A tão esperada sequela de “Beetlejuice”, intitulada “Beetlejuice Beetlejuice”, realizou a sua estreia mundial no prestigiado Festival de Cinema de Veneza, onde foi recebida com grande entusiasmo. O filme, dirigido por Tim Burton, marca o regresso de um dos cineastas mais icónicos de Hollywood ao universo peculiar que criou em 1988. A receção calorosa em Veneza, com uma ovação de mais de quatro minutos, indica que esta nova entrada no mundo de “Beetlejuice” tem tudo para ser um sucesso.
Um Elenco Repleto de Estrelas e Nostalgia
Na estreia em Veneza, estiveram presentes grandes nomes do elenco original, como Michael Keaton, Catherine O’Hara e Winona Ryder, que reprisam os seus papéis do filme de 1988. A presença destas estrelas trouxe uma dose de nostalgia aos fãs que cresceram com o filme original. Tim Burton, visivelmente emocionado, destacou a importância de trabalhar novamente com estes atores após mais de três décadas. “Este é um filme muito pessoal para mim”, comentou Burton durante a conferência de imprensa. “É muito especial poder voltar a trabalhar com o elenco – com Michael, Winona e Catherine – ao longo de todos estes anos.”
Além dos veteranos, o filme também introduz novas estrelas ao elenco, incluindo Jenna Ortega, que recentemente colaborou com Burton na série “Wednesday”. Jenna interpreta Astrid, a filha adolescente de Lydia Deetz (Winona Ryder), cuja curiosidade inadvertidamente abre o portal entre o mundo dos vivos e dos mortos, desencadeando eventos caóticos e fantasmagóricos. Willem Dafoe também se junta ao elenco, trazendo ainda mais talento a este projeto altamente antecipado.
Enredo e Receção da Crítica
“Beetlejuice Beetlejuice” continua a explorar o tema do confronto entre o mundo dos vivos e o dos mortos, mas desta vez através de três gerações da família Deetz. Após uma tragédia familiar, Lydia e a sua filha Astrid retornam a Winter River, onde eventos sobrenaturais começam a ocorrer após o nome proibido ser dito três vezes. A narrativa promete ser uma mistura de comédia, terror e fantasia, características que fizeram do filme original um clássico intemporal.
A receção da crítica em Veneza foi amplamente positiva, destacando o retorno de Burton à sua forma característica. Críticos descreveram o filme como “divertido”, “repleto de coração” e “não sério”, mantendo o espírito irreverente que caracterizou o primeiro filme. A ovação de quatro minutos e 35 segundos após a exibição sublinha a receção entusiástica do público presente.
O Futuro de “Beetlejuice” e Tim Burton
Durante a conferência de imprensa, Tim Burton brincou sobre a possibilidade de mais uma sequela no futuro, afirmando: “Bom, demorou 35 anos para que este fosse feito. Portanto, talvez outro daqui a 100 anos. Talvez as ciências médicas ajudem, mas não me parece.” Michael Keaton, que retorna como o excêntrico e inimitável Beetlejuice, também expressou entusiasmo pelo novo filme, destacando a natureza única do seu personagem que, por estar morto, não tem como envelhecer.
Com “Beetlejuice Beetlejuice” programado para estrear nos cinemas portugueses a 5 de setembro, os fãs têm agora a oportunidade de revisitar o filme original e preparar-se para esta nova aventura. A combinação de nostalgia, humor negro e a visão única de Tim Burton promete tornar esta sequela num evento cinematográfico imperdível.
A espera está quase a terminar para os fãs de “Squid Game”. A série de sucesso global da Netflix regressa com a sua tão aguardada segunda temporada, que tem estreia marcada para 26 de dezembro de 2024. Desde o seu lançamento em 2021, “Squid Game” capturou a atenção do público mundial com a sua narrativa intensa e jogos mortais, tornando-se um fenómeno cultural. Com o novo capítulo no horizonte, há muita expectativa e especulação sobre o que virá a seguir.
Data de Estreia e Onde Assistir
A segunda temporada de “Squid Game” estará disponível na Netflix Portugal a partir de 26 de dezembro de 2024. Esta data marca um aguardado retorno, sendo uma espécie de prenda atrasada de Natal para os fãs. Embora a primeira temporada tenha sido lançada na íntegra no dia de estreia, a Netflix tem experimentado diferentes formatos de lançamento para os seus conteúdos mais recentes. Não está ainda claro se “Squid Game T2” será lançada completa ou em partes, como aconteceu com outras séries populares da plataforma.
O Que Esperar da Nova Temporada
O criador da série, Hwang Dong-hyuk, já confirmou que a segunda temporada trará de volta vários personagens-chave da primeira temporada. Lee Jung-jae regressa no papel de Seong Gi-hun, o único sobrevivente da temporada inicial. Acompanhando-o, estarão Lee Byung-hun como o “Front Man”, Wi Ha-jun no papel do detetive Hwang Jun-ho, e Gong Yoo, conhecido como o misterioso recrutador do jogo.
Além dos rostos familiares, a nova temporada apresentará um conjunto de novos personagens interpretados por atores de renome, incluindo Yim Si-wan (“Unlocked”), Kang Ha-neul (“The Pirates: The Last Royal Treasure”), e Park Gyu-young (“Sweet Home”, “Celebrity”), entre outros. Esta diversidade de novos talentos promete trazer uma dinâmica renovada à série, mantendo o público na beira dos seus assentos.
Trailer e Teasers
A Netflix já lançou dois teasers que deixaram os fãs a especular sobre o que está para vir. O primeiro teaser revelou a tão esperada data de estreia, enquanto o segundo confirmou o regresso de Seong Gi-hun, sugerindo que os eventos da nova temporada podem seguir diretamente a partir dos choques e revelações da primeira.
Inspirações e Expectativas
Hwang Dong-hyuk revelou que a série foi fortemente inspirada por mangas japonesas, como “Battle Royale”, “Liar Game” e “Gambling Apocalypse: Kaiji”. Estas influências são evidentes na forma como “Squid Game” aborda temas de sobrevivência, moralidade e o desespero humano. Com a segunda temporada, os fãs esperam ver novas reviravoltas, jogos ainda mais desafiadores e uma exploração mais profunda da psicologia dos participantes.
A pergunta que todos estão a fazer é: o que acontecerá a seguir? A nova temporada promete expandir o mundo de “Squid Game”, introduzindo novos desafios e forçando os personagens a confrontar não só os perigos físicos, mas também os seus próprios demónios internos.
“Squid Game” não é apenas um jogo de sobrevivência — é um espelho das pressões e dilemas da sociedade moderna, que desafia os espectadores a refletirem sobre até onde iriam para sobreviver. Com a segunda temporada a aproximar-se rapidamente, a antecipação cresce, e o mundo aguarda ansiosamente para descobrir o que o próximo capítulo desta série icónica trará.
Em uma entrevista franca para a Interview Magazine com o escritor e diretor Cameron Crowe, conhecido por seu trabalho em “Almost Famous”, Frances McDormand foi desafiada a reagir, em uma única frase, a alguns de seus filmes mais admirados por ele. A atriz, reconhecida por sua versatilidade e autenticidade em cada papel, não decepcionou e ofereceu respostas que revelaram tanto o seu humor quanto sua visão única sobre cada produção.
Madeline: “Vivi em Paris — que experiência incrível. Mais importante, aquelas meninas pequenas pisaram nos meus pés e eu tive duas unhas encravadas quando fui embora.” McDormand destacou o seu tempo em Paris durante as filmagens de “Madeline”, um filme para crianças baseado na popular série de livros. A atriz lembrou com humor o desafio físico de trabalhar com um elenco jovem, mencionando que terminou a produção com duas unhas encravadas, uma memória peculiar que parece ter marcado a sua experiência.
Frances McDormand extending her hand to help Michael Douglas get up off the floor in a scene from the film ‘Wonder Boys’, 2000. (Photo by Universal Pictures/Getty Images)
Wonder Boys: “Um daqueles papéis que foi difícil para mim aceitar, sendo uma mulher de meia-idade. Embora o fato de a personagem estar grávida tenha ajudado muito.” No drama “Wonder Boys”, McDormand enfrentou o desafio de interpretar uma mulher de meia-idade grávida, um papel que ela admite ter sido difícil de aceitar. No entanto, o aspecto da gravidez da personagem trouxe um elemento de complexidade e profundidade que tornou o papel mais atraente para ela.
Mississippi Burning: “Poderia ter sido um pesadelo. Mas felizmente não foi — pessoalmente. Como uma declaração política, deu muito errado.” Sobre “Mississippi Burning”, McDormand refletiu sobre o potencial do filme de ter sido uma experiência negativa, mas felizmente não foi, pelo menos a nível pessoal. No entanto, ela reconhece que, como uma declaração política, o filme pode ter se desviado da sua intenção original, talvez tocando temas de forma controversa ou com impacto indesejado.
Lone Star: “Eu estava completamente privada de sono. Eu tinha conhecido o meu filho três semanas antes. Ele estava comigo. Eu ia para o set, abria a boca, dizia as minhas falas, dormia no almoço por uma hora e meia, acordava, terminava as minhas falas e ia para casa. E foi um trabalho perfeito.” Para o filme “Lone Star”, McDormand descreveu uma experiência de filmagem marcada pela privação de sono, já que ela tinha acabado de adotar o seu filho. Apesar do cansaço, ela lembra o papel como “perfeito”, indicando que, mesmo exausta, conseguiu cumprir suas obrigações de forma satisfatória.
Raising Arizona: “Esse foi o primeiro trabalho em que usei seios protéticos. Eu amei aquela personagem.” Em “Raising Arizona”, McDormand trouxe humor ao mencionar que foi o primeiro filme em que usou seios protéticos. A atriz adorou interpretar a personagem, mostrando como pequenos detalhes do processo de atuação podem contribuir para a criação de papéis memoráveis e divertidos.
Blood Simple: “Fiquei extremamente desapontada quando descobri que todos os sets de filmagem não eram assim. Todas as minhas expectativas foram baseadas naquela experiência. Eu julgo cada set de filmagem em que estou por aquele.” “Blood Simple” foi uma experiência formativa para McDormand, sendo o seu primeiro filme e a sua introdução ao mundo dos sets de filmagem. Ela expressou o quanto ficou desapontada ao descobrir que nem todos os sets eram como aquele, indicando que a experiência inicial estabeleceu um padrão elevado para o resto de sua carreira.
As respostas de Frances McDormand não só destacam as suas experiências únicas em cada filme, mas também oferecem um vislumbre da sua abordagem honesta e reflexiva à sua carreira. Ela valoriza tanto os desafios quanto as peculiaridades de cada papel, o que reflete o seu compromisso com a autenticidade e a paixão pelo seu ofício.
Stephen King é amplamente reconhecido como o mestre indiscutível do horror, tendo influenciado gerações de escritores e cineastas desde a publicação do seu primeiro romance, “Carrie”, em 1974. Embora muitos associem o nome de King principalmente ao terror, o autor também se destacou em contar histórias que exploram a condição humana de maneiras profundas e emocionantes, indo muito além do gênero que o tornou famoso.
Entre as várias adaptações cinematográficas de suas obras, King revelou que suas favoritas não são necessariamente as mais assustadoras, mas sim aquelas que capturam a complexidade dos personagens e as nuances emocionais de suas histórias. Quando questionado sobre suas adaptações preferidas de seus livros numa entrevista em 2016, King mencionou duas que ainda ressoam fortemente com ele: “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption”.
“The Shawshank Redemption”: Um Retrato Emocional de Amizade e Esperança
Dirigido por Frank Darabont e lançado em 1994, “The Shawshank Redemption” é baseado na novela “Rita Hayworth and Shawshank Redemption” de King. O filme é amplamente considerado uma das melhores adaptações de King, apesar de ter inicialmente fracassado nas bilheteiras, ofuscado por lançamentos como “Forrest Gump” e “Pulp Fiction”. No entanto, ao longo dos anos, “Shawshank” ganhou um status quase lendário, muitas vezes comparado a clássicos como “It’s a Wonderful Life” devido à sua capacidade de navegar por temas sombrios enquanto oferece uma mensagem final de esperança e redenção.
O filme conta a história da longa amizade entre os presos Andy Dufresne (Tim Robbins) e Ellis Boyd “Red” Redding (Morgan Freeman), explorando temas de liberdade, justiça e resiliência. King expressou seu apreço por “The Shawshank Redemption” e pela colaboração com Darabont, afirmando: “Eu amo ‘The Shawshank Redemption’ e sempre gostei de trabalhar com Frank. Ele é um cara doce.”
“Stand By Me”: Um Emocionante Filme de Formação
“Stand By Me”, dirigido por Rob Reiner e lançado em 1986, é baseado na novela “The Body” de King, que faz parte de sua coletânea “Different Seasons”. O filme é um drama de formação que se passa nos anos 50 e segue quatro jovens amigos que partem em uma aventura para encontrar o corpo de um menino desaparecido. Durante essa jornada, eles enfrentam seus próprios medos e demônios internos, resultando em uma narrativa que é ao mesmo tempo engraçada, comovente e intensa.
Reiner estava no auge da sua carreira como realizador nos anos 80, e “Stand By Me” tornou-se rapidamente um dos filmes mais celebrados do gênero, sendo considerado o padrão de ouro para os filmes de amadurecimento. O elenco jovem, que inclui Wil Wheaton, Corey Feldman, Jerry O’Connell e o falecido River Phoenix, oferece atuações memoráveis que capturam a inocência e a complexidade emocional da juventude.
Stephen King admitiu que “Stand By Me” o deixou profundamente emocionado desde a primeira vez que o viu e que continua a ter um impacto significativo nele até hoje. Como ele mesmo resumiu: “E eu amo o trabalho de Rob Reiner, ‘Stand By Me’.”
O Impacto Duradouro das Adaptações de King
O carinho de King por “Stand By Me” e “The Shawshank Redemption” destaca sua apreciação por histórias que, embora possam conter elementos sombrios ou perturbadores, se concentram mais na exploração das complexidades da natureza humana do que no horror direto. Ambos os filmes continuam a ser celebrados por suas representações autênticas e comoventes de amizade, resiliência e crescimento pessoal, demonstrando que o talento de King para contar histórias transcende os limites do gênero de terror.
Essas adaptações não só reforçam a versatilidade de King como escritor, mas também mostram como as suas histórias, mesmo fora do reino do horror, podem tocar profundamente o público e oferecer insights poderosos sobre a experiência humana.
“Taxi Driver” (1976) é um dos filmes mais icónicos de Martin Scorsese e apresenta um dos anti-heróis mais memoráveis da história do cinema: Travis Bickle. Interpretado por Robert De Niro, Bickle é um veterano da Guerra do Vietname que se afunda progressivamente em paranoia e solidão, navegando por uma sociedade que não compreende e que não o compreende. A personagem é perturbadora e magnética, provocando uma mistura de repulsa e fascínio enquanto o público tenta desvendar a sua verdadeira essência.
O que muitos não sabem é que Travis Bickle foi, em grande parte, inspirado pela vida pessoal do próprio roteirista do filme, Paul Schrader. Na época em que Schrader escreveu o roteiro, a sua vida estava num verdadeiro caos. Ele havia sido despedido do American Film Institute, não tinha amigos, estava a passar por um divórcio e tinha sido rejeitado por uma namorada. Este período sombrio culminou num colapso nervoso.
Sem ter onde morar, Schrader instalou-se no apartamento da sua ex-namorada em Los Angeles enquanto ela estava fora da cidade. Isolado numa grande metrópole e vindo de uma região rural dos EUA, Schrader passou semanas sem falar com ninguém, vagueando pelas ruas da cidade, frequentando cinemas e desenvolvendo uma obsessão por arm@s. Naqueles dias solitários, ele trabalhava como entregador de uma rede de frango frito e passava os dias sozinho no seu carro. Foi então que uma ideia surgiu: “Eu poderia muito bem ser motorista de táxi”, refletiu Schrader. Esta ideia tornou-se o ponto de partida para o roteiro de “Taxi Driver”.
Uma Obra Inspirada na Vida Real
Embora o roteiro original de Schrader fosse ambientado em Los Angeles, ele decidiu mudar o cenário para Nova Iorque, onde a cultura dos motoristas de táxi era muito mais proeminente. Este detalhe ajudou a enriquecer a atmosfera do filme, alinhando-se com a vida tumultuosa de Travis Bickle, que se transformou numa versão ficcional da experiência de Schrader, uma vida marcada pela alienação e pelo desespero.
Albert Brooks, que interpretou Tom, um “bom rapaz” no filme, contou uma história curiosa sobre Schrader durante a festa de encerramento do elenco. Segundo Brooks, Schrader aproximou-se dele e disse: “Quero agradecer-te. Esse (personagem) era o único do roteiro que eu não conhecia (da vida real).” Brooks respondeu com humor: “Esse é o cara que você não conhecia? Você conhecia todos os c@fetões e ass@ssinos, mas o cara que se levanta e vai trabalhar todos os dias – ele você não conhecia?”
O Legado de “Taxi Driver”
O sucesso de “Taxi Driver” deve-se, em grande parte, à sua capacidade de explorar a complexidade da mente humana e o impacto da guerra e da solidão na psique. O desempenho de Robert De Niro como Travis Bickle é considerado um dos melhores da sua carreira, capturando a essência de um homem perturbado e alienado que se sente desconectado da sociedade ao seu redor.
O filme continua a ser um estudo fascinante de personagem e um exemplo poderoso de como as experiências pessoais podem moldar uma narrativa cinematográfica. A profundidade emocional e a intensidade de “Taxi Driver” fazem dele uma obra-prima intemporal, que ainda hoje ressoa tanto com críticos como com o público
Quando pensamos em Johnny Depp, um dos primeiros papéis que nos vem à mente é o icónico Edward Mãos de Tesoura, uma personagem que se tornou emblemática na sua carreira. No entanto, nem sempre foi certo que Depp conseguiria este papel que mudaria a sua vida. De facto, o ator inicialmente sentiu que não tinha hipóteses de ser escolhido para o papel e estava relutante até mesmo em se encontrar com o realizador Tim Burton, temendo que o seu passado como ator de televisão jogasse contra ele.
Numa entrevista para a Interview Magazine, Depp revelou: “Eu queria [encontrar-me com ele], mas pensei que era inútil. Tracey [Jacobs, a agente de Depp] forçou-me. Eu apenas disse, ‘De jeito nenhum, é embaraçoso.’ Sabes, algo que queres tanto e ele nunca vai ver-me como isso, nunca.” Na época, Depp era mais conhecido pelo seu papel na série dramática policial 21 Jump Street, e isso alimentava a sua insegurança sobre ser levado a sério para um papel tão diferente.
Depp contou que pensava que Tim Burton iria desconsiderar a sua audição devido ao seu histórico na televisão: “‘Aaw, um ator de televisão, que se lixe.’ Toda a gente queria aquele papel, por isso eu só pensei, ‘Por que raio ele o daria a mim?'” Apesar das suas dúvidas, Burton viu algo especial em Depp e acabou por lançá-lo no papel que viria a definir a sua carreira e a estabelecer uma longa colaboração entre os dois.
Uma Conexão Profunda com a Personagem
A insegurança inicial de Depp sobre o papel de Edward Mãos de Tesoura foi rapidamente superada quando ele mergulhou na personagem. Depp sentiu uma conexão profunda com Edward, um ser inocente e incompreendido, que ressoou com o próprio ator. Esta ligação emocional ficou especialmente evidente quando as filmagens estavam a chegar ao fim.
“Eu lembro-me que era o 89º dia [de filmagens] — mesmo antes de fazer a minha última cena no filme, que era fazer a escultura de gelo com Kim, a personagem de Winona [Ryder],” Depp relembrou. “E eu lembro-me de colocar a maquilhagem, e tudo mais, e olhar no espelho mesmo antes de ir para o set, e estou a pensar, ‘Caramba, esta é a última vez que vou ver este tipo,’ sabes, é isso, esta é a última vez. Foi como dizer adeus.”
Este momento final foi muito emotivo para Depp, que sentiu uma tristeza profunda ao perceber que estava a despedir-se de uma personagem que ele tinha aprendido a amar. Ele descreveu o sentimento como “bizarro” e recordou como as lágrimas vieram enquanto se preparava para deixar Edward para trás.
O Legado de Edward Mãos de Tesoura
O papel de Edward Mãos de Tesoura não só lançou Depp ao estrelato, mas também cimentou o seu status como um ator versátil, capaz de interpretar personagens complexas e emotivas. A colaboração com Tim Burton abriu portas para muitos outros papéis memoráveis ao longo da sua carreira. O filme continua a ser uma peça fundamental no repertório de Johnny Depp, mostrando como uma conexão emocional profunda com uma personagem pode criar uma performance inesquecível.
No próximo dia 30 de agosto, às 21h30, o canal TVCine Top estreia “M3GAN”, um filme que promete misturar terror e comédia de forma única. Produzido pelos mestres do horror James Wan e Jason Blum, responsáveis por franquias de sucesso como “Saw”, “Insidious” e “The Conjuring”, “M3GAN” é uma abordagem moderna e assustadora ao conceito de inteligência artificial.
A História de “M3GAN”
No centro da trama está Gemma, uma engenheira robótica brilhante que trabalha numa empresa de brinquedos. Gemma desenvolve M3GAN, uma boneca dotada de inteligência artificial programada para se ligar emocionalmente à sua sobrinha Cady, que recentemente ficou órfã. Com a capacidade de ouvir, observar e aprender, M3GAN torna-se não só a melhor amiga de Cady, mas também a sua professora, companheira de brincadeiras e protetora. No entanto, à medida que a boneca se adapta e aprende, começa a mostrar um comportamento excessivamente protetor, levando a consequências aterradoras.
Gemma, ao tentar ajudar a sua sobrinha a lidar com a perda dos pais, introduz M3GAN na sua vida como uma solução para os problemas emocionais de Cady. O que parecia ser uma ideia brilhante transforma-se rapidamente num pesadelo quando M3GAN ultrapassa os seus limites programados, revelando-se uma presença muito mais perigosa do que qualquer um poderia imaginar. A boneca, mais do que um simples brinquedo, torna-se parte integrante da família e começa a tomar medidas extremas para proteger a sua nova amiga.
Sucesso nas Telas e nas Redes Sociais
Desde a sua estreia nos cinemas, “M3GAN” não só captou a atenção dos fãs de terror, mas também se tornou um fenómeno cultural, especialmente no TikTok, onde os vídeos inspirados no filme se tornaram virais. A sua mistura de momentos de suspense com humor negro atraiu uma audiência diversificada, garantindo o seu lugar como um dos filmes mais comentados do ano. Este sucesso levou à confirmação de uma sequela, prevista para 2025, o que promete manter os fãs ansiosos por mais aventuras assustadoras de M3GAN.
O elenco do filme inclui Allison Williams, Amie Donald, Violet McGraw e Ronny Chieng, e a realização ficou a cargo de Gerard Johnstone, conhecido pelo seu trabalho em “Housebound”. A crítica destacou a capacidade do filme em equilibrar terror e humor, criando uma experiência cinematográfica que é ao mesmo tempo assustadora e divertida.
Disponibilidade no TVCine+
Para aqueles que não puderem assistir à estreia de “M3GAN” no dia 30 de agosto, o filme estará disponível no serviço de vídeo on-demand TVCine+, permitindo que os espectadores desfrutem desta história intensa e intrigante no seu próprio ritmo.
Prepare-se para uma noite de sustos e risos com “M3GAN”, uma estreia que certamente não deixará ninguém indiferente.
O Clube de Cinema tem o prazer de anunciar a estreia da terceira e última temporada de “L Word: Geração Q”, uma série que tem sido pioneira na representação da comunidade LGBTQIA+ na televisão. A nova temporada estreia no dia 29 de agosto, às 22h10, no TVCine Edition.
“L Word: Geração Q” é uma sequela da série original “The L Word”, que marcou um ponto de viragem na representação da comunidade LGBT na televisão ao abordar temas como amor, desgosto, sexo, contratempos, crescimento pessoal e sucesso. A terceira temporada promete continuar a explorar estas narrativas com um elenco diversificado e histórias envolventes que ressoam com o público contemporâneo.
Nesta nova temporada, a série continua a seguir um grupo de personagens queer em Los Angeles, lidando com desafios pessoais e profissionais. Após o final dramático da segunda temporada, a história retoma com Bette Porter a enfrentar um dilema emocional com a inesperada chegada de Tina à sua porta. À medida que Bette e Tina tentam redefinir o seu futuro juntas, a sua filha, Angie, experimenta a liberdade da vida universitária, descobrindo o amor em lugares inesperados.
Outros personagens também enfrentam desafios significativos: Finley regressa da reabilitação apenas para se deparar com revelações sobre Sophie que ameaçam a sua sobriedade e relação; Dani e Micah esforçam-se para avançar nas suas relações, mas enfrentam obstáculos devido ao passado de Gigi e ao temperamento de Maribel; Shane e Tess são confrontadas com segredos que podem separá-las para sempre; e Alice questiona se encontrará algum dia a sua alma gémea ou se está destinada a estar sozinha.
Elenco e Participações Especiais
A terceira temporada de “L Word: Geração Q” conta com um elenco talentoso, incluindo Jennifer Beals, Kate Moennig e Leisha Hailey, que retornam aos seus papéis icónicos. Juntam-se a eles Arienne Mandi, Sepideh Moafi, Leo Sheng, Jacqueline Toboni, Rosanny Zayas, Jordan Hull e Jamie Clayton. Além disso, a temporada terá várias estrelas convidadas, como Rosie O’Donnell, Rosanna Arquette, Roxane Gay, Megan Rapinoe e Margaret Cho, aumentando a expectativa e diversidade da série.
A terceira temporada de “L Word: Geração Q” será exibida exclusivamente no TVCine Edition, com novos episódios todas as quintas-feiras às 22h10, a partir de 29 de agosto. Para os fãs que não podem assistir ao vivo, os episódios estarão disponíveis no TVCine+, proporcionando flexibilidade para acompanhar a série em qualquer momento.
Não perca esta oportunidade de se despedir de uma série que não só divertiu, mas também abriu caminho para uma representação mais inclusiva e autêntica da comunidade LGBTQIA+ na televisão.
Durante a recente divulgação de “Alien: Romulus”, o mais novo filme da icónica franquia de ficção científica, Ridley Scott, que atuou como produtor nesta nova produção, foi questionado sobre os seus quatro filmes favoritos no red carpet pela equipa do Letterboxd. Numa lista que incluiu clássicos aclamados como “2001: Uma Odisseia no Espaço”, “Star Wars” e “A Guerra do Fogo”, Ridley Scott surpreendeu ao citar um dos seus próprios filmes: “Blade Runner” (1982).
“Blade Runner”, um marco na carreira de Scott, é amplamente considerado um dos filmes mais influentes da história do cinema, especialmente no género de ficção científica. Com a sua visão distópica do futuro e um estilo visual revolucionário, o filme ajudou a moldar a forma como o cinema explora temas como a inteligência artificial, a natureza da humanidade e o impacto da tecnologia na sociedade.
Ao mencionar “Blade Runner” como um dos seus filmes preferidos, Ridley Scott não só reconhece a importância pessoal do filme na sua carreira, mas também o seu impacto duradouro no cinema global. A obra é frequentemente referida por críticos e cineastas como um filme que redefiniu os padrões do cinema de ficção científica, influenciando uma geração de cineastas e moldando a estética do género para as décadas seguintes.
“Alien: Romulus” e o Legado de Scott
Enquanto “Alien: Romulus” continua em exibição nos cinemas, Ridley Scott mantém-se presente como uma figura central na franquia “Alien”, tendo dirigido o filme original de 1979 e agora contribuindo como produtor. Esta nova entrada, dirigida por Fede Alvarez, procura honrar o legado de Scott ao trazer novos elementos à franquia, enquanto mantém a atmosfera de tensão e suspense que tornou “Alien” um ícone do terror e da ficção científica.
A presença contínua de Ridley Scott em produções como “Alien: Romulus” e a sua reflexão sobre filmes que marcaram a sua carreira demonstram a sua influência contínua na indústria cinematográfica e o seu compromisso em desafiar e inovar o género de ficção científica.
O novo filme “O Corvo” (2024), dirigido por Rupert Sanders, é uma reinterpretação moderna do clássico cult de 1994. Estrelado por Bill Skarsgård e FKA Twigs, o filme procura trazer uma nova perspetiva à trágica história de vingança de Eric Draven, um homem que retorna do mundo dos mortos para vingar a sua morte e a da sua noiva. Apesar da antecipação em torno deste reboot, a receção do público e da crítica tem sido bastante mista.
As Atuações e o Estilo Visual
Um dos pontos mais elogiados de “O Corvo” (2024) é a atuação de Bill Skarsgård no papel de Eric Draven. Conhecido pela sua habilidade em interpretar personagens complexos, Skarsgård traz uma intensidade única ao papel, equilibrando vulnerabilidade e força em cada cena. Esta representação é complementada pela atuação de FKA Twigs, que apesar de ser a sua estreia no cinema, conseguiu criar uma química convincente com Skarsgård. A sua presença na tela adiciona uma profundidade emocional que é essencial para a narrativa de vingança de Eric.
Além das atuações, o filme é visualmente atraente, com uma estética gótica que faz jus ao espírito do original. As paisagens sombrias e a cinematografia atmosférica, caracterizadas por ruas encharcadas de chuva e uma paleta de cores escuras, remetem diretamente ao estilo noir dos anos 90. Para muitos, esta abordagem visual é um dos grandes pontos fortes do filme, ajudando a criar a atmosfera melancólica e sombria que “O Corvo” exige.
Críticas Negativas e Limitações
Apesar dos elogios à atuação e ao visual, “O Corvo” (2024) tem enfrentado críticas significativas. Muitos apontam que o filme carece de profundidade emocional e que os desafios enfrentados pelos personagens não são suficientemente difíceis para criar uma tensão real. As cenas de ação, por exemplo, são vistas como excessivamente fáceis, sem os obstáculos necessários para manter o público envolvido e emocionalmente investido na história.
Alguns críticos também destacaram que a violência explícita presente no filme pode ser polarizadora. Enquanto alguns espectadores apreciam esta abordagem mais crua e brutal, outros sentem que falta uma justificação narrativa forte para a quantidade de violência mostrada, o que diminui a qualidade geral do filme. Esta falta de uma “curva emocional” adequada torna o filme menos impactante do que o original, que é amplamente lembrado por sua profundidade e capacidade de emocionar
Conclusão: Vale a Pena Ver “O Corvo” (2024)?
Para os fãs do filme original de 1994, esta nova versão de “O Corvo” pode ser uma experiência curiosa, mas talvez não cumpra todas as expectativas. Enquanto as atuações de Skarsgård e Twigs oferecem um novo ângulo interessante, e a estética gótica é bem executada, o filme pode não ter a profundidade emocional necessária para substituir ou rivalizar com o clássico de Brandon Lee. No entanto, para aqueles que apreciam um thriller visualmente estilizado com uma narrativa de vingança, “O Corvo” (2024) ainda pode ser um filme que vale a pena ver.
Caros cinéfilos do Clube de Cinema, preparem-se para uma semana emocionante de novas estreias nos cinemas portugueses. A próxima semana trará uma variedade de filmes que prometem entreter, desafiar e emocionar espectadores de todas as idades. Desde aventuras animadas a dramas intensos e thrillers assustadores, há algo para todos. Aqui estão os destaques das estreias que não vão querer perder!
Estreias a 29 de Agosto de 2024
Um Gato Com Sorte (10 Lives) Esta animação conta a história de um gato que descobre as suas nove vidas. Com um enredo cativante e visuais vibrantes, este filme é uma excelente escolha para toda a família.
Longing: À Descoberta do Passado (Longing) Este drama profundo explora temas de memória e identidade, oferecendo uma experiência cinematográfica emotiva e introspectiva. Com interpretações fortes e uma narrativa envolvente, é um filme para aqueles que apreciam histórias mais profundas.
Campeões 2 (Campeonex) A sequela do popular filme desportivo “Campeões” promete mais risos e emoções. Um filme ideal para quem gosta de comédia com uma dose de espírito desportivo.
O Monge e a Espingarda (The Monk and the Gun) Um filme de ação e aventura que mistura humor e situações inesperadas. Uma opção divertida para quem procura um filme diferente dos tradicionais thrillers de ação.
Estreias a 5 de Setembro de 2024
Hellboy e o Homem Torto (Hellboy: The Crooked Man) A mais recente adição à série Hellboy traz um novo enredo sombrio e misterioso, prometendo ação intensa e elementos de horror. Ideal para quem gosta de um pouco de terror misturado com fantasia.
Beetlejuice Beetlejuice A tão aguardada sequela do clássico filme de comédia e terror dos anos 80. Com um elenco de luxo e uma narrativa cheia de humor negro, esta é uma estreia que certamente atrairá fãs antigos e novos.
Dulcineia Uma fantasia romântica que promete encantar os espectadores com a sua narrativa mágica e visuais deslumbrantes. Perfeito para quem adora uma boa história de amor com um toque de fantasia.
Zona de Risco (Land of Bad) Um thriller de ação repleto de adrenalina, situado em paisagens exóticas, que garantirá que os espectadores fiquem à beira dos seus assentos. Ideal para os amantes de filmes de ação.
Pequenas Grandes Vitórias (Les Petites Victoires) Este filme oferece uma reflexão comovente sobre as pequenas alegrias da vida, com um toque de humor e sensibilidade. Um filme que promete aquecer o coração e provocar algumas lágrimas.
Daddio – Uma Noite em Nova Iorque (Daddio) Um drama intimista que explora a relação única entre dois estranhos durante uma viagem de táxi em Nova Iorque. Um filme que explora a profundidade das conexões humanas.
Preparem-se para uma Semana de Grandes Filmes!
Estas são apenas algumas das opções disponíveis nos cinemas portugueses na próxima semana. Seja qual for o seu género preferido, há algo de novo e emocionante à sua espera. Não perca a oportunidade de assistir a estas estreias e aproveite para compartilhar as suas opiniões connosco!
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Com o anúncio do próximo filme do Superman no Universo DC (DCU), dirigido por James Gunn, surgiu um detalhe que tem causado bastante discussão entre os fãs: o regresso dos calções vermelhos por cima do fato. Esta decisão marca um claro contraste com a versão de Zack Snyder no Universo Estendido da DC (DCEU), onde o super-herói, interpretado por Henry Cavill, não usava os icónicos calções.
Zack Snyder, ao criar a sua versão do Superman em Man of Steel (2013), optou por omitir os calções, justificando esta escolha com uma abordagem mais realista e cultural ao design do fato de Kal-El. Snyder explicou que o fato do Superman no DCEU era uma invenção Kryptoniana, parte da cultura daquele planeta, o que tornava difícil justificar a presença dos calções vermelhos. Ele afirmou que a ideia de um planeta inteiro a vestir as suas roupas de forma semelhante ao Superman, com calções por cima das calças, simplesmente não fazia sentido. Assim, o fato de Superman foi concebido como uma peça única e funcional, eliminando elementos que poderiam parecer antiquados ou “ridículos” no contexto mais sério e sombrio do DCEU.
No entanto, o DCU de James Gunn parece estar a caminhar numa direção diferente, mais alinhada com as raízes clássicas dos quadradinhos. A decisão de trazer de volta os calções vermelhos, que foram expostos em fotografias de bastidores, indica uma mudança de tom que contrasta com a seriedade do DCEU. Enquanto o fato de Snyder era parte de um universo mais austero e focado na identidade alienígena de Kal-El, o novo fato do DCU, que será usado por David Corenswet, parece estar a voltar às origens do herói, com um design mais leve e próximo do que os fãs conhecem dos quadradinhos.
Esta diferença não é apenas estética. O regresso dos calções vermelhos serve como um símbolo de um retorno a uma versão mais otimista e esperançosa do Superman, distanciando-se do tom mais sombrio do DCEU. A nova visão de James Gunn para o DCU pretende explorar mais o lado humano de Clark Kent, e não apenas o seu lado alienígena, o que justifica a escolha de um fato que evoca uma conexão mais forte com o público e com a herança clássica do personagem.
Assim, embora a escolha de Snyder fosse perfeitamente adequada para o universo que ele estava a construir, o regresso dos calções no DCU é uma decisão que faz sentido dentro da nova abordagem que James Gunn está a implementar. Este é um claro exemplo de como diferentes direções criativas podem moldar a imagem de um personagem tão icónico como o Superman, mantendo a relevância e a ligação com as suas várias gerações de fãs.
John Cena, uma figura proeminente tanto no mundo do wrestling como no cinema, recentemente quebrou o silêncio sobre a controversa decisão da Warner Bros. Discovery de cancelar o lançamento de Coyote vs. Acme. Este filme, que prometia uma nova e divertida abordagem à clássica personagem Wile E. Coyote, estava programado para ser uma das grandes apostas da Warner, mas acabou por ser descartado, aparentemente, por razões financeiras.
O filme, dirigido por Dave Green, iria explorar a saga do Coyote enquanto este processava a Acme Corporation devido às repetidas falhas dos seus produtos – um conceito que, por si só, já despertava o interesse de muitos fãs dos Looney Tunes. Com um elenco que incluía Will Forte e John Cena, Coyote vs. Acme tinha tudo para ser um sucesso, especialmente num período em que as comédias familiares parecem estar a perder terreno para outras formas de entretenimento.
Apesar do projeto ter sido cancelado, Cena manteve uma postura diplomática, afirmando que acreditava que a decisão de cancelar o filme foi tomada pelas razões certas, embora admita a sua frustração por não poder partilhar o projeto com o mundo. A sua resposta reflete não apenas a sua maturidade como artista, mas também a compreensão das complexidades do mundo empresarial de Hollywood.
O cancelamento de Coyote vs. Acme levanta questões sobre a atual estratégia da Warner Bros. Discovery, especialmente após a polémica decisão de também cancelar Batgirl e Scoob! Holiday Haunt em busca de benefícios fiscais. Para muitos, incluindo os atores e fãs, estas escolhas parecem representar uma perda significativa para a cultura cinematográfica, apagando potencialmente obras que poderiam ter marcado uma nova era para personagens amados.
Cena, que se prepara para o seu regresso ao universo DC como Peacemaker, continua a navegar estas águas turvas com cautela, mantendo-se positivo enquanto lamenta o destino de um projeto no qual depositou tanta paixão.
Clint Eastwood é um dos nomes mais icónicos do cinema, não só pela sua carreira de décadas como ator e realizador, mas também pela sua habilidade única de transformar simples frases em citações eternas. Em toda a sua filmografia, Eastwood foi um homem de poucas palavras, o que só intensificou o impacto das frases que escolheu dizer. Frases como “Go ahead, make my day” e “Do I feel lucky? Well, do ya, punk?” não são apenas lembradas, são celebradas como símbolos do herói lacónico, duro e implacável que Eastwood frequentemente interpretava.
A eficácia das palavras de Eastwood reside em vários fatores. Primeiro, o seu tom de voz baixo e o seu ritmo deliberado criam uma sensação de tensão, puxando a audiência para cada palavra. Isto contrasta com as performances mais teatrais de outros atores, tornando as suas falas ainda mais poderosas e memoráveis. Além disso, a postura física e a expressão facial de Eastwood, muitas vezes imperturbável, adicionam uma camada de intensidade ao diálogo, onde cada palavra parece carregada de peso e significado.
No entanto, é em Unforgiven que encontramos talvez a sua linha mais profunda e introspectiva: “It’s a hell of a thing, killing a man. You take away all he’s got and all he’s ever gonna have.” Esta frase, dita por William Munny, o personagem de Eastwood, desconstrói toda a glória associada à figura do pistoleiro. É uma reflexão sobre a brutalidade do ato de matar, e como isso não só destrói a vida da vítima, mas também o próprio matador. Aqui, Eastwood transcende o papel do herói típico, questionando os valores que definiram tantos dos seus personagens anteriores.
Com este diálogo, Eastwood não só oferece uma crítica ao mito do Oeste Americano, mas também força a audiência a refletir sobre as consequências da violência. Esta linha, despojada de qualquer glamour, é um lembrete de que cada vida tem valor, e que a violência, mesmo quando justificada, tem um custo tremendo.
Sean Penn é amplamente reconhecido como um dos atores mais talentosos da sua geração, com uma carreira marcada por interpretações intensas e profundamente emocionais. Em 2003, Penn alcançou um dos momentos mais altos da sua carreira ao ganhar o Óscar de Melhor Ator pelo seu papel em “Mystic River”, um drama poderoso realizado por Clint Eastwood. O filme, baseado no romance homónimo de Dennis Lehane, explora como as feridas da infância podem evoluir para uma dor adulta que destrói vidas.
A Trama de “Mystic River”
“Mystic River” centra-se na história de três amigos de infância que cresceram juntos num bairro operário de Boston: Jimmy Marcus (Sean Penn), um ex-presidiário que agora gere uma pequena mercearia; Dave Boyle (Tim Robbins), um trabalhador da classe operária cuja vida foi marcada por um trauma na infância; e Sean Devine (Kevin Bacon), um detetive da polícia. O evento que muda para sempre a vida dos três ocorre quando Dave é raptado por dois homens que fingem ser polícias. Este incidente horrível quebra a inocência dos jovens, com consequências que se estendem até à idade adulta.
Anos depois, o destino dos três volta a cruzar-se de forma trágica quando a filha de Jimmy, Katie (interpretada por Emmy Rossum), é brutalmente assassinada. A investigação do crime é liderada por Sean Devine, que tem de lidar não apenas com a pressão do caso, mas também com as emoções complexas derivadas do seu passado partilhado com Jimmy e Dave. À medida que a investigação avança, Dave torna-se um dos principais suspeitos, exacerbando ainda mais as tensões entre os três homens.
A Interpretação de Sean Penn
No papel de Jimmy Marcus, Sean Penn oferece uma interpretação devastadora e multifacetada que lhe valeu o seu primeiro Óscar de Melhor Ator. Penn retrata Jimmy como um homem consumido pela dor e pela sede de vingança, que luta para manter o controlo enquanto a sua vida se desmorona à sua volta. A dor crua e visceral que Penn transmite é palpável, tornando cada cena em que aparece uma lição de atuação. O momento em que Jimmy descobre o corpo da sua filha é particularmente impressionante, com Penn a canalizar uma angústia tão intensa que se tornou uma das cenas mais memoráveis do cinema contemporâneo.
Penn, conhecido pela sua abordagem meticulosa e imersiva à atuação, trabalhou de perto com Clint Eastwood para criar uma personagem que fosse ao mesmo tempo aterradora e profundamente humana. O próprio Eastwood, um realizador famoso pela sua economia de palavras e pelo seu estilo de direção direto, elogiou Penn pela sua dedicação e pela sua capacidade de se perder completamente no papel.
O Impacto de “Mystic River”
“Mystic River” foi amplamente elogiado pela crítica, não só pela sua realização e guião, mas também pelas performances arrebatadoras dos seus atores principais. Para além de Penn, Tim Robbins também foi galardoado com o Óscar de Melhor Ator Secundário pelo seu papel como Dave Boyle, um homem que luta para lidar com os demónios do seu passado. O filme foi igualmente um sucesso de bilheteira, arrecadando mais de 156 milhões de dólares a nível mundial.
O filme de Clint Eastwood destacou-se pelo seu tom sombrio e realista, uma exploração intensa da dor, culpa e vingança. Eastwood utilizou uma paleta de cores frias e uma cinematografia austera para reforçar o clima de tristeza e inevitabilidade que permeia a narrativa. A banda sonora, composta pelo próprio Eastwood, contribui ainda mais para a atmosfera melancólica, sublinhando o peso emocional das cenas sem nunca se sobrepor à ação.
“Mystic River” permanece, até hoje, como um dos filmes mais poderosos e perturbadores do início do século XXI. A performance de Sean Penn é central para o impacto emocional do filme, consolidando o seu lugar como um dos maiores atores do seu tempo. O filme é uma obra-prima do drama, uma meditação sombria sobre como o passado pode assombrar o presente e como as escolhas feitas sob o peso da dor podem ter consequências devastadoras. Para qualquer amante de cinema, “Mystic River” é uma experiência cinematográfica imperdível, um exemplo brilhante de como o cinema pode explorar as profundezas da condição humana.
O filósofo Aristóteles acreditava que a parte mais importante de um drama era o enredo e a sua capacidade de conectar o público a cada detalhe da história. No cinema, os filmes dramáticos utilizam o simbolismo e o desenvolvimento de personagens para alcançar um resultado que evoca emoções. No entanto, os piores dramas falham em realizar qualquer uma dessas tarefas. O amado e opinativo crítico de cinema, Roger Ebert, seria o primeiro a apontar essas falhas, selecionando uma coleção de dramas que ele acreditava serem os piores de todos os tempos. Alguns desses filmes infames ganharam um lugar na sua lista dos mais odiados, apesar de serem favoritos dos fãs ou clássicos de culto.
Desde dramas históricos classificados como “X” até dramas biográficos e de guerra, as escolhas de Ebert para os piores do género buscaram um público amplo, conquistando alguns, mas nunca Ebert. As suas críticas severas e muitas vezes mordazes destacavam onde esses filmes se tornavam desastrosos, questionando porque alguns espectadores comprariam um bilhete para os ver. Os piores dramas de todos os tempos apresentam ícones de Hollywood e elencos repletos de estrelas, provando que nenhum elenco está a salvo da mordaz opinião de Ebert.
10. ‘Mommie Dearest’ (1981)
Apesar de uma recepção positiva do público e de se ter tornado um clássico de culto, Mommie Dearest recebeu apenas uma estrela de Ebert pela sua representação da relação abusiva entre a estrela de Hollywood Joan Crawford e a sua filha adotiva Christina. Numa performance icónica de Faye Dunaway como Crawford, o filme baseia-se no livro revelador de Christina, que expôs a sua mãe como uma alcoólica egoísta e abusiva. Para Ebert, “o filme nem sequer faz sentido narrativo”, pois carece de ritmo estratégico e estrutura lógica. A crítica de Ebert destacou a falta de profundidade psicológica ao retratar Joan Crawford como um monstro sem explorar as origens do seu comportamento abusivo. O filme é repetitivo e sensacionalista, deixando Ebert e outros críticos desanimados com a sua abordagem superficial ao tema do abuso infantil.
9. ‘The Scarlet Letter’ (1995)
A adaptação de 1995 de The Scarlet Letter ganhou uma crítica de uma estrela e meia de Ebert. Baseado no romance de Nathaniel Hawthorne, o filme tenta transformar uma história de culpa e penitência num romance banal. Hester Prynne (interpretada por Demi Moore) é condenada ao ostracismo na sua comunidade puritana após ter uma filha fora do casamento. O filme toma várias liberdades criativas, incluindo a romantização da relação entre Hester e o Reverendo Dimmesdale, que no livro original é um símbolo de hipocrisia. Ebert criticou duramente as cenas de sexo gratuitas e a transformação de Dimmesdale numa figura mais simpática, perdendo a essência moral do romance e tornando o drama numa narrativa superficial e desprovida de verdadeira carga emocional.
8. ‘Staying Alive’ (1983)
Staying Alive, a sequela de Saturday Night Fever, foi dirigida por Sylvester Stallone e recebeu uma crítica de uma estrela de Ebert. O filme segue Tony Manero (John Travolta) enquanto ele tenta fazer uma carreira na Broadway. Apesar do sucesso comercial, Ebert achou que o filme era uma sombra do seu antecessor, descrevendo-o como uma coleção de clichés sem qualquer substância dramática real. Para Ebert, o filme carecia da autenticidade e do realismo que tornaram Saturday Night Fever um clássico, substituindo o desenvolvimento de personagens por sequências de dança exageradas e um enredo previsível.
7. ‘Purple Hearts’ (1984)
Purple Hearts foi concebido como um drama de guerra, mas acabou por ser um romance de novela. O filme segue a relação entre um cirurgião da Marinha, Don Jardian (Ken Wahl), e uma enfermeira, Deborah Solomon (Cheryl Ladd), durante a Guerra do Vietname. Ebert, que deu ao filme meia estrela, criticou a sua abordagem melodramática e o enredo pouco credível. Em vez de explorar as realidades brutais da guerra, o filme opta por um romance sentimental e previsível, repleto de coincidências impossíveis e diálogos banais. A crítica de Ebert destacou a falta de autenticidade e a forma como o filme banalizou o horror da guerra ao transformá-lo num cenário para uma história de amor simplista.
6. ‘200 Cigarettes’ (1999)
200 CIGARETTES, Ben Affleck, Kate Hudson, Jay Mohr, 1999
Com um elenco repleto de estrelas, incluindo Ben Affleck, Paul Rudd e Christina Ricci, 200 Cigarettes tinha o potencial de ser um sucesso. No entanto, Ebert deu ao filme meia estrela, criticando o seu enredo sem rumo e a falta de desenvolvimento de personagens. Ambientado na véspera de Ano Novo de 1981, o filme tenta explorar temas como o amor e a solidão, mas falha em criar qualquer conexão emocional significativa com o público. Ebert lamentou a falta de química entre o elenco e a má utilização de talentos tão promissores, resultando num filme que, segundo ele, é “vazio e sem alma”.
5. ‘Bolero’ (1984)
Bolero, dirigido por John Derek, é outro filme que Ebert classificou com meia estrela. Este drama romântico segue a jovem Lida MacGillivery (Bo Derek) na sua busca por amor nos anos 1920, envolvendo-se em relações com um xeique marroquino e um toureiro espanhol. Ebert foi implacável na sua crítica, descrevendo o filme como uma sequência de cenas de conteúdo explícito sem qualquer coerência narrativa. Ele criticou o filme por ser uma obra vazia que apenas procura chocar, sem oferecer qualquer valor artístico ou dramático, concluindo que a única utilidade de Bolero seria como um exemplo de como não fazer cinema.
4. ‘Drop Squad’ (1994)
Drop Squad, realizado por David C. Johnson, recebeu apenas meia estrela de Ebert. O filme pretende ser uma crítica social, mas falha na execução. Segue a história de Bruford Jamison Jr., um executivo de publicidade afro-americano que é “reprogramado” por um grupo militante que se opõe às suas campanhas publicitárias degradantes dirigidas à comunidade negra. Ebert criticou o filme pela sua abordagem extremista e simplista ao problema do racismo, acusando-o de promover métodos totalitários como solução. Ele também destacou a falta de subtilidade e nuance no tratamento do tema, tornando o filme mais um exercício de pregação do que uma verdadeira reflexão dramática.
3. ‘The Green Berets’ (1968)
The Green Berets, um drama de guerra dirigido e protagonizado por John Wayne, foi considerado por Ebert como um dos piores filmes sobre a Guerra do Vietname. O filme foi acusado de ser propaganda militarista, ignorando as complexidades morais e políticas do conflito. Ebert deu zero estrelas ao filme, criticando a sua visão simplista do Vietname como uma luta entre “bons e maus”. Ele também apontou a falta de realismo e a glorificação excessiva da guerra, tornando-o, nas palavras de Ebert, “indigno das vidas que foram perdidas naquele conflito”.
2. ‘Mad Dog Time’ (1996)
Mad Dog Time, dirigido por Larry Bishop, é um drama de máfia que também recebeu zero estrelas de Ebert. O filme, estrelado por Richard Dreyfuss e Jeff Goldblum, tenta ser um thriller criminal, mas falha miseravelmente. Ebert criticou o filme pela sua falta de coerência e narrativa, descrevendo-o como uma série de cenas sem sentido onde os personagens simplesmente recitam diálogos sem emoção antes de serem mortos. Para Ebert, o filme foi um desperdício de talento e tempo, uma experiência cinematográfica que ele considerou totalmente desnecessária.
1. ‘Caligula’ (1979)
Caligula, dirigido por Tinto Brass, ocupa o topo da lista dos piores dramas de todos os tempos, segundo Roger Ebert. Este filme histórico e erótico é conhecido pelas suas cenas gráficas de violência e sexo, que incluem desde decapitação até necrofilia. Ebert foi implacável na sua crítica, classificando o filme com zero estrelas e chamando-o de “o pior filme que já vi”. Ele destacou a falta de qualquer valor artístico ou moral, acusando o filme de ser “lixo vergonhoso” tanto em termos de conteúdo quanto de execução. Para Ebert, Caligula não só falhou como drama, mas também como cinema, sendo uma experiência que ele achou repugnante e inútil.
Conclusão
Estas escolhas de Roger Ebert mostram como até os maiores nomes de Hollywood e filmes com grandes orçamentos não estão imunes a críticas severas. A análise de Ebert revela que um bom drama não depende apenas de um elenco forte ou de uma premissa interessante, mas sim de uma execução eficaz que conecte o público de forma significativa.
O lendário Ranger do Texas está prestes a dizer adeus aos seus fãs. A série Walker, que trouxe nova vida ao icónico personagem imortalizado por Chuck Norris, prepara-se para encerrar a sua jornada com a quarta e última temporada, prometendo uma conclusão emocionante e repleta de ação. A estreia está marcada para o dia 26 de agosto, às 22h10, em exclusivo no TVCine Emotion.
Nesta temporada final, cinco meses após o término da terceira temporada, encontramos Cordell Walker, interpretado por Jared Padalecki (Supernatural), num período de grandes mudanças. Os seus filhos começam a seguir os seus próprios caminhos, o romance com Geri (Odette Annable) aprofunda-se e a agitação cresce no quartel-general dos Rangers. No entanto, enquanto Walker tenta ajustar-se a este novo capítulo da sua vida, um fantasma do seu passado ressurge com intenções destrutivas. O assassino em série conhecido como “O Chacal” está de volta, ameaçando não só a vida de Walker mas também daqueles que lhe são mais próximos.
A série, criada por Anna Fricke (Everwood, Dawson’s Creek, Being Human), tem sido aclamada por trazer uma nova perspectiva ao personagem do Ranger do Texas, misturando elementos de ação, intriga policial e drama familiar. Nesta última temporada, o elenco, liderado por Padalecki, inclui também Ashley Reyes, Keegan Allen, Molly Hagan, Violet Brinson, Coby Bell, Jeff Pierre, Mitch Pileggi, Odette Annable e Kale Culley.
Os fãs da série terão a oportunidade de acompanhar o desfecho de Walker todas as segundas-feiras, às 22h10, no TVCine Emotion. A pergunta que permanece é: será este realmente o último capítulo na história do Ranger do Texas?
A Lionsgate foi recentemente envolvida numa controvérsia significativa ao ser forçada a retirar o trailer do tão aguardado filme de Francis Ford Coppola, Megalopolis. O motivo? A inclusão de citações falsas de críticos de cinema renomados, que nunca foram pronunciadas ou escritas nas suas críticas originais. Esta gafe gerou um pedido de desculpas público por parte do estúdio, tanto aos críticos afetados quanto ao icónico realizador, cuja carreira é amplamente celebrada por filmes como O Padrinho e Apocalypse Now.
O trailer, que estreou na segunda-feira, apresentava supostas citações de críticas passadas sobre as obras-primas de Coppola. Estas citações, que sugeriam uma crítica negativa de filmes que mais tarde se tornaram clássicos, pareciam ter o objetivo de sublinhar que Coppola já havia sido subestimado antes, apenas para provar que os críticos estavam errados. No entanto, conforme foi primeiro revelado pelo Vulture, nenhuma dessas citações negativas era autêntica.
Entre as citações falsificadas incluídas no trailer estavam afirmações atribuídas a Andrew Sarris, que teria descrito O Padrinho como “um filme desleixado e auto-indulgente”, e a Pauline Kael, que supostamente afirmou que o filme era “diminuído pelo seu excesso de arte”. Outras críticas falsificadas incluíam Vincent Canby, do The New York Times, que alegadamente teria chamado Apocalypse Now de “oco no seu núcleo”, e Roger Ebert, que teria acusado Drácula de Bram Stoker de ser “mais estilo do que substância”. No entanto, estas declarações não aparecem nas críticas originais dos referidos críticos.
A resposta da Lionsgate foi rápida, com o estúdio a emitir um comunicado em que expressa remorsos pelo erro. “A Lionsgate está a retirar imediatamente o nosso trailer de Megalopolis. Oferecemos as nossas mais sinceras desculpas aos críticos envolvidos e a Francis Ford Coppola e à American Zoetrope por este erro inaceitável no nosso processo de verificação. Cometemos um erro. Lamentamos profundamente”, declarou um porta-voz da Lionsgate.
Megalopolis, que estreou em maio no Festival de Cannes com uma impressionante ovação de 10 minutos, tem sido uma das produções cinematográficas mais discutidas de 2024. Apesar da calorosa receção do público no festival, a resposta dos críticos foi mista, refletindo a natureza divisiva do filme. Coppola, que dedicou décadas a realizar este épico de $120 milhões, viu o seu projeto enfrentar desafios, tanto na produção quanto na receção crítica. A Lionsgate, que se envolveu como distribuidora, enfrenta agora um constrangimento adicional com este incidente relacionado com o marketing do filme.
Apesar de o trailer ter sido removido da página oficial da Lionsgate, ainda está disponível em contas de terceiros no YouTube, perpetuando a polémica. Este incidente destaca a sensibilidade necessária no processo de promoção de filmes, especialmente quando envolve figuras icónicas como Francis Ford Coppola, cuja obra se encontra profundamente enraizada na história do cinema.
Ian McKellen, o aclamado ator britânico conhecido pelos seus papéis icónicos em filmes como O Senhor dos Anéis e X-Men, recentemente enfrentou uma das experiências mais aterradoras da sua carreira. Aos 85 anos, durante uma performance no teatro Noël Coward em Londres, McKellen sofreu uma queda grave que o obrigou a abandonar a peça e a refletir sobre a sua saúde e segurança no palco.
O incidente ocorreu em junho, quando McKellen estava no segundo mês de uma temporada da peça Player Kings, onde interpretava Falstaff, uma das personagens mais complexas de Shakespeare. Durante uma cena de luta, o ator viu-se em apuros ao tropeçar numa cadeira e deslizar sobre folhas de jornal espalhadas pelo palco. Num movimento descontrolado, McKellen caiu da ribalta diretamente no colo de um espectador na primeira fila, resultando numa fratura no pulso e em vértebras lascadas.
Em entrevista recente à Saga Magazine, McKellen partilhou que a queda foi “horrível” e que ainda vive as consequências do acidente. “Ainda sinto dores agonizantes nos ombros devido ao impacto que o meu corpo sofreu,” confessou o ator, que permanece em recuperação com um colar cervical e a mão direita imobilizada. No entanto, McKellen revelou que o fato de gordo que usava para interpretar Falstaff foi, de certa forma, a sua salvação. “O fato salvou as minhas costelas e outras articulações, por isso considero-me sortudo,” disse ele.
Apesar da gravidade do acidente, McKellen não se deixa abater pela ideia de que a idade possa ter sido um fator determinante na sua queda. “Não me sinto culpado pelo acidente, mas continuo a dizer a mim mesmo que não sou demasiado velho para atuar e que foi apenas um acidente infeliz,” afirmou, garantindo que não perdeu a consciência durante a queda, nem experienciou tonturas antes de cair.
O impacto emocional da queda também não pode ser ignorado. McKellen admitiu que “reviveu a queda” inúmeras vezes e que a experiência foi extremamente perturbadora. “Foi muito angustiante. O fim não significou a minha morte, mas sim a minha participação na peça,” lamentou o ator, que teve de abandonar a produção, sendo substituído pelo seu substituto, David Semark.
Apesar da sua vontade inicial de regressar à produção, o estado de saúde de McKellen impediu-o de voltar aos palcos para finalizar a temporada. Dias após o acidente, o ator expressou gratidão aos médicos, especialistas e enfermeiros que o trataram, e uma porta-voz do teatro Noël Coward afirmou na altura que McKellen era esperado para uma “recuperação rápida e completa”. No entanto, o ator optou por se retirar do espetáculo para focar na sua recuperação.
O incidente levanta questões importantes sobre a segurança de atores mais velhos em papéis fisicamente exigentes, especialmente em ambientes teatrais onde os riscos de acidentes são elevados. Ian McKellen, uma figura reverenciada no mundo do teatro e cinema, demonstra que mesmo os mais experientes artistas não estão imunes a desafios inesperados. No entanto, a sua determinação em não deixar que o acidente defina o seu futuro artístico é uma prova do seu compromisso inabalável com a arte da interpretação.
Alicia Silverstone, a estrela de Hollywood que ganhou fama pelo seu papel como Cher no icónico filme “Clueless” de 1995, recentemente causou preocupação entre os seus seguidores nas redes sociais após partilhar um vídeo onde aparentemente consome uma fruta potencialmente venenosa. A atriz, agora com 47 anos, partilhou o vídeo no seu Instagram, onde mordeu uma pequena fruta laranja, semelhante a um tomate-cereja, antes de pedir ajuda aos seus seguidores para identificar o que estava a comer.
No vídeo, Silverstone é vista a morder a fruta enquanto está de pé numa rua em Inglaterra, com a planta visível do outro lado de uma cerca. A atriz, intrigada, comentou: “Descobri algo que não consigo identificar e preciso da vossa ajuda. Acabei de morder porque estava na rua e estávamos a discutir se isto era um tomate ou não. Definitivamente não é, porque olhem para estas folhas.”
Após mostrar as folhas da planta, Silverstone pergunta aos seus seguidores: “O que é isto?” Ainda curiosa, a atriz morde a planta uma segunda vez e mostra o interior do fruto, revelando sementes maiores do que as de um tomate do mesmo tamanho. Ela conclui: “Não acho que devessem comer isto, é quase como um pimento, alguém sabe o que é? Estou em Inglaterra.”
Este vídeo rapidamente suscitou preocupação entre os seus seguidores, que começaram a especular sobre a fruta em questão. Muitos identificaram-na como Solanum pseudocapsicum, comumente conhecida como cereja-de-Jerusalém. Este fruto é levemente venenoso, e a Royal Horticultural Society alerta que pode ser “prejudicial se ingerido”. Nas redes sociais, os fãs de Silverstone não tardaram em expressar a sua preocupação. Um deles escreveu: “É venenoso. Não comas isso.” Outro alertou: “NÃO comas bagas selvagens ou cogumelos ou outras ‘coisas estranhas’. Quero que estejas segura e saudável!” Um terceiro seguidor identificou a planta: “É uma cereja-de-Jerusalém. Não comas!”
A situação levou a atriz a publicar uma atualização no dia seguinte, na qual tranquilizou os seus seguidores: “Viva e bem! Não se preocupem… Não engoli.” Esta resposta veio como um alívio para muitos dos seus fãs que estavam preocupados com as possíveis consequências da ingestão do fruto.
A cereja-de-Jerusalém, mencionada no guia de 2022 da Horticultural Trades Association sobre plantas potencialmente perigosas, é listada como prejudicial se ingerida por humanos ou animais. Este incidente destaca a importância de se estar informado ao consumir plantas desconhecidas, especialmente quando se está fora do ambiente familiar.
Alicia Silverstone, além do seu papel em “Clueless”, também apareceu em outros filmes populares como “Batman & Robin” (1997) e “Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed” (2004). Nos anos seguintes, a atriz tornou-se uma defensora ativa do veganismo e do bem-estar animal, frequentemente partilhando conteúdo relacionado com estilo de vida saudável nas suas redes sociais.
Este episódio, embora tenha terminado sem consequências graves, sublinha o impacto que as redes sociais podem ter, tanto na disseminação de informações como na amplificação de preocupações. Silverstone, ao lidar com a situação com transparência e humor, conseguiu não só tranquilizar os seus seguidores, mas também reforçar a necessidade de cautela ao interagir com o mundo natural.