“The Death of Bunny Munro” está a comover a crítica internacional com uma interpretação arrebatadora de Matt Smith e um mergulho brutal na masculinidade segundo Nick Cave. Agora, a grande questão: quando é que chega a Portugal?
Como fã devoto de Nick Cave — da música à escrita, passando pelo seu talento singular para retratar as sombras humanas — e admirador do trajecto cada vez mais impressionante de Matt Smith no cinema e na televisão, este novo projecto é daqueles que mexem connosco ainda antes de lhe tocarmos. The Death of Bunny Munro, adaptação do romance homónimo de Cave, está a ser descrito pela crítica lá fora como devastador, íntimo e absolutamente inesquecível.
E, ao centro de tudo, Matt Smith. O antigo Doctor — e, segundo muitos críticos britânicos, o melhor da era moderna — volta a provar que é um actor muito mais diverso e ousado do que o público casual imagina. A crítica do The Guardian, que está a gerar grande discussão, chama-lhe “pitch-perfect”, um daqueles desempenhos que ficam colados à pele dias depois de o episódio terminar.
Um estudo brutal de masculinidade — com ternura no meio do caos
A minissérie de seis episódios, com durações a variar entre 30 e 50 minutos (ou seja, sem engonhanços, sem enchimentos e sem aquela sensação de que a história está a ser esticada), acompanha Bunny Munro: vendedor ambulante de cosméticos, mulherengo compulsivo e homem em colapso moral.
Após o suicídio da mulher, Bunny arrasta o filho de nove anos para uma viagem pela costa sul inglesa — uma espécie de “road movie” emocional onde tudo o que está por resolver explodirá inevitavelmente. O jovem Rafael Mathé, como Bunny Jr., está a ser amplamente elogiado como uma revelação “absolutamente devastadora”.
Lá fora, os críticos destacam a forma como Matt Smith encarna a violência latente, a vulnerabilidade e a herança tóxica de masculinidade passada de pai para filho. Nick Cave, no livro e agora nesta adaptação, disseca homens que confundem desejo com poder, e fuga com identidade. E fá-lo com aquela mistura de poesia soturna e crueldade emocional que só ele domina.
Onde está a série a ser exibida no estrangeiro?
- Reino Unido: Sky Atlantic e plataforma Now
- Austrália: Binge
A recepção tem sido extremamente positiva, com destaque repetido para a coragem formal da série, o equilíbrio entre ternura e brutalidade e a capacidade de Matt Smith para sustentar um personagem tão desagradável como tragicamente humano.
E em Portugal? Vai estrear cá? No streaming? Na televisão?
Neste momento, ainda não existe confirmação oficial de distribuição em Portugal. Nem a Sky, nem a HBO Max, nem a Prime Video, nem a Netflix anunciaram qualquer plano de aquisição.
No entanto, há alguns sinais que ajudam a prever o que pode acontecer:
A Sky Atlantic tem histórico de chegar a Portugal através da HBO Max.
Não é regra absoluta — mas vários títulos da Sky acabam por ser licenciados para a HBO Max, sobretudo minisséries britânicas de prestígio.
Probabilidade: Moderada/Alta.
A Now (UK) partilha conteúdos ocasionalmente com a SkyShowtime.
Ainda que menos frequente, já aconteceu. Como The Death of Bunny Munro é uma produção britânica forte com actor popular, não seria uma surpresa.
Probabilidade: Moderada.
3. A série pode ser adquirida por canais de cabo portugueses.
A RTP2, o TVCine e o NOS Studios têm histórico de comprar dramas britânicos prestigiados, sobretudo adaptações literárias.
Probabilidade: Moderada.
Neste momento, o cenário mais provável é que a HBO Max acabe por ser o destino português, possivelmente algures em 2026, caso a negociação avance.
A ausência de anúncio oficial sugere que as negociações ou ainda decorrem, ou aguardam desempenho internacional para fechar contratos de distribuição secundária.
Vale a pena ficar atento? Absolutamente
Com a crítica a declarar que The Death of Bunny Munro é “arrasadora”, “simplesmente brilhante” e “uma das melhores interpretações da carreira de Matt Smith”, estamos perante uma série com forte probabilidade de conquistar atenção significativa assim que aterrar no nosso mercado.
E para quem acompanha Nick Cave não apenas como músico mas como criador literário, esta adaptação parece captar exactamente aquilo que o torna tão único: a humanização do horrível, a poesia escondida no grotesco e o lado luminoso que insiste em sobreviver mesmo no meio do desespero.
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Assim que surgir qualquer confirmação sobre distribuição portuguesa — seja streaming ou televisão — posso preparar de imediato um artigo completo para o Clube de Cinema sobre a chegada da série a Portugal.



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