Little Italy, De Niro cresceu num ambiente artístico. Filho de pais artistas e descendentes de imigrantes europeus, começou a representar aos 16 anos, primeiro no teatro e pouco depois no cinema. Estreou-se com Festa de Casamento (1969), de Brian De Palma, e nunca mais parou.

Com mais de 100 títulos no currículo, De Niro foi distinguido com dois Óscares: Melhor Ator Secundário por O Padrinho, Parte II (1974), de Francis Ford Coppola, e Melhor Ator por O Touro Enraivecido (1980), de Martin Scorsese. É precisamente a colaboração com Scorsese que marca profundamente a sua filmografia, numa parceria lendária que inclui títulos como Tudo Bons RapazesCasinoO Irlandês e o recente Assassinos da Lua das Flores.

Mas a sua versatilidade também brilha na comédia (Paternidade a MeiasUma Grande Aventura), no drama (DespertaresSleepers) e no romance (Nova Iorque, Eu Amo-teCartas para Julieta).

Uma homenagem merecida e simbólica

A Palma de Ouro Honorária, que já foi atribuída a nomes como Jeanne Moreau, Agnès Varda, Jane Fonda e Harrison Ford, é uma forma de o Festival de Cannes reconhecer o impacto cultural de artistas cuja obra transcende o tempo. E poucos nomes o merecem tanto quanto De Niro – uma força criativa que não só moldou o cinema norte-americano, como ajudou a redefinir o que significa ser ator.

Além disso, a sua dedicação à arte cinematográfica estende-se à produção e à criação de plataformas para novos talentos, como provado pelo Festival Tribeca, que fundou após os atentados de 11 de setembro para revitalizar culturalmente Nova Iorque.


A seleção oficial de Cannes 2024 será revelada a 11 de abril, e o festival decorre entre 13 e 24 de maio. Até lá, celebramos este anúncio com a certeza de que Robert De Niro é – e continuará a ser – um dos rostos mais indeléveis da Sétima Arte.


📌 Estreia da cerimónia de abertura: 13 de maio

📺 Onde acompanhar: TV5 Monde, plataformas de streaming internacionais e imprensa cinematográfica

🎓 Masterclass com Robert De Niro: 14 de maio, em Cannes

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