O mês de setembro promete ser uma verdadeira celebração do cinema português, com quase dez filmes nacionais a estrear nas salas de cinema. Entre ficções, documentários e coproduções internacionais, o cinema português mostra a sua vitalidade e diversidade criativa, oferecendo uma vasta gama de narrativas e estilos para todos os gostos.
Duas das primeiras estreias do mês incluem “Dulcineia”, de Artur Serra Araújo, e “A Morte de uma Cidade”, de João Rosas. “Dulcineia”, uma ficção baseada no romance “O Ano Sabático” de João Tordo, apresenta um enredo intrigante onde dois músicos, um contrabaixista e um pianista, enfrentam o mistério de terem composto, acidentalmente, uma obra musical idêntica. Com um elenco de luxo que inclui António Parra, Alba Baptista e Nuno Nunes, o filme promete ser um mergulho profundo nas coincidências e nos encontros inusitados da vida.
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Por outro lado, “A Morte de uma Cidade” é um documentário que explora a transformação urbana de Lisboa através da história de um antigo estaleiro no Bairro Alto que foi convertido em apartamentos de luxo. Esta obra de João Rosas, produzida pela Terratreme Filmes, oferece uma reflexão sobre a gentrificação e as mudanças urbanas que têm moldado a capital portuguesa nos últimos anos. O filme já ganhou o prémio de Melhor Documentário Doc Alliance em 2023 e foi bem recebido no festival DocLisboa, onde teve a sua estreia.
Na semana seguinte, a 12 de setembro, chegam mais duas estreias portuguesas: “Rei Ubu” e “A Pedra Sonha Dar Flor”. “Rei Ubu”, realizado por Paulo Abreu, é uma adaptação da peça homónima de Alfred Jarry, uma sátira política que explora os excessos do poder e a corrupção. O filme conta com as interpretações de Miguel Loureiro e Isabel Abreu, e promete trazer uma abordagem visualmente ousada e provocadora para o grande ecrã.
“A Pedra Sonha Dar Flor”, de Rodrigo Areias, é baseado nas obras do escritor Raul Brandão e centra-se na personagem de K. Maurício, um escritor mergulhado nas suas próprias criações literárias enquanto se debate com os limites da realidade e da ficção. Este filme oferece uma abordagem poética e introspectiva, que certamente irá cativar os apreciadores de cinema mais contemplativo.
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Outra estreia aguardada é “Grand Tour”, de Miguel Gomes, que conquistou o prémio de Melhor Realização no Festival de Cinema de Cannes. Este filme de ficção segue Edward, um funcionário público que foge da sua vida monótona numa viagem melancólica pela Ásia no início do século XX. Rodado em preto e branco, “Grand Tour” mistura narrativas históricas com imagens contemporâneas, criando uma tapeçaria visual única que promete ser uma das grandes revelações do cinema português deste ano.
Finalmente, na última semana de setembro, o público poderá assistir a “Chuva de Verão”, de António Mantas Moura, e “Ospina Cali Colômbia”, de Jorge de Carvalho. “Chuva de Verão” é uma narrativa sobre amizade e os desafios das relações humanas ao longo do tempo, enquanto “Ospina Cali Colômbia” é um documentário que explora a vida e obra do cineasta colombiano Luis Ospina, oferecendo uma perspetiva única sobre o cinema e a cultura latino-americana.
Com uma programação tão diversificada, setembro promete ser um mês imperdível para os amantes de cinema português. Desde adaptações literárias a documentários sociais, passando por filmes de época e sátiras políticas, há algo para todos os gostos. Esta é uma oportunidade de ouro para descobrir e apoiar o talento nacional nas grandes telas.
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