Um festival que já faz parte da paisagem cultural açoriana
O mês de Dezembro traz novamente à ilha do Pico um dos eventos mais vibrantes do calendário cultural açoriano: a décima edição do AnimaPIX, o festival dedicado à animação que, ao longo de uma década, transformou a Biblioteca Auditório da Madalena num ponto de encontro privilegiado entre cineastas, artistas, curiosos e amantes do cinema animado.
De 2 a 6 de Dezembro, a ilha mais alta de Portugal volta a ser palco de projecções, conversas, encontros e celebrações em torno da arte da animação — uma área em que os Açores têm vindo a afirmar nomes, talentos e produções cada vez mais relevantes.
Uma conversa imperdível com figuras maiores da animação portuguesa
Um dos momentos mais aguardados desta edição acontece na sexta-feira, 5 de Dezembro, às 16h30, no emblemático Cella Bar: uma conversa aberta com o júri do festival, composto por dois nomes maiores da animação portuguesa, Abi Feijó e Regina Pessoa — esta última madrinha do festival e ilustradora do cartaz comemorativo dos dez anos do AnimaPIX.
Mas isto é apenas o início:
— Estarão também presentes os cinco vencedores do Prémio AnimaPIX 2021-2025, um verdadeiro “dream team” da animação nacional:
Alexandra Ramires, Alice Eça Guimarães, João Gonzalez, Laura Gonçalves e Maria Trigo Teixeira.
— Juntam-se ainda Cláudio Jordão e António Alves, que apresentam os seus projectos mais recentes no grande ecrã do festival.
— E como se isto não bastasse, participam ainda convidados especiais como Fernando Galrito (MONSTRA) e Elsa Cerqueira, vencedora do Global Teacher Prize.
O encontro promete uma tarde de troca de ideias, reflexão sobre o percurso da animação portuguesa e inspiração para novos criadores. Toda a programação pode ser acompanhada através da página oficial do festival:
👉 https://www.facebook.com/animapixfestival/
Depois da animação, chega o Montanha Pico Festival
Com o fim do AnimaPIX, os holofotes voltam-se para Janeiro, mês em que regressa o Montanha Pico Festival, que celebra em 2025 a sua 12.ª edição. O festival ocupa três ecrãs diferentes na ilha, num verdadeiro circuito cultural que homenageia o cinema de temática montanhosa, ao mesmo tempo que reserva espaço para a produção açoriana.
Uma das grandes novidades desta edição é a secção especial “O Melhor de Portugal 2024-2025”, composta por cinco longas-metragens seleccionadas por Terry Costa, director artístico do evento. A programação pode ser acompanhada aqui:
👉 https://www.facebook.com/MontanhaPicoFestival
A revista/programa oficial encontra-se igualmente disponível online:
👉 https://issuu.com/miratecarts/docs/revista_47_miratecarts
Planos para 2027: um novo encontro audiovisual açoriano
Terry Costa revela ainda que já está em preparação a 3.ª edição do Encontro Audiovisual Açoriano, que decorrerá de 8 a 10 de Janeiro de 2027. O destaque dessa edição será dedicado a “New Bedford — Além da Comunidade”, reforçando a ligação histórica e cultural entre os Açores e as comunidades emigrantes.
O triunfo de FIRST DATE: um marco para o cinema do Pico
Entre os motivos de celebração, destaca-se também a vitória do filme FIRST DATE, de Luís Filipe Borges, que recebeu no passado sábado o prémio de Melhor Curta Açoriana no festival Curta Açores — Ribeira Grande.
A obra, vencedora do Prémio Curta Pico MiratecArts, já percorreu mais de 40 festivais em 15 países, arrecadando 18 prémios. É a primeira ficção produzida pela equipa, depois de três documentários, e foi filmada inteiramente na ilha do Pico, tornando-se um verdadeiro cartão-de-visita da capacidade criativa açoriana.
Um ciclo de cinema que reforça a identidade cultural açoriana
Entre a celebração dos 10 anos do AnimaPIX, a chegada do Montanha Pico Festival, os projectos futuros e as vitórias recentes da produção local, fica claro que o Pico se afirma cada vez mais como um pólo criativo de referência. A aposta contínua na animação, no cinema montanhoso e no audiovisual regional reforça a imagem de uma ilha que vive a cultura de forma intensa, orgulhosa e profundamente comunitária.
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E, se depender da energia de Terry Costa e dos artistas que por aqui passam, o futuro promete ainda mais histórias contadas a partir do meio do Atlântico — com personalidade, ambição e uma identidade cinematográfica muito própria.



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