Gwyneth Paltrow Assume a “Reputação Gelada” — e Revela Porque a Imagem Pública Dói Mais do que Parece

Gwyneth Paltrow sempre foi um enigma para o público: ao mesmo tempo elegante e distante, admirada e alvo de críticas intensas, actriz vencedora de Óscar e empresária que polariza como poucas. Agora, numa entrevista profunda ao The Hollywood Reporter, a fundadora da Goop abriu um raro espaço de vulnerabilidade — e admitiu algo que muitos há décadas insinuam: a sua reputação “gelada” não é totalmente descabida.

Paltrow, que integra o elenco de Marty Supreme, novo filme de Josh Safdie protagonizado por Timothée Chalamet, reconhece que muito do que as pessoas projectam nela nasce das suas origens. Criada no Upper East Side, filha da actriz Blythe Danner e do realizador Bruce Paltrow, afilhada de Steven Spielberg, a actriz descreve-se como alguém com “raízes WASP, Mayflower, filiação na Daughters of the American Revolution” — um pedigree cultural que, segundo ela, não só moldou quem é, como alimentou críticas de elitismo desde o início da carreira.

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A actriz confessa que essas percepções, por vezes distorcidas, tiveram um peso inesperado na sua vida adulta. “É traumático estar à mercê das projecções dos outros quando não têm nada a ver com quem realmente és”, diz Paltrow. Como personalidade “Enneagram 1”, com tendência para a auto-exigência, a actriz sempre sentiu necessidade de corrigir o que considera mal-entendidos injustos — até perceber que isso era uma batalha perdida.

Hoje, trabalha esse desconforto em terapia. O conceito central tem um nome curioso: “evil shadow”, uma parte sombria da psique onde vive a raiva reprimida. Para Paltrow, aprender a aceder a esse espaço é uma forma de libertação. “Quando entro nessa energia, deixo de me preocupar com as percepções erradas. Há liberdade nisso”, afirma. A actriz tenta agora trocar a reacção automática de defesa por uma atitude mais crua e honesta: “Não me interessa.”

A sua reputação, claro, não caiu do céu. Biografias e perfis têm descrito Paltrow como uma figura “fria”, “distante” e até comparável a Anna Wintour pela postura austera. A autora Amy Odell, que entrevistou mais de 200 pessoas para a biografia Gwyneth, afirma que o público que a vê nos talk shows não imagina a versão mais incisiva, crítica e selectiva que muitos dizem ter conhecido nos bastidores. Mas Odell também sublinha o que a torna tão fascinante: a rara combinação entre talento, controlo, presença pública e uma herança emocional complexa herdada dos pais.

Paltrow reconhece que a viragem na opinião pública aconteceu em 2008, quando lançou a primeira newsletter da Goop. Num pré-Instagram, pré-Substack, pré-tudo, a actriz foi rapidamente acusada de pretensão por algo tão simples quanto partilhar conselhos de bem-estar. “As pessoas pensaram: ‘O que é que ela está a fazer? Isto é estranho’. E isso destabilizou a caixa onde sempre me quiseram colocar”, recorda.

Apesar do barulho, a actriz diz ter chegado finalmente à fase de “ignorar o ruído” — algo que tenta transmitir aos filhos, Apple e Moses, e aos enteados do marido Brad Falchuk. “Passei anos a tentar agradar. Não quero isso para eles. Quero que sejam plenamente eles próprios e que não queiram saber do que os outros pensam.”

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A imagem pública de Gwyneth Paltrow pode continuar marcada pela ideia de frieza — mas, ironicamente, é difícil imaginar uma entrevista mais calorosa, honesta e emocional do que esta. Por trás do mito da estrela “inalcançável”, talvez sempre tenha estado alguém apenas a tentar respirar à sua maneira.

Daniel Stern, o Lendário Marv de Sozinho em Casa, Quebrou o Silêncio — e Explicou Por que Abandonou Hollywood

Trinta e cinco anos depois do lançamento de Home Alone (Sozinho em Casa), um dos filmes mais queridos do cinema natalício, Daniel Stern — o inesquecível Marv, parceiro de crime de Harry (Joe Pesci) — decidiu falar abertamente sobre a sua vida longe das câmaras. E, à semelhança da própria comédia, a realidade é surpreendentemente simples, humana e até comovente.

Aos 68 anos, Stern vive numa quinta na Califórnia. É produtor de citrinos, criador de gado e, segundo ele próprio, alguém que encontrou paz longe da azáfama cinematográfica. Quando questionado pela People sobre o facto de não participar nos eventos oficiais que assinalam os 35 anos do filme, o actor foi directo: “Eu não saio da minha quinta.” Não há ressentimentos, nem desencanto com a indústria — apenas a preferência genuína por uma vida discreta. “É sem ofensa para o filme. Estou disponível para uma chamada telefónica, Zoom, o que for. Mas sou mesmo caseiro.”

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Apesar da distância, Stern garante que continua profundamente orgulhoso de ter participado naquele que muitos consideram o pináculo dos filmes de Natal. O carinho do público, no entanto, ainda o deixa atordoado. “Adoro saber que toda a gente o adora. Pessoas reais vêm ter comigo e dizem: ‘Amamos o filme’. Às vezes é um pouco avassalador.”

O actor recorda com clareza o impacto da primeira leitura do argumento. Escrito por John Hughes, o texto era para ele “o guião mais engraçado” que alguma vez tinha lido. “Estava a rebolar no chão a rir enquanto o lia”, confessa. Mas Stern sublinha que o charme de Home Alone não estava apenas no humor físico ou nas peripécias de Kevin McCallister (Macaulay Culkin). Era o equilíbrio raro entre comédia e emoção. “Era tão engraçado, mas também tão cheio de coração… o reencontro, o vizinho que salva o rapaz, a mãe que volta para casa… era tudo tão emocional.”

Ao longo de uma hora de caos muito bem coreografado, Stern e Pesci tornaram-se uma dupla icónica — dois ladrões incompetentes cuja química, exagero e timing cómico continuam a fazer rir gerações inteiras. Mas o actor admite que, apesar de saberem que estavam a fazer algo especial, ninguém poderia prever a longevidade do fenómeno. “Eu tinha esperança de que estivéssemos a fazer um grande filme. Mas não fazia ideia — ninguém podia — da vida que isto teria.”

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Hoje, longe dos holofotes, Daniel Stern continua a ser Marv para o mundo inteiro, mesmo que prefira a tranquilidade de tratar das suas árvores e do seu gado. Talvez haja nisso um eco da própria magia de Natal: às vezes, os heróis improváveis encontram o seu final feliz onde menos se espera.

Scarlett Johansson em Conversações para The Batman Part II: A Estrela Pode Estar Prestes a Entrar no Universo de Matt Reeves

A carreira de Scarlett Johansson atravessa um dos momentos mais impressionantes das últimas décadas — e isso é dizer muito para uma actriz que já foi nomeada duas vezes ao Óscar e que protagonizou alguns dos maiores fenómenos do cinema recente. Este verão brilhou em Jurassic World: Rebirth, prepara-se para conquistar o circuito de festivais com Eleanor The Great, e em 2025 liderará o novo The Exorcist de Mike Flanagan. Agora, segundo o Deadline, a actriz está em negociações finais para integrar The Batman Part II, de Matt Reeves, numa potencial estreia no universo da DC que está a incendiar a internet.

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As informações ainda estão envoltas em sigilo — não se sabe em que ponto estão as negociações nem qual seria a personagem destinada a Johansson — mas há algo que já parece claro: Reeves quer uma presença de peso ao lado de Robert Pattinson, que regressa como Bruce Wayne/Batman nesta sequela tão aguardada. A escolha faz sentido. Johansson tem experiência sólida em adaptações de banda desenhada, depois de ter participado em oito filmes do MCU, entre Iron Man 2 e Black Widow. Domina o registo físico, dramático e simbólico destas personagens, e isso abre um leque vasto de possibilidades dentro do universo sombrio de Gotham.

A galeria de mulheres marcantes associadas ao Cavaleiro das Trevas é extensa e particularmente rica: Poison IvyHarley QuinnHuntressTalia al Ghul… todas elas figuras complexas e suficientemente densas para justificar a presença de uma actriz com o calibre e a versatilidade de Johansson. A ausência prevista de Zoë Kravitz como Catwoman, segundo a Variety, só reforça a ideia de que Reeves poderá estar à procura de uma nova energia feminina para redefinir as dinâmicas emocionais e morais do seu universo.

O caminho até The Batman Part II não tem sido simples. O filme foi anunciado pouco depois da estreia de The Batmanem 2022, mas viu a sua data de lançamento oscilar repetidamente: primeiro 2025, depois 2026 e, finalmente, outubro de 2027. Só há cerca de seis meses é que Reeves e o co-argumentista Mattson Tomlin concluíram o guião, que foi rapidamente aprovado por James Gunn, agora responsável pela supervisão criativa da DC Studios. A produção está oficialmente marcada para a Primavera de 2026, o que indica que Reeves tem finalmente os elementos alinhados para avançar.

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Se a entrada de Scarlett Johansson se confirmar, o projecto ganha imediatamente outra dimensão mediática e criativa. A actriz combina prestígio, apelo popular e uma capacidade invulgar para equilibrar intensidade emocional com presença física — ingredientes perfeitos para o tom noir que Reeves definiu no primeiro filme. Teremos revelações nos próximos meses, mas uma coisa é certa: a simples possibilidade de Johansson entrar em Gotham já gerou mais excitação do que muitos anúncios oficiais dos últimos anos.

Até lá, continuamos à espera — playlist de Nirvana preparada, eyeliner negro à mão — por mais pistas sobre aquilo que Reeves e Tomlin têm vindo a preparar no silêncio meticuloso com que constroem cada passo deste universo.

Médico que Forneceu Ketamina a Matthew Perry Condenado a Dois Anos e Meio de Prisão

A morte de Matthew Perry, em outubro de 2023, continua a gerar repercussões judiciais — e emocionais. O primeiro dos cinco arguidos ligados ao fornecimento ilegal de ketamina ao actor foi agora condenado. Trata-se do médico Salvador Plasencia, de 44 anos, que admitiu ter distribuído a substância ao actor nas semanas que antecederam a tragédia. A sentença: dois anos e meio de prisão, além de dois anos de liberdade condicional.

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A juíza Sherilyn Peace Garnett não poupou palavras durante a leitura da sentença, afirmando que Plasencia e os restantes envolvidos “ajudaram Perry a seguir caminho para aquele desfecho ao continuarem a alimentar a sua dependência”. O médico, em lágrimas, pediu desculpa à família do actor e reconheceu a gravidade da sua conduta, descrevendo-a como “o maior erro” da sua vida. “Eu devia tê-lo protegido”, disse, antes de ser levado da sala algemado, sob o pranto da própria mãe.

Segundo o processo, Perry estava a receber ketamina legalmente como tratamento para depressão, mas procurou obter mais doses de forma não supervisionada. Plasencia não forneceu a dose que causou a morte do actor, mas foi responsável por várias entregas anteriores, cobradas sob o argumento de que Perry estaria disposto a pagar “milhares em dinheiro vivo”, como revelam mensagens trocadas entre os envolvidos.

A família do actor — incluindo a mãe, Suzanne Perry, o padrasto Keith Morrison, o pai John e a meia-irmã Madeleine — marcou presença e apresentou declarações duríssimas. Suzanne descreveu os responsáveis como “chacais” e confrontou directamente Plasencia pela mensagem em que este chamou Perry de “moron”. “Não há nada de imbecil naquele homem,” afirmou, sob emoção. A família insistiu que o médico não cometeu “um erro isolado”, mas sim uma série de decisões conscientes que ignoravam o histórico público de dependência do actor, numa procura egoísta por lucro.

Outros quatro arguidos no caso — a traficante Jasveen Sangha (“Ketamine Queen”), o assistente de Perry, Kenneth Iwamasa, e os médicos Mark Chavez e Erik Fleming — aceitaram acordos de culpa e aguardam sentença nos próximos meses.

Matthew Perry lutou contra dependências ao longo de décadas, tendo falado abertamente sobre o assunto no livro Friends, Lovers and the Big Terrible Thing. A sua morte, aos 54 anos, deixou fãs e colegas devastados. Perry tornou-se um ícone mundial como Chandler Bing em Friends, série que protagonizou durante dez temporadas e que continua a ser vista diariamente por milhões de pessoas em todo o mundo.

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No tribunal, Madeleine Morrison, meia-irmã do actor, resumiu a perda num frase simples, mas devastadora:

“O mundo chora o meu irmão. Ele era o amigo favorito de toda a gente.”

James Cameron Admite: Um Novo Terminator em 2025 É “Muito Difícil” — Porque o Mundo Já Ultrapassou a Ficção Científica

Enquanto promove Avatar: Fogo e Cinza, James Cameron tem sido obrigado a falar não apenas de Pandora e IA, mas também do inevitável espectro que o acompanha desde 1984: Terminator. E, pela primeira vez em muito tempo, o realizador deixou claro que um novo filme da saga em 2025 é altamente improvável — não por falta de vontade, mas por algo mais profundo: o nosso mundo já ultrapassou o que antes era ficção científica.

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A saga presa num limbo desde 2019 — mas Cameron quer regressar à escrita

Depois de Dark Fate, a franquia ficou suspensa, sem caminho claro e sem consenso sobre o futuro. Cameron, que continua ligado criativamente ao legado que criou, garante que está a preparar um novo capítulo… mas com cautela extrema.

Mesmo que não realize o próximo filme, afirma que será ele a escrever o novo Terminator — e esse processo não vai acontecer em ritmo acelerado. Com Avatar: Fogo e Cinza a dominar o seu presente e um calendário completamente preenchido com múltiplos projectos, Cameron admite que só depois de cumprir essa “maratona azul” é que se sentará para repensar o futuro da saga.

“Estamos a viver num mundo de ficção científica”

A grande barreira, explica ele, não tem a ver com orçamento, nem com estúdio, nem sequer com desgaste de público. O verdadeiro problema é conceptual.

Segundo Cameron:

“A ficção científica avançou e está a ultrapassar-nos. Estamos a viver num mundo de ficção científica e a enfrentar problemas que antes só existiam em livros ou filmes. Agora são reais.”

O que Terminator representava em 1984 — uma visão presciente, quase profética, sobre máquinas autónomas, vigilância e inteligência artificial — tornou-se hoje, de certa forma, parte do quotidiano.

Cameron chega a dizer que já não é possível ser “tão premonitório” como naquela época, porque o futuro se move depressa demais. Ninguém sabe o que vai acontecer dentro de um ou dois anos, e é precisamente essa incerteza que o leva a querer esperar antes de regressar ao universo dos exterminadores.

Entre Avatar, Alita e Hiroshima: um realizador com mais projetos do que tempo

O calendário criativo de Cameron é quase tão épico quanto os mundos que imagina. Depois de Avatar: Fogo e Cinza, o realizador tem pela frente:

  • Alita: Battle Angel 2
  • Avatar 4 e Avatar 5
  • A adaptação de The Last Train from Hiroshima
  • A adaptação de Ghosts of Hiroshima

Está também a planear colaborar com outros realizadores, funcionando como produtor ou argumentista em vários destes títulos — o que coloca Terminator num delicado jogo de prioridade criativa.

Apesar disso, Cameron insiste: o novo Terminator vai acontecer, mas não em 2025 e não antes de o mundo estabilizar o suficiente para que a ficção possa voltar a olhar para o futuro com a mesma distância crítica que tornou o original tão visionário.

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O futuro dos exterminadores depende do futuro… real

Num momento em que a própria IA começa a desafiar limites éticos, tecnológicos e culturais, Cameron quer garantir que, quando Terminator regressar, será relevanteinteligente e verdadeiro para o tempo em que vivemos. E isso exige que a ficção volte a ganhar terreno sobre a realidade — algo que, para já, considera impossível.

Para os fãs, a espera continua.

Para Cameron, o futuro… ainda está a ser escrito.

“Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out” Falha nas Bilheteiras — O Pior Arranque da Saga Antes da Estreia na Netflix

A Netflix volta a enfrentar um dilema já familiar: filmes concebidos para o streaming conseguem gerar entusiasmo real nas salas de cinema?

No caso de “Acorda, Defunto: Um Mistério Knives Out”, a resposta — pelo menos por agora — parece ser um sonoro não.

O terceiro capítulo da saga criada por Rian Johnson, protagonizada pelo detective Benoit Blanc, estreia no streaming a 12 de dezembro, mas recebeu antes uma exibição limitada nos Estados Unidos e noutros mercados. E os resultados ficaram muito aquém das expectativas: apenas 4 milhões de dólares nos primeiros cinco dias.

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Este número representa o pior desempenho inicial da trilogia, e coloca em evidência o desafio contínuo da Netflix em transformar o interesse online em receita de bilheteira.

Um contraste gritante com os filmes anteriores

Quando Knives Out estreou em 2019, arrecadou 313 milhões de dólares globalmente e gerou mais de 13 milhões nos primeiros cinco dias — um arranque forte que comprovou o apetite do público por mistérios modernos à moda de Agatha Christie.

O segundo filme, lançado já sob o acordo milionário da Netflix, obteve 15 milhões no mesmo período, mesmo com uma janela de exibição curta antes de chegar ao streaming.

Agora, com “Acorda, Defunto”, a quebra é evidente: menos de um terço dos números do segundo capítulo. A estratégia híbrida — limitar o lançamento nos cinemas enquanto se prepara o impacto principal no streaming — pode estar a perder eficácia, sobretudo porque o público sabe que a espera até à estreia digital é mínima.

Acordo com a Netflix: uma bênção ou um obstáculo?

O acordo que garantiu à Netflix os direitos do segundo e terceiro filmes trouxe prestígio para a plataforma e assegurou a continuidade da saga. Mas também levantou questões importantes.

Será que o público está disposto a pagar bilhete para ver algo que estará disponível em casa numa questão de dias?

E até que ponto a curta janela teatral afeta a percepção de exclusividade ou urgência?

No caso de Acorda, Defunto, a resposta parece clara. A expectativa existe — mas o incentivo para ir ao cinema, não.

E o que significa isto para o futuro de Benoit Blanc?

Rian Johnson continua a trabalhar dentro da fórmula que tornou Knives Out um sucesso crítico e comercial: humor afiado, sátira social, elenco de luxo e reviravoltas construídas ao detalhe. O fraco desempenho nas bilheteiras não reflecte necessariamente falta de interesse pelo filme, mas sim uma mudança na forma como o público interage com títulos associados directamente ao streaming.

A verdadeira prova será quando o filme estrear na Netflix, onde a saga tem um público global e devoto. É aí que Acorda, Defunto terá oportunidade de mostrar o seu valor — longe das comparações box office que já não fazem sentido no novo ecossistema da plataforma.

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Se Benoit Blanc perdeu nos cinemas, pode muito bem vencer nos salões de casa.

Os Destaques da Prime Video para Dezembro: Um Mês Cheio de Séries Explosivas, Cinema de Autor e Muito Espírito Festivo

Dezembro chega à Prime Video com um alinhamento que parece pensado para agradar tanto a fãs de séries de grande escala, como a amantes de cinema, thrillers psicológicos, adaptações literárias e até novelas portuguesas reinventadas. É um mês cheio, variado e estrategicamente posicionado para fechar 2025 com força — e abrir o novo ano com discussões quentes nas redes sociais.

A plataforma confirmou oficialmente todas as estreias do mês, e há três títulos que se destacam antes de qualquer lista: o regresso de Fallout para a sua segunda temporada, a chegada de Human Specimens, adaptação do perturbador romance de Kanae Minato, e a estreia de Depois da Caçada, o novo thriller psicológico realizado por Luca Guadagnino com Julia RobertsAndrew Garfield e Ayo Edebiri no centro de um escândalo académico envolto em moralidade fracturada.

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Mas isto é apenas o início. O catálogo de dezembro traz estreias semanais, filmes para compra e uma variedade de géneros capaz de manter o streaming aceso até à passagem de ano.

O que já chegou à plataforma: drama nacional e thriller de autor

Entre os títulos já disponíveis encontra-se Ninguém Como Tu, um remake português que ousa transformar uma novela de enorme sucesso numa série com ambição contemporânea, centrada em temas de desejo, poder e finitude. A história de Luísa Albuquerque — uma mulher confrontada com a própria mortalidade e obrigada a repensar tudo aquilo que acreditava controlar — apresenta um tom mais psicológico do que melodramático, abrindo caminho para novas leituras emocionais.

Outro destaque imediato é Depois da Caçada, uma das longas mais antecipadas da temporada. Guadagnino regressa ao formato thriller, explorando a queda de máscaras numa academia universitária onde segredos pessoais e ambições silenciosas se entrelaçam numa narrativa de tensões crescentes. É um filme que promete dividir público, levantar discussões éticas e acrescentar mais um capítulo à filmografia inquietante do realizador.

As estreias que chegam ao longo do mês

A partir de 1 de dezembro, o catálogo começa a ganhar ritmo com o documentário The Merchants of Joy, um retrato caloroso das famílias que sustentam a tradição natalícia das árvores de Natal em Nova Iorque. Tradição, sobrevivência e relações intergeracionais misturam-se num objecto de cinema que une quotidianos modestos ao espírito festivo.

Logo a seguir, chegam duas propostas para compra que prometem mobilizar públicos diferentes: TRON: Ares, que expande o universo digital para o mundo real com um novo protagonista enviado numa missão de risco, e Downton Abbey: O Grande Final, que encerra de vez a saga da aristocrática família Crawley na década de 1930.

No campo da ficção familiar, há espaço para comédias natalícias leves como Oh. What. Fun., com Michelle Pfeiffer, uma aventura sazonal que brinca com o caos das famílias numerosas, e Merv, que devolve ao Natal uma história de reconciliação através de um cão deprimido com a separação dos donos — delicado, simples e emocional.

Dezembro recebe também uma dose de drama sentimental com Diz-me Baixinho, onde relações antigas, primeiros amores e dilemas familiares regressam em força depois de anos de separação.

O mês dos regressos: Fallout e Human Specimens

O maior acontecimento televisivo do mês é, sem dúvida, a chegada de Fallout – Temporada 2, a 17 de dezembro. Depois do estrondo da primeira temporada, esta nova entrada leva os personagens ao deserto de Mojave e à mítica New Vegas, prometendo mais brutalidade radioactiva, humor negro e crítica social mascarada de ficção pós-apocalíptica.

No dia seguinte, estreia Human Specimens, a aguardada adaptação do romance Confessions de Kanae Minato. A série mergulha na confissão tenebrosa de um professor que admite ter usado seis rapazes — incluindo o próprio filho — em experiências macabras. Trata-se de um thriller psicológico denso, moralmente incômodo e emocionalmente devastador, daqueles que promete conversas intensas no final de cada episódio.

O fecho do mês: assassinatos, conspirações religiosas e vingança sobrenatural

A partir de 22 de dezembro, o tom da Prime Video fica mais sombrio. Miss Sophie – Same Procedure As Every Yearmistura romance proibido com investigação criminal num ambiente aristocrático do início do século XX. O filme Conclave, por sua vez, expõe as tensões internas da Igreja ao seguir um cardeal envolvido numa teia de poder durante a eleição de um novo Papa.

E o último dia do ano apresenta um trio particularmente forte: a estreia da clássica série Arrow, o filme de acção A Casa da Armadilha, e uma das estreias mais esperadas de dezembro: a nova versão de O Corvo, centrada no renascimento vingativo de Eric Draven e Shelly Webster. A lenda da banda desenhada ganha vida novamente — sombria, violenta e carregada de misticismo.

Filmes adicionais para compra

Alguns lançamentos do mês também estarão disponíveis exclusivamente para compra: Goat, sobre rivalidade desportiva e construção de legado; Sempre Tu, centrado na relação fracturada entre mãe e filha após uma tragédia; e A Casa Mágica da Gabby: O Filme, uma aventura para os mais novos cheia de cor, fantasia e espírito natalício.

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Dezembro na Prime Video é um mês para todos os gostos

De thrillers negros a aventuras pós-apocalípticas, passando por dramas familiares, documentários de época festiva, comédias natalícias e séries de culto, a Prime Video entra no mês com uma aposta notavelmente abrangente. A diversidade do catálogo — e a força dos títulos principais — faz de dezembro um dos melhores meses da plataforma em 2025.

Se o streaming é também uma forma de fechar o ano em alta, então a Prime Video assegura que ninguém fica sem algo para ver — seja para rir, chorar, arrepiar ou simplesmente desligar do mundo.

James Gunn Reage a Polémica: Orçamento de Supergirl Não Chega Aos 200 Milhões, Garante o Realizador

O universo cinematográfico da DC ainda nem arrancou oficialmente sob a nova liderança criativa de James Gunn, mas já está a enfrentar a primeira tempestade — e tudo por causa de números que, segundo o próprio, não passam de ficção.

Nos últimos dias, um artigo da Forbes garantiu que o filme Supergirl custaria cerca de 200 milhões de dólares à Warner Bros. Discovery só em trabalhos de pré-produção, um valor que gerou surpresa e reacções imediatas entre fãs e insiders. A notícia espalhou-se rapidamente, levantando dúvidas sobre a estratégia financeira da DC Studios num momento em que a empresa tenta equilibrar ambição criativa com contenção orçamental.

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James Gunn não deixou a polémica ganhar fogo. Confrontado com a informação na rede social Threads, o cineasta respondeu de forma directa e sem rodeios: “não há qualquer verdade nesse número.” Sem entrar em detalhes, nem revelar qual será de facto o orçamento, Gunn fez questão de desmentir a narrativa antes que a especulação ganhasse vida própria.

A resposta foi concisa, mas eficaz. Ao evitar fornecer quantias específicas, Gunn protege o segredo industrial do estúdio enquanto clarifica que os valores divulgados são substancialmente exagerados. A DC tem sido alvo de escrutínio intenso desde as falhas comerciais de vários projectos anteriores, pelo que qualquer menção a orçamentos descontrolados reacende imediatamente o debate sobre sustentabilidade — e Gunn, consciente disso, não parece disposto a deixar rumores definirem o discurso em redor do seu novo universo.

O novo Supergirl, protagonizado por Milly Alcock (conhecida de House of the Dragon) e com Jason Momoa no elenco, chega aos cinemas no final de junho de 2026. Embora pouco se saiba sobre o enredo, espera-se uma abordagem mais sombria e emocional da heroína, alinhada com o tom do renovado DCU que Gunn está a construir ao lado de Peter Safran.

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Uma coisa é certa: se a polémica em torno do orçamento começar a perder força, será apenas para dar lugar à próxima onda de curiosidade — afinal, com Gunn, cada projecto da DC vem sempre embalado numa mistura de esperança, ansiedade e expectativas colossais. Por agora, o realizador quer deixar claro apenas isto: 200 milhões? Nem pensar.

“Back to Black”: A Vida, a Dor e o Génio de Amy Winehouse Chegam ao TVCine

Há artistas cuja voz não pertence apenas ao seu tempo — pertence ao mundo. Amy Winehouse foi uma dessas figuras irrepetíveis, dona de uma expressão musical que misturava vulnerabilidade, irreverência e uma intensidade emocional impossível de imitar. Agora, a sua história volta a ganhar vida no biopic Back to Black, que o TVCine Top estreia a 7 de dezembro, às 21h15, numa sessão que promete emocionar fãs e curiosos.

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Realizado por Sam Taylor-Johnson, o filme traça a viagem completa da artista: dos primeiros anos em Camden, onde o talento desabrochava ao ritmo dos bares e das ruas londrinas, à tempestade global provocada pelo álbum que lhe deu nome e que moldou uma geração inteira. Back to Black não se limita a revisitar canções — reconstrói o percurso humano por detrás da lenda, expondo a ascensão meteórica, o brilho raro e as sombras profundas que acompanharam Amy Winehouse ao longo da vida.

O nascimento de uma estrela — e de uma ferida aberta

O filme segue Amy nos tempos em que era apenas uma jovem com uma voz inconfundível e uma determinação feroz. Em Londres, é retratada a ambição crua, o humor, o talento natural e aquela melancolia que, mesmo antes da fama, parecia já morar dentro dela. O lançamento de Back to Black transforma-a numa superestrela mundial e rende-lhe cinco Grammys, mas também marca o início de uma pressão que ninguém — muito menos alguém tão sensível — consegue suportar sem consequências.

A narrativa não foge aos episódios trágicos da sua vida: dependências, instabilidade emocional, exposição mediática feroz e a relação turbulenta com Blake Fielder-Civil. O filme retrata o contraste entre uma artista de génio e uma mulher profundamente vulnerável, esmagada por forças muito maiores do que ela.

Marisa Abela dá corpo e alma a Amy

No papel de Winehouse está Marisa Abela, cuja transformação física e emocional impressionou crítica e público, culminando numa nomeação para o BAFTA Rising Star Award. A actriz não tenta imitar Amy; tenta compreendê-la. E é essa abordagem — íntima, ferida, confessional — que dá força ao filme. A sua performance não reencena apenas uma carreira; tenta chegar ao coração de alguém cuja vida foi tragicamente curta, mas artisticamente fulgurante.

Uma homenagem moldada pela música

A banda sonora, assinada por Nick Cave e Warren Ellis, acrescenta profundidade emocional à história. O trabalho dos dois músicos, habituados a compor para narrativas sombrias e íntimas, encaixa na perfeição com o universo Winehouse. É música que amplifica feridas e memórias, que ressoa como cicatriz, que honra o legado sem o suavizar.

Uma história que continua a doer — e a encantar

Amy Winehouse morreu em 2011, aos 27 anos, deixando para trás um legado esmagador e uma ausência que continua a ser sentida. Back to Black assume plenamente essa dualidade: é uma celebração da sua arte e um luto pela sua perda. É um filme que procura compreender, mais do que justificar; recordar, mais do que reescrever.

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Para quem amou Amy, para quem apenas a descobriu depois, para quem reconhece no cinema um lugar onde vidas reais podem ser revisitadas com emoção e respeito, Back to Black é uma estreia obrigatória.

A não perder: domingo, 7 de dezembro, às 21h15, no TVCine Top e TVCine+.

Do YouTube a Hollywood: O Longa-Metragem de “Portrait of God” Une Dois Mestres do Horror

O que começou por ser uma curta perturbadora e minimalista ganhou corpo suficiente para chegar a Hollywood. O viral Dylan Clark conquistou milhões de espectadores com a sua curta-metragem Portrait of God. Agora, esse projecto vai ser transformado numa longa-metragem pela Universal Pictures — com a produção conjunta de dois titãs do terror contemporâneo: Jordan Peele e Sam Raimi. A colaboração marca a primeira vez que ambos assinam juntos um projecto, e isso já por si coloca o filme entre os lançamentos mais aguardados.

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Segundo os anúncios oficiais, Clark regressa como realizador, com argumento seu em parceira com o roteirista Joe Russo. A premissa central mantém-se: uma jovem religiosa, ao preparar uma apresentação sobre uma pintura misteriosa intitulada “Portrait of God”, vê a sua fé posta em causa quando a imagem parece revelar algo aterrador — uma presença que uns dizem ser Deus, mas que outros descrevem como algo sombrio. A curta versou sobre medo, dúvida e revelação; o filme quer escavar essas camadas e transformá-las num horror de estúdio com dimensão, textura e ambição.

A entrada de Peele e Raimi no projecto não é gratuita: cada um traz consigo uma tradição distinta do terror moderno. Peele, com o seu horror psicológico e social, já demonstrou com êxito como medos reais — raciais, existenciais, culturais — podem ser transformados em cinema de género com impacto profundo. Raimi, por sua vez, tem uma herança que atravessa décadas, do horror visceral de Evil Dead aos sustos mais elaborados de Drag Me to Hell. A junção dessas visões sugere que a adaptação não vai apostar em sustos fáceis ou clichés de terror, mas num horror espiritual, desconfortável, que confronta crenças, fé e a própria noção de divindade.

Esse potencial para redefinir o terror não surge por acaso. A curta original provou que é possível perturbar com muito pouco: quase toda a tensão provém da sugestão, da dúvida — do que pode ou não ser visto. A adaptação longa oferece a oportunidade de expandir esse desconforto: com tempo para desenvolver personagens, explorar simbolismos religiosos, mergulhar na psicologia da dúvida e trabalhar a ambiguidade entre a fé e o horror. É, nesse sentido, uma das propostas mais interessantes de resgate do horror espiritual — género que há muito parecia deixado ao abandono pelas grandes produções.

Contudo, transformar sete minutos de tensão concentrada num filme de uma hora e meia ou duas horas implica risco. A maior parte do impacto da curta vinha da economia de meios, da sugestão, da escuridão, do que não era mostrado. Reproduzir isso numa narrativa longa exige equilíbrio delicado: prolongar o horror sem diluir a sua força, expandir a história sem recorrer a exageros visuais, manter o mistério sem dar explicações fáceis. É um desafio grande — mas é precisamente este tipo de desafio que Peele e Raimi, trabalhando com o suporte da Universal, estão habilitados a enfrentar com inteligência e sensibilidade.

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Se tudo correr como o esperado, Portrait of God não será apenas mais um título de terror. Pode tornar-se num dos marcos do género nos próximos anos — um filme que devolve ao horror aquilo que o distingue: o medo do invisível, a ambivalência da fé, a culpa e o terror existencial. Numa época saturada de monstros visíveis e sustos baratos, este projecto pode trazer de volta a sombra mais antiga e poderosa de todas: a dúvida.

Jason Statham Regressa em “Shelter”: O Novo Thriller de Acção Que o Puxa de Volta ao Passado — e Para a Luta

Jason Statham está de volta ao grande ecrã e, como sempre, não vem em missão de paz. O primeiro trailer de “Shelter”, realizado por Ric Roman Waugh, mostra-nos um Statham em modo clássico: silencioso, ferido, isolado… e perigosíssimo quando provocado.

Depois do sucesso recente de A Working Man e The BeekeeperShelter promete ser a nova dose de acção muscular que já quase faz parte do ritual cinematográfico de Janeiro — e pelo que o trailer apresenta, não deverá desapontar os fãs de testaestorona.

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Depois do sucesso recente de A Working Man e The BeekeeperShelter promete ser a nova dose de acção muscular que já quase faz parte do ritual cinematográfico de Janeiro — e, pelo que o trailer revela, talvez a mais sólida desta fase tardia da carreira do actor.

Um homem isolado, um passado a arder e uma criança apanhada no fogo cruzado

A história começa numa ilha escocesa remota, onde o protagonista — um antigo assassino profissional — tenta desaparecer do mundo. Mas a paz termina quando resgata do mar uma jovem prestes a morrer numa tempestade.

Esse acto de humanidade desencadeia exactamente o contrário: uma cadeia de violência e perseguições que o força a sair do esconderijo.

A casa é atacada, o passado regressa a rugir, e o homem que tentava enterrar a própria história é obrigado a protegê-la — e, por extensão, a proteger a criança que entrou sem querer no seu caminho.

O trailer destaca uma relação improvável entre os dois: ela, vulnerável; ele, quase feral depois de anos de isolamento. O resultado é uma jornada brutal que atravessa a Escócia e desce ao submundo londrino, misturando road movie, thriller de vingança e drama de redenção.

Ric Roman Waugh volta à sua zona de conforto — e articula-a com mais maturidade

O realizador Ric Roman Waugh — antigo duplo e veterano do cinema de acção — parece determinado a fazer de Sheltero seu trabalho mais visceral desde Shot Caller. Tudo no trailer sugere essa intenção: os ambientes agrestes que reflectem a solidão do protagonista, a violência seca e sem artifícios que marca cada confronto, as perseguições filmadas com uma tensão quase tátil e uma mise-en-scène centrada no corpo, no peso dos gestos e na urgência emocional das decisões.

Waugh aposta de novo numa combinação que domina: heróis lacónicos, paisagens severas e um sentido de fatalidade que paira sobre cada combate. Mas aqui há algo mais contido, quase penitencial, como se o filme procurasse não apenas adrenalina, mas as rachaduras morais deixadas por décadas de violência.

Statham encaixa na perfeição. Surge menos “máquina” e mais humano — um homem habituado ao combate, mas cansado dele, cuja dureza esconde feridas que o trailer apenas deixa entrever.

Um elenco que adiciona textura emocional

Além de Statham, o filme conta com Naomi Ackie, uma das actrizes mais estimulantes da nova geração britânica, Bill Nighy, sempre exímio na subtileza, Tom Wu, presença habitual no cinema de acção, e a jovem Bodhi Rae Breathnach, que parece concentrar grande parte do coração da narrativa.

Ackie e Nighy, em particular, elevam o filme para além do mero exercício muscular. Há, no trailer, indícios de conflitos pessoais, ameaças políticas e sombras familiares que ampliam o campo emocional do protagonista.

Statham em renascimento cinematográfico

Não deixa de ser curioso que Shelter volte a apresentar Statham como o arquétipo que o tornou famoso — o assassino reformado, o homem de passado turbulento, o solitário que tenta desaparecer. Mas desta vez, o trailer devolve-lhe uma gravidade que muitos dos seus últimos filmes haviam diluído. Aqui, Statham parece trabalhar num registo mais introspectivo, com o corpo e o olhar a denunciarem uma velhice precoce emocional.

O trailer brinca até com pequenos pormenores: depois de dois filmes seguidos com boné, Statham troca-o por um gorro ocasional, como se até o figurino sublinhasse este regresso a algo mais despido, cru, quase penitente.

Um thriller que quer mais do que adrenalina

O eixo emocional de Shelter vive no dilema que acompanha o protagonista: é possível proteger alguém quando já não acreditas que mereces sobreviver? A narrativa parece explorar culpa, instinto, desgaste e redenção — temas clássicos do género, mas aqui tratados através do olhar cansado de um homem que já viu demasiado.

O trailer não promete apenas acção; promete feridas abertas e decisões impossíveis. E isso, na filmografia de Statham, costuma ser um bom presságio.

Janeiro de 2026 vai começar com sangue, vento escocês e Jason Statham em modo mítico

Shelter estreia a 30 de Janeiro de 2026 e tudo indica que será um dos títulos de acção mais comentados do arranque do ano. Tem atmosfera, tem músculo, tem melancolia e tem, acima de tudo, a estrela certa para habitar este tipo de história: Jason Statham, numa das suas interpretações mais sombrias dos últimos anos.

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Se o trailer é indicador do que aí vem, Shelter não é apenas mais um thriller; é uma versão mais humana, ferida e madura da própria lenda Statham.

“28 Anos Depois: O Templo dos Ossos ” — O Mundo de Danny Boyle Regressa Mais Sombrio do que Nunca no Novo Trailer Oficial

O universo iniciado com 28 Days Later e reinventado em 28 Weeks Later prepara-se para entrar numa nova era — mais brutal, mais psicológica e mais imprevisível — com “28 Years Later: The Bone Temple”, cujo segundo trailer oficial acaba de ser divulgado. A aguardada sequela promete expandir o legado criado por Danny Boyle e Alex Garland, mas também subvertê-lo, virando o próprio imaginário da saga do avesso.

Com realização de Nia DaCosta, uma escolha arrojada que indica uma reinvenção estética e temática, o filme chega aos cinemas a 16 de Janeiro de 2026.

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Infelizmente apenas encontramos o trailer em Inglês:

Um Mundo em Ruínas — e Uma Nova Ameaça que Redefine o Terror

O trailer sugere que não estamos perante apenas mais um capítulo sobre a propagação do vírus da raiva mutado, mas perante uma mudança profunda no comportamento dos infectados, assim como na psicologia dos sobreviventes. Se os primeiros filmes lidavam com o colapso imediato da sociedade, este parece abordar o que acontece décadas depois: o que resta de humanidade, de cultura, de fé — e de medo.

Num cenário de templos improvisados, cultos inquietantes e estruturas completamente reorganizadas pela violência, o filme promete mergulhar num mundo em que os infectados já não são meras forças irracionais, mas criaturas com novos padrões, novas reacções e talvez até novas intenções.

Ralph Fiennes numa Relação Chocante de Consequências Globais

Uma das revelações mais intrigantes é a presença de Ralph Fiennes como Dr. Kelson, cientista solitário que se vê envolvido numa relação completamente inesperada e perturbadora — uma dinâmica que, ao que tudo indica, terá repercussões capazes de alterar o destino do planeta.

O trailer não revela detalhes, mas a montagem e os diálogos insinuam ligações perigosas entre ciência, fanatismo e sobrevivência, situando Kelson no centro de uma crise ética que poderá ser tão devastadora quanto o próprio vírus.

Spike e o Pesadelo que Não Acaba

Outro núcleo dramático é protagonizado por Alfie Williams, que interpreta Spike, um sobrevivente que parece carregar a exaustão e o trauma das décadas de destruição. A sua rota cruza-se com Jimmy Crystal, interpretado por Jack O’Connell, e é precisamente aqui que o trailer sobe de tom: a tensão entre ambos é descrita como um pesadelo do qual Spike não consegue escapar.

DaCosta parece empenhada em explorar não apenas a violência física deste universo, mas também a psicológica — o terror emocional, o trauma acumulado, a desumanização e as alianças precárias que definem uma vida inteira vivida nos escombros.

Nia DaCosta Reinventa o Universo — e Promete Expandir a Mitologia

A escolha de Nia DaCosta como realizadora mostra que os produtores querem não apenas continuar a saga, mas dar-lhe um novo ponto de vista, baseado na tensão, na construção de personagem e na reinvenção do horror. Se Boyle e Garland criaram um mundo visceral e urgente, DaCosta promete uma expansão mais metafísica e ritualística — daí o sugestivo título “The Bone Temple”.

A realização parece querer explorar o impacto cultural e espiritual do colapso, passando de um terror puramente biológico para um terror social, psicológico e simbólico. É o tipo de abordagem que pode renovar completamente a franquia, mantendo a brutalidade característica, mas acrescentando novas camadas de mistério.

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Um Regresso Aterrador e Ambicioso

Pelo que o novo trailer revela, 28 Years Later: The Bone Temple não quer ser apenas uma continuação — quer ser uma reinterpretação. Um capítulo que leva a saga para um território mais complexo, mais denso e mais emocional.

Com Ralph Fiennes, Jack O’Connell e Alfie Williams num conjunto de interpretações intensas, e com Nia DaCosta a comandar este mundo devastado, a expectativa é clara: 2026 vai começar com um dos filmes de terror mais aguardados da década.

28 Anos Depois: O Templo dos Ossos estreia a 16 de Janeiro de 2026. O apocalipse, ao que parece, está longe de terminar.

James Cameron Soa o Alarme Sobre a IA no Cinema: “É Horrorizante. Criar um Actor do Nada É o Oposto da Arte”

James Cameron sempre foi associado ao avanço tecnológico no cinema — pioneiro nos efeitos digitais, visionário no motion capture e defensor da fusão entre técnica e emoção. Mas, ao contrário do que muitos imaginam, o realizador de Avatar é também um dos mais firmes opositores à possibilidade de a Inteligência Artificial substituir actores humanos.

Numa entrevista recente ao programa Sunday Morning, da CBS, Cameron não podia ter sido mais claro: a ideia de a IA gerar actores e interpretações completas através de prompts de texto é, para ele, “horrorizante”.

“Não estamos a substituir actores — estamos a celebrá-los”

Cameron recordou que, ainda durante o desenvolvimento do primeiro Avatar em 2005, circulavam rumores em Hollywood de que ele estaria a criar tecnologia para eliminar actores de carne e osso. A ironia, segundo o próprio, é que o processo de captura de performance utilizado pela saga Avatar depende profundamente da presença humana:

“Quando se percebe realmente o que estamos a fazer, vê-se que é uma celebração do momento actor–realizador.”

Para Cameron, o motor emocional de qualquer filme continua a ser o trabalho do actor — mesmo quando este é traduzido para corpos digitais ou mundos impossíveis.

A fronteira que Cameron recusa atravessar

Mas se o motion capture ainda parte da expressividade humana, o mesmo já não pode ser dito da IA generativa. E é precisamente aí que Cameron traça um limite absolutíssimo:

“Agora, no outro extremo do espectro, tens a IA generativa, onde se pode inventar uma personagem. Inventar um actor. Criar uma interpretação do zero com um prompt de texto. Não. Isso é horrorizante para mim. É o oposto. É exactamente aquilo que não estamos a fazer.”

Para o realizador, esta tecnologia ameaça aquilo que considera o núcleo do cinema: presença humana, intenção emocional e a relação íntima entre actor e câmara.

O caso Tilly Norwood e a reacção violenta da indústria

A discussão reacendeu recentemente com a apresentação de Tilly Norwood, uma performer criada inteiramente por IA e apresentada no Zurich Summit pela comediante e produtora Eline Van der Velden.

O anúncio — acompanhado pela revelação de que várias agências já tinham demonstrado interesse em representar esta “actriz digital” — provocou uma onda de indignação entre profissionais do sector.

Em entrevista à Variety, Van der Velden defendeu que a presença da IA no cinema é inevitável e que a transição será gradual:

“Acho que será uma progressão lenta. Em breve veremos efeitos criados com IA, planos de estabelecimento, imagens de segunda unidade. Depois, avançaremos para um filme totalmente feito em IA.”

Mais polémica ainda foi a sua convicção de que o público poderá nem perceber a diferença:

“Se pagarem ou não por um filme feito em IA não dependerá da tecnologia, mas da narrativa.”

Um futuro em disputa: cinema feito por pessoas ou por prompts?

É neste ponto que a tensão se torna evidente. Cameron vê a IA como uma ameaça directa ao trabalho humano e à integridade artística da representação. Depressa se opõe à ideia de que um actor digital, criado matematicamente, possa substituir a vulnerabilidade e imprevisibilidade de um intérprete real.

Van der Velden, por outro lado, defende um futuro onde a IA se tornará mais uma ferramenta — e talvez, eventualmente, um criador autónomo de cinema.

O debate está longe de terminado. E, tal como Cameron avisa, a batalha não é apenas tecnológica: é filosófica, ética e profundamente emocional. O que é uma interpretação? O que é um actor? E o que acontece ao cinema quando o humano deixa de estar no centro da imagem?

Cameron puxa o travão — e o resto da indústria terá de escolher um caminho

Num momento em que Hollywood enfrenta desafios laborais, greves e incertezas, as palavras de James Cameron tornam-se um aviso poderoso. Ele, que construiu algumas das mais avançadas formas de filmar rostos humanos, recusa-se a aceitar um futuro onde esses rostos deixam de pertencer a pessoas reais.

O mundo avança para a IA. Mas, para Cameron, o cinema só avança com humanidade.

“Sentimental Value” Lidera Nomeações aos European Film Awards: A Nova Geografia do Cinema Europeu Está Aqui

Os European Film Awards chegaram à sua 38.ª edição com uma lista de nomeações que revela, mais do que tendências, um verdadeiro retrato do cinema europeu contemporâneo: múltiplo, multilingue, politicamente atento, esteticamente ousado e, acima de tudo, impossível de reduzir a fronteiras. Este ano, o destaque maior recai sobre “Sentimental Value”, de Joachim Trier, que lidera com cinco nomeações e confirma aquilo que muitos vinham pressentindo: a nova fase do cineasta norueguês — mais íntima, mais madura, mais ferida — está a atrair todas as atenções.

Logo a seguir surge “Sirāt”, o filme de Oliver Laxe que reafirma a presença cada vez mais forte das cinematografias ibéricas no panorama europeu, e dois títulos que têm sido presença constante nos debates críticos do ano: “Sound of Falling”, da alemã Mascha Schilinski, e “It Was Just an Accident”, de Jafar Panahi — o último um caso singular, vindo de um cineasta que continua a fazer filmes contra todas as circunstâncias políticas.

Os vencedores serão anunciados a 17 de Janeiro, em Berlim, naquela que será inevitavelmente uma das noites mais politizadas e comentadas do cinema europeu.

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O domínio de “Sentimental Value” e a afirmação das novas vozes

O filme de Joachim Trier, produzido numa aliança entre Noruega, França, Dinamarca, Alemanha e Suécia, surge como o grande favorito. Não apenas acumula nomeações nas categorias principais — Filme, Realizador, Actor, Atriz e Argumento — como representa um tipo de cinema europeu que tem conquistado espaço entre a crítica e o público: emocional, preciso, aberto às contradições da vida moderna.

Não é um acaso que Trier e o seu colaborador de longa data, Eskil Vogt, voltem a ser destacados pela escrita. Em “Sentimental Value”, tudo aponta para o mesmo rigor que os tornou figuras centrais da nova vaga escandinava: personagens frágeis, diálogos limados e um conflito interno que nunca cede ao sentimentalismo fácil, apesar do título sugerir o contrário.

Também Stellan Skarsgård e Renate Reinsve surgem como nomeados, reforçando o impacto internacional do elenco.

“Sirāt” e a força das cinematografias periféricas

Se “Sentimental Value” confirma a presença dos países nórdicos, “Sirāt” representa algo distinto: um cinema europeu que olha para as suas margens geográficas e espirituais. Realizado por Oliver Laxe, o filme — produzido entre Espanha e França, com a chancela criativa de Pedro e Agustín Almodóvar — reúne quatro nomeações, incluindo Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Actor para Sergi López.

Laxe continua a trabalhar num território que lhe é típico: paisagens amplas, espiritualidade intensa, figuras solitárias que se movem entre o real e o metafísico. A nomeação conjunta de Santiago Fillol e Laxe para Melhor Argumento é também um sinal da força literária deste projecto.

Jafar Panahi regressa através do cinema

Depois de anos de proibições e limitações impostas pelo regime iraniano, Jafar Panahi volta a ser nomeado pelos European Film Awards com “It Was Just an Accident”, uma coprodução entre França, Irão e Luxemburgo. O filme, uma ficção que toca no documental, está nomeado para Melhor Filme, Melhor Realização e Melhor Argumento.

A presença de Panahi nesta lista tem algo de político — não por condescendência, mas porque a sua obra insiste em existir apesar de todos os obstáculos. Os EFA têm, de resto, tradição em reconhecer artistas que desafiam estruturas de poder, e esta nomeação é mais uma peça dessa história.

“Sound of Falling” e o regresso ao intimismo alemão

Com três nomeações, “Sound of Falling”, de Mascha Schilinski, junta-se ao topo das preferências. O cinema alemão, tantas vezes associado ao rigor formal e à contenção emocional, volta aqui a explorar temas de perda, identidade e fragilidade. A presença de Schilinski nas categorias de Realização e Argumento confirma uma tendência clara: esta década está repleta de novas realizadoras que ocupam o centro do panorama europeu.

As restantes categorias: um continente a várias vozes

Embora o foco recaia inevitavelmente nos filmes mais nomeados, a lista completa revela a riqueza e amplitude do cinema europeu. Obras que transitam entre o documentário, a animação e a ficção encontram-se lado a lado, numa paisagem que resiste a classificações simples.

Para destacar apenas alguns universos presentes:

Entre os nomeados a Melhor Filme encontramos:

  • cinema de animação com forte componente autoral;
  • documentários transcontinentais sobre crise, memória e resistência;
  • ficções híbridas que cruzam géneros e desafiam estruturas narrativas.

Nas categorias de interpretação, sobressaem nomes consagrados como Mads Mikkelsen, Toni Servillo, Vicky Krieps e Leonie Benesch, ao lado de actores emergentes como Idan Weiss

Na secção de Documentário, surgem cineastas como Albert Serra e Andres Veiel, confirmando que o cinema europeu continua a explorar as fronteiras entre factos e imaginação com liberdade total.

E na Animação, a diversidade vai de produções francesas a coproduções bálticas, passando por uma sólida presença espanhola.

A categoria European Discovery – Prix FIPRESCI

Aqui encontramos algumas das vozes mais promissoras do continente, com filmes vindos da Eslovénia, Reino Unido, Turquia, Dinamarca e Polónia — uma selecção que antecipa quais serão, provavelmente, os nomes de que falaremos durante a próxima década.

A Europa continua a reinventar-se através do cinema

A lista de nomeações deste ano funciona como uma radiografia da vitalidade do cinema europeu: diversa, multiforme, politizada, aberta ao risco e, acima de tudo, profundamente humana.

Se “Sentimental Value”, “Sirāt”, “Sound of Falling” e “It Was Just an Accident” parecem liderar a corrida, o verdadeiro vencedor é o próprio continente — que, apesar dos seus conflitos, tensões e divergências, encontra no cinema um ponto de encontro, diálogo e memória.

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Dia 17 de Janeiro, em Berlim, saberemos quem leva as estatuetas para casa. Mas por agora, vale a pena celebrar aquilo que esta lista já representa: um continente que continua a pensar através da imagem, a sentir através da narrativa e a reinventar-se, filme após filme.

Grandes Estrelas Reúnem-se no Red Sea Film Festival: Um Palco Global Para o Cinema Contemporâneo

Red Sea Film Festival, que decorre até 13 de dezembro em Jeddah, voltou a afirmar-se como um dos espaços mais vibrantes do calendário cinematográfico mundial. A organização anunciou um conjunto impressionante de novas convidadas para o programa “In Conversation”, e o resultado é uma constelação de nomes que atravessa diferentes gerações, linguagens cinematográficas e geografias — uma síntese perfeita do que este festival procura ser: diverso, internacional e profundamente ancorado no diálogo sobre o futuro do cinema.

Um painel que abrange Hollywood, Bollywood e muito mais

Este ano, o festival recebe figuras que não precisam de apresentações: Dakota Johnson, actualmente em destaque devido ao filme MaterialistsJessica Alba, actriz que há muito se tornou também referência empresarial; e Ana de Armas, cuja carreira tem oscilado de forma vertiginosa entre o thriller, o drama e o cinema de acção, sendo agora protagonista de Ballerina, o aguardado spin-off de John Wick.

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A estas juntam-se ainda Kirsten Dunst, nome incontornável do cinema norte-americano desde a adolescência, e Nina Dobrev, cuja popularidade global nasceu de The Vampire Diaries mas que tem explorado géneros muito além do fantástico. A lista cresce com Queen Latifah, actriz, produtora e símbolo de versatilidade, e com a presença vibrante de Kriti Sanon, uma das vozes mais reconhecíveis do actual cinema indiano.

O programa “In Conversation” do Red Sea não é apenas uma sequência de entrevistas públicas; é um espaço desenhado para abrir portas ao pensamento crítico, permitindo que o público escute directamente das artistas as motivações, os desafios e as histórias que moldam as suas carreiras. É um encontro que favorece não o glamour superficial, mas a partilha de processos criativos, dúvidas, descobertas e, sobretudo, perspectivas sobre o que significa fazer cinema hoje.

Um festival em ascensão que atrai talento de peso

O alinhamento desta edição não se esgota nas convidadas recém-anunciadas. Nomes como Adrien BrodySean Baker e Kaouther Ben Hania também participam nas conversas do festival, reforçando a diversidade e o peso artístico do evento.

Os homenageados deste ano — Michael CaineSigourney WeaverJuliette BinocheRachid Bouchareb e Stanley Tong — mostram a ambição do festival em celebrar figuras cuja carreira ultrapassa fronteiras e define épocas cinematográficas inteiras.

É também de notar que Sean Baker, consagrado internacionalmente com Anora, assume o lugar de presidente do júri, num momento em que o seu cinema continua a provocar discussão crítica e a abrir portas para uma nova sensibilidade narrativa.

Uma programação que mistura espectáculo e descoberta

O programa International Spectacular oferece ao público filmes de grande expectativa: Couture, realizado por Angelina Jolie; The Wizard of the Kremlin, protagonizado por Jude Law e Paul Dano; e Desert Warrior, de Rupert Wyatt, com Ben Kingsley e Anthony Mackie.

Ao mesmo tempo, a competição oficial mantém o foco nos cinemas da Ásia, África e do mundo árabe, cumprindo a missão fundamental do festival: dar voz a obras e criadores que, muitas vezes, circulam à margem das estruturas tradicionais de distribuição mundial.

A sessão de abertura — Giant, de Rowan Athale — reforça esse equilíbrio, apresentando a história do lendário boxeur “Prince” Naseem Hamed, interpretado por Amir El-Masry, com Pierce Brosnan no papel do treinador. É um sinal claro de que o festival procura cruzar relevância local com interesse internacional.

Um encontro global que celebra a arte de contar histórias

O Red Sea Film Festival está rapidamente a transformar-se numa das plataformas mais relevantes para o cinema contemporâneo, e este ano confirma essa evolução. As conversas, os filmes e as figuras que passam por Jeddah revelam um evento que não vive apenas de nomes sonantes, mas de um verdadeiro compromisso com o cinema enquanto acto cultural, político e humano.

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De Dakota Johnson a Queen Latifah, de Angelina Jolie a Sean Baker, passando por vozes emergentes e veteranos lendários, esta edição promete ser mais do que um simples desfile de estrelas: é um ponto de encontro entre mundos, linguagens e visões que, quando postas lado a lado, ajudam a redefinir o cinema para o futuro.

Regé-Jean Page Regressa à Netflix como Protagonista de Hancock Park, um Thriller Erótico que Promete Abalar Hollywood

O Duque está de volta — e desta vez a história é bem mais sombria

A Netflix voltou a apostar numa das suas estrelas mais mediáticas: Regé-Jean Page, o actor que conquistou o mundo como o Duque de Hastings em Bridgerton, prepara-se para liderar — e produzir — Hancock Park, uma nova série de thriller erótico que já está a gerar enorme expectativa nos bastidores da indústria.

A plataforma venceu uma disputa acesa entre três gigantes do streaming, garantindo o desenvolvimento da série com um compromisso directo entre argumento e produção, sinal claro de confiança total no projecto e no magnetismo do actor.

Um estranho irresistível que destrói uma família perfeita

Nomeada em homenagem ao luxuoso bairro de Los Angeles onde moram nomes como Ted Sarandos e Shonda Rhimes, Hancock Park mergulha no lado oculto da elite angelina.

A trama acompanha um forasteiro perigosamente carismático — interpretado por Page — que aluga a casa de hóspedes no quintal de uma família aparentemente perfeita. O que começa como uma convivência curiosa transforma-se rapidamente numa invasão emocional, social e sexual, quando o protagonista se infiltra nos segredos, fraquezas e desejos reprimidos daquela comunidade privilegiada.

À medida que se aproxima deste círculo fechado, as fachadas cuidadosamente construídas começam a ruir, expondo obsessão, mentira, desejo e poder, escondidos nos recantos mais luxuosos de Los Angeles.

O público pode esperar um thriller carregado de tensão psicológica, erotismo adulto e uma crítica mordaz aos mundos onde tudo parece perfeito — até alguém mexer na superfície.

Uma equipa de luxo atrás das câmaras

O argumento fica a cargo de Matthew Barry, conhecido por Industry e vencedor do BAFTA Cymru por Men Up. Barry também actua como produtor executivo, ao lado de Page e Emily Brown (através da produtora A Mighty Stranger) e de Drew Comins, responsável por Yellowjackets.

A série é produzida pelo estúdio Fifth Season, que mantém acordo de first-look com Comins.

A aposta é clara: uma equipa criativa com experiência em suspense psicológico, drama adulto e construções de personagem densas — exactamente o terreno onde Regé-Jean Page prospera.

O regresso à casa onde se tornou estrela global

Embora tenha sido Bridgerton a catapultar Page para a fama mundial, o actor tem estado sobretudo focado no cinema — com papéis em The Gray ManDungeons & Dragons: Honor Among ThievesBlack Bag de Steven Soderbergh e a próxima comédia romântica You, Me & Tuscany, ao lado de Halle Bailey.

Apesar disso, Page regressa agora à plataforma que o transformou num fenómeno internacional, tornando-se um dos poucos actores com uma série e um filme no ranking das produções mais populares da Netflix.

Uma carreira em plena expansão

Além de Hancock Park, Page desenvolve ainda:

— uma nova adaptação de O Conde de Monte Cristo, onde será protagonista;

— Funny You Should Ask, série baseada no livro homónimo, já em desenvolvimento na Apple;

— vários projectos através da sua produtora A Mighty Stranger.

A escolha por um thriller erótico adulto representa um passo diferente na sua carreira — e um território perfeito para explorar o carisma intenso que tantos fãs conquistou na sua estreia televisiva.

Netflix reforça o investimento em drama adulto e psicológico

A entrada de Hancock Park no alinhamento da plataforma coincide com outros projectos de peso na área do thriller psicológico, como Dangerous Liaisons de Nicôle Lecky, They Both Die at the End de Chris Van Dusen e Bad Bunny, e Covers de Lena Dunham.

É mais um sinal da aposta da Netflix em narrativas adultas, sofisticadas e com forte potencial de discussão cultural, seguindo o modelo de sucessos como You ou The Stranger.

Regé-Jean Page prepara-se para incendiar o ecrã outra vez

Com uma premissa sedutora, um protagonista magnético e uma equipa criativa experiente, Hancock Park tem tudo para se tornar um dos títulos mais falados da futura grelha da Netflix. Não só marca o regresso de Regé-Jean Page à casa que o consagrou, como promete mostrar-nos um lado mais perigoso, sedutor e imprevisível do actor.

E se o Duke já tinha conquistado o mundo vestido de veludo vitoriano… imagina-o agora numa vizinhança onde todas as janelas escondem segredos.

Quem É o Actor Que Tarantino Diz Ser “Um Nada”? A Resposta Surpreende

Quentin Tarantino nunca teve medo de dizer exactamente o que pensa — e desta vez decidiu lançar gasolina directamente sobre um clássico moderno. Durante a sua participação no The Bret Easton Ellis Podcast, o realizador de Pulp Fictionelogiou There Will Be Blood… antes de afirmar que o filme só não é o melhor do século porque sofre de um “gigantesco problema”: Paul Dano.

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“Weak sauce”, “weak sister”, “limpest dick”: Tarantino não poupa nos adjetivos

Tarantino começou por classificar o épico petrolífero de Paul Thomas Anderson como o seu quinto filme preferido do século XXI, mas rapidamente disparou:

There Will Be Blood estaria em primeiro ou segundo lugar se não tivesse um enorme defeito — e esse defeito é o Paul Dano.”

Segundo o realizador, Dano simplesmente não consegue acompanhar Daniel Day-Lewis, cuja interpretação colossal transformou There Will Be Blood num marco cinematográfico.

“É suposto ser um ‘two-hander’, e é tão óbvio que não é. Ele é weak sauce, é uma weak sister. Outro actor teria brilhado no papel.”

E não ficou por aí:

“É o actor masculino mais fraco do SAG. O ‘limpest dick’ do mundo.”

Uma afirmação que deixou até Bret Easton Ellis a tentar moderar o estrago.

Tarantino sugere Austin Butler… que tinha 16 anos na altura

Tarantino foi ao ponto de afirmar que Austin Butler teria sido perfeito como Eli Sunday.

Pequeno detalhe: Butler tinha 16 anos quando There Will Be Blood estreou em 2007.

Além disso, só trabalharia com Tarantino doze anos depois, em Once Upon a Time in Hollywood.

Ellis tenta defender Dano — Tarantino dispara outra vez

Bret Easton Ellis tentou contextualizar que até um actor experiente teria dificuldade perante a imensidão de Daniel Day-Lewis:

“Há aspectos da performance de Day-Lewis que tornam impossível equilibrar o filme.”

Mas Tarantino não cedeu um milímetro:

“Então colocas ao lado dele o actor masculino mais fraco do SAG?”

E quando Ellis perguntou se alguma vez apreciou Dano num projecto:

“Não gosto dele. Não gosto dele, não gosto do Owen Wilson, não gosto do Matthew Lillard.”

Paul Dano: o currículo que desmente Tarantino

Apesar dos ataques, é difícil argumentar que Dano é um “não-entidade” no panorama cinematográfico desta era.

O actor trabalhou com alguns dos maiores realizadores vivos:

  • Steven Spielberg (The Fabelmans)
  • Steve McQueen (12 Years a Slave)
  • Bong Joon-ho (Okja)
  • Denis Villeneuve (Prisoners)
  • Spike Jonze (Where the Wild Things Are)
  • Ang Lee (Taking Woodstock)
  • Kelly Reichardt (Meek’s Cutoff)
  • Rian Johnson (Looper)

E contracenou com estrelas como Tom Cruise, Harrison Ford, Adam Sandler, Robert De Niro, Robert Pattinson, Michael Caine e Daniel Radcliffe.

Dano também não caiu do céu em There Will Be Blood:

Foi originalmente contratado para interpretar Paul Sunday, mas acabou por assumir também o papel de Eli Sunday duas semanas depois do início das filmagens, quando o actor Kel O’Neill abandonou o projecto.

Mesmo com essa transição abrupta, a interpretação foi amplamente elogiada e valeu-lhe uma nomeação ao BAFTA de Melhor Actor Secundário.

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A ironia final

There Will Be Blood perdeu o Óscar de Melhor Filme para No Country for Old Men — o mesmo ano em que Javier Bardem tirou a estatueta das mãos de Dano.

Ainda assim, o desempenho de Dano permanece um dos mais memoráveis da sua carreira… mesmo que Tarantino discorde ferozmente.

O Melhor do Cinema Chega ao Ecrã: Os Destaques Imperdíveis do Canal Cinemundo para Dezembro

Um mês de cinema à grande para fechar 2025 em beleza

Dezembro é sempre um mês especial para quem vive o cinema com paixão — e o Canal Cinemundo decidiu abraçar esse espírito com uma programação que mistura glamour, emoção, gargalhadas e celebrações natalícias à altura da sétima arte. O resultado? Um daqueles meses que fazem jus ao lema do canal: Onde o Cinema Acontece.

Com ciclos dedicados a actores emblemáticos, maratonas temáticas capazes de aquecer o sofá mais frio e filmes para todos os gostos, o Cinemundo prepara não só um final de ano cheio de energia, como um verdadeiro tributo ao poder do cinema enquanto ritual colectivo.

Ryan Gosling: A Estrela de Dezembro

Todos os meses merecem um protagonista — e este pertence a Ryan Gosling. Actor camaleónico, capaz de brilhar tanto no romance lacrimejante como no thriller psicológico, Gosling assume o palco do Cinemundo com quatro filmes que mostram a amplitude do seu talento, sempre aos domingos às 22h30.

O Diário da Nossa Paixão — 7 de dezembro

Gosling no modo que marcou uma geração: vulnerável, apaixonado, inesquecível. Um clássico moderno que continua a conquistar corações.

Amor, Estúpido e Louco — 14 de dezembro

O actor faz aqui um desvio delicioso para a comédia romântica, com uma química explosiva que se tornou referência do género.

Stay – Entre a Vida e a Morte — 21 de dezembro

Um mergulho intrigante no mistério e na instabilidade emocional, num filme que desafia a narrativa convencional e testa as fronteiras da percepção.

Nos Idos de Março — 28 de dezembro

O lado político de Gosling em plena forma, num drama intenso sobre ambição, poder e consequências.

Este ciclo é uma celebração de carreira e uma homenagem a um actor que se tornou presença incontornável no cinema contemporâneo.

Um Cabaz Muito Especial: O Natal ao Estilo Cinemundo

No Cinemundo, o Pai Natal trouxe filmes — muitos filmes. Entre 24 e 25 de dezembro, o canal transforma-se num festival de emoções pensadas para ver em família, do meio-dia até depois da meia-noite.

A programação é tão variada quanto acolhedora:

— aventuras para os mais novos,

— histórias comoventes,

— comédias que desafiam o caos natalício,

— e até Spencer, num registo mais íntimo e intenso, antes de fechar a noite.

De Raposa Manhosa e Outras Histórias até O Homem que Inventou o Natal, passando por Mães à Solta 2 e Salvar o Natal, este “cabaz” não é um simples bloco de programação — é uma maratona pensada como presente para quem vive o Natal no sofá, em boa companhia.

Adeus 2025: Funfuns, Gaitinhas e Cinema para Sorrir

O Cinemundo decidiu despedir-se do ano ao som da boa disposição com um especial irresistível no dia 31 de dezembro, a partir das 14h.

O nome diz tudo: Especial Funfuns e Gaitinhas.

Uma selecção de filmes para celebrar:

— dramas musicais,

— clássicos que desafiam o tempo,

— comédias irreverentes,

— e histórias sobre amizade, dança, paixão e confusões deliciosamente cinematográficas.

Entre Os Reis do MamboFamaMães à SoltaO Melhor Homem e Ousadas e Golpistas, este alinhamento é a receita perfeita para entrar em 2026 com espírito leve, riso fácil e energia vibrante.

Cinemundo: Um Canal Para Quem Leva o Cinema a Sério

O Cinemundo não se limita a exibir filmes — constrói experiências. Com cerca de 400 estreias anuais, ciclos dedicados a actores, actrizes ou realizadores, e uma programação que abraça todos os géneros, o canal é uma referência para espectadores que procuram cinema variado, relevante e envolvente.

Disponível nas principais operadoras — MEO, Vodafone, NOWO e DSTV — o Cinemundo permanece um dos espaços televisivos mais sólidos para quem quer cinema todos os dias, a todas as horas.

Um Dezembro Feito de Cinema, Emoção e Celebração

Se Dezembro é o mês das tradições, o Cinemundo acrescenta-lhe uma nova: a de celebrar o cinema com generosidade, diversidade e um sentido de festa que atravessa toda a programação. Com Ryan Gosling ao leme, um Natal cinematográfico e uma passagem de ano cheia de riso, o mês promete ser um convite irresistível a ficar em casa, desligar o mundo e mergulhar nas histórias que definem o nosso imaginário.

“Until Dawn”: O Pesadelo Que Nunca Acaba — O Novo Terror do TVCine Que Te Vai Prender à Noite Inteira

Quando achávamos que já tínhamos visto todas as variações possíveis de terror em cabanas isoladas na montanha, surge um novo pesadelo capaz de virar o género do avesso. “Until Dawn”, que estreia a 6 de dezembro às 21h30 no TVCine Top, parte de uma premissa familiar — amigos num retiro remoto, forças misteriosas à espreita — mas torce-a com uma crueldade quase matemática: ninguém morre apenas uma vez.

O grupo de jovens que protagoniza o filme está preso num loop temporal aterrador, condenado a reviver a mesma noite brutal vezes sem conta. Sempre que um deles cai às mãos das criaturas que os perseguem, tudo recomeça no ponto inicial — só que desta vez, todos se lembram perfeitamente do que aconteceu. Cada morte acrescenta medo, desespero e urgência. Cada nova tentativa aproxima-os um pouco mais da verdade… ou de um fim ainda pior.

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Um retiro que se transforma em purgatório

Numa casa isolada na montanha, envolta em neve e silêncio, uma força desconhecida começa a caçar o grupo sem piedade. O que inicialmente parece um ataque inexplicável depressa se revela um ciclo maligno que reinicia a noite sempre que alguém morre.

A dinâmica rapidamente extravasa o terror físico e entra no psicológico:

— Quem é o próximo?

— É possível quebrar o ciclo?

— O que é real e o que é manipulado por aquela força invisível?

À medida que as peças se alinham, surgem pistas sobre segredos antigos, traumas partilhados e uma ligação obscura entre os jovens, a montanha e as criaturas que os caçam. O nascer do sol transforma-se numa meta abstracta — quase metafísica — onde a sobrevivência exige não apenas correr, mas entender as regras do próprio pesadelo.

David F. Sandberg: um mestre do terror fecha-te dentro da noite

Realizado por David F. Sandberg, nome bem conhecido pelos fãs do género graças a Lights Out – Terror na Escuridão e Annabelle: A Criação do Mal, “Until Dawn” combina o que o cineasta faz melhor:

— terror atmosférico que se infiltra lentamente na narrativa,

— tensão psicológica crescente,

— e momentos de choque visual que deixam o espectador em permanente estado de alerta.

Sandberg parece aqui particularmente interessado no terror como mecanismo emocional, onde reviver a mesma noite brutal não é apenas um truque narrativo — é um processo de desgaste, de quebra identitária e de exposição absoluta do pânico humano.

Um elenco jovem preso numa experiência de terror puro

O filme conta com um conjunto de talentos em ascensão:

Ella Rubin, Michael Cimino, Odessa A’zion, Ji-Young Yoo e Belmont Cameli.

A juventude do elenco ajuda a intensificar a sensação de vulnerabilidade — são personagens ainda a descobrir quem são, atiradas inesperadamente para uma espiral de terror onde cada decisão pode determinar não apenas o destino da noite, mas o de todos os ciclos seguintes.

O ambiente claustrofóbico, reforçado por efeitos sonoros agressivos e visuais que oscilam entre o real e o sobrenatural, transforma “Until Dawn” numa experiência quase física para o espectador.

Uma noite, infinitas mortes — e a tentativa desesperada de ver o amanhecer

A estrutura em loop transforma o filme numa espécie de jogo mortal, onde cada repetição ensina algo novo, mas também aproxima o grupo do colapso emocional — e do terror absoluto. A cada novo ciclo, amizades vacilam, alianças nascem de forma forçada e a verdade esconde-se sob camadas de medo e superstição.

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“Until Dawn” promete ser um dos filmes de terror mais imersivos desta temporada televisiva, ideal para quem gosta de histórias que combinam tensão constante com uma mitologia intrigante.

A estreia acontece no sábado, 6 de dezembro, às 21h30, no TVCine Top e também no TVCine+.

Os Destaques da Disney+ para Dezembro: Um Mês Repleto de Estreias, Clássicos e Magia Festiva

Dezembro chega ao Disney+ com a força de um mês pensado para famílias, cinéfilos, fãs de música, nostálgicos e devoradores de séries. Há novas produções, regressos aguardados, documentários de grande escala e maratonas perfeitas para dias frios. A plataforma apresenta ainda as suas colecções especiais, com clássicos incontornáveis que definiram gerações, e um catálogo natalício pronto para aquecer sofás e corações. Com tanto para descobrir, reunimos tudo o que importa no guia definitivo dos Destaques da Disney+ para Dezembro 2025.

Clássicos para começar o mês: Shrek e Regresso ao Futuro

O mês arranca logo a 1 de dezembro com duas colecções irresistíveis.

Para os fãs do ogre mais famoso do cinema moderno, ShrekShrek 2 e Shrek o Terceiro regressam para um mergulho nostálgico no caos encantado da mítica Terra Muito, Muito Distante.

Também disponível no mesmo dia está a trilogia completa Regresso ao Futuro, convidando os espectadores a viajar no tempo com Marty McFly e Doc Brown — uma oportunidade perfeita para revisitar uma das franquias mais icónicas dos anos 80.

Stand-up e Desporto: duas formas de aquecer o inverno

A 19 de dezembro chega Kumail Nanjiani: Night Thoughts, um espetáculo de stand-up hilariante e emocional, marcado pelo humor afiado e pelas reflexões íntimas do actor e comediante.

Para quem prefere adrenalina desportiva, Dezembro traz ainda mais transmissões da UEFA Women’s Champions League, garantindo noites cheias de competição europeia ao mais alto nível.

Os grandes destaques do mês: seis estreias imperdíveis

1. Um Casal (Im)Perfeito — 3 de dezembro

Uma reinterpretação contemporânea de A Guerra das Rosas, realizada por Jay Roach e escrita por Tony McNamara, com um elenco de luxo: Olivia ColmanBenedict CumberbatchAndy Samberg e Kate McKinnon.

A queda profissional de Theo e a ascensão meteórica de Ivy expõem rachaduras profundas num casamento que parecia perfeito. Rivalidade, ressentimento e humor negro marcam esta comédia dramática sobre o lado menos fotogénico da vida conjugal.

2. O Diário de um Banana – A Última Gota — 5 de dezembro

A adaptação do terceiro livro da série de Jeff Kinney segue Greg Heffley a tentar sobreviver às expectativas do pai, desastres familiares e a sua própria incapacidade encantadora de “deixar de ser banana”.

Realizado por Matt Danner, o filme conta com as vozes de Aaron D. Harris e Chris Diamantopoulos.

3. Percy Jackson – Temporada 2 — 10 de dezembro

Percy regressa numa aventura épica pelo Mar dos Monstros, onde tenta resgatar Grover e recuperar o mítico Tosão de Ouro, essencial para salvar a Colónia dos Mestiços.

Com Annabeth, Clarisse e o cíclope Tyson ao lado, esta temporada promete enredos mais sombrios, novos inimigos e uma expansão significativa do mundo mitológico da série.

4. The End Of An Era + Taylor Swift | The Eras Tour | The Final Show — 12 de dezembro

Dezembro é também o mês da música com uma dupla estreia dedicada a Taylor Swift:

  • The End Of An Era — Série documental sobre os bastidores da digressão The Eras Tour, com participações de Gracie Abrams, Sabrina Carpenter, Ed Sheeran e Florence Welch. Dois episódios chegam todas as semanas.
  • The Eras Tour | The Final Show — O concerto final da digressão, filmado em Vancouver, incluindo todo o alinhamento do álbum The Tortured Poets Department.

Uma celebração emocional e intimista de um fenómeno global.

5. Os Simpsons – Temporada 37 (Parte 1) — 17 de dezembro

A família mais famosa da televisão está de volta.

Quase 40 anos depois da estreia, Os Simpsons continuam a ser um marco cultural e um dos pilares do humor animado moderno. A nova temporada chega em duas partes, começando agora em dezembro.

6. A Verdade Oculta — 26 de dezembro

A nova série da FX acompanha o jornalista independente Lee Raybon, obcecado por desvendar a corrupção em Tulsa.

Quando a sua investigação provoca uma morte suspeita, Lee mergulha numa teia de segredos, interesses ocultos e ameaças poderosas. Um thriller tenso, de ritmo acelerado, sobre verdade, poder e sobrevivência.

Conteúdos natalícios para entrar no espírito da quadra

Para quem gosta de embrulhar dezembro com luzes, mantas e maratonas temáticas, o Disney+ reúne vários clássicos e novidades:

  • Mickey, Minnie e as Canções de Natal — 17 dezembro
  • Um Natal Muito Jonas Brothers
  • Last Christmas
  • O Amor Não Tira Férias
  • Prep’Aterragem: Protocolo Bola de Neve
  • Grinch
  • Sozinho em Casa
  • O Conto de Natal dos Marretas

Uma selecção que vai desde a comédia romântica ao clássico familiar e à fantasia musical.

E ainda em dezembro…

  • The Great North — T5 – 3 dezembro
  • Tesouros Perdidos de Roma — T2 – 3 dezembro
  • A Vida Secreta das Esposas Mórmones — Reunião T3 – 4 dezembro
  • Star Wars: As Aventuras dos Jovens Jedi — T3 – 8 dezembro
  • Law & Order: Unidade Especial — T14 a T17 – 31 dezembro

Disney+: um catálogo que cresce com espírito festivo

Com clássicos, estreias exclusivas, temporadas frescas e documentários de alto perfil, dezembro apresenta-se como um dos meses mais completos do Disney+ em 2025.

A diversidade de conteúdos — da animação ao drama, da música ao stand-up — torna a plataforma um porto seguro para quem procura entretenimento de qualidade na recta final do ano.