Sete anos depois, o temível extraterrestre regressa ao grande ecrã. A Disney aposta forte com Badlands, mas o sucesso comercial ainda está longe de garantido.
O mais letal caçador do cinema está de volta. Predator: Badlands, o novo capítulo da saga de ficção científica, chega finalmente às salas de cinema a 7 de Novembro — o primeiro lançamento em grande ecrã da franquia em sete anos. Depois do sucesso crítico de Prey (2022), lançado exclusivamente na Hulu, a Disney e a 20th Century Studios esperam que o realizador Dan Trachtenberg consiga devolver o poder de fogo da série ao box office.
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Mas será suficiente? As previsões iniciais não são encorajadoras. De acordo com o Box Office Theory, Badlands deverá estrear-se com valores entre os 17 e os 25 milhões de dólares nos Estados Unidos — um número modesto para uma superprodução que, segundo analistas, poderá ter custado cerca de 80 milhões.
O Passado Pesa… e o Futuro Também
Desde o filme original de 1987, protagonizado por Arnold Schwarzenegger, a saga Predator nunca conseguiu atingir o estatuto financeiro da sua “prima” intergaláctica, Alien. Mesmo o título mais rentável da série, Alien vs. Predator (2004), arrecadou “apenas” 177 milhões de dólares em todo o mundo.
As restantes aventuras têm mantido receitas globais próximas dos 100 milhões, um valor respeitável mas longe de justificar grandes orçamentos. Predators (2010) e The Predator (2018) abriram ambos com cerca de 25 milhões de dólares e fecharam com resultados mundiais entre 127 e 160 milhões.
Para a Disney, Badlands precisa de números substancialmente mais altos para ser considerado um sucesso. O estúdio mira, no mínimo, o desempenho de Alien: Romulus, que estreou com 42 milhões e ultrapassou os 350 milhões em bilheteira global.
Uma Nova Era, Um Novo Predador
Ambientado num futuro distante, Predator: Badlands segue um jovem Predador (interpretado por Dimitrius Schuster-Koloamatangi) banido do seu clã e forçado a lutar pela sobrevivência num planeta hostil. O destino cruza-o com Thia, uma andróide da corporação Weyland-Yutani — interpretada por Elle Fanning —, numa ligação direta ao universo de Alien.
A aposta em Fanning e na ligação entre as duas sagas é uma clara jogada estratégica da Disney, que tenta transformar Predator numa marca tão global e rentável quanto a de Ridley Scott. Além disso, o filme recebeu uma classificação PG-13, o que poderá atrair um público mais jovem e ampliar o alcance comercial.
O Desafio do Regresso ao Cinema
O grande obstáculo de Badlands poderá ser o próprio histórico recente da franquia. O êxito de Prey no streaming consolidou a ideia de que Predator é uma saga “para ver em casa”, o que complica o regresso à experiência cinematográfica.
A estreia chega, aliás, num período morno para o box office, logo após o Halloween — uma altura em que o público pode estar ansioso por um blockbuster, mas também distraído por estreias concorrentes, como The Running Man e Now You See Me: Now You Don’t, agendadas para a semana seguinte.
Ainda assim, o filme de Trachtenberg conta com uma base de fãs fiel e com o potencial de um bom word of mouth. Se a crítica e o público reagirem positivamente, Predator: Badlands pode transformar-se na surpresa de fim de ano que a Disney tanto precisa.
Resta saber se o caçador voltará a ser a presa — ou se conseguirá finalmente reclamar o trono de rei do sci-fi de ação.



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