O que era para ser um simples pedido de renovação de visto transformou-se num pesadelo de 12 dias para a atriz canadiana Jasmine Mooney, que acabou detida pelas autoridades norte-americanas de imigração (ICE) e sujeita a condições degradantes.

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Mooney, que participou numa das sequelas de “American Pie”, foi presa ao tentar regularizar a sua situação na fronteira entre os EUA e o México, e relata que foi tratada como uma criminosa, sem direito a advogado e sujeita a condições “desumanas”.

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Agora em liberdade, a atriz pretende dar voz a centenas de mulheres que conheceu na detenção, muitas delas presas sem aviso após anos a viverem legalmente nos EUA.

Uma Viagem ao Inferno: Da Fronteira ao Centro de Detenção

O pesadelo de Mooney começou quando, a 3 de março de 2025, se dirigiu a San Diego, na Califórnia, para pedir a renovação do seu visto de trabalho.

A atriz explicou que já tinha tido problemas anteriores com a imigração, pois o seu envolvimento com uma marca de bebidas nos EUA foi considerado “suspeito” por um agente fronteiriço, levando à revogação do seu visto.

Mesmo assim, estava confiante de que poderia resolver a situação. Mas assim que tentou o pedido, foi detida.

“Assumi que me iriam apenas mandar de volta para o Canadá e comecei a procurar voos. Foi então que um homem se aproximou de mim…”, descreve.

De seguida, foi levada para uma sala de interrogatório, revistada e informada de que estava oficialmente detida.

“As luzes nunca se apagavam, nunca sabíamos que horas eram e ninguém respondia às nossas questões”, escreve no artigo publicado no The Guardian.

A atriz passou dois dias nesta cela, até ser transferida para um centro do ICE em San Diego, onde ficou mais três dias.

Depois, foi levada para um centro de detenção em San Luis, no Arizona, onde permaneceu até ser libertada 12 dias depois.

“Dormíamos Enroladas em Folha de Alumínio Como Corpos Mortos”

Durante o tempo que esteve presa, Mooney relata condições desumanas.

“Dormi enrolada numa folha de alumínio, como se fosse um corpo morto, durante dois dias e meio”, disse à ABC News.

Afirmou ainda que os próprios guardas ficaram chocados com a sua presença na detenção.

“Viam-me e perguntavam: ‘O que estás aqui a fazer? És canadiana. Como é que vieste parar aqui?’”

A pior parte, segundo Mooney, foi perceber que muitas das mulheres que conheceu estavam na mesma situação, mas sem recursos ou apoio mediático.

“Eu tinha um passaporte canadiano, advogados, dinheiro, amigos, família e até políticos a defenderem-me. Mesmo assim, fui detida por quase duas semanas. Imaginem o que acontece a quem não tem esses privilégios”, desabafou.

Libertação Só Aconteceu Após Pressão Mediática

Mooney acredita que só foi libertada porque a sua história chegou aos media.

“O meu agente do ICE disse ao meu advogado que eu poderia ter saído mais cedo se tivesse assinado um formulário, mas eles nunca me disseram isso”, afirma.

Agora de regresso ao Canadá, a atriz não quer esquecer as mulheres que conheceu na prisão e está empenhada em usar a sua voz para expor as falhas do sistema de imigração norte-americano.

“Muitas destas mulheres estavam há anos a viver e trabalhar legalmente nos EUA. Mas, de repente, os seus vistos não foram renovados e foram presas sem aviso. O sistema destruiu as suas vidas sem qualquer explicação”, denuncia.

A sua experiência levanta questões preocupantes sobre os métodos de detenção do ICE e expõe as dificuldades de imigrantes que, mesmo com toda a documentação, podem acabar atrás das grades sem aviso prévio.

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