Trump Volta a Atacar a ABC e Jimmy Kimmel — E a Tempestade Política Não Parece Abrandar

Um presidente em confronto directo com a televisão norte-americana

Nos Estados Unidos, a relação entre Donald Trump e os meios de comunicação voltou a aquecer — e, desta vez, o alvo principal é a ABC e o comediante Jimmy Kimmel. Na madrugada de quinta-feira, poucos minutos depois de terminar o mais recente episódio de Jimmy Kimmel Live!, o presidente norte-americano recorreu ao Truth Social para exigir que a estação “tire o trapalhão do ar”. Foi mais um capítulo num conflito que já leva vários meses e que parece longe de terminar.

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Esta nova investida surge na mesma semana em que Trump se mostrou irritado com a correspondente da ABC na Casa Branca, Mary Bruce, devido às suas perguntas durante uma reunião no Salão Oval. A resposta do gabinete de imprensa presidencial foi um memorando de 17 pontos onde enumera o que considera serem anos de parcialidade do canal.

Kimmel reage com humor, mas Trump não acha graça nenhuma

O ataque mais recente de Trump contra Kimmel aconteceu horas depois de o comediante ter aberto o seu programa com um monólogo contundente sobre o presidente. Nos primeiros dez minutos, Kimmel focou-se no escândalo Epstein e na decisão recente do Congresso de divulgar mais material da correspondência do milionário condenado por abuso sexual. Com o habitual humor mordaz, referiu que o país seguia atentamente a evolução do “Furacão Epstein” e deixou uma provocação histórica: “Estamos cada vez mais perto de responder à pergunta: o que sabia o presidente e quantos anos tinham as mulheres quando ele soube?”

O comentário ecoava a célebre pergunta do senador Howard Baker durante o caso Watergate, mas a referência não caiu bem na Casa Branca. Às 00h49, Trump publicou o ataque: “Porque é que a ABC Fake News continua a dar palco ao Jimmy Kimmel, um homem sem talento e com audiências miseráveis?”

É importante recordar que Kimmel já tinha enfrentado uma suspensão temporária em Setembro, após comentários polémicos sobre o activista republicano Charlie Kirk. A decisão gerou uma onda de indignação pública e a ABC acabou por voltar atrás — algo que Trump não esqueceu.

A guerra com a ABC intensifica-se — e não se limita a Kimmel

Kimmel não é o único humorista de late-night visado recentemente: no fim-de-semana anterior, Trump pediu que a NBC despedisse Seth Meyers. Mas o conflito central mantém-se com a ABC, que viu o presidente atacar não apenas o seu entretenimento, mas também o seu jornalismo.

Além da crítica feroz à correspondente Mary Bruce — a quem chamou “péssima repórter” — o gabinete de imprensa da Casa Branca divulgou uma carta em que acusa a ABC News de “não ser jornalismo”, classificando-a como “uma operação de propaganda democrata mascarada de rede de televisão”.

Entre as queixas listadas surgem episódios que remontam ao primeiro mandato de Trump, como a afirmação incorrecta de George Stephanopoulos sobre o caso E. Jean Carroll — que levou a Disney, empresa-mãe da ABC, a pagar 15 milhões de dólares para encerrar um processo por difamação — e críticas de correspondentes da estação a membros da Administração Trump.

Até ao momento, a ABC não comentou as declarações do presidente. No entanto, a estação sublinhou que Jimmy Kimmel é parte da divisão de entretenimento, não da redacção noticiosa — uma distinção que Trump continua a ignorar.

Um ataque político ou estratégia eleitoral?

Numa altura em que o clima político norte-americano está cada vez mais polarizado, estas trocas de acusações revelam mais do que simples irritação presidencial. Mostram um padrão de confronto com a comunicação social que Trump tem vindo a reforçar — e que, como os episódios com Kimmel e a ABC demonstram, continua a ser um dos seus instrumentos preferidos para unir a sua base de apoio.

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Se a ABC vai “tirar o trapalhão do ar”, como Trump pede, é altamente improvável. Mas uma coisa parece certa: a guerra declarada entre a Casa Branca e os media está longe de terminar — e cada novo monólogo de late-night tem potencial para reacender a chama.

Spencer Lofranco: A Ascensão Interrompida de um Jovem Talento Que Hollywood Ainda Estava a Descobrir

Um adeus prematuro a um actor em plena promessa

Hollywood voltou a receber uma notícia trágica esta semana: Spencer Lofranco, actor que muitos recordam pelo papel de John Gotti Jr. ao lado de John Travolta em Gotti – Um Verdadeiro Padrinho Americano (2018), morreu aos 33 anos. A confirmação foi feita pelo irmão, Santino, através de uma publicação emocionada no Instagram, onde descreveu Spencer como alguém que viveu “uma vida que poucos sonhariam” e cujo impacto se estendeu muito para lá da carreira cinematográfica.

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Segundo Santino, o actor faleceu a 18 de Novembro, exactamente um mês após completar 33 anos. A mensagem, intensa e profundamente pessoal, transformou-se rapidamente numa onda de homenagens de amigos e colegas, que viam em Lofranco não apenas um talento em ascensão, mas também uma figura carismática e generosa no dia-a-dia.

Uma carreira breve, mas marcada por papéis de peso

Spencer Lofranco formou-se na prestigiada New York Film Academy, e rapidamente começou a dar nas vistas em projectos independentes e, mais tarde, em produções de maior visibilidade. O seu primeiro papel de destaque surgiu em Jamesy Boy (2014), onde interpretou o protagonista — um jovem envolvido no mundo do crime que tenta reconstruir a vida. A interpretação valeu-lhe atenção crítica e abriu caminho para novos desafios.

Participou também em Um Novo Amor (2013), no drama de guerra Invencível (2014), realizado por Angelina Jolie, e no polémico King Cobra (2016), onde contracenou com Garrett Clayton e James Franco. No entanto, seria com Gotti que chegaria ao grande público, dando corpo a John Gotti Jr., herdeiro do famoso chefe da máfia interpretado por Travolta.

Apesar de a carreira não ter seguido um percurso meteórico, Lofranco deixou claro, nos projectos em que participou, que tinha presença, intensidade e uma energia que muitos acreditavam poder traduzir-se num futuro sólido em Hollywood.

Causa da morte permanece por esclarecer

De acordo com o TMZ, as autoridades abriram uma investigação para determinar a causa da morte. Até ao momento, não foram revelados mais detalhes. Esta incerteza tem alimentado especulação, mas a família e os amigos pediram privacidade e respeito neste momento de luto.

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A morte de Spencer Lofranco é, acima de tudo, um corte abrupto numa carreira que ainda tinha muito para dar. Com apenas 33 anos, encontrava-se numa fase da vida em que muitos actores começam finalmente a consolidar o seu lugar na indústria. O seu desaparecimento deixa uma sensação de vazio — tanto para quem o conheceu pessoalmente como para quem acompanhava o seu trabalho no grande ecrã.

As Fotografias Que Estão a Agitar a Internet: Tom Hardy Surge em Cuecas no Set de “Mobland”

Um momento inesperado que virou manchete — e pôs Londres a olhar duas vezes

Tom Hardy já nos habituou a personagens intensos, à preparação física quase sobre-humana e àquela presença enigmática que parece carregá-lo sempre a meio caminho entre o herói torturado e o vilão irresistível. Mas esta semana, o actor de 48 anos conseguiu surpreender até os fãs mais devotos — e sem precisar de dizer uma única palavra. Bastou aparecer… em cuecas.

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O episódio ocorreu na segunda-feira, 17 de Novembro, em Londres, onde decorrem as filmagens da nova temporada de Mobland, a série da Paramount+ renovada no verão após uma estreia de enorme sucesso. As câmaras exteriores captaram Hardy a deslocar-se calmamente pelo set vestindo apenas boxer briefs e uma camisola, num visual que muitos descreveram como “Tom Hardy em modo polarizador: pronto para gravar uma cena séria… ou para ir buscar o correio”. Ao seu lado seguia um assistente de produção, que caminhava com a serenidade de quem já viu tudo neste negócio.

O regresso de “Mobland” e o peso do elenco de luxo

Apesar do momento viral, a grande expectativa continua a ser a nova temporada de Mobland, ainda sem data anunciada. A série acompanha o conflito entre duas famílias do submundo, um choque de poderes que ameaça destruir tudo à sua volta. O elenco é de luxo: Helen Mirren, Pierce Brosnan, Paddy Considine e Joanne Froggatt juntam-se a Hardy num drama criminal que mistura teatralidade, violência e intrigas familiares ao estilo clássico do género.

O sucesso da primeira temporada tornou inevitável o anúncio de renovação, e as filmagens em Londres sugerem que a produção está a avançar a bom ritmo. Ainda assim, os detalhes sobre a história permanecem totalmente guardados — o que significa que o episódio das cuecas poderá ter sido apenas uma mudança rápida de figurino… ou uma cena mais ousada do que esperamos.

Um actor confortável com o insólito — e uma internet faminta por momentos destes

Tom Hardy sempre foi uma figura fascinante para o público: reservado na vida pessoal, devoto ao trabalho e disposto a transformar-se por completo para cada interpretação. Se há alguém capaz de seguir entre dezenas de profissionais num set de filmagens em roupa interior e continuar a parecer absolutamente profissional, esse alguém é ele.

As imagens rapidamente circularam online, alimentando comentários divertidos, teorias absurdas e uma avalanche de fãs agradecidos pela inesperada “segunda-feira cultural”. Mas, brincadeiras à parte, o momento apenas reforça algo evidente: Hardy continua a ser uma força imparável, mesmo quando aparece sem calças.

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Enquanto aguardamos a estreia dos novos episódios — e possivelmente mais momentos imprevisíveis vindos do set — uma coisa é certa: Mobland voltou a entrar nas conversas, e Tom Hardy continua a dominar a internet sem grande esforço.

Richard Dreyfuss Afastado de Três Filhos Há Quase Uma Década — Filho Mais Velho Revela a Razão

Ben Dreyfuss revela que a ruptura familiar começou em 2017, durante o movimento #MeToo, e que a relação nunca mais recuperou.

Richard Dreyfuss, um dos actores mais marcantes da geração de Jaws, está afastado dos três filhos — Emily, Ben e Harry — há quase dez anos. A revelação foi feita pelo próprio filho mais velho, Ben, que decidiu falar publicamente sobre a situação, depois de anos a evitar a exposição mediática do conflito.

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A distância entre pai e filhos começou em 2017, numa altura em que o movimento #MeToo estava no auge e o debate sobre comportamentos impróprios no meio artístico estava especialmente intenso. Naquele ano, Harry, o filho mais novo, acusou Kevin Spacey de o ter assediado em 2008. Ben, que então geria a conta oficial de Twitter do pai, publicou uma mensagem de apoio ao irmão — gesto que, segundo afirma, desencadeou a ruptura dentro da própria família. Ao tornarem público o relato de Harry, abriram inadvertidamente espaço para que terceiros fizessem acusações dirigidas ao próprio Richard Dreyfuss. Foi esse momento, diz Ben, que deixou o actor profundamente ressentido e marcou o início de anos de tensão.

Desde aí, a relação deteriorou-se de forma contínua. Ben explica que existe uma perceção comum de que os filhos beneficiam financeiramente do trabalho do pai, algo que rejeita de forma categórica. Segundo ele, Richard Dreyfuss não tem fortuna para distribuir e, mesmo que tivesse, o afastamento prolongado tornaria esse cenário impossível. Ainda assim, insiste que nunca procurou compaixão pública. Apagou os tweets originais não por vergonha, mas pela forma como as reacções o fizeram sentir — uma mistura de desconforto e receio de estar a alimentar uma narrativa de vitimização que, garante, não corresponde ao seu estado de espírito.

O filho mais velho decidiu depois partilhar a última troca de e-mails que teve com o pai, descrevendo-a como amarga e marcada por mal-entendidos. Afirma ter enviado várias mensagens nos últimos anos, mas só uma recebeu resposta — e tornou-se, até hoje, a última comunicação directa entre ambos. Nessa resposta, redigida em maiúsculas, Richard Dreyfuss questiona as motivações do filho, acusa-o de alimentar distorções sobre a família e termina dizendo que não voltará a escrever-lhe enquanto Ben não assumir responsabilidades por aquilo que o actor considera terem sido falsas interpretações de um jantar em família ocorrido anos antes.

Ainda assim, Ben não esconde o afecto que mantém pelo pai. Diz que sempre o admirou, que sempre o amou, e que acredita que o actor é melhor do que aquela mensagem dura e definitiva. Mas também reconhece que, após anos a tentar restabelecer o diálogo, a sensação é de que a distância se tornou estrutural e não um simples desentendimento passageiro. Não há, por enquanto, qualquer indício de reconciliação.

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Richard Dreyfuss não comentou publicamente as afirmações do filho. O silêncio do actor prolonga um afastamento que parece ter nascido de um conjunto de equívocos, mágoas e reacções intempestivas que nunca chegaram verdadeiramente a ser abordados de frente — e que hoje se traduzem numa distância quase irreversível dentro da família.

Claire Danes Fala Sobre a Surpresa da Terceira Gravidez aos 44 Anos

A actriz explica emoções inesperadas, um toque de embaraço e a alegria de receber uma menina na família.

Claire Danes está a viver uma nova fase familiar — uma fase que, segundo a própria, nunca imaginou que ainda fosse possível. A actriz, actualmente em destaque no thriller da Netflix The Beast In Me, falou de forma descontraída e honesta sobre a sua terceira gravidez aos 44 anos, um momento que descreve como “inesperado” e até acompanhado de um embaraço curioso.

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Danes participou no podcast SmartLess, de Jason Bateman, Sean Hayes e Will Arnett, onde contou que ela e o marido, o actor Hugh Dancy, tinham acabado de se instalar numa nova casa quando descobriram que vinham aí… três filhos, afinal. O casal já partilhava dois rapazes, nascidos em 2012 e 2018, e não estava à espera de aumentar novamente a família.

“Foi uma surpresa total. Eu tinha 44 anos e não pensei que fosse possível”, admitiu a actriz.

A estrela de Homeland explicou que, apesar da felicidade, sentiu inicialmente uma sensação difícil de definir — não vergonha propriamente dita, mas uma espécie de “embaraço cómico”, como descreveu, por estar a engravidar numa idade em que muitos já não contam com essa possibilidade.

“Foi estranho. Senti-me quase como se estivesse a quebrar uma regra invisível, algo que nunca me tinha passado pela cabeça.”

Uma menina muito desejada (mesmo sem o confessar)

Claire Danes revelou ainda que o casal deu as boas-vindas a uma menina, algo que a deixou radiante — até porque já era mãe de dois rapazes.

Jason Bateman brincou com a situação, sugerindo que a actriz deve ter ficado aliviada por finalmente ter uma filha. Danes riu-se e admitiu que, apesar de estar preparada para ambos os cenários, ficou “ainda mais feliz” com esta novidade.

“Teria ficado encantada com outro rapaz, claro. Mas estou muito, muito feliz por ter uma menina. Ela é fantástica… e adora tutus.”

Uma história de amor discreta e duradoura

Claire Danes e Hugh Dancy conheceram-se em 2006 durante as filmagens de Evening. O noivado chegou em 2009 e o casamento também nesse ano, numa cerimónia reservada em França. Desde então, têm mantido uma vida familiar discreta, longe das manchetes — até agora.

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Com o sucesso de The Beast In Me, Danes está novamente em destaque, não só pela carreira, mas também pela franqueza com que aborda temas pessoais. A gravidez inesperada aos 44 tornou-se parte da sua narrativa — inesperada, sim, mas recebida com amor e sentido de humor.

“Moana/Vaiana” Faz Onda Gigante: Trailer Live-Action Ultrapassa 182 Milhões de Visualizações em 24 Horas

É o segundo trailer live-action mais visto da história da Disney — apenas “O Rei Leão” o supera — e confirma que a nova versão tem tudo para ser um mega-sucesso em 2026.

A Disney lançou o primeiro trailer de “Moana” em versão live-action… e o mundo respondeu em peso. Em apenas 24 horas, o vídeo alcançou 182 milhões de visualizações, tornando-se assim no segundo trailer mais visto de sempre para um filme live-action da Disney, atrás apenas do teaser de O Rei Leão (2019), que atingiu os 225 milhões.

Num ano especialmente competitivo para trailers, Moana posicionou-se imediatamente no topo: foi o terceiro trailer mais visto de 2025, ficando atrás de Fantastic Four: First Steps (202M) e da surpresa estrondosa The Devil Wears Prada 2 (185M). É um feito massivo — e um indicador claro de que o estúdio tem um sucesso gigantesco nas mãos para o verão de 2026.

O regresso de Moana e Maui entusiasma o público

A reacção nas redes sociais não deixou espaço para dúvidas: o público ficou encantado com o visual exuberante do trailer, sobretudo as sequências do oceano — um elemento que, tal como na animação original, parece quase ganhar vida própria.

Os fãs também celebraram o regresso de Maui, interpretado novamente por Dwayne Johnson, cuja energia continua a ser um dos maiores motores emocionais e humorísticos da história.

Ao centro do filme está agora Catherine Laga’aia, a jovem actriz que dá vida à nova versão de Moana e que, segundo muitos comentários, enche o ecrã com autenticidade, carisma e uma ligação imediata ao espírito da personagem.

Thomas Kail conduz a viagem — e a Disney afina a rota para outro fenómeno global

A realização está nas mãos de Thomas Kail, vencedor de um Tony por Hamilton, que agora se aventura pela primeira vez num blockbuster desta dimensão. O filme promete manter o coração da história intacto: Moana responde ao chamamento do oceano e, acompanhada por Maui, atravessa o limite do recife da ilha de Motunui numa jornada repleta de aventura, mitologia e descoberta.

O trailer também mostrou o primeiro vislumbre dos Kakamora, a tribo minúscula e perigosa que já tinha conquistado os fãs do original.

Produzem o filme Dwayne JohnsonBeau FlynnDany GarciaHiram Garcia e Lin-Manuel Miranda, que regressa como produtor executivo depois de ter composto as canções icónicas da animação de 2016. Auliʻi Cravalho, voz da Moana original, também participa como produtora executiva.

Uma franquia que vale ouro — literalmente

Os números da saga não deixam margem para dúvidas: Moana é uma das propriedades mais valiosas da Disney no momento.

  • O filme de 2016 arrecadou 643,3 milhões de dólares.
  • Moana 2 (2024) superou a marca do milhar de milhão, chegando a 1,059 mil milhões de dólares.
  • A franquia já vale 1,7 mil milhões globalmente.
  • Só Moana 2 gerou 415 milhões em lucro e tornou-se o maior fenómeno de merchandising Disney em 2024.
  • A animação original soma 1,4 mil milhões de horas vistas na Disney+, sendo o filme mais visto de sempre na plataforma.

Com estas bases, a versão live-action parte com um vento favorável raro — e o impressionante desempenho do trailer confirma que a audiência está mais do que pronta para voltar ao mar.

Conclusão: Moana navega para 2026 com rumo claro — e gigantesco

Se a Disney pretendia um impacto imediato, conseguiu-o com facilidade.

Moana live-action promete ser um dos filmes-evento do próximo ano: um blockbuster repleto de emoção, identidade cultural, música e imagens de cortar a respiração.

E se o trailer é algum indicador, 2026 já tem candidato a fenómeno incontornável do verão.

Neve Campbell Junta-se a “Black Doves”: Netflix Arranca a Segunda Temporada com Reforços de Peso

A série de espionagem com Keira Knightley volta às filmagens em Londres e recebe um elenco reforçado, novas intrigas e um enredo ainda mais perigoso.

A Netflix confirmou oficialmente aquilo que os fãs esperavam: a produção da segunda temporada de Black Doves já começou em Londres. A série, criada por Joe Barton, rapidamente se tornou um dos thrillers mais destacados do catálogo do serviço de streaming, com críticas muito positivas e um sólido 92% no Rotten Tomatoes. Agora, o universo de segredos, traições e política britânica regressa com novas caras — e uma delas é um nome de culto do cinema de terror.

Neve Campbell entra para o elenco — e promete agitar Londres

A grande novidade é a entrada de Neve Campbell, eterna protagonista de Scream, que se junta à série no papel de Cecile Mason. Esta será a mais recente colaboração da actriz com a Netflix, depois de ter brilhado na série jurídica The Lincoln Lawyer.

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Campbell traz consigo uma aura de intensidade dramática que encaixa perfeitamente no tom da série — um mundo onde ninguém diz tudo, ninguém confia em ninguém e onde cada segredo vale tanto como uma bala.

Ambika Mod, Babou Ceesay e mais reforços para a temporada 2

Além de Campbell, Black Doves acrescenta ao seu elenco:

  • Ambika Mod (One Day) como Laila, uma agente da organização Black Doves, mordaz e anárquica, enviada para ajudar Helen numa missão especialmente sensível;
  • Babou Ceesay (Alien: Earth) como Mr. Conteh, um executivo da Black Doves com intenções que levantam todas as bandeiras vermelhas possíveis;
  • Sam Riley (Firebrand) como Patrick, um emissário de uma organização misteriosa que oferece a Sam uma hipotética saída — ou talvez mais problemas;
  • Sylvia Hoeks (Blade Runner 2049) como Katia Chernov;
  • Goran Kostic (Ant-Man and The Wasp) como Alexi Chernov;
  • Samuel Barnett (Lee) como Jerry.

A estes juntam-se os regressos de Keira KnightleyBen WhishawSarah Lancashire, e os restantes actores da primeira temporada.

As linhas gerais da nova temporada: política, traições e fantasmas pessoais

A Netflix divulgou também a nova sinopse da temporada, e o cenário é ainda mais tenso:

Helen continua a entregar segredos do Estado à organização clandestina que serve — os Black Doves — ao mesmo tempo que o seu marido, Wallace, está prestes a tornar-se Primeiro-Ministro do Reino Unido.

Ou seja, o risco nunca foi tão alto.

Enquanto isso, a manipuladora Mrs. Reed vê-se presa numa conspiração interna para destruí-la, enquanto Sam, agora longe do brilhantismo letal de outros tempos, tenta sobreviver a pequenos trabalhos e a uma vida solitária. Juntos, Helen e Sam vão mergulhar mais fundo na teia de inimigos antigos, aliados duvidosos e decisões dolorosas que deixaram marcas na primeira temporada.

Joe Barton promete caos — e Downing Street no olho do furacão

O criador Joe Barton não poderia estar mais entusiasmado:

“Estou ansioso por regressar ao nosso pequeno e homicida mundo de espionagem. Ter tantos actores extraordinários de volta, e ainda juntar alguns dos meus favoritos de sempre, é uma alegria. Downing Street nunca mais será a mesma…”

Com intrigas políticas, conspirações internas, agentes renegados e um elenco que mistura prestígio, carisma e ameaça silenciosa, a nova temporada de Black Doves parece pronta para elevar tudo o que a primeira fez — mas agora com ainda mais elegância sombria.

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A Netflix ainda não anunciou a data de estreia, mas a produção já está em marcha. E, com Neve Campbell a bordo, a série acaba de ganhar uma arma secreta.

“Shining / O Iluminado”: O Segredo Gelado duma das Cenas Mais Assustadoras de Jack Nicholson

A imagem icónica de Jack Torrance congelado não nasceu no frio — mas sim no perfeccionismo glacial de Stanley Kubrick.

Há cenas que entram na história do cinema como se tivessem sempre existido. A imagem final de “O Iluminado” (1980) — Jack Nicholson, imóvel, coberto de gelo, perdido para sempre no labirinto do Overlook Hotel — é uma delas. Mas a verdade por detrás daquele momento clássico é surpreendente: não havia frio real, nem neve verdadeira, nem temperaturas negativas. Havia, sim, a obsessão criativa de Stanley Kubrick e uma equipa técnica que transformou um estúdio britânico num pesadelo de inverno.

Sal, espuma e o inverno mais falso da história do cinema

A famosa sequência não foi filmada em montanhas nevadas, mas num estúdio em Londres. Kubrick recusava rodar em ambientes incontroláveis — queria tudo milimetricamente igual de tomada para tomada.

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Resultado: a neve que enchia o labirinto era feita de uma mistura de sal, espuma industrial, plástico triturado e produtos sintéticos usados nos efeitos especiais dos anos 70 e 80. A equipa aplicava camadas e mais camadas dessa pseudo-neve, ajustando cada curva do labirinto para manter a continuidade perfeita.

O ambiente parecia gelado, mas era tudo cenografia meticulosa. E, como mostram as imagens de bastidores, os técnicos tinham de “regar” o cenário com uma espécie de geada artificial antes de cada take, para garantir aquele brilho frio e uniforme.

Jack Nicholson ficou horas imóvel — e o tremor era esforço, não frio

Kubrick era conhecido por testar os limites dos seus actores, e Nicholson não foi exceção. Para alcançar a expressão que faria tremer gerações de espectadores, o actor foi colocado horas sentado, coberto por substâncias pegajosas e geladas ao toque — mas não propriamente frias de temperatura.

Ventiladores industriais sopravam-lhe gelo falso para simular a tempestade, enquanto assistentes corrigiam continuamente pequenos cristais artificiais que escorriam da testa e das sobrancelhas.

Relatos de bastidores contam que Nicholson tremia entre takes — não por causa do frio, mas pelo esforço muscular necessário para manter aquela pose rígida, a respiração controlada e a expressão apática e terrivelmente imóvel. Uma performance física levada ao extremo… mesmo sem neve verdadeira.

O labirinto construído à mão — e à medida da loucura de Kubrick

O labirinto visto no final do filme também não existia antes das filmagens.

Kubrick mandou construir tudo de raiz, no interior do estúdio, com arbustos artificiais cobertos por tecido pintado e camadas de neve cenográfica.

Era um espaço fechado, opressivo, extremamente quente devido aos refletores potentes usados nas filmagens — ironicamente, o oposto do que a cena sugere.

Essa contradição tornou-se parte da lenda: para criar um dos momentos mais gelados do cinema, Kubrick filmou num ambiente onde a temperatura subia tanto que membros da equipa tinham de sair para respirar ar fresco entre takes.

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Um congelamento que ficou na história

Quatro décadas depois, a imagem final de Jack Torrance continua a ser uma das mais reconhecíveis da cultura pop — replicada, parodiada, analisada e reinterpretada infinitas vezes. Mas por trás desse instante há um segredo:

aquilo que parece um congelamento mortal não passa de sal, espuma e o génio obsessivo de Kubrick.

E talvez isso torne a cena ainda mais fascinante.

Nenhuma tempestade real poderia ter criado aquele momento — apenas cinema puro, artesanal e incrivelmente preciso.

Kevin Spacey Diz Que Está Sem Casa — e Hollywood Continua Sem Saber o Que Fazer Com Ele

O actor afirma viver entre hotéis e Airbnbs após sete anos de processos, cancelamentos e projectos mínimos — mas garante que um telefonema certo pode mudar tudo.

Kevin Spacey voltou a ser notícia — e não por um novo papel, mas pela brutal sinceridade de uma entrevista recente ao The Telegraph. O actor, outrora um dos nomes mais influentes de Hollywood, vencedor de dois Óscares, afirma estar sem casa, a viver “onde há trabalho”, depois de anos de batalhas legais que consumiram praticamente todas as suas finanças.

“Estou a viver em hotéis, a viver em Airbnbs. Vou onde há trabalho. Literalmente não tenho casa.”

Spacey explica que a sua antiga residência em Baltimore, cidade onde viveu durante as filmagens de House of Cards, foi leiloada, deixando-o num cenário financeiro que descreve como “não grande”.

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Desde 2017, quando começaram a surgir múltiplas acusações de má conduta sexual, Spacey viu a carreira colapsar de um dia para o outro. Mais de uma dezena de homens o acusaram publicamente; o actor negou sempre todas as alegações. Em tribunal, foi absolvido no caso londrino de 2023 e considerado não responsável no processo civil movido por Anthony Rapp em 2022.

Legalmente, saiu ileso. Profissionalmente, nunca mais recuperou.

Sete anos, milhões perdidos e uma carreira reduzida a projectos mínimos

Depois de ser afastado de produções de alto perfil, Spacey trabalhou apenas em filmes independentes, muitos deles realizados por estreantes — projectos discretos, alguns quase experimentais, todos longe da máquina mainstream que o coroou em American Beauty e The Usual Suspects.

Chegou mesmo a fazer um espectáculo de variedades em Chipre, numa tentativa improvável de se manter activo artisticamente.

O actor descreve os últimos anos como um período de gastos constantes e rendimento quase nulo:

“Os custos destes últimos sete anos foram astronómicos. Entrou muito pouco e saiu tudo.”

O que falta para Hollywood o aceitar de volta? Segundo Spacey, “permissão”

Apesar de tudo, Spacey mantém-se optimista — talvez até surpreendentemente. Garante que continua em contacto com “pessoas extremamente poderosas” que querem vê-lo trabalhar novamente, mas acredita que a indústria está a aguardar um sinal verde de alguém com enorme peso artístico.

“A indústria está à espera de receber permissão — de alguém com respeito e autoridade.”

E é aqui que Spacey revela a ideia mais polémica da entrevista: se Martin Scorsese ou Quentin Tarantino ligassem ao seu agente, a sua carreira seria instantaneamente reabilitada.

“Se Scorsese ou Tarantino ligarem, acabou. Eu adoraria — seria uma honra.”

O regresso ainda é possível?

A pergunta divide Hollywood e a opinião pública.

Spacey foi juridicamente ilibado, mas isso não anulou o impacto da avalanche mediática, nem a forma como a sua imagem ficou gravemente danificada. Perante isso, a indústria continua numa espécie de paralisia moral: ninguém quer ser o primeiro a contratá-lo — mas também ninguém exclui categoricamente um possível retorno.

O próprio actor parece saber isso. Por isso vive num limbo: sem casa fixa, sem garantias, mas com a firme esperança de que um único projecto, assinado por “um gigante”, possa reescrever o seu destino.

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Até lá, Kevin Spacey continua a deslocar-se entre hotéis, Airbnbs e pequenos sets — aguardando o telefonema que, acredita, poderá restaurar o que perdeu.

“Maria Schneider”: O Filme Que Finalmente Dá Voz à Atriz Silenciada por Hollywood e Pela História

A obra de Jessica Palud expõe o trauma por trás de “O Último Tango em Paris” e devolve humanidade a uma atriz marcada por um sistema que nunca a protegeu.

A estreia de “Maria Schneider” no TVCine Edition, no sábado, 22 de novembro, às 22h00, representa mais do que a chegada de um filme biográfico à televisão portuguesa. É um acerto de contas histórico. Uma reabilitação. Um gesto cinematográfico que procura recuperar a dignidade de uma atriz cuja carreira — e vida — foram brutalmente moldadas por um momento de abuso no set de um dos filmes mais falados da década de 1970.

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Baseado no livro My Cousin Maria Schneider de Vanessa Schneider, e realizado por Jessica Palud, o filme reúne peças que durante décadas estiveram espalhadas, encobertas ou ignoradas. A protagonista, interpretada por Anamaria Vartolomei, surge não como a “jovem polémica” que a imprensa reduziu em 1972, mas como aquilo que realmente era: uma atriz de 19 anos, talentosa, vulnerável e completamente desprotegida perante dois gigantes do cinema — Marlon Brando e Bernardo Bertolucci — que decidiram, à revelia, filmar uma cena de violação que não estava no guião.

A promessa que se tornou pesadelo

O texto do TVCine recorda como Maria, filha de um ator reconhecido, acreditava estar a dar o passo decisivo na carreira ao ser escolhida para coprotagonizar “O Último Tango em Paris”  .

Mas o sonho transforma-se rapidamente. O filme revela, com precisão emocional, como aquela famosa cena — repetida, discutida, analisada ao longo de décadas — foi, acima de tudo, uma violação do consentimento da atriz, filmada sem que ela soubesse o que iria acontecer.

A consequência?

Um trauma duradouro, uma carreira sabotada pela própria obra que deveria tê-la lançado e uma mulher que passou anos a tentar reescrever a própria narrativa enquanto o mundo a via apenas através de um papel que não escolheu.

Jessica Palud reconstrói a humanidade que o cinema lhe tirou

A realização de Palud recusa o voyeurismo e concentra-se em Maria — nos seus silêncios, nas suas feridas, na força que tentava manter num meio dominado por homens que ditavam não apenas o que ela fazia em cena, mas também como era vista fora dela.

O impacto emocional e profissional está lá: a manipulação nos bastidores, o julgamento público, o rótulo que nunca a largou, a precariedade emocional póstuma de uma atriz que procurava uma oportunidade real de mostrar talento, e não apenas resistir ao que lhe tinham feito.

Matt Dillon interpreta Brando, e Giuseppe Maggio interpreta Bertolucci — numa reconstrução que não tenta suavizar poder, influência nem culpa. O objetivo é claro: devolver agência a Maria, colocando-a no centro da história que, durante demasiado tempo, pertenceu a outros.

Não é apenas um biopic — é um retrato tardio, íntimo e necessário

“Maria Schneider” foi apresentado em Cannes em 2024 e rapidamente gerou discussão: sobre ética, sobre poder, sobre memória, sobre como o cinema trata (e trai) as suas próprias mulheres.

A narrativa não transforma Maria em mártir nem em símbolo — mostra-a como pessoa, com contradições, sonhos, fragilidades e uma carreira que poderia ter sido outra se o sistema não tivesse falhado tão profundamente.

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O filme é uma homenagem, mas também um alerta.

É uma tentativa de reparar, com arte, aquilo que a máquina do cinema destruiu com descuido.

E é, por tudo isso, uma estreia incontornável.

“Maria Schneider” estreia sábado, 22 de novembro, às 22h00, no TVCine Edition e no TVCine+.

“The Odyssey”: As Novas Fotos do Set Revelam Pattinson, Zendaya e o Mundo Épico de Christopher Nolan

As primeiras imagens reveladas oferecem o retrato mais claro até agora do ambicioso épico mitológico de Nolan — com um elenco gigantesco e tecnologia IMAX nunca antes usada.

As filmagens de “The Odyssey”, a adaptação mitológica de Christopher Nolan marcada para estrear a 17 de Julho de 2026, continuam a fazer ferver a internet. Nos últimos dias, novas fotos de bastidores deram finalmente o “primeiro olhar sério” a várias das figuras centrais desta superprodução — incluindo Robert Pattinson e Zendaya, que surgem em trajes completos das suas personagens, numa estética que promete ser uma das mais ousadas do realizador.

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Pattinson como Antínoo — o pretendente que desafia Penélope

As novas imagens divulgadas por contas dedicadas ao actor (@pattinsonphotos) mostram Robert Pattinson como Antínoo, líder dos inúmeros pretendentes que tentam usurpar o trono de Ítaca durante a ausência de Ulisses e que disputam a mão de Penélope.

É o segundo reencontro do actor com Nolan depois de Tenet, mas desta vez Pattinson parece assumir uma presença muito mais física, luxuosa e provocadora — digna do vilão aristocrático que Homero descreve como o mais insolente de todos os rivais do herói.

Zendaya como Atena — a deusa que guia Ulisses

Por outro lado, fotos partilhadas por @he4vensnight finalmente confirmaram Zendaya como Atena, a deusa protectora de Ulisses.

Vê-la no set ao lado de Matt Damon, que interpreta o herói, dá-nos a primeira noção concreta da química entre ambos — e é provável que a relação Atena–Ulisses se torne um dos pilares emocionais do filme.

Zendaya surge numa caracterização austera, com um visual que combina elegância divina e uma presença quase bélica, alinhada com a interpretação moderna que Nolan parece querer explorar.

Um elenco que é, por si só, uma epopeia

As imagens foram acompanhadas por detalhes adicionais divulgados pela revista Empire, que publicou também os primeiros stills oficiais:

  • Anne Hathaway como Penélope, num regresso à colaboração com Nolan depois de Interstellar e The Dark Knight Rises.
  • Tom Holland como Telémaco, o filho de Ulisses — um casting surpreendente mas que já gera entusiasmo nas redes.
  • Mia Goth como Melanto, figura ambígua e sedutora da corte de Ítaca.
  • John Leguizamo irreconhecível como Eumeu, o criado leal do herói.
  • E ainda Himesh Patel como marinheiro, em papel não detalhado.

O resto do elenco é um desfile de estrelas: Jon Bernthal, Lupita Nyong’o, Charlize Theron, Samantha Morton, Benny Safdie, Elliot Page, Corey Hawkins e mais nomes ainda por anunciar — mantendo o hábito de Nolan em criar repartos polifónicos onde todos contam.

Tecnologia IMAX reinventada — literalmente ao ouvido do actor

Para além das personagens e da estética, talvez o dado mais impressionante revelado até agora seja técnico.

Nolan explicou à Empire que a produção recorre a uma nova geração de câmaras IMAX, capazes de captar som utilizável a centímetros do actor, mesmo em sussurros.

Segundo o realizador:

“Podes filmar a poucos centímetros do rosto de um actor enquanto ele sussurra — e obter som perfeito.”

O director de fotografia Hoyte van Hoytema testou o sistema filmando uma criança a ler “Sound and Vision” de David Bowie. Nolan descreveu o resultado como “electrizante”.

Para um realizador conhecido pelo perfeccionismo técnico — e pelas câmaras IMAX que normalmente soam como turbinas de avião — isto representa uma transformação profunda na forma como poderá filmar intimidade e diálogo no formato.

Queda de Tróia, Ciclopes e uma escala nunca antes tentada por Nolan

A Empire revelou ainda que viu um excerto de cinco minutos contendo:

  • a frase inicial “Já ouviste a história do cavalo?”,
  • uma sequência massiva da queda de Tróia,
  • e um breve vislumbre de um Ciclope que confirma a ambição mitológica do projecto.

Pela primeira vez, Nolan entra sem reservas no terreno do épico fantástico — mas com a sensibilidade hiper-realista que guia a sua carreira desde Dunkirk.

Conclusão: “The Odyssey” está a ganhar forma — e promete ser um dos eventos de 2026

Com as primeiras imagens agora públicas, fica claro que Nolan está a construir algo maior do que uma simples adaptação. É uma leitura contemporânea da mitologia grega, guiada por tecnologia inédita, um elenco monumental e uma abordagem estética que pretende equilibrar o real e o lendário.

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The Odyssey” estreia a 17 de Julho de 2026 pela Universal. E se estas primeiras fotos servem de indicador, será um dos filmes mais discutidos do ano.

O Que Sydney Sweeney Terá Mesmo Dito a Tom Cruise? Vídeo Viral Ganha Tradução “Não-Oficial”

A conversa captada nos Governors Awards tornou-se um fenómeno online — e um especialista em leitura labial garante que a actriz descrevia cenas perigosas do seu novo filme.

Foi um dos momentos mais comentados dos Governors Awards de 2025: Sydney Sweeney e Tom Cruise, dois ícones de gerações diferentes, a conversar animadamente numa das mesas do evento. Bastou um telemóvel apontado na direcção certa para que o vídeo se tornasse viral. Mas, como acontece sempre que não há áudio… nasce a especulação.

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Agora, graças a uma leitura labial feita pelo especialista Jacqui Press, já há uma ideia do que poderá ter sido dito nesse encontro inesperado.

“Nunca parti um osso… mas abri a cara.”

Segundo Press, a actriz de 28 anos, actualmente em destaque com Christy — filme onde interpreta a lendária pugilista Christy Martin — estava a contar a Cruise algumas das experiências mais duras do processo de filmagem.

A frase mais marcante?

“Nunca parti um osso, [mas] abri a cara.”

De acordo com a leitura do especialista, Sydney terá ainda mencionado uma série de outros incidentes durante a rodagem:

— uma concussão,

— nariz a sangrar,

— e cenas de combate “reais”, não coreografadas ao estilo tradicional.

Nada surpreendente para quem interpreta uma atleta que fez da resistência física a sua marca, mas ainda assim suficiente para captar a atenção — e o respeito — de Tom Cruise, que já se magoou inúmeras vezes nas suas próprias proezas cinematográficas.

Tom Cruise, o veterano das lesões em cena

A reacção de Cruise no vídeo é quase tão comentada quanto as palavras de Sweeney. O actor, conhecido por insistir em fazer as suas próprias cenas de acção — incluindo saltos de aviões, escaladas a arranha-céus e perseguições sem duplos — parecia genuinamente intrigado pela descrição das feridas de Sweeney. Se há alguém que entende dores de bastidores, é ele.

Cruise já partiu tornozelos, deslocou costelas, magoou mãos, pés e, claro, o ego de muitos colegas que não acompanham o seu entusiasmo por acrobacias impossíveis.

A ligação improvável (mas perfeita) entre dois fanáticos pela entrega total

Sydney Sweeney tem construído rapidamente uma reputação de actriz entregue, trabalhadora e fisicamente destemida — da ginástica intensa em Madame Web ao boxe visceral em Christy. O cruzamento com Cruise, mestre absoluto do “eu faço as minhas próprias cenas”, tem um certo encanto cinematográfico.

Não admira que os fãs tenham começado de imediato a teorizar sobre possíveis colaborações, filmes de acção conjuntos ou apenas o simples facto de ver dois profissionais obcecados pela credibilidade física a comparar cicatrizes como se estivessem numa tenda de guerra.

O vídeo continua sem som — mas a imaginação já fez o resto

Nada do que se diz é oficial, claro. Leitura labial é sempre uma arte interpretativa, especialmente em salões cheios, iluminação irregular e câmaras amadoras.

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Mas, verdadeira ou não, a tradução pegou — e tornou o momento ainda mais viral.

O certo é que a conversa, curta e descontraída, uniu duas das figuras mais populares de Hollywood num instante captado ao acaso. E isso basta para que a internet faça o que faz melhor: amplificar tudo até ao infinito.

“The Chronology of Water”: Kristen Stewart Surpreende Cannes e Prepara-se Para Estrear em Portugal em Janeiro

Depois da forte recepção em Cannes, a primeira longa de Stewart passou pelo LEFFEST e aproxima-se agora da estreia nacional — prevista para 22 de Janeiro de 2026.

Kristen Stewart já tinha mostrado, em curtas-metragens e experiências anteriores, que a realização era um território que queria explorar. Mas foi com “The Chronology of Water”, apresentado este ano em Cannes, que a actriz se afirmou definitivamente como cineasta. A estreia recebeu uma ovação de seis minutos e meio, ganhou estatuto de obra arrojada e rapidamente se tornou um dos títulos mais comentados da secção Un Certain Regard.

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Baseado no memoir de Lidia Yuknavitch, o filme é uma viagem confessional, fragmentada e emocionalmente intensa. Stewart adapta o texto com a mesma energia interior que marcou várias das suas interpretações, mas agora colocada ao serviço de uma linguagem visual própria: filmado em 16mm, cru, táctil, inquieto, cheio de nervo e vontade de experimentar.

Imogen Poots no papel mais exigente da carreira

A protagonista é interpretada por Imogen Poots, que encarna Lidia desde a adolescência marcada por um pai abusivo até ao mergulho literal e metafórico numa vida feita de amores falhados, vícios, perdas e reinvenções.

A personagem encontra na natação de competição um escape, mas o corpo cede, o sonho colapsa e o filme segue a protagonista numa procura urgente por voz, identidade e perdão.

O elenco inclui ainda Thora BirchJim BelushiEarl CaveTom SturridgeCharlie Carrick e Kim Gordon — nomes que ajudam a compor um retrato íntimo, por vezes abrasivo, sempre profundamente humano.

Uma passagem discreta mas significativa pelo LEFFEST

Após o impacto em Cannes, The Chronology of Water foi exibido em Portugal durante o LEFFEST 2025, onde integrou a programação oficial — uma apresentação que reforçou o interesse do público cinéfilo e chamou a atenção pela ousadia formal do filme.

Foi uma das sessões mais comentadas do festival, sobretudo pela forma como Stewart descreveu o projecto:

“Não é sobre o que aconteceu a Yuknavitch. É sobre aquilo que acontece a todas nós — porque é violento ser mulher.”

Um filme que bate de frente — não com grandiloquência, mas com verdade.

Estreia nacional a aproximar-se

Com a exibição no festival já concluída, a expectativa vira-se agora para a estreia comercial.

Segundo a informação disponibilizada pela distribuidora Medeia Filmes, The Chronology of Water tem estreia prevista em Portugal a 22 de Janeiro de 2026.

Não é uma data oficial-final, mas é a indicação mais consistente até ao momento — e a mais plausível no alinhamento de lançamentos independentes do início do ano.

Um novo capítulo para Kristen Stewart

Se esta é, como muitos críticos disseram, a “primeira grande obra” de Stewart enquanto realizadora, então 2026 poderá marcá-la como uma das vozes autorais mais interessantes da nova geração.

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The Chronology of Water é cinema confessional, por vezes selvagem, mas sempre emocionalmente íntegro. Um filme que não se limita a adaptar uma vida; tenta, com todos os riscos envolvidos, compreender o que significa sobreviver.

E agora, finalmente, aproxima-se do público português.

“Avatar: Fire and Ash” — James Cameron Revela Porque Mudou o Narrador do Novo Capítulo da Saga

Lo’ak assume o centro da história no terceiro filme, e Cameron explica a escolha enquanto o elenco partilha reacções e pistas sobre o que está para vir em Pandora.

Com estreia marcada para 19 de Dezembro de 2025Avatar: Fire and Ash prepara-se para voltar a dominar conversas, bilheteiras e discussões cinéfilas — afinal, estamos a falar de uma das poucas sagas modernas capazes de ultrapassar, por duas vezes, a marca dos 2 mil milhões de dólares. O mundo quer regressar a Pandora. E James Cameron sabe exactamente como puxar esse tapete debaixo dos nossos pés.

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Numa conversa com a Fandango, Cameron e o elenco — Sam Worthington, Zoe Saldaña, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Oona Chaplin, Jack Champion, Trinity Jo-Li Bliss e Bailey Bass — revelaram novos detalhes sobre a terceira parte da história. E a revelação mais significativa veio do próprio realizador: o narrador mudou.

Lo’ak, o filho que herda a história

Os dois primeiros filmes foram narrados por Jake Sully, cuja transição de humano para Na’vi e posterior integração no clã Omaticaya deram forma às bases dramáticas da saga. Mas em Fire and Ash, a voz muda para Lo’ak, interpretado por Britain Dalton.

Porquê essa mudança?

Cameron explicou que a história da família Sully entrou numa nova fase — e que, para a acompanhar, era preciso uma nova perspectiva. Lo’ak, que no segundo filme já começara a destacar-se como uma figura complexa, emotiva e rebelde, é agora o ponto de vista que nos liga ao conflito crescente em Pandora. Segundo Cameron, a narrativa precisava de um olhar mais jovem, mais turbulento e mais intimamente ligado à nova geração de Na’vi.

Não se trata apenas de mudar o narrador, mas de mudar o coração emocional do filme.

O elenco confirma: este é o capítulo mais emotivo até agora

Durante a entrevista, vários actores admitiram ter ficado impressionados — e até surpreendidos — quando viram pela primeira vez imagens de Fire and Ash em montagem.

Zoe Saldaña descreveu a evolução de Neytiri como “dolorosa e poderosa”, enquanto Sam Worthington reforçou que Jake vive agora num conflito interno muito mais intenso, dividido entre proteger a família e assumir o papel de líder num mundo que volta a aproximar-se da guerra.

Sigourney Weaver, Oona Chaplin e Stephen Lang também revelaram que os seus personagens têm trajectos inesperados neste capítulo, com particular destaque para Chaplin — cuja personagem promete ser uma das peças mais enigmáticas e decisivas desta fase intermédia da saga.

Novas tribos, novos conflitos e um planeta cada vez mais vivo

Sem entrar em spoilers, o elenco confirmou que Fire and Ash introduz novos Na’vi, novas regiões de Pandora e uma expansão cultural significativa. Cameron, fiel à tradição, parece ter subido a parada visual: há novas criaturas, ecossistemas mais extremos e cenários que, segundo Dalton, “parecem impossíveis até serem vistos no ecrã”.

A presença de Lo’ak como narrador aponta para um foco maior na geração que, em última análise, herdará Pandora — e que será inevitavelmente moldada pelas guerras, alianças e perdas deixadas pelos pais.

Um passo natural rumo ao futuro da saga

A mudança de narrador também indica que Cameron está a preparar terreno para os capítulos seguintes. A saga Avatar foi sempre pensada como uma história em expansão, e Lo’ak posiciona-se como a personagem capaz de garantir continuidade emocional entre filmes, mantendo o público ligado ao que vem depois de Fire and Ash.

James Cameron já provou que pensa estas narrativas como se fossem organismos vivos — crescem, adaptam-se e empurram o espectador para lugares onde ele ainda não sabe que quer ir. Com Lo’ak no comando da história, Avatar volta a mudar de pele.

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Conclusão: o próximo grande marco de Pandora está a aproximar-se

Com a promessa de novos conflitos, tensões familiares mais profundas e uma mudança radical no ponto de vista, Avatar: Fire and Ash prepara-se para ser um dos momentos cinematográficos mais importantes de 2025.

Cameron não está apenas a continuar a saga — está a reposicioná-la para uma nova era.

E, como sempre, ninguém faz isto como ele.

Ele Voltou – e Está Ainda Mais Impossível: “Sisu: Road to Revenge” Leva a Vingança Até ao Limite

O veterano Aatami troca nazis por soviéticos num sequel finlandês curto, brutal e surpreendentemente inventivo que está a conquistar a crítica lá fora.

Quando Sisu rebentou em 2022, muita gente assumiu que se tratava de um daqueles fenómenos únicos: um filme de acção finlandês, seco como vodka e directo ao assunto, em que um velho prospector calava um pelotão de nazis com mais facas, minas e pura teimosia do que diálogo. Parecia difícil repetir a fórmula sem diluir o impacto. Lá fora, porém, quem já viu “Sisu: Road to Revenge” garante que a sequela não só aguenta a pressão como acelera ainda mais.

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Desta vez, o inimigo mudou de farda. A Segunda Guerra ficou para trás e o indestrutível Aatami, interpretado de novo por Jorma Tommila, regressa a uma Finlândia ocupada pelo Exército Vermelho. Do lado de lá surge um vilão com nome e presença à altura: Igor Draganov, um “açougueiro” do Exército Vermelho interpretado por Stephen Lang, veterano de James Cameron. O confronto está montado quase sem palavras, num país ainda marcado pela guerra, onde o passado não fica enterrado – apenas armado até aos dentes.

O que a crítica internacional sublinha é a forma como o realizador Jalmari Helander volta a apostar numa narrativa simples, quase minimalista, sem gorduras. Não há subtramas supérfluas, nem discursos inflamados: em poucas cenas percebemos o essencial – Aatami, agora com uma tragédia familiar a assombrá-lo, desmonta literalmente a sua casa de madeira, viga a viga; Draganov é libertado da prisão; pouco depois, cruzam caminhos nas estradas secundárias da Finlândia ocupada. A partir daí, é só seguir em frente, com Helander a fazer aquilo que sabe melhor: encadear set pieces de acção com lógica cristalina e uma imaginação sanguinária muito pouco interessada em meios-termos.

Lá fora elogiam precisamente esse regresso ao “old-school stunt work” – o tipo de acção física, sentida, em que se percebe o peso de cada queda e de cada explosão. Os críticos falam em montagem “limpa”, sem excessos de CGI, e em “baddie-splattering” criativo, com direito a momentos de pura insanidade visual, como Aatami a usar uma das vigas da casa como arma improvável para derrubar um jacto. Esse pedaço de madeira, aliás, ganha quase estatuto de personagem: começa como símbolo de ruína, transforma-se em instrumento de sobrevivência e acaba como promessa de novo começo.

Tudo isto é enquadrado por uma Finlândia filmada como um campo de batalha de banda desenhada: florestas e lagos em tons dourados, luz de fim de tarde a banhar corpos cobertos de lama e sangue, e um certo prazer infantil em transformar o cenário natural num enorme recreio de guerra. Lá fora há quem compare o entusiasmo de Helander ao de uma criança a brincar aos soldados no meio do mato – com a diferença de que aqui cada explosão é coreografada ao milímetro e cada plano parece pensado para arrancar aplausos em sala.

Claro que “Sisu: Road to Revenge” não tenta ser realista. A violência é estilizada, o sofrimento é quase mítico e Aatami continua a ser mais lenda do que homem. Mas essa simplicidade, dizem os críticos, funciona quase como resposta directa aos blockbusters sobrecarregados de subtexto e efeitos digitais. Em vez de universos partilhados e linhas temporais paralelas, Helander oferece uma ideia muito clara: um homem, um inimigo, um país ferido e uma série de confrontos cada vez mais inventivos. Nada mais, nada menos.

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Lido de fora, o consenso é curioso: quem se apaixonou pelo primeiro Sisu encontra aqui “mais do mesmo – no melhor sentido”. Para quem andava à procura de um filme de acção curto, seco, brutal, mas com personalidade visual e ironia à superfície, Sisu: Road to Revenge parece cumprir tudo o que promete. Helander, tal como o seu protagonista, descarta o supérfluo, agarra-se ao essencial – e carrega no acelerador.

Pierce Brosnan, 72 anos, e um novo papel improvável: interpretar Pierce Brosnan

 Lá fora, o antigo 007 é celebrado por brincar com a própria imagem, abrir a porta a um possível regresso ao universo Bond e abraçar, sem filtros, a idade e a carreira.

Durante anos, Hollywood tratou Pierce Brosnan como uma espécie de conceito: o charme em forma humana. Remington Steele, Thomas Crown, James Bond — tudo variações do mesmo arquétipo: o homem impecavelmente vestido, perigosamente sedutor, com um sorriso que resolvia metade dos problemas antes sequer de sacar da arma. Agora, aos 72 anos, o actor irlandês está a viver uma espécie de segunda juventude profissional. E, se acreditarmos no que se escreve lá fora, fá-lo justamente ao desfazer esse mito que ele próprio ajudou a construir.

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Numa longa entrevista recente, Brosnan passa metade do tempo a tentar despachar o jornalista da sua casa em Malibu, com um humor meio rabugento, meio encantador. Garante que não tem grande coisa para dizer, que já contou a sua história vezes demais. Mas, entre um café servido em chávena de porcelana, uma bicicleta à beira da praia e telefonemas para a mulher, acaba por revelar um actor num momento muito particular: consciente da sua própria “marca”, disposto a brincar com ela e, ao mesmo tempo, decidido a continuar a trabalhar até onde o corpo e a cabeça aguentarem.

Lá fora sublinham precisamente isso: Brosnan sabe que, para várias gerações, continua a ser “o” 007 — mesmo mais de vinte anos depois de Die Another Day. Mas em vez de fugir dessa sombra, aprendeu a usá-la. Em thrillers recentes como Black Bag, assume figuras de autoridade ligadas aos serviços secretos, quase como se estivesse a fazer um meta-cameo prolongado. O público entra descansado, confiante no ex-agente ao serviço de Sua Majestade — e o filme diverte-se a virar a mesa, revelando um personagem bem mais sombrio do que o antigo Bond.

Ao mesmo tempo, Brosnan tem procurado papéis que subvertam a imagem do “homem perfeito de fato italiano”. Em The Thursday Murder Club, adaptação do fenómeno literário de Richard Osman, interpreta Ron, um reformado rabugento, vaidoso e ligeiramente ridículo. Lá fora contam uma cena deliciosa: a entrada de Ron numa esquadra de polícia, envergando um fato azul aos quadrados dois números abaixo. O momento só funciona porque o espectador sabe que Pierce Brosnan nunca fica mal de fato — e, de repente, fica. É comédia construída em cima de décadas de glamour.

Essa consciência da própria iconografia acompanha-o mesmo quando não está a representar. Brosnan passa grande parte do tempo a pintar e está a preparar um documentário sobre si próprio, realizado por Thom Zimny, com o filho Dylan a servir de arquivista. Não se trata de um exercício de vaidade fácil, garantem os perfis estrangeiros, mas de uma tentativa de organizar memórias, de perceber como é que aquele jovem irlandês que chegou a Los Angeles nos anos 80 a vibrar com a ideia de conhecer John Huston se transformou neste veterano que prefere “saltar do autocarro” em vez de “saltar de aviões”.

E Bond? A pergunta, claro, nunca morre. Nas entrevistas internacionais mais recentes, Brosnan volta a ser confrontado com o eterno “voltaria?”. A resposta é diplomática, mas reveladora. Voltar como 007, não. “Esse é o trabalho de outro homem”, diz. Contudo, admite que poderia “entretê-lo” a ideia de regressar ao universo, talvez como agente reformado chamado de novo ao serviço, numa era em que a Amazon parece interessada em expandir a marca Bond para lá da fórmula tradicional. Não é uma campanha pública, é quase um encolher de ombros: se acontecer, aconteceu; se não, segue a vida.

Entretanto, a vida segue mesmo. Além de The Thursday Murder Club, Brosnan está envolvido em MobLand e em Giant, onde interpreta o treinador de boxe Brendan Ingle, um homem vaidoso, teatral, carente de reconhecimento. Um tipo de personagem que lhe permite explorar fragilidade, ressentimento e ego ferido — muito para lá do charme automático que o perseguiu durante décadas. Lá fora fala-se desta fase como uma espécie de “renascença tardia”, um actor a descobrir novas cores depois de anos a ser pintado sempre com a mesma paleta.

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Curiosamente, quanto mais foge do molde do galã, mais Hollywood parece gostar dele. Em vez de correr atrás de sagas de super-heróis ou de cirurgias milagrosas, prefere envelhecer em cena. Diz que quer continuar a trabalhar até aos 80, mas sem tentar convencer ninguém de que ainda tem 40. “Sou da idade que sou, e abraço isso”, resume. A prioridade já não é salvar o mundo com um Aston Martin, mas encontrar personagens que lhe permitam “brincar com o símbolo” que construiu.

Os textos estrangeiros captam bem essa dualidade: Pierce Brosnan continua a ser, inevitavelmente, uma estrela de cinema — o tipo de pessoa que, ao passar de bicicleta, transforma o dia de qualquer desconhecido que o reconheça. Mas é também um actor que, finalmente, parece divertir-se a ser desmontado, ridicularizado, contradito em cena. Um homem que sabe que foi Bond, mas que não quer ser apenas isso.

Se o futuro reserva ou não um regresso ao universo 007, ninguém sabe. O que se percebe, lendo o que se escreve lá fora, é que Pierce Brosnan entrou naquela fase rara em que a idade, a experiência e a auto-ironia se juntam. E, para um actor, isso pode ser a licença mais perigosa — e mais interessante — de todas.

“Wicked: For Good” Divide Críticos Lá Fora — Ariana Grande Entre o Alvo das Críticas e o Centro dos Elogios

As primeiras opiniões internacionais ao segundo filme de Jon M. Chu não podiam ser mais contraditórias — e a performance de Ariana Grande está no centro do furacão.

As críticas internacionais a “Wicked: For Good”, a segunda parte da adaptação de Jon M. Chu, chegaram — e o consenso é tudo menos consensual. Enquanto alguns críticos descrevem Ariana Grande como “monótona” e “dramaticamente pouco interessante”, outros afirmam exactamente o contrário, chamando-lhe “radiante”, “profunda” e até “a verdadeira dona deste segundo capítulo”. Entre aplausos, caretas e teorias, Hollywood está completamente dividida.

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A crítica britânica não perdoa — e Ariana Grande leva o embate frontal

Robbie Collin, crítico-chefe do The Telegraph, publicou uma das análises mais duras. Para ele, Grande é um problema estrutural no filme:

“Ariana tem quatro oitavas de alcance vocal e cerca de 1,6 emoções.”

O crítico descreve a actriz como deslocada, lenta nas cenas e “dramaticamente desinteressante”. Nem mesmo as novas canções de Stephen Schwartz o convenceram. Collin lamenta a ausência de um número verdadeiramente épico, afirmando que o filme o deixou “a implorar” por algo com a energia de Popular ou Defying Gravity.

E não fica por aqui. Collin lembra que também criticou o primeiro filme — o mesmo que se tornou o maior sucesso de bilheteira da história entre adaptações de musicais da Broadway. Ou seja: o público adorou, ele nem por isso.

Jake Coyle, da Associated Press, segue a mesma linha: para ele, For Good continua a parecer mais um mega-espectáculo industrial do que um filme vivo. Há talento, diz, sobretudo na força emocional de Cynthia Erivo, mas o resultado permanece “exaustivo” — e o encanto nem sempre vence a sensação de overload visual.

Do outro lado do Atlântico, surgem elogios rasgados — e Ariana transforma-se na estrela da vez

Em contraste total, a crítica norte-americana elogiou profundamente aquilo que a britânica rejeitou. A análise entusiástica publicada por The Hollywood Reporter afirma que Ariana Grande “ganha o filme”:

“Uma Glinda luminosa… Ariana enche cada momento de introspecção e vulnerabilidade.”

Neste olhar, o filme funciona como um espelho perfeito do primeiro: o Capítulo 1 era de Elphaba (Cynthia Erivo), o Capítulo 2 pertence a Glinda. A dupla forma o coração emocional da narrativa — e Grande, dizem, surpreende com profundidade dramática, controle emocional e um retrato mais maturo da personagem.

Cynthia Erivo, por sua vez, continua a ser unanimidade absoluta. A crítica praticamente concorda em coro: é monumental. Voz, presença, intensidade — tudo no máximo.

O argumento é apontado como sólido por uns… e mecânico por outros

O guião divide-se entre elogios à evolução emocional das personagens e críticas à sensação de que tudo é demasiado “orquestrado”, no sentido teatral do termo. O uso de Dorothy como presença sugerida — mas nunca mostrada — foi muito elogiado, tal como a introdução das figuras clássicas do universo de Oz (Leão, Homem de Lata, Espantalho) de forma subtil e inteligente.

Mas há quem ache que o filme quer abraçar demasiado — desde alegorias políticas a fan service — e acaba por deixar algumas subtramas apressadas, como a transformação de Nessarose.

E a música? Também divide opiniões. Naturalmente.

As novas canções de Schwartz — “No Place Like Home” e “The Girl in the Bubble” — foram criticadas por serem “menos memoráveis” do que os temas lendários do primeiro acto.

Mas lá vem novamente a contradição: enquanto Collin as classificou como “lamentações repetitivas”, o Hollywood Reporter defende que Ariana Grande transforma “The Girl in the Bubble” num momento emocional poderosíssimo.

Conclusão possível? Talvez o filme esteja a funcionar exactamente como devia.

Quando uma obra divide críticas desta forma — metade a elogiar profundamente, metade a detestar com igual intensidade — normalmente isso significa uma coisa: vai ser um fenómeno cultural.

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E, verdade seja dita, Wicked nunca foi sobre unanimidade.

Foi sempre sobre emoção.

Sobre intensidade.

Sobre vozes que fazem tremer as paredes.

E, pelo que dizem lá fora, Wicked: For Good tem tudo isso — para o bem e para o “meu Deus, porquê?”.

“Blade Runner”: A Distopia que Quase Se Afundou no Caos — e Acabou por Redefinir o Cinema

O confronto entre visão artística, turbulência nos bastidores e genialidade improvisada que transformou um fracasso incompreendido numa obra-prima absoluta.

Quando Philip K. Dick entrou no set de Blade Runner, em 1981, não encontrou apenas uma adaptação do seu romance. Encontrou o futuro. O autor, tantas vezes desconfiado de Hollywood, viu ali algo raro: uma distopia que não traía a sua imaginação — a materializava. Ao observar Harrison Ford como Rick Deckard, Dick reconheceu imediatamente o homem que escrevera: “Ele foi mais Deckard do que eu imaginava.” Aquele cenário de chuva ácida, néons filtrados por poluição eterna e angústia urbana condensava na perfeição a paranoia existencial que sempre habitara a sua obra. O escritor, céptico por natureza, acreditou na ilusão.

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Mas essa visão não nasceu sem sangue, suor e muita tensão. O realizador Ridley Scott, ainda marcado por Alien, enfrentou um set que beirava o insuportável — física e emocionalmente. O ambiente, saturado de fumo, iluminação agressiva e dias exaustivos de rodagem noturna, era quase uma extensão do próprio filme. E Scott, obsessivo na procura do detalhe perfeito, exigia tanto do elenco quanto exigia de si próprio.

A relação com Ford azedou rapidamente: discussões, silêncios profundos e uma fricção que hoje é tão parte da história de Blade Runner quanto a chuva incessante da Los Angeles futurista. A ironia? A exaustão genuína do actor tornou-se combustível perfeito para a apatia fatigada de Deckard.

Enquanto Scott travava guerras emocionais, dois artistas redefiniam a paisagem visual da ficção científica. Syd Mead, inicialmente contratado apenas para desenhar veículos, acabou por dar forma ao mundo inteiro. As ruas labirínticas, os edifícios monumentais, os anúncios luminescentes: tudo surgiu da sua obsessão pelo futuro possível — não pelo fantástico, mas pelo plausível.

Já Jordan Cronenweth, director de fotografia, pintava com sombras e luzes como se antecipasse o noir do século XXI. Fê-lo enquanto lutava contra o avanço da doença de Parkinson, que meses mais tarde o levaria a uma cadeira de rodas. As imagens que criou — tristes, belas, devastadoras — são hoje inseparáveis da identidade do filme. Cada plano parece suspenso no tempo, como se também ele questionasse a fronteira entre o humano e o artificial.

E no centro de toda esta tempestade, Rutger Hauer. Contratado sem sequer conhecer Scott, surgiu no primeiro encontro com um suéter de raposa estampada e óculos de sol verde. O realizador quase perdeu a cor. Mas Hauer estava ali para redefinir Batty, não para o personificar de forma literal.

O momento decisivo veio no lendário monólogo final. Incomodado com o texto original, demasiado pesado, reescreveu-o na véspera da filmagem. Da sua caneta nasceu:

“All those moments will be lost in time, like tears in rain.”

Um dos adeuses mais belos da história do cinema, selado pela pomba que ele próprio sugeriu libertar.

Quando Blade Runner estreou, perdeu a corrida pública para E.T. e o estúdio, nervoso com a recepção morna, interveio de forma desastrada. Impôs uma narração explicativa de Ford e um final “feliz” composto por imagens rejeitadas de O Iluminado. O filme, fragmentado e mal compreendido, parecia destinado a desaparecer.

Mas tal como os replicantes ansiavam por “mais vida”, também Blade Runner recusou morrer. Uma cópia perdida revelou ao mundo o filme que Scott tinha realmente feito. Nascia então o Director’s Cut — e, décadas depois, o Final Cut. A obra renasceu, tornou-se culto, depois cânone, e hoje é citada como a pedra angular da ficção científica moderna.

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No fim, aquele set caótico, carregado de fumo, rancores, improvisos e génio acidental produziu algo maior do que a soma das suas partes — um universo onde cada plano respira humanidade, mesmo quando os seus habitantes questionam o que isso significa.

Blade Runner sobreviveu, transformou-se e ensinou-nos algo precioso:

até as distopias mais sombrias podem iluminar o cinema.

“A Ideia de Ti”: Anne Hathaway Vive um Amor Fora da Caixa no Novo Destaque do TVCine Top

Uma comédia romântica moderna sobre recomeços, coragem e um romance que ninguém viu chegar.

Há encontros que surgem na pior altura possível — e acabam por mudar tudo. Em “A Ideia de Ti”, filme que chega ao TVCine Top a 21 de novembro, às 21h30, Anne Hathaway interpreta Solène Marchand, uma mulher de 40 e poucos anos que descobre exactamente isso: que o amor pode ser inconveniente, improvável e absolutamente transformador.

Solène é galerista, divorciada e mãe dedicada. Nada na sua vida aponta para uma revolução emocional. Mas quando o ex-marido cancela em cima da hora uma viagem com a filha adolescente, ela vê-se obrigada a acompanhá-la — juntamente com um grupo de amigos cheios de energia — ao festival de música Coachella. Uma mãe exausta num mar de glitter, crop tops e histeria juvenil. O que poderia correr mal? Ou melhor… o que poderia correr tão surpreendentemente bem?

É nesse cenário improvável que Solène cruza caminho com Hayes Campbell, vocalista da boy band sensação August Moon e 16 anos mais novo. O encontro é casual, quase acidental, mas rapidamente dá lugar a uma ligação intensa. Entre olhares cúmplices, conversas inesperadas e uma química que ninguém parece conseguir ignorar, nasce um romance que cedo se torna demasiado mediático para ser vivido em paz.

E é aqui que o filme brilha: na tensão entre paixão e exposição. Solène tenta proteger a sua vida privada, a filha e a sua própria identidade, enquanto é engolida pelo escrutínio público, pelos julgamentos alheios e pela pressão de namorar um ídolo global. A narrativa equilibra humor, emoção e uma reflexão muito pertinente sobre o que significa amar quando o mundo está a ver — e a comentar.

Realizado por Michael Showalter (Amor de Improviso), o filme adapta o livro homónimo de Robinne Lee, que conquistou leitores por retratar o amor adulto com um olhar moderno e descomplexado. Aqui, Anne Hathaway e Nicholas Galitzine formam um par irresistível, cuja química tem sido amplamente elogiada e que carrega o filme com naturalidade e charme.

“A Ideia de Ti” não é apenas uma comédia romântica; é um conto sobre recomeços, sobre enfrentar preconceitos e sobre aceitar que o amor, quando aparece, raramente segue regras. Solène é uma protagonista que luta para recuperar versões esquecidas de si mesma, enquanto Hayes tenta equilibrar fama e vida pessoal num mundo que nunca dorme.

No fim, fica a pergunta que alimenta todo o filme: podem duas pessoas vindas de universos tão diferentes — e sob o olhar de milhões — viver um amor sem concessões?

A resposta chega na noite de sexta-feira, 21 de novembro, às 21h30, no TVCine Top e no TVCine+. Pipocas recomendadas. Preconceitos, não.

Algo Muito Estranho Aconteceu em Springfield — e a Cidade Nunca Mais Será a Mesma

Depois de 35 temporadas, uma figura histórica de “Os Simpsons” desaparece… desta vez, de forma realmente definitiva.


Springfield já viu de tudo ao longo das últimas três décadas: invasões extraterrestres, conspirações, crises morais, falências espirituais e até três versões diferentes da mesma morte. Mas o episódio emitido a 16 de Novembro deixou a cidade — e os fãs — num estado raro: silêncio.

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Há uma personagem clássica, presente desde os primórdios da série, que… desapareceu. Mas ao contrário das habituais partidas narrativas dos guionistas, esta saída não parece ter retorno. Não houve truques, nem piscadelas de olho, nem a habitual promessa de que “ninguém morre verdadeiramente em Springfield”. Desta vez, há uma certeza incomodativa no ar: alguém tocou o seu último acto. Alice Glick, a senhora do órgão da igreja, finou-se!

O produtor executivo Tim Long deixou só o suficiente para nos intrigar:

“Ela viverá para sempre na música que fez. Mas, no que realmente importa… acabou.”

Um momento que começou como todos os outros — até deixar de o ser

O episódio nem sequer fez suspense. Começou como um típico domingo na Primeira Igreja de Springfield, com o Reverendo Lovejoy entregue ao seu sermão habitual. Tudo seguia o ritmo normal, até que um som vindo do órgão interrompeu a cerimónia. Não foi um acorde mal calculado. Nem um entusiasmo excessivo. Enquanto o reverendo insistia que tudo estava bem… não estava.

O silêncio que se seguiu disse tudo.

O impacto em Springfield — e a reacção mais Skinner de sempre

No dia seguinte, Skinner apresentou a notícia aos alunos da escola primária com a subtileza emocional que se lhe conhece:

“Uma senhora morta que vocês não conheciam.”

E, com isso, Springfield ficou oficialmente mais pobre — ainda que, ironicamente, mais rica, porque a misteriosa personagem deixou toda a sua fortuna à escola para criar um novo programa de música.

Um último gesto perfeito, vindo de alguém cuja vida era inseparável das notas que tocava.

Mas… será mesmo o fim?

Se isto fosse uma série qualquer, a resposta seria óbvia.

Mas Os Simpsons é especialista em quebrar regras — e a própria personagem já tinha tido uma “morte” antes… de regressar viva. E depois fantasma. E depois viva outra vez. E depois… bem, até os fãs perderam a contagem.

A diferença agora é o tom. A forma como a cena foi filmada. A reacção dentro e fora da série. E, sobretudo, a declaração final dos produtores. Tudo indica que esta saída é real — não uma piada, não um glitch no universo de Springfield, não um capítulo metatextual.

A personagem pode ter sido discreta, mas estava lá desde 1991. E, para muitos, fazia parte do mobiliário emocional da série.

A melhor forma de lhe prestar homenagem?

Recordar o seu momento mais lendário: o dia em que transformou a igreja inteira numa versão bíblica — e absolutamente épica — de “In-A-Gadda-Da-Vida”. Um dos instantes mais delirantemente maravilhosos da história da televisão animada.

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Talvez seja esse o final perfeito: não a morte, mas a memória.