James Franco confirmou recentemente que a sua amizade de longa data com Seth Rogen terminou, encerrando uma relação pessoal e profissional de duas décadas. Durante uma entrevista à revista Variety no Festival de Cinema de Roma, Franco admitiu que já não mantém contacto com Rogen, lamentando a perda de uma amizade que foi, durante anos, uma das mais sólidas e visíveis em Hollywood. “Não falo com o Seth. Adoro-o, vivemos 20 anos incríveis juntos, mas acho que terminou,” revelou Franco. Apesar de admitir que tentou restaurar a relação, o ator disse que, apesar das tentativas de reconciliação, parece que ambos seguiram caminhos separados.
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A amizade entre Franco e Rogen começou no início dos anos 2000, quando se conheceram nas gravações da série de culto “Freaks and Geeks”. O duo colaborou em vários filmes de comédia que se tornaram marcos do género, como “Pineapple Express” (2008), “This Is The End” (2013) e “The Disaster Artist” (2017), o qual foi muito elogiado pela crítica e marcou o auge da parceria entre ambos. O seu humor irreverente e a química nas telas fizeram com que Franco e Rogen se tornassem uma dupla inseparável em Hollywood, com uma relação que parecia inabalável. Contudo, a parceria não resistiu às controvérsias que surgiram nos últimos anos.
Em 2018, James Franco foi acusado de assédio e abuso sexual por várias ex-alunas das suas aulas de representação. As alegações, que incluíam acusações de manipulação e comportamento inadequado, mancharam a reputação do ator e abalaram a sua carreira. Em 2021, após anos de batalhas judiciais e uma investigação mediática intensa, Franco chegou a um acordo financeiro, pagando mais de dois milhões de euros em indemnizações para encerrar o caso. Este período turbulento marcou um ponto de viragem na relação com Rogen, que, embora não tenha comentado publicamente todas as acusações, afirmou que não planeava voltar a trabalhar com o ex-amigo.
Numa entrevista em 2021, Rogen abordou a questão, dizendo que, embora continuasse a ser defensor das vítimas de assédio e abuso, as circunstâncias tornaram inviável a possibilidade de voltar a colaborar com Franco em futuros projetos. “Não tenho planos para trabalhar com ele,” disse Rogen, deixando implícito que o fim da amizade foi uma decisão difícil, mas necessária, dadas as alegações que pesavam sobre Franco. Esta revelação chocou fãs da dupla, que viam na amizade entre ambos um símbolo de lealdade e companheirismo dentro da indústria cinematográfica.
Para Franco, o afastamento de Rogen representa uma perda significativa. “Não foi por falta de tentativa,” admitiu o ator à Variety, referindo que tentou expressar a importância que o amigo teve na sua vida e carreira, sem sucesso. O ator parece resignado ao fim de uma das suas relações mais importantes, reconhecendo que a amizade terminou. Esta situação serve também como um lembrete do impacto que as acusações de má conduta podem ter nas relações pessoais e profissionais em Hollywood, especialmente num contexto de crescente responsabilização e transparência com o movimento #MeToo.
Apesar da separação, a contribuição de Franco e Rogen para a comédia americana não será esquecida, com um legado de filmes que moldaram a cultura pop e deixaram uma marca no género. A relação entre ambos, que parecia à prova de tudo, acabou por não resistir à realidade complexa da vida pessoal e profissional de Hollywood.
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