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Bring Her Back — O Novo Terror da A24 que Está a Chocar o Mundo (e a Fazer Espectadores Desmaiar)

A24 volta a provocar arrepios com um filme onde Sally Hawkins brilha no meio da insanidade… e do terror físico mais grotesco

⚠️ Aviso: este filme não é para os fracos de estômago. Literalmente.

Depois do sucesso surpreendente de Talk to Me, os irmãos australianos Danny e Michael Philippou estão de regresso com Bring Her Back, o seu novo mergulho no terror sobrenatural — e este vem com tudo: cultos, sangue, gritos, crianças problemáticas, e uma Sally Hawkins absolutamente arrepiante.

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Aliás, para os mais sensíveis, talvez o nome da atriz britânica — duas vezes nomeada ao Óscar — seja a última âncora emocional antes do filme se transformar numa espiral de loucura, dor e horror visceral. Literalmente visceral. Num dos momentos mais marcantes da obra (e não é um exagero), houve quem desmaiasse nas salas de cinema nos EUA e na Austrália. Agora, é a vez dos britânicos — e, esperemos, dos portugueses em breve — enfrentarem este desafio sensorial.

Um filme que começa com uma forca… e só piora a partir daí

A primeira cena já dá o tom: imagens granuladas de rituais de um culto com pessoas torturadas e enforcadas. Não há aquecimento, não há “introdução simpática” — Bring Her Back mergulha-nos imediatamente numa atmosfera de pânico, acompanhada por uma banda sonora dissonante e um design sonoro de Emma Bortignon que é, sem exagero, perturbador.

A história segue Andy (Billy Barratt) e Piper (Sora Wong), dois meios-irmãos que encontram o pai morto na banheira. Passam a viver com Laura, uma ex-orientadora educacional interpretada por Hawkins com um entusiasmo quase psicótico. A casa é caótica, cheia de tralha, isolada nas colinas, e habitada também por Oliver, um menino mudo com comportamentos… digamos, não recomendados para antes de jantar.

Sally Hawkins: de musa de Del Toro a encarnação do desassossego

A prestação de Sally Hawkins é, como seria de esperar, brilhante e desconfortável. A sua personagem oscila entre o acolhimento maternal e o desequilíbrio absoluto, tratando Piper como substituta da filha falecida e desfazendo Andy com comentários passivo-agressivos cada vez mais inquietantes. Mas o verdadeiro motor do horror é Oliver. Desde comer moscas a bater nos vidros como um animal selvagem, o rapaz protagoniza a tal cena que levou alguns a saírem da sala.

Não a vamos descrever aqui. Mas a crítica britânica resume bem: é “body horror clássico, daqueles que nos fazem ter pesadelos com a quebra de ossos e o som de algo a rasgar por dentro”.

Entre o terror puro e a metáfora do luto

Tal como já vimos em obras recentes da A24, como Hereditário ou A Lenda do Demónio, o terror não é só estético: é existencial. Bring Her Back é também um retrato cru do luto, da culpa, da necessidade de substituição e da erosão emocional que certos traumas podem provocar. É um filme sobre dor, mas contado como um pesadelo febril.

Ainda assim, nem tudo é perfeito. O argumento por vezes escorrega em soluções óbvias — há uma porta trancada que é tão previsível como inevitável — e o título talvez prometa mais mistério do que realmente entrega. Mas a viagem é intensa o suficiente para que o destino final nem incomode tanto.

Conclusão

Se procuras terror de fácil digestão, Bring Her Back não é o teu filme. Mas se és daqueles que ainda tem pesadelos com The RingThe Babadook ou Talk to Me, então prepara-te: este filme vai ficar contigo durante dias — ou pelo menos até te esqueceres do som daquele estalido ósseo horrível.

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A24 volta a entregar um filme visualmente marcante, psicologicamente devastador e, claro, com aquele toque de terror físico que desafia os limites do que se pode mostrar no grande ecrã. E se achavas que Sally Hawkins não podia ser assustadora… é porque ainda não viste este filme.

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