De Cannes a Hollywood
A Academia de Cinema de Espanha anunciou que Sirât, de Oliver Laxe, será o filme que representará o país na corrida ao Óscar de Melhor Filme Internacional na 98.ª edição dos prémios da Academia. A escolha recaiu sobre o vencedor do Prémio do Júri em Cannes 2025, impondo-se a Romería, de Carla Simón, e Sorda, de Eva Libertad, que também integravam a shortlist.
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Uma busca no meio da noite eterna
O filme acompanha um homem (Sergi López) e o seu filho (Bruno Núñez Arjona), que viajam até às montanhas do sul de Marrocos à procura de Mar, filha e irmã desaparecida meses antes durante uma rave. Munidos de fotografias e mergulhados em noites infindáveis de música eletrónica, pai e filho entram num mundo de liberdade desconcertante. O rasto leva-os até um grupo de ravers que se dirige ao deserto, em busca de uma última festa — e da esperança de reencontrar a jovem perdida.
No elenco estão ainda Richard Bellamy, Stefania Gadda e Joshua Liam Henderson, ao lado de Sergi López, veterano do cinema europeu, e do jovem Bruno Núñez Arjona.
Uma produção internacional com ADN espanhol
Sirât é uma produção original da Movistar Plus+, em colaboração com Filmes da Ermida, El Deseo, Uri Films e 4a4 Productions. A distribuição em Espanha é da Bteam Pictures, enquanto as vendas internacionais estão a cargo da The Match Factory. Nos Estados Unidos, a estreia ficará a cargo da Neon.
O peso da escolha
O anúncio foi feito pelo cineasta Pablo Berger (Robot Dreams, nomeado ao Óscar em 2024), acompanhado pelo presidente da Academia Espanhola, Fernando Méndez-Leite. A decisão sucede à candidatura do ano passado, Saturn Return, de Isaki Lacuesta e Pol Rodríguez, que não chegou à shortlist.
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Com o impacto já conquistado em Cannes e a próxima exibição no Festival de San Sebastián, Sirât chega à temporada de prémios com forte visibilidade internacional. A questão agora é se conseguirá o feito histórico de voltar a colocar o cinema espanhol entre os nomeados aos Óscares.



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