Keanu Reeves É um Anjo (Literalmente) na Nova Comédia Fantástica “Good Fortune”

Estreia no Festival de Toronto e chega aos cinemas em outubro — com Aziz Ansari, Seth Rogen e Keke Palmer no elenco

🎬 Keanu Reeves de asas e auréola? Sim, é verdade. O icónico protagonista de Matrix e John Wick dá vida a um anjo atrapalhado na nova comédia de fantasia Good Fortune, realizada e protagonizada por Aziz Ansari, e com estreia marcada para o Festival de Cinema de Toronto em setembro. A estreia comercial está apontada para 17 de outubro.

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O primeiro trailer foi divulgado esta semana e confirma o tom espirituoso e satírico da obra, que poderá tornar-se uma das grandes surpresas da temporada de outono. Ao lado de Ansari e Reeves, o elenco conta ainda com Seth Rogen e Keke Palmer.

Um anjo de “baixo orçamento” com uma missão pouco celestial

Na história, Arj (Aziz Ansari) é um trabalhador precário da economia digital — o típico homem que faz de tudo para pagar as contas — e que se cruza com Zach (Seth Rogen), um magnata tecnológico no topo do mundo. O encontro acontece num dos piores dias da vida de Arj, mas há um detalhe crucial: tudo está a ser supervisionado por um anjo da guarda chamado Gabriel, interpretado por Keanu Reeves… e que, como o trailer nos mostra, está longe de ser um anjo eficiente.

Gabriel lamenta que a sua tarefa habitual seja impedir pessoas de enviarem SMS enquanto conduzem e assume esta troca de vidas como a sua “grande oportunidade” celestial. Arj, por seu lado, não esconde a frustração: “Fiquei preso com um anjo de orçamento reduzido”, desabafa a certa altura.

De controvérsias a redenção?

Good Fortune marca a estreia de Aziz Ansari como realizador de longa-metragens — uma transição que quase não aconteceu. Inicialmente, o comediante e ator ia estrear-se na realização com o filme Being Mortal, mas a produção foi abruptamente suspensa após alegações de comportamento impróprio por parte de Bill Murray, um dos protagonistas.

Depois de um período de incerteza — agravado pelas greves de argumentistas e atores em 2023 — Ansari redirecionou o seu foco criativo para Good Fortune, que finalmente entrou em produção em janeiro de 2024. Com a estreia prestes a acontecer num dos maiores festivais de cinema do mundo, o filme poderá ser o grande ponto de viragem na sua carreira.

Uma mistura de “A Troca” com “É Tudo Loucura”

A premissa lembra uma versão moderna de clássicos como A Troca (Trading Places) ou É Tudo Loucura (It’s a Wonderful Life), mas com um humor contemporâneo e uma crítica certeira às desigualdades sociais e ao mito do “sonho americano”. O trailer promete uma comédia com alma, onde a troca de papéis entre pobre e rico é mediada por uma figura celestial que… sinceramente, não parece ter o manual de instruções.

Com a assinatura dos estúdios LionsgateGood Fortune pode muito bem conquistar público e crítica no circuito de festivais e entrar na corrida aos prémios.

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🎞️ Vê o trailer completo no final do artigo ( em Inglês)

Darth Maul Está de Volta: Nova Série de Animação Deixa Fãs de Star Wars em Alvoroço

Maul – Shadow Lord promete revelar os anos perdidos do icónico vilão… e o teaser já está a incendiar as redes sociais

Os fãs de Star Wars mal conseguem conter o entusiasmo: Maul – Shadow Lord, a nova série animada criada por Dave Filoni, vai finalmente explorar o que aconteceu ao infame Darth Maul depois de The Clone Wars. O teaser recentemente divulgado já está a fazer ondas nas redes sociais e promete ser mais uma entrada de peso no cada vez mais robusto universo expandido da galáxia muito, muito distante.

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A Ascensão do Senhor das Sombras

Agendada para estrear na Disney+ em 2026Maul – Shadow Lord acompanha o antigo lorde Sith durante os primeiros anos do Império Galáctico, após a sua fuga da prisão do Tribunal, como visto na sétima temporada de The Clone Wars. A história irá preencher a lacuna narrativa entre esses acontecimentos e a sua aparição surpresa em Solo: A Star Wars Story— um período até agora apenas insinuado nos bastidores do canon.

De regresso ao papel, Sam Witwer volta a dar voz a Maul, um papel que o tornou numa das figuras mais queridas do universo animado da saga. E há ainda mais boas notícias: Maul não só irá reconstruir o seu sindicato criminoso, como também treinar um novo aprendiz. Sim, leram bem — mais um futuro guerreiro nas sombras da Força.

Um teaser que deixou os fãs em êxtase

Divulgado pela conta Star Wars Holocron no Twitter, o primeiro vislumbre da nova série animada mostra um Maul absolutamente ameaçador — e, segundo os fãs, “glorioso”. A qualidade da animação também está a ser elogiada por parecer um upgrade face a séries anteriores como The Bad Batch.

“Parece melhor do que Bad Batch e essa já tinha cenas visuais impressionantes”, comentou um utilizador.

Dave Filoni: o mestre das pontas soltas

Depois de dar nova vida a personagens como Ahsoka, Rex e Ezra Bridger, Filoni regressa ao seu elemento natural: o território animado onde tudo é possível e nenhuma personagem está verdadeiramente fora de jogo. A escolha de Maul como protagonista não é acidental — a sua jornada de sobrevivência, vingança e poder é uma das mais trágicas e fascinantes da saga.

Com espaço para explorar rivalidades antigas, alianças improváveis e até cameos surpresa, esta nova série poderá servir tanto os fãs mais veteranos como os novos, e consolidar ainda mais a importância de Maul como peça fundamental da mitologia Star Wars.

Leonardo DiCaprio Está de Volta (e com Mau Feitio): Novo Trailer de One Battle After Another Promete Acção, Sarcasmo e Revolução

🎬 Preparem-se para ver Leonardo DiCaprio como nunca antes: barbas por fazer, olhar desconfiado e ar de quem já viu (e fez) muita coisa. O novo teaser de One Battle After Another, o muito aguardado filme de Paul Thomas Anderson para a Warner Bros., foi finalmente revelado — e traz consigo a promessa de um thriller negro com acção, humor sarcástico e um elenco de luxo.

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Intitulado provocatoriamente Bad Hombre, o teaser oferece o maior vislumbre até agora do que nos espera quando o filme chegar às salas a 26 de Setembro. E sim, será o primeiro filme de Anderson a estrear em IMAX — o que nos leva a crer que, para além das neuroses e diálogos afiados que o realizador adora, teremos também direito a imagens de encher o olho.

Revolucionários à moda antiga (e com contas por saldar)

A sinopse oficial ainda é escassa, mas a descrição no IMDb adianta o essencial: “Quando um inimigo do passado ressurge após 16 anos, um grupo de ex-revolucionários reúne-se para resgatar a filha de um dos seus.” Clássico? Talvez. Paul Thomas Andersonesco? Com toda a certeza.

A história é livremente inspirada em Vineland, romance de 1990 de Thomas Pynchon, autor que o realizador já explorou em Inherent Vice (2014), com Joaquin Phoenix. E, como seria de esperar, o tom parece equilibrar o absurdo do quotidiano com a tensão constante de quem já não sabe se ainda está numa guerra ou se apenas se esqueceu de crescer.

Um elenco de luxo para um mundo à deriva

Além de DiCaprio (cujo personagem parece ser descrito no trailer como o tal “bad hombre”), o elenco inclui Benicio del ToroSean PennRegina HallWood HarrisAlana Haim (que volta a colaborar com Anderson depois de Licorice Pizza) e Teyana Taylor.

E sim, o trailer já nos oferece algumas pérolas: tiroteios estilizados, diálogos tensos a meio de nada, olhares desconfiados atrás de óculos escuros e um DiCaprio com aquele ar característico de “não confiem em mim… mas também não me ignorem”.

O regresso de Paul Thomas Anderson à acção (com estilo)

Depois de dramas íntimos como Phantom Thread e comédias disfarçadas como Licorice Pizza, Anderson parece pronto a mostrar que também sabe brincar com géneros mais clássicos — e se há alguém capaz de filmar uma perseguição automóvel e transformá-la numa meditação sobre o falhanço humano, é ele.

Com 11 nomeações aos Óscares e uma reputação de autor consagrado, Anderson mantém-se uma figura única no cinema americano — alguém que consegue fundir o experimentalismo com narrativas acessíveis, e o absurdo com o sublime.

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Conclusão

One Battle After Another promete ser mais do que um mero filme de acção. Com DiCaprio a liderar um elenco de elite e Paul Thomas Anderson a explorar novos formatos visuais e narrativos, este poderá ser um dos grandes eventos cinematográficos do ano. E se o teaser Bad Hombre serve de indicador, é melhor começarmos já a preparar-nos para o caos — e para a diversão que vem com ele.

Adeus ao Ícone: Morreu Hulk Hogan, a Lenda do Wrestling e Estrela de Cinema

🕊️ Hulk Hogan morreu esta quinta-feira aos 71 anos, vítima de paragem cardíaca, avança o TMZ Sports. As equipas de emergência foram chamadas durante a manhã à sua residência em Clearwater, na Florida, onde o antigo campeão da WWE foi transportado de maca para uma ambulância, acabando por não resistir. A confirmação já está a circular nas redes sociais, acompanhada por uma onda de homenagens vindas de fãs, colegas de profissão e figuras públicas.

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Mais do que um lutador: um fenómeno da cultura pop

Nascido Terry Bollea, Hulk Hogan não foi apenas o nome mais reconhecível do wrestling profissional — foi um fenómeno transversal à cultura pop, que marcou gerações tanto dentro como fora dos ringues.

A sua ascensão ao estrelato começou nos anos 80, quando a sua figura musculada, bigode icónico e gritos de “Whatcha gonna do when Hulkamania runs wild on you?!” invadiram os televisores de milhões de famílias. Com um carisma inegável e uma presença larger than life, Hogan levou o wrestling da marginalidade à ribalta mediática, transformando-o num produto familiar e global. Em 1996, chocou o mundo ao reinventar-se como vilão, ao fundar a mítica New World Order (NWO), tornando-se Hollywood Hulk Hogan e reacendendo a sua popularidade numa nova geração.

No grande ecrã: entre o culto e o kitsch

A popularidade de Hogan não tardou a abrir-lhe as portas de Hollywood. Estreou-se com pequenos papéis, mas foi com Rocky III (1982) que chamou verdadeiramente a atenção, ao interpretar o temível Thunderlips, num confronto memorável com Sylvester Stallone.

Nos anos 90, apostou fortemente em filmes familiares e de acção leve, como Mr. Nanny (1993), Suburban Commando(1991) ou Santa with Muscles (1996). Embora muitas destas produções tenham sido alvos de críticas negativas, tornaram-se clássicos nostálgicos de uma era em que as estrelas do wrestling podiam dominar também o ecrã grande — uma tradição que The Rock, John Cena e Dave Bautista herdariam décadas depois.

Desenhos animados, reality shows e mais além

A versatilidade de Hogan estendeu-se também ao mundo da televisão. Teve a sua própria série de animação, Hulk Hogan’s Rock ‘n’ Wrestling, exibida entre 1985 e 1986, em plena era dourada da WWF. Mais tarde, protagonizou séries como Thunder in Paradise (1994) e deixou a sua marca na cultura dos reality shows com Hogan Knows Best (2005-2007), onde mostrou o lado familiar do herói de ringue.

Participou ainda em inúmeras aparições em talk shows, sitcoms e programas de competição, mantendo-se como presença constante no imaginário televisivo norte-americano durante mais de três décadas.

Luzes e sombras

Induzido no Hall of Fame da WWE em 2005, Hogan foi removido em 2015 após a divulgação de comentários racistas gravados clandestinamente — episódio que manchou irremediavelmente a sua reputação. No entanto, o processo judicial subsequente contra o site Gawker, que publicou o vídeo, resultou numa vitória para Hogan e na falência da plataforma, num caso que reconfigurou os limites legais da privacidade e do jornalismo digital nos EUA.

Um legado imortal

Com todas as suas polémicas, Hulk Hogan foi e será sempre um dos nomes mais influentes da história do entretenimento desportivo. Revolucionou o wrestling, deixou pegadas firmes em Hollywood e ajudou a definir o arquétipo do herói larger-than-life que tantas produções ainda hoje procuram emular.

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De Thunderlips a Hollywood Hogan, da animação ao cinema de acção de série B, Hulk Hogan tornou-se um símbolo de uma era onde o exagero era sinónimo de diversão — e onde o impossível parecia sempre ao alcance de um leg drop bem aplicado.

Nova Temporada de Only Murders in the Building Estreia a 9 de Setembro com Três Episódios de Uma Só Vez

Selena Gomez, Steve Martin e Martin Short voltam à carga para resolver um novo mistério no Arconia — agora com mafiosos, bilionários e… Meryl Streep

O mistério está de volta ao Arconia. A quinta temporada de Only Murders in the Building, a popular comédia criminal da Hulu (em Portugal disponível através da Disney+), tem estreia marcada para o dia 9 de setembro — e para alegria dos fãs, logo com três episódios de uma só vez. Os restantes serão lançados semanalmente.

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O anúncio foi feito nas redes sociais com um vídeo protagonizado pelos carismáticos protagonistas Steve Martin, Martin Short e Selena Gomez, que interpretam Charles, Oliver e Mabel — três vizinhos excêntricos unidos pela paixão por podcasts de crimes reais… e pela tendência de se verem envolvidos nos próprios crimes.

Uma morte, muitos segredos

A nova temporada centra-se na morte de Lester, o porteiro do icónico edifício Arconia, cuja morte misteriosa encerrou a quarta temporada. Mas este caso está longe de ser apenas um acidente trágico — segundo a sinopse revelada, a investigação irá mergulhar os três amigos “numa perigosa teia de segredos que liga bilionários poderosos, mafiosos da velha guarda e os enigmáticos moradores do Arconia”.

Parece que o charme excêntrico da série vai continuar a encontrar formas criativas (e hilariantes) de fundir o crime com o absurdo.

Quem está de volta (e quem chega de novo)?

Para além do trio protagonista, regressam também Meryl Streep (como Loretta), Michael Cyril Creighton (Howard), Da’Vine Joy Randolph (detective Williams) e Richard Kind (Vince).

Mas há caras novas a entrar em cena — e que elenco! Entre os nomes já confirmados estão Tea Leoni, Keegan-Michael Key, Christoph Waltz, Renée Zellweger, Logan Lerman, Jermaine Fowler, Bobby Cannavale, Dianne Wiest e Beanie Feldstein.

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Com tantos talentos reunidos, mistérios para resolver e piadas certeiras, Only Murders in the Building parece pronta para mais uma temporada cheia de reviravoltas, pistas falsas e, claro, muito humor.

“Instinto Fatal” Vai Ter Remake Anti-Woke — E o Argumentista Original Está de Volta

Joe Eszterhas regressa aos 80 anos para escrever nova versão do clássico erótico de 1992. Sharon Stone pode voltar como Catherine Tramell.

O descruzar de pernas mais célebre da história do cinema poderá ganhar nova vida — com a mesma caneta e um espírito declaradamente “anti-woke”. A Amazon MGM Studios acaba de fechar um acordo milionário para desenvolver um remake de “Instinto Fatal”, e contratou ninguém menos que Joe Eszterhas, o argumentista do filme original de 1992, para o escrever.

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O novo projecto, ainda envolto em segredo, será produzido pela United Artists, e pretende marcar um regresso às origens do thriller erótico, apostando numa abordagem “sem filtros” e “não politicamente correcta”, segundo avançou o site The Wrap.

Um regresso provocador

“Para aqueles que questionam o que um homem de 80 anos está a fazer a escrever um thriller sexy e erótico: os rumores sobre a minha impotência cinematográfica são exagerados e preconceituosos”, brincou Eszterhas, autor de sucessos como Flashdance, O Fio do Suspeito e o polémico Showgirls.

O argumentista explicou ainda que trabalha em parceria com o seu “homenzinho retorcido interior”, que tem 29 anos e “vive no fundo de mim”. Juntos, prometem criar “uma viagem selvagem e orgástica”.

O novo argumento foi vendido como spec script — um guião não encomendado — e já valeu dois milhões de dólares à partida, podendo atingir os quatro milhões caso o filme avance para produção, tornando-se o maior acordo do género em 2025.

Curiosamente, o primeiro Instinto Fatal também nasceu como spec script, escrito em apenas 13 dias e vendido por três milhões, um recorde à época.

Sharon Stone de volta?

Outra grande novidade: Sharon Stone poderá regressar ao papel de Catherine Tramell, a enigmática escritora com instintos perigosamente sedutores. A actriz protagonizou o original ao lado de Michael Douglas, tornando-se instantaneamente numa estrela global.

Apesar de ter repetido o papel numa sequela em 2006 (sem o envolvimento de Eszterhas e sem sucesso), fontes próximas da produção indicam que o regresso de Stone está a ser considerado seriamente — talvez até como passagem simbólica de testemunho.

Uma cena, duas versões

A cena mais icónica do filme — o interrogatório policial e o descruzar de pernas — tornou-se, com o tempo, motivo de controvérsia. Sharon Stone tem uma versão muito clara dos acontecimentos, revelada na sua autobiografia: Verhoeven, o realizador, pediu-lhe que retirasse a roupa interior e garantiu que nada seria visível na versão final. Mais tarde, na sala de montagem, descobriu que a promessa não tinha sido cumprida.

Ainda assim, Stone decidiu deixar a cena, “porque era o melhor para o filme”, mesmo que essa decisão tenha demorado a amadurecer. Já Paul Verhoeven nega essa narrativa e garante que “ela sabia exactamente o que estávamos a fazer”.

Um remake com intenções claras

O novo filme é descrito como uma resposta ao actual clima cultural de Hollywood. “Anti-woke” é a palavra de ordem — num género que, nos últimos anos, praticamente desapareceu do grande ecrã. A Amazon quer recuperar o espírito ousado e provocador dos anos 90, com Eszterhas de volta ao leme.
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O original foi um sucesso de bilheteira e gerou polémica, críticas de grupos LGBTQ+ e feministas, mas também uma legião de fãs e uma marca indelével na cultura pop. Agora, mais de 30 anos depois, os produtores parecem determinados em reacender esse mesmo fogo — ou, quem sabe, incendiá-lo ainda mais.

Morreu Ricardo Neto, Pioneiro do Cinema de Animação em Portugal

Realizador de “O Romance da Raposa” e fundador da Topefilme, cineasta deixa legado incontornável na história do audiovisual português

O cinema de animação português perdeu uma das suas figuras fundadoras. Ricardo Neto, autor de obras marcantes como O Romance da Raposa e O Tapete Vivo, faleceu esta terça-feira, aos 87 anos, deixando para trás um legado criativo pioneiro que moldou o percurso da animação em Portugal ao longo de várias décadas.

A notícia foi avançada pela Casa da Animação, entidade que presta tributo ao papel fundamental que Neto teve na construção da identidade animada nacional. “Foi um dos principais pioneiros do cinema de animação português”, lê-se na nota publicada no site da associação.

Um percurso que começou nos anos 60

Nascido em Lisboa, a 18 de novembro de 1937, Ricardo Neto iniciou o seu percurso no cinema de animação em 1962, trabalhando em produtoras de filmes publicitários como a Prisma, dirigida por Mário Neves, e a Êxito, onde colaborou com Servais Tiago.

No biénio de 1963-1964 integrou a Meta Filmes, onde contribuiu para a criação de uma secção dedicada exclusivamente à animação. Mais tarde, fixou-se na Telecine-Moro, outro nome incontornável na história do sector.

Topefilme: o sonho que ganhou forma

O grande marco da sua carreira chegaria em 1973, quando fundou, juntamente com Artur Correia e Armando Ferreira, a mítica Topefilme — produtora que se tornaria um farol para o desenvolvimento do cinema de animação em Portugal. Segundo o historiador Paulo Cambraia, a Topefilme foi “um ponto de partida para o cinema de animação tal como hoje o conhecemos”. A produtora manteve-se activa até março de 1994.

“O Romance da Raposa” e a entrada na televisão

Um dos grandes momentos da carreira de Ricardo Neto foi a criação da série O Romance da Raposa, coassinada com Artur Correia. Baseada no clássico de Aquilino Ribeiro, com adaptação de Maria Alberta Menéres, a série estreou-se em 1987 na RTP, tornando-se na primeira série de animação integralmente portuguesa a ser exibida na televisão pública. Um verdadeiro marco cultural, que encantou gerações.

Entre o humor, a poesia e a pedagogia

Além das séries e curtas-metragens, Ricardo Neto deixou a sua marca também no cinema promocional e educativo. Realizou filmes como Torralta – Sincopado, O Grão de Milho, O Mistério da Semente no Jardim, Os Dez Anõezinhos da Tia Verde-Água, A Lenda do Mar Tenebroso e Patilhas e Ventoinha: O Caso da Mosca da TV, produzido com os icónicos Parodiantes de Lisboa.

Combinando técnica, irreverência e um profundo respeito pelo imaginário popular e literário, a sua obra contribuiu decisivamente para que o cinema de animação português tivesse voz própria — e rosto próprio.

Uma vida dedicada a dar vida ao desenho

No comunicado oficial, a Casa da Animação agradece a Ricardo Neto “pela ousadia” de fundar uma produtora para dar vida “aos seus desenhos, às suas histórias e aos seus sonhos”.

Hoje, o cinema de animação nacional presta homenagem àquele que, sem computadores ou ferramentas digitais, ousou animar o futuro com traços firmes, ideias visionárias e um talento singular.

“Cartas do Passado”: Minissérie Turca da Netflix Explora o Amor, Segredos e Segundas Oportunidades

Produção emocional estreou a 23 de julho e já está disponível no catálogo da plataforma

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A pergunta é simples mas carregada de significado: “Uma carta do passado pode mudar o presente?” É com esta premissa que a Netflix estreia “Cartas do Passado”, a mais recente minissérie turca a entrar no catálogo da plataforma, disponível desde 23 de julho.

Ao longo dos episódios, a trama conduz os espectadores por uma teia de emoções, memórias e revelações inesperadas, centrando-se nas cartas escritas por alunos em 2003 e que, só agora, duas décadas depois, chegam aos seus destinatários — provocando ondas de impacto nas suas vidas atuais.

Uma professora, um clube de literatura e um segredo adormecido

Tudo começa em 2003, quando Fatma Ayar, professora de uma escola privada, desafia os seus alunos do clube de literatura a escreverem cartas para o “eu futuro” como parte de um projecto chamado Cartas do Passado. As cartas deveriam ser entregues em 2023, mas foram esquecidas — até que a filha de Fatma, Elif, as encontra por acaso.

À medida que as cartas começam a ser entregues, os segredos do passado ressurgem, reacendendo relações antigas, confrontos dolorosos e verdades enterradas. Paralelamente, Elif vê-se forçada a enfrentar uma revelação que mudará por completo o rumo da sua vida.

Elenco forte e narrativa comovente

Com um elenco turco de prestígio — Gökçe Bahadır, Onur Tuna, Selin Yeninci, Erdem Şenocak, Saygın Soysal, İpek Türktan, Banu Fotocan, Pelin Karahan e Yusuf Akgün — a série constrói uma narrativa envolvente e emocional sobre o tempo, a memória, o amor e as oportunidades que julgávamos perdidas.

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“Cartas do Passado” é mais uma aposta da Netflix no talento turco e promete emocionar todos os que alguma vez guardaram uma carta — ou uma parte de si — no tempo.

Nicole Kidman Quer Ficar em Portugal — Estrela de Hollywood Dá Entrada em Pedido de Residência

Aos 58 anos, a atriz australiana passa vários dias em Lisboa e prepara-se para investir na Comporta ao lado de outras celebridades internacionais

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Nicole Kidman está rendida a Portugal — e tudo indica que quer tornar essa paixão oficial. A atriz australiana, de 58 anos, deu entrada num pedido de autorização de residência junto da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), segundo avançou a SIC Notícias. A estrela de Big Little Lies, The Hours e Eyes Wide Shut está há vários dias em Lisboa, numa visita que parece ter mais de permanente do que de passageira.

A actriz aterrou no domingo no Aeródromo de Tires e deslocou-se ao Alentejo litoral, onde está a tratar da aquisição de um imóvel numa das zonas mais exclusivas do país: o Costa Terra Golf & Ocean Club, um empreendimento de luxo entre Melides (Grândola) e Comporta (Alcácer do Sal).

Vizinhança de luxo e investimento milionário

Este condomínio privado, que conta com 300 moradias, é um dos segredos mais bem guardados do litoral alentejano — embora cada vez mais cobiçado por milionários e celebridades internacionais. Entre os residentes já confirmados está Paris Hilton, que também comprou casa no local. Com campo de golfe, centro equestre, beach club e wellness center, o Costa Terra representa o novo luxo português, com preços a começar nos 4 milhões de euros, de acordo com o portal Idealista.

Já há casa em Lisboa

Nicole Kidman e o marido, o músico Keith Urban, já tinham manifestado o seu apreço por Portugal ao adquirirem, em 2023, uma casa no Parque das Nações, em Lisboa. A possível compra na Comporta parece ser mais um passo em direção a uma presença regular (ou mesmo fixa) no país.

E se a estrela australiana está a escolher Portugal como casa — ainda que parcial — talvez também esteja a preparar terreno para futuros projectos cinematográficos em solo luso? Não seria a primeira actriz de Hollywood a fazê-lo.

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Por agora, os fãs portugueses podem apenas sonhar com a hipótese de esbarrar com Nicole Kidman numa esplanada lisboeta ou numa caminhada junto às dunas da Comporta. Uma coisa é certa: o encanto português continua a seduzir os maiores nomes do cinema internacional.

Festival de Cinema AVANCA Está de Volta com 75 Estreias Nacionais e 38 Mundiais

Evento decorre em Estarreja até 27 de julho e promete uma maratona de cinema inovador, multicultural e imersivo

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O Festival de Cinema AVANCA regressa em força para a sua 29.ª edição, com 75 filmes inéditos em Portugal e 38 estreias mundiais, num programa que se estende até domingo, 27 de julho, em Estarreja, distrito de Aveiro. Com uma programação que cruza géneros, formatos e tecnologias, o evento consolida-se como um dos mais vibrantes e inclusivos do panorama cinematográfico nacional.

Organizado pelo Cine-Clube de Avanca em parceria com a Câmara Municipal de Estarreja, o festival reúne longas e curtas-metragens, ficções, documentários, animações, obras experimentais, produções com Inteligência Artificial, filmes de realidade virtual e até experiências em formato 360º.

Cinema do nascer ao pôr do sol (e além)

As sessões decorrem no Auditório Paroquial de Avanca, todos os dias das 10h00 até à meia-noite, com todos os filmes legendados em português e/ou inglês, permitindo uma verdadeira experiência internacional para todos os públicos.

Um mergulho na história: Vasco da Gama em animação 3D

A sessão de abertura, na quarta-feira, ficou marcada pela estreia mundial de Vasco da Gama – o Mar Infinito, o novo filme de Cláudio Jordão, integrado nas comemorações dos 500 anos da viagem do navegador português. O filme apresenta uma abordagem criativa em animação tridimensional, inspirada na azulejaria tradicional, e é apadrinhado pelo município de Sines.

Videomapping e homenagem ao cinema português

No mesmo dia, as paredes exteriores do auditório acolheram um espetáculo de videomapping assinado por Alexandre Martins e Ana Gabina, dedicado à obra de Fernando Gonçalves Lavrador, figura histórica do cinema português e primeiro vice-presidente do Clube Português de Cinematografia. A homenagem inclui ainda uma instalação vídeo na Escola Egas Moniz.

Para lá da competição: sessões especiais e retrospetivas

O AVANCA arrancou no dia 18 com sessões não competitivas que permitiram revisitar os vencedores da edição anterior, projectos do programa avancaGIGANTES, uma longa-metragem italiana de um festival parceiro, filmes integrados em “AVEIRO Capital Portuguesa da Cultura 2024” e uma retrospectiva do realizador sérvio Goran Radovanovic.

Uma organização com impacto local e internacional

O festival é organizado com o apoio do Ministério da Cultura, Instituto Português do Desporto e da Juventude, Turismo Centro, Junta de Freguesia e Paróquia de Avanca, Agrupamento de Escolas de Estarreja e outras entidades locais, nacionais e internacionais.

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A 29.ª edição do Festival AVANCA é, assim, mais do que um evento de cinema: é uma celebração do encontro entre inovação, tradição, educação e comunidade — com o mundo inteiro a passar pelo ecrã

“Avatar: Fire and Ash” — Primeiro Trailer Vai Passar em Exclusivo nas Sessões de “O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”

James Cameron regressa com Na’vi em guerra, vulcões, barcos voadores e um clã sombrio. Estreia marcada para dezembro em Portugal.

Preparem-se: o épico azul de James Cameron está de volta — e com um novo clã de Na’vi que promete incendiar Pandora… literalmente. O primeiro trailer de Avatar: Fire and Ash, o terceiro capítulo da saga, será exibido em exclusivo nos cinemas antes das sessões de O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos. A informação foi confirmada esta terça-feira pela conta oficial da franquia e, em Portugal, pela distribuidora nacional ao SAPO Mag. A estreia do trailer acontece já esta quinta-feira.

Na’vi contra Na’vi: o Povo das Cinzas entra em cena

O trailer exibido será o mesmo que deslumbrou os participantes da CinemaCon em Las Vegas, em abril. As primeiras imagens mostram Jake Sully (Sam Worthington) e Neytiri (Zoe Saldaña) a bordo de imensos navios de madeira suspensos por balões e rebocados por criaturas azuis voadoras — uma estética que mistura natureza e steampunk com o visual grandioso a que Cameron já nos habituou.

Mas o que mais se destaca é a introdução de uma nova ameaça: o Povo das Cinzas, um clã dissidente dos Na’vi, com penachos vermelhos e flechas incendiárias, que traiu a deusa Eywa. O conflito entre Na’vi torna-se interno — e promete elevar o drama tribal a um novo nível.

Segundo Zoe Saldaña, “os Comerciantes do Vento são um clã pacífico e nómada que viaja pelo ar. E o Povo das Cinzas são antigos Na’vi que abandonaram Eywa.” A atriz, vencedora do Óscar de Melhor Atriz Secundária por Emília Pérez, lidera um elenco de luxo que inclui Kate Winslet, Sigourney Weaver, Cliff Curtis, Edie Falco, Jemaine Clement, Oona Chaplin e David Thewlis.

James Cameron quer mais — e quer maior

James Cameron, num vídeo gravado na Nova Zelândia, onde o filme está em pós-produção, garantiu que esta será a entrada mais longa da saga até agora, superando as três horas e 12 minutos de Avatar: O Caminho da Água (2022). O realizador sublinha que “os heróis tribais terão de enfrentar não apenas os invasores humanos, mas também os seus próprios irmãos afastados.”

A produção promete expandir ainda mais o mundo de Pandora, apresentando dois novos clãs e elevando o conflito ambiental e espiritual que define a série desde 2009.

Datas marcadas até 2031

Avatar: Fire and Ash estreia em Portugal a 18 de dezembro de 2025, com as sequelas seguintes já agendadas: 21 de dezembro de 2029 e 19 de dezembro de 2031. A estratégia é clara: consolidar o universo Avatar como uma franquia contínua e monumental — um verdadeiro épico intergeracional.

Para já, a estreia do trailer é mais do que uma jogada promocional: é um sinal claro de que Pandora ainda tem muito para mostrar… e incendiar.


Wagner Moura e Kleber Mendonça Filho Levam O Agente Secreto ao Festival de Toronto — Oscar à Vista?

Filme brasileiro estreia em novembro e já gera expectativas para a temporada de prémios

O cinema brasileiro pode estar novamente na rota do Oscar. O novo thriller O Agente Secreto, protagonizado por Wagner Moura e realizado por Kleber Mendonça Filho, foi confirmado na programação do Festival de Cinema de Toronto — um dos eventos mais estratégicos na corrida para os prémios da Academia.

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A colaboração entre Moura e Mendonça Filho junta dois nomes incontornáveis do cinema nacional. Wagner Moura, que brilhou em Tropa de Elite e Marighella, venceu o prémio de Melhor Ator no Festival de Cannes por este papel. Kleber Mendonça Filho, aclamado por Aquarius e Bacurau, arrecadou o prémio de Melhor Realizador.

Thriller político no Brasil de 1977

Na história, Moura interpreta Marcelo, um professor de tecnologia de 40 anos que troca a vida agitada de São Paulo pela esperança de recomeço no Recife. No entanto, ao chegar ao Nordeste, percebe que o seu passado misterioso o persegue — e o caos que tentou deixar para trás ressurge com força. O filme decorre em 1977, numa atmosfera densa, política e emocionalmente carregada.

Elenco de peso

O Agente Secreto conta ainda com um elenco de luxo do cinema brasileiro, incluindo Gabriel Leone, Maria Fernanda Cândido, Thomas Aquino, Alice Carvalho e Carlos Francisco.

A estreia nos cinemas brasileiros está marcada para 6 de novembro. E depois do sucesso internacional de Ainda Estou Aqui, a esperança é que o Brasil volte a marcar presença nos grandes palcos da sétima arte.

Elle Fanning e o Predador Formam Aliança Improvável no Novo Filme da Saga: Predador: Badlands

Realizado por Dan Trachtenberg, filme estreia em novembro e traz uma nova abordagem centrada na personagem alienígena

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Foi revelado um novo e electrizante trailer de Predador: Badlands, o aguardado regresso da saga Predador ao grande ecrã — e com uma reviravolta inesperada: desta vez, o famoso caçador alienígena poderá ser… um herói.

Ao seu lado estará Elle Fanning, num papel central que promete dar nova alma à franquia. Com 27 anos e uma carreira que começou ainda na infância, a actriz é conhecida por títulos como Super 8, Maléfica, The Great e A Complete Unknown. Segundo a própria, é uma fã assumida da saga iniciada em 1987 com Arnold Schwarzenegger.

Um novo capítulo, um novo planeta

Predador: Badlands chega aos cinemas a 6 de novembro, incluindo sessões em IMAX, e marca o regresso do realizador Dan Trachtenberg, que assinou o elogiado Prey (O Predador: Primeira Presa), lançado diretamente no Disney+ em 2022. Nesse filme, a acção recuava ao século XVIII e à Nação Comanche — desta vez, o cenário avança para o futuro.

A história passa-se num planeta remoto, onde um jovem Predador (interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi), excluído do seu clã, encontra uma inesperada aliada em Thia (Fanning). Juntos, embarcam numa jornada perigosa à procura do adversário supremo — numa narrativa que mistura ficção científica, drama e aventura.

Uma abordagem centrada no Predador

Em entrevista à revista Empire, Trachtenberg revelou que Badlands se afasta dos filmes anteriores por colocar o Predador no centro da história. “É a primeira vez que o acompanhamos como protagonista. Esta é uma história sobre identidade, exílio e sobrevivência — com muito sangue, claro”, brincou o realizador.

Com efeitos visuais promissores e uma dupla improvável no centro da acção, Predador: Badlands poderá ser o renascimento épico que a franquia precisava — e uma nova porta de entrada para quem nunca viu um caçador intergaláctico em acção.

Festival de Veneza 2025: Julia Roberts Estreia-se e Estrelas Não Faltam na Passadeira Vermelha

Programação da 82.ª edição inclui filmes de Guillermo del Toro, Kathryn Bigelow, Noah Baumbach, e uma poderosa homenagem a David Bowie

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A 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza foi oficialmente anunciada e promete ser uma das mais mediáticas e politicamente relevantes dos últimos anos. De Julia Roberts, que se estreia no festival, a George Clooney, Emma Stone, Cate Blanchett ou Jude Law, o certame decorre de 27 de agosto a 6 de setembro com uma programação recheada de estrelas e filmes que prometem marcar a temporada de prémios.

Julia Roberts estreia-se com Guadagnino

A icónica actriz norte-americana Julia Roberts marca presença pela primeira vez no festival para a estreia de After the Hunt, de Luca Guadagnino, produzido pela Amazon. O filme, sobre um caso de agressão sexual numa prestigiada universidade americana, será exibido fora de competição. “É a primeira vez que Julia Roberts desfilará na passadeira vermelha de Veneza, estamos muito felizes em tê-la”, afirmou o diretor artístico Alberto Barbera.

Competição oficial: de Putin a Frankenstein

Vinte e uma longas-metragens concorrem ao prestigiado Leão de Ouro, incluindo:

  • The Wizard of the Kremlin, de Olivier Assayas, sobre a ascensão de Putin, com Jude Law no papel principal;
  • Frankenstein, de Guillermo del Toro, com Oscar Isaac, Jacob Elordi, Mia Goth e Christoph Waltz, numa luxuosa produção da Netflix;
  • Jay Kelly, de Noah Baumbach, uma comédia coescrita com Greta Gerwig e protagonizada por George Clooney;
  • Father Mother Sister Brother, de Jim Jarmusch, com Adam Driver e Cate Blanchett;
  • The Smashing Machine, de Benny Safdie, com Dwayne Johnson e Emily Blunt.

Politicamente contundente: o caso Hind Rajab

O filme mais politicamente carregado será The Voice of Hind Rajab, de Kaouther Ben Hania, que reconstrói o caso real da menina palestiniana de seis anos morta pelas forças israelitas durante a guerra em Gaza. “É um dos filmes que mais impacto terá no público”, garantiu Barbera.

Estreia mundial e homenagens

O festival abrirá com La Grazia, de Paolo Sorrentino, com Toni Servillo, cujo enredo permanece em segredo. A actriz Kim Novak receberá o Leão de Ouro de Carreira. No segmento de clássicos restaurados, será exibido Aniki Bóbó, de Manoel de Oliveira.

Júri de luxo

O júri da competição principal será presidido por Alexander Payne e inclui nomes como Fernanda Torres, Zhao Tao, Stéphane Brizé, Maura Delpero, Cristian Mungiu e Mohammad Rasoulof.

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Com uma seleção que cruza géneros, geografias e gerações, a 82.ª edição do Festival de Veneza afirma-se como um dos grandes acontecimentos cinematográficos do ano.

David Bowie, Telefones e Cinema Português: Batalha Anuncia Temporada com Diálogos Improváveis e Homenagens Visuais

A sala portuense prepara um ciclo sobre o impacto dos telefones na sociedade, uma biografia fílmica de Bowie e uma retrospetiva de Dominga Sotomayor

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O Batalha Centro de Cinema, no Porto, revelou a programação para o último quadrimestre de 2025 e traz consigo uma mão cheia de propostas arrojadas e ecléticas. Entre os grandes destaques estão uma homenagem cinematográfica a David Bowie, um ciclo que reflecte sobre os telefones enquanto dispositivos tecnológicos e sociais, e uma retrospetiva completa da realizadora chilena Dominga Sotomayor.

Quando o Telefone Toca… toca tudo

A temporada arranca a 6 de setembro com E.T. – O Extraterrestre (1982), de Steven Spielberg, dando o mote ao ciclo Quando o Telefone Toca, uma programação que decorre até 25 de outubro e que propõe uma reflexão sobre como o telefone — do analógico ao digital — moldou formas de comunicação, modos de vida e até o próprio cinema.

O ciclo contará com obras de realizadores como Wes Craven, Marguerite Duras, Radu Jude e Jia Zhangke, criando pontes inesperadas entre o passado e o presente tecnológico.

Bowie no ecrã, até janeiro

Em outubro, o Batalha mergulha no universo multifacetado de David Bowie, apresentando uma “biografia fílmica” não só com os filmes onde o músico britânico participou, como também obras que o influenciaram ou que beberam do seu imaginário artístico.

Entre os títulos confirmados estão O Homem Que Veio do Espaço (1976), de Nicolas Roeg, Just a Gigolo (1978), de David Hemmings, além de filmes de Gala Hernandez Lopez, Nam June Paik e Ulrich Edel. O ciclo estende-se até 10 de janeiro de 2026, data que marca os dez anos da morte de Bowie.

Dominga Sotomayor em retrospetiva e em pessoa

A realizadora Dominga Sotomayor, uma das vozes mais singulares do cinema sul-americano contemporâneo, será homenageada com uma retrospetiva completa das suas longas-metragens, uma seleção de curtas e ainda uma masterclasse no Porto.

Cinema português em destaque

O programa Luas Novas, dedicado ao cinema português contemporâneo, contará com obras de Maria Inês Gonçalves, premiada este ano em Roterdão, e da artista visual Alice dos Reis, distinguida com o Prémio Novos Artistas da Fundação EDP.

Mónica de Miranda e Cláudia Varejão

A artista Mónica de Miranda terá direito a uma sessão especial de filmes e ao lançamento de uma publicação sobre a sua exposição Profundidade de Campo. Já Cláudia Varejão será homenageada com a edição de um livro de ensaios e fotografia sobre o seu percurso cinematográfico.

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A programação completa da nova temporada estará disponível a partir de 12 de agosto. Mas uma coisa é certa: entre chamadas analógicas, sons de Bowie e novos olhares do cinema português, o Batalha promete ligar-nos directamente à arte e à reflexão.

Colbert Contra-Ataca: Após Cancelamento do Late Show, Humorista Aponta Farpas a Trump e à CBS“

O programa foi cancelado. Eu não.” — Colbert transforma despedida em ataque político feroz e viraliza com críticas ao ex-presidente dos EUA

ver também: Alexander Skarsgård Conta Como Desistiu da Representação Aos 13 Anos: “Só Queria Conduzir um Saab”

Stephen Colbert não perdeu tempo. Na sua primeira emissão após o anúncio do fim do The Late Show, o apresentador norte-americano deixou o recado bem claro: “Estão abertas as hostilidades”. E o principal alvo? Donald Trump — e a própria CBS, o canal que o demitiu.

O programa, no ar desde 1993 (quando era apresentado por David Letterman), será oficialmente cancelado em maio de 2026. Mas Colbert parece ter transformado o que poderia ser uma despedida melancólica num verdadeiro campo de batalha humorístico e político. E, como sempre, fê-lo com afiada ironia e sem papas na língua: “Trump pode ter festejado o fim do meu programa, mas eu ainda não acabei.”

“Vai-te f****, Trump.”

Foi assim, sem rodeios, que Colbert reagiu à celebração do ex-presidente na sua plataforma Truth Social, onde escreveu: “Adorei que o Colbert tenha sido despedido. O talento dele era ainda menor que a audiência.”

A resposta chegou no tom que só Stephen Colbert sabe dar: “Sempre sonhei que um dia um presidente em exercício celebrasse o fim da minha carreira. E não é que aconteceu?” — atirou, entre aplausos. Mas rapidamente o tom mudou para algo mais sério: acusou a CBS de se ter “dobrado” a Trump ao pagar um “suborno disfarçado” de 16 milhões de dólares, após o ex-presidente processar a cadeia televisiva por uma entrevista com Kamala Harris.

CBS diz que foi “uma decisão financeira”. Colbert não acredita.

A cadeia norte-americana justificou o cancelamento com uma alegada perda de 40 milhões de dólares no último ano. Colbert ironizou dizendo que até aceita a culpa por 24 milhões — os outros 16, insinua, foram o “presente” para Trump.

À porta do Ed Sullivan Theater, onde o programa é gravado, manifestantes empunhavam cartazes com frases como “Colbert fica! Trump tem que sair!”. E dentro do estúdio, o ambiente foi de resistência festiva.

Cold opens, protestos e… Sandra Oh em fúria

A tradicional “cold open” do programa atacou Trump por querer que os Washington Commanders voltassem ao nome anterior (considerado ofensivo para os nativos americanos) e ainda o associou, com humor negro, a Jeffrey Epstein. Seguiram-se momentos surreais, como a actuação de Lin-Manuel Miranda e Weird Al Yankovic, com uma versão de Viva La Vida, interrompida por uma “carta oficial” que cancelava a canção — “uma decisão puramente financeira”, claro.

A actriz Sandra Oh, convidada especial da noite, não se conteve e lançou uma maldição bem clara: “Uma praga sobre a CBS e a Paramount.” Colbert, emocionado, ouviu-a elogiar a sua coragem e legado. Dave Franco também prestou homenagem ao percurso do humorista, desde The Daily Show até à actualidade.

Entre o público, uma verdadeira assembleia de estrelas e aliados: Anderson Cooper, Jimmy Fallon, Jon Stewart, John Oliver, Adam Sandler, Triumph the Insult Comic Dog e muitos mais — num claro sinal de solidariedade e despedida antecipada.

Um humorista com missão

Stephen Colbert tornou-se, nos últimos anos, numa figura de confiança para milhões de americanos — especialmente durante a pandemia, quando transmitia a partir da arrecadação da sua casa. O seu humor político, sempre bem informado, feroz e cativante, tem sido uma constante na crítica ao trumpismo e ao estado da democracia americana.

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O cancelamento do Late Show poderá marcar o fim de um ciclo — mas Colbert já avisou: “Cancelaram o programa, mas não me cancelaram a mim.” E se o monólogo desta segunda-feira for indicativo do que está para vir… ainda há muito por dizer.

Alexander Skarsgård Conta Como Desistiu da Representação Aos 13 Anos: “Só Queria Conduzir um Saab”

Protagonista de “Murderbot” recorda fama precoce na Suécia e explica por que deixou tudo para trás durante uma década

ver também: James Gunn Aponta “Sentimento Anti-Americano” como Obstáculo ao Sucesso Internacional de Superman

Alexander Skarsgård está hoje no auge da sua carreira internacional, mas poucos sabem que, em tempos, jurou nunca mais voltar à representação. O actor sueco, conhecido por séries como True Blood, Big Little Lies e, mais recentemente, Murderbot, revelou no podcast Armchair Expert de Dax Shepard que desistiu da representação aos 13 anos, depois de ter alcançado fama repentina na Suécia com o telefilme Hunden som log (O Cão que Sorriu), em 1989.

“Era um filme para televisão com 50 minutos. Mas nos anos 80 só havia dois canais na Suécia, muito antes da televisão por cabo. Quando algo passava, o país inteiro via”, contou Skarsgård, agora com 48 anos.

Um sucesso que se tornou um fardo

O actor descreveu como o sucesso inesperado daquela produção lhe trouxe algo que não estava preparado para enfrentar: notoriedade. “Tinha 13 anos e, de repente, toda a gente me reconhecia por causa daquilo. Tornar-me ‘uma estrela’ deixou-me incrivelmente auto-consciente”, confessou.

Skarsgård admitiu que a fama precoce contrastava com os seus desejos mais simples: “Para alguém que sonhava com um pai de fato cinzento, num Saab cinzento a caminho de um escritório cinzento… aquilo foi duro.” A fama incomodava-o, e o desconforto tornou-se insuportável quando começou a sentir-se observado pelos colegas de escola: “Não gostava de ser reconhecido. Não gostava que os miúdos dissessem: ‘Vi-te naquele filme.’”

A pressão acabou por arrasar a sua autoconfiança. “Aquilo arrasou-me. Pensei: ‘Isto é horrível. Não quero continuar.’ Reformei-me. Larguei tudo aos 13 anos.”

Uma pausa de 10 anos… e o regresso inesperado

Durante uma década, Skarsgård afastou-se completamente da representação. E não teve dúvidas: “Não foi uma decisão difícil. Pensei: ‘Eu nem quero ser actor. Só quero conduzir um Saab.’ E parei.”

Acabaria por regressar ao ecrã em 2001, com uma participação em Zoolander. Desde então, construiu uma carreira sólida tanto na Europa como nos EUA, conquistando reconhecimento em dramas intensos e ficção científica. Ainda assim, o actor acredita que aquela pausa foi essencial para preservar a sua sanidade e reencontrar-se consigo mesmo.

Hoje, com a estreia de Murderbot a reforçar a sua presença no universo da ficção especulativa, Alexander Skarsgård parece ter encontrado o equilíbrio entre fama e autenticidade — e talvez até um Saab.

James Gunn Aponta “Sentimento Anti-Americano” como Obstáculo ao Sucesso Internacional de Superman

Filme abre em força nos EUA, mas tem recepção mais fraca lá fora — e o realizador tem algumas explicações polémicas

Superman pode ter voado alto nos Estados Unidos, com uns respeitáveis 125 milhões de dólares no fim-de-semana de estreia, mas o mesmo não se pode dizer do seu desempenho no resto do mundo. Com apenas 95 milhões de dólares arrecadados internacionalmente, o novo filme de James Gunn enfrenta uma barreira inesperada: o mundo está, aparentemente, menos receptivo ao “símbolo do sonho americano”.

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Em entrevista à Rolling Stone, James Gunn não se escusou a apontar o dedo a possíveis causas. “Superman não é uma figura tão conhecida em certos países, ao contrário de Batman, por exemplo. Isso afecta o interesse. E depois há o sentimento anti-americano que existe actualmente em muitas partes do mundo. Isso também não nos ajuda muito”, afirmou o realizador.

O Super-Herói Imigrante

Desde o início, Gunn não escondeu que esta nova versão de Superman teria uma dimensão política e emocional mais marcada. Em declarações anteriores ao The Sunday Times, descreveu o filme como “a história da América” — um imigrante que chega de outro lugar e que representa valores fundamentais como “a bondade humana básica, algo que perdemos”.

Este posicionamento valeu-lhe algumas críticas, especialmente de sectores mais conservadores que o acusaram de tornar Superman num filme “demasiado woke”. Gunn respondeu com ironia: “Já ouvi dizer que é woke. Também já ouvi dizer que não é. Estou curioso para saber o que, no filme, é considerado woke”, comentou em entrevista à Entertainment Weekly.

Recepção desigual… mas promissora?

Apesar do arranque modesto fora dos EUA, há sinais de esperança. Segundo Gunn, Superman abriu bem no Brasil e no Reino Unido, e o boca-a-boca está a impulsionar as bilheteiras noutros territórios. “Os números estão a subir com base na reacção positiva do público”, garantiu.

Mesmo assim, a discrepância entre o mercado doméstico e o internacional é notória — e levanta questões sobre a imagem que os super-heróis tradicionalmente americanos projectam globalmente, especialmente num contexto geopolítico tenso.

Um herói dividido entre símbolos e ideais

A verdade é que Superman sempre foi mais do que apenas um super-herói com capa vermelha. Criado por dois filhos de imigrantes judeus nos anos 30, Kal-El representa há muito tempo os ideais do “American Way” — mas James Gunn quer desafiar essa visão: “O filme fala da bondade, da empatia, da coragem moral. Isso não tem de ser exclusivo dos EUA”, sublinha.

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Entre elogios pela sua abordagem humanista e críticas por mexer na simbologia de um ícone nacional, James Gunn continua a defender a sua visão com convicção. E, com o tempo, pode ser que o mundo comece a ouvir — e a ver — este Superman com outros olhos.

Morreu Malcolm-Jamal Warner, o Inesquecível Theo de The Cosby Show

Ator norte-americano tinha 54 anos. Morreu por afogamento na Costa Rica. Deixa legado marcante na televisão, na música e na poesia

Malcolm-Jamal Warner, conhecido mundialmente pelo papel de Theo Huxtable em The Cosby Show, morreu aos 54 anos, vítima de um trágico afogamento na Costa Rica. O ator estava a nadar na Playa Cocles, na província de Limón, quando foi apanhado por uma corrente marítima que o arrastou para o fundo. Foi retirado da água por banhistas, mas já sem sinais vitais. A confirmação oficial chegou esta segunda-feira através do Departamento Judiciário de Investigação da Costa Rica.

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A sua morte encerra abruptamente a vida de um artista que marcou gerações, especialmente a Geração X, e que teve uma carreira multifacetada na televisão, no cinema, na música e na poesia.

Theo Huxtable: o filho que todos recordam

Warner conquistou o público com a sua interpretação de Theo Huxtable, o único filho homem da icónica família Huxtable, que durante oito temporadas entre 1984 e 1992 dominou os ecrãs da NBC. A personagem era um reflexo da adolescência americana, trazendo temas como identidade, responsabilidade e amadurecimento com uma mistura de humor e realismo.

Quem viu o episódio piloto dificilmente esquecerá o momento em que Theo discute com o pai, Cliff Huxtable (Bill Cosby), sobre dinheiro — um diálogo que se tornou instantaneamente clássico. Outro momento inesquecível: a célebre “camisa Gordon Gartrell”, mal costurada pela irmã Denise (Lisa Bonet), que se tornou um símbolo de comédia e estilo kitsch televisivo. A camisa chegou a ser homenageada anos mais tarde por Anthony Mackie no The Tonight Show e é ainda hoje a foto de perfil no Instagram de Warner.

Um legado maior que uma série

Apesar da popularidade do programa, Warner teve de lidar, tal como o resto do elenco, com o peso das acusações contra Bill Cosby, cuja condenação por agressão sexual foi mais tarde anulada. Em 2015, o actor confessava que “o legado do programa está manchado”, mas lamentava sobretudo o impacto que isso teria na representação da comunidade afro-americana na televisão: “O facto de não termos mais algo como The Cosby Show entristece-me profundamente.”

Warner defendeu ao longo da vida a importância de representações positivas e ricas de pessoas negras nos media — algo que ele próprio encarnou com firmeza, quer como actor, quer como músico e poeta.

Muito além do Theo

Depois de The Cosby Show, Warner manteve uma carreira activa e variada. Protagonizou Malcolm & Eddie (1996-2000) ao lado do comediante Eddie Griffin, e voltou à televisão com Read Between The Lines (2011), onde contracenava com Tracee Ellis Ross.

Participou ainda em American Crime Story, no papel de Al Cowlings, amigo de O.J. Simpson, e teve uma presença regular em The Resident, da FOX. No cinema, destacou-se na comédia romântica Fool’s Gold (2008), ao lado de Matthew McConaughey e Kate Hudson.

Além do ecrã, Warner era também um talentoso poeta e músico. Recebeu um Grammy pela melhor performance de R&B tradicional e foi nomeado para melhor álbum de poesia falada com Hiding in Plain View — um testemunho do seu talento multifacetado.

Vida privada discreta

Apesar de ser figura pública desde jovem, Malcolm-Jamal Warner manteve a sua vida pessoal longe dos holofotes. Era casado e tinha uma filha, mas escolheu não divulgar publicamente os nomes dos seus familiares.

Ficam as suas palavras, as suas interpretações e o impacto profundo que teve em milhões de espectadores. Despede-se um símbolo de uma geração e um artista que deu voz, humor e profundidade a uma personagem que ficará para sempre na história da televisão.

Capitão Planeta Está de Volta — E Leonardo DiCaprio Vai Ajudá-lo a Salvar o Mundo

Netflix prepara versão em imagem real da icónica série ecológica dos anos 90 com Tara Hernandez no argumento e Greg Berlanti na produção

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Preparem os anéis mágicos e a frase “Let our powers combine”, porque Capitão Planeta está de regresso — e desta vez em imagem real, com o selo da Netflix e o apoio ambientalista de Leonardo DiCaprio. Depois de anos de tentativas falhadas em Hollywood, o projecto baseado na série de animação que marcou os anos 90 vai finalmente avançar.

Segundo a imprensa norte-americana, foi a Netflix quem ganhou a corrida pelos direitos de adaptação, numa produção conjunta da Appian Way (a produtora de DiCaprio) e da Berlanti Productions, de Greg Berlanti, o homem por detrás do universo DC no canal CW (Arrow, The Flash, Supergirl).

Um clássico com mensagem (ainda) urgente

Capitão Planeta nasceu em 1990 pelas mãos de Ted Turner, o magnata dos media que queria levar às crianças uma mensagem de activismo ecológico e multiculturalismo. Durante seis temporadas, a série animada (titulada originalmente Captain Planet and the Planeteers) seguiu um grupo de jovens de diferentes partes do mundo que recebiam anéis mágicos com poderes sobre os elementos da natureza — Terra, Fogo, Vento, Água e Coração. Juntos, podiam invocar o Capitão Planeta, um super-herói verde-azulado pronto a enfrentar poluidores e vilões ambientais.

Em Portugal, a série foi transmitida nas manhãs de sábado da RTP com o título Capitão Planeta, e chegou mesmo a ter uma adaptação em banda desenhada com o curioso título Capitão América e os Planetários.

Tara Hernandez no leme e nova visão para o século XXI

O argumento da nova série ficará a cargo de Tara Hernandez, co-criadora da irreverente Mrs. Davis. A expectativa é que a série combine humor, acção e uma forte consciência ecológica, ajustada aos tempos que correm. Afinal, se os anos 90 falavam de lixo tóxico e desflorestação, o mundo de hoje vive sob a ameaça das alterações climáticas, das crises energéticas e de um colapso ambiental cada vez mais iminente.

A versão Netflix terá como base o espírito da série original, mas com uma abordagem mais madura e contemporânea — embora ainda não se saiba se o próprio Capitão Planeta manterá o seu visual peculiar (azul, verde, e com cabelo de super-herói dos anos 80) ou se ganhará uma repaginada moderna.

Um herói à espera de redenção

Esta não é a primeira tentativa de ressuscitar o Capitão. A Sony tentou desenvolver um filme durante vários anos, mas acabou por perder os direitos. Em 2016, a Paramount chegou a anunciar um projecto com Glen Powell como argumentista e potencial protagonista, mas também ficou pelo caminho.

Agora, com o impulso da Netflix e o envolvimento de nomes influentes como DiCaprio e Berlanti, o Capitão Planeta pode finalmente regressar ao combate — e desta vez com meios para chegar a uma nova geração de espectadores, mais informada e mais preocupada com o planeta.

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O poder é vosso!

Ainda não há data de estreia definida, nem elenco confirmado, mas uma coisa é certa: o mundo está a precisar urgentemente de um herói ambientalista. E, se tudo correr bem, Capitão Planeta poderá voltar para lembrar-nos que salvar o planeta é uma missão colectiva — e possível.