Guillermo del Toro Reinventa Frankenstein para a Era da Inteligência Artificial

A nova adaptação do clássico de Mary Shelley estreia hoje na Netflix — também em Portugal — e traz Oscar Isaac e Jacob Elordi num duelo entre criação e destruição, com um olhar feroz sobre os “deuses” da tecnologia moderna.

O monstro mais famoso da literatura volta a ganhar vida — literalmente — pelas mãos de Guillermo del Toro, e a crítica internacional já o descreve como “o Frankenstein que Mary Shelley escreveria se vivesse em 2025”. A aguardada adaptação, estreada hoje na Netflix (disponível também em Portugal), é uma leitura intensa e contemporânea sobre ciência sem ética, ego e responsabilidade, temas que o realizador de A Forma da Água domina como poucos.

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💀 Um Frankenstein para a era digital

Del Toro transporta o mito clássico para uma leitura moderna, onde Victor Frankenstein (interpretado por Oscar Isaac) surge como uma espécie de génio tecnológico obcecado com a criação — mais próximo de um Elon Musk ou Sam Altman do que de um cientista vitoriano. A crítica do Engadget foi incisiva: “O Frankenstein de Del Toro é o reflexo sombrio dos visionários do Vale do Silício — homens que gritam ‘Está vivo!’ sem se importarem com as consequências.”

Na história, o cientista reanima um corpo morto apenas porque pode, sem medir as implicações morais do ato. A criatura — interpretada com uma vulnerabilidade arrepiante por Jacob Elordi — nasce inocente, mas é rejeitada pelo seu criador, repetindo o ciclo de dor e abandono. A brutalidade física das cenas contrasta com a melancolia do olhar do monstro, num registo visual que é puro del Toro: luxo gótico, sangue e poesia em partes iguais.

⚡ Entre o terror e a tragédia

Desde a sua estreia mundial, Frankenstein tem sido descrito como uma das obras mais pessoais do realizador. Tal como confessou à NPR, Del Toro cresceu fascinado pelo monstro de 1931 — e este filme parece ser o culminar de uma obsessão de infância.

“Ver o monstro pela primeira vez foi uma epifania”, disse o realizador. “Fez-me compreender a minha fé, o meu amor pela vida e o que significa criar algo imperfeito.”

Críticos de publicações como o Variety e o The Guardian destacam o equilíbrio entre espetáculo visual e reflexão filosófica, com um elenco que “transcende a caricatura” — Oscar Isaac como o criador narcisista e Jacob Elordi como a criatura mais humana que o homem que a fez. A atriz Elizabeth, figura trágica e romântica, completa o triângulo emocional num filme que mistura horror, amor proibido e culpa.

🧠 Uma crítica ao mundo moderno

Mais do que um remake, Del Toro transforma Frankenstein num espelho da sociedade contemporânea: a busca incessante por inovação, o poder das corporações tecnológicas e a erosão da empatia humana.

“Porque é que Victor trouxe os mortos de volta à vida? Porque podia”, resume um dos críticos do IndieWire. “E essa é exatamente a lógica que hoje move o Vale do Silício.”

O filme é, assim, tanto um conto gótico como uma fábula sobre a arrogância da inteligência artificial e da biotecnologia, num mundo onde criar deixou de ser um ato de descoberta e passou a ser uma questão de domínio.

Quando questionado sobre o uso de ferramentas de IA no cinema, Del Toro respondeu à NPR sem hesitar:

“Preferia morrer.”

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🎬 A assinatura de um mestre

Filmado com cenários grandiosos e uma fotografia deslumbrante, o novo Frankenstein tem tudo o que se espera de Del Toro: monstros com alma, beleza na escuridão e uma dor que é, paradoxalmente, profundamente humana.

Disponível a partir de hoje na Netflix, o filme já é considerado uma das estreias do ano — uma história intemporal que, duzentos anos depois, continua a perguntar: quem é o verdadeiro monstro — o criador ou a criatura?

Seth Rogen Revê o Escândalo de The Interview, 11 Anos Depois: “Provavelmente Foi a Coreia do Norte… Mas Talvez Com Ajuda de Americanos”

O ator e argumentista reflete sobre o hack da Sony em 2014, o impacto que teve em Hollywood e o que realmente aprendeu com a polémica com a Coreia do Norte.

Onze anos depois do caos em torno de The Interview — a comédia que quase causou um incidente diplomático entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte —, Seth Rogen voltou a falar sobre o assunto. Em entrevista à GQ, o ator e realizador admitiu que ainda não sabe ao certo quem esteve por trás do ataque informático à Sony Pictures, que se tornou um dos episódios mais controversos da história recente de Hollywood.

“Acho que estou finalmente em paz com o que aconteceu”, confessou Rogen. “Mas ainda não tenho a certeza absoluta de quem fez o quê. A verdade continua a ser um pouco esquiva para mim. Provavelmente foi a Coreia do Norte… mas talvez com ajuda de pessoas na América?”

💻 O hack que abalou Hollywood

Em 2014, pouco antes da estreia de The Interview, a Sony foi vítima de um ataque cibernético massivo que expôs milhares de e-mails e documentos internos da empresa. O grupo responsável, que se autodenominava Guardians of Peace, exigiu que o estúdio cancelasse o lançamento do filme — uma sátira política em que Rogen e James Francointerpretam dois jornalistas recrutados pela CIA para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un, vivido por Randall Park.

A Coreia do Norte reagiu furiosamente, descrevendo o filme como “um ato de guerra”, e as ameaças foram levadas tão a sério que a Sony optou por cancelar a estreia nos cinemas e lançar o filme apenas online.

“Houve pessoas a perder os empregos por causa disto. A Amy Pascal [presidente da Sony] acabou por ser afastada. Foi um terramoto em Hollywood”, recordou Rogen. “A forma como os estúdios passaram a lidar com controvérsia mudou completamente.”

🎬 O que Rogen mudaria — mas no guião, não no escândalo

Curiosamente, quando olha para trás, Seth Rogen diz que as suas maiores críticas ao filme não têm a ver com o incidente político, mas com o próprio argumento.

“Com tudo o que aconteceu, o que penso é: ‘Podíamos ter acrescentado mais uma grande sequência cómica no segundo ato’. É nisso que fico a pensar”, brincou. “Hoje tenho uma noção mais clara do que é preciso para fazer uma comédia funcionar de verdade.”

🧨 Um “teste de fogo” para a liberdade criativa

O escândalo de The Interview forçou a indústria a debater os limites da sátira e da liberdade artística. Rogen admite que o episódio o marcou profundamente, mas também redefiniu a sua noção de controvérsia:

“Percebi o que é realmente uma polémica. Se o presidente fala sobre isso e a ONU emite um comunicado — isso é polémica. Se alguém se zanga no Twitter, não é.”

Mais de uma década depois, o ator parece finalmente ter feito as pazes com o passado — embora a pergunta que o persegue desde 2014 continue sem resposta definitiva: quem, afinal, atacou a Sony?

Viúva Clicquot: A Mulher que Transformou o Champanhe Numa Lenda

Baseado numa história verídica, o filme retrata Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, uma das primeiras grandes empresárias da era moderna — e o rosto por trás de uma das marcas mais icónicas do mundo.

Chega aos cinemas portugueses no dia 13 de novembro o aguardado drama histórico Viúva Clicquot, inspirado na biografia bestseller do New York Times que celebra a vida e o legado de Barbe-Nicole Ponsardin Clicquot, a visionária que revolucionou o universo do champanhe.

Após a morte prematura do marido, Barbe-Nicole recusa-se a seguir o destino convencional reservado às mulheres do início do século XIX. Em vez disso, decide tomar as rédeas da pequena adega familiar e transformá-la num império. Determinada, enfrenta guerras, intrigas e preconceitos, mas acaba por criar um dos nomes mais prestigiados do mundo do luxo: Veuve Clicquot.

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🍾 Uma história de coragem e inovação

Protagonizado por Haley Bennett, no papel da jovem viúva que desafia o seu tempo, o filme conta também com Tom Sturridge e Sam Riley. A realização está a cargo de Thomas Napper, com produção de Joe Wright (Orgulho e PreconceitoA Hora Mais Negra).

A narrativa acompanha as batalhas pessoais e profissionais de uma mulher que, num mundo dominado por homens, ousou liderar e inovar — criando um método de produção que redefiniu o champanhe e transformou o nome Clicquot num símbolo internacional de audácia e excelência.

🎬 Uma produção com sabor francês

Filmado inteiramente em França, Viúva Clicquot leva o espectador ao coração da região de Reims e Chablis, na Borgonha, locais onde o champanhe nasceu. O Château de Béru serve de cenário à propriedade da família Clicquot, e o filme contou com apoio direto dos arquivos da Maison Clicquot, garantindo um rigor histórico e visual excecionais.

Entre paisagens bucólicas, detalhes de época e uma fotografia que evoca o brilho dourado do champanhe, o filme é tanto uma homenagem à bebida quanto à mulher que ousou desafiar o impossível.

💛 Uma celebração do espírito feminino

Mais do que uma biografia, Viúva Clicquot é uma história sobre resiliência, ambição e amor — uma viagem emocional através das perdas e conquistas de uma mulher que deixou a sua marca na história e abriu caminho para gerações futuras de empreendedoras.

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Com distribuição da NOS Audiovisuais, o filme estreia a 13 de novembro nas salas de cinema nacionais.

“Nuremberga” Divide Críticos e Historiadores: Afinal, o Que É Real no Novo Filme Sobre os Julgamentos Nazis?

Com Rami Malek e Russell Crowe nos papéis principais, o filme retrata os bastidores dos julgamentos de Nuremberga — mas até que ponto é fiel à História?

Estreado recentemente nos cinemas, Nuremberga (Nuremberg, no original) é um dos filmes mais comentados do momento — e também um dos mais escrutinados pelos historiadores. Realizado por James Vanderbilt (ZodiacTruth), o drama mergulha nas consequências imediatas da Segunda Guerra Mundial, acompanhando o julgamento dos principais líderes nazis em 1945 e 1946.

Mas enquanto o público elogia as interpretações intensas de Rami Malek (como o psiquiatra militar Douglas Kelley) e Russell Crowe (como Hermann Göring), várias publicações norte-americanas — entre elas o USA Today e o Variety — levantam a questão: até que ponto o filme é historicamente preciso?

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🧠 O psiquiatra que tentou compreender o mal

O ponto de partida de Nuremberga é o livro de não-ficção The Nazi and the Psychiatrist, de Jack El-Hai, que documenta a relação entre o psiquiatra do exército americano Douglas Kelley e o prisioneiro nazi Hermann Göring, antes e durante os julgamentos.

No filme, Kelley tenta compreender a mente de Göring e o que leva um homem a cometer atrocidades em massa. O próprio realizador explicou que a relação entre ambos “era de confronto e fascínio mútuo”:

“Eles provocavam-se e analisavam-se um ao outro — e, de certa forma, acabaram por apreciar essa troca intelectual”, disse Vanderbilt.

De facto, Kelley e Göring chegaram a desenvolver uma relação de confiança, e o psiquiatra chegou mesmo a entregar cartas de Göring à sua mulher — algo confirmado nos registos históricos. O realizador revelou ainda que uma cena cortada do filme mostrava Göring a pedir a Kelley que levasse a sua filha para os EUA, antecipando que a Alemanha “seria um mau lugar para ela crescer”.

🎞️ As imagens reais dos campos de concentração

Uma das sequências mais poderosas do filme mostra os vídeos documentais dos campos de concentração nazis, apresentados como prova no tribunal. Vanderbilt recriou fielmente esse momento: a fita usada na rodagem contém seis minutos do filme original de 52 minutos realizado por John Ford, que foi efetivamente exibido durante os julgamentos de Nuremberga.

Os atores — entre eles Michael Shannon (como o juiz Robert H. Jackson) e Richard E. Grant — assistiram às imagens pela primeira vez durante a filmagem da cena, para capturar reações genuínas.

“Não foi preciso muito ‘atuar’ — todos ficaram profundamente afetados”, admitiu o elenco em entrevista.


⚖️ O duelo entre Jackson e Göring — e o embaraço histórico

Um dos momentos-chave da narrativa é o confronto entre o procurador-geral norte-americano Robert H. Jackson e Göring. No filme, Jackson começa forte, mas hesita, dando margem ao réu para dominar o interrogatório — até que o advogado britânico David Maxwell-Fyfe intervém e expõe as contradições de Göring sobre os campos de extermínio.

Segundo Vanderbilt, essa troca aconteceu mesmo e consta dos registos oficiais:

“Muitos historiadores acharam que não iríamos mostrar o embaraço de Jackson, mas fiz questão de o incluir. A verdade histórica é mais interessante do que a perfeição.”

📻 O aviso ignorado de Douglas Kelley

O filme termina com Kelley a conceder uma entrevista de rádio, onde alerta para o perigo de um novo ressurgimento do fascismo. Embora a cena seja parcialmente dramatizada, o discurso baseia-se em trechos reais do livro 22 Cells in Nuremberg, escrito pelo próprio Kelley após os julgamentos.

Na época, as suas opiniões foram mal recebidas — o público estava cansado da guerra e preferia não refletir sobre as suas causas. Vanderbilt quis destacar esse contraste: “As tropas aliadas celebravam a vitória, mas a Alemanha estava em ruínas. Queríamos mostrar essas duas faces da História.”

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🎬 Um filme de história… e de reflexão

Com uma reconstituição minuciosa, diálogos retirados de transcrições reais e um elenco de peso que inclui Leo WoodallMichael Shannon e Richard E. GrantNuremberga procura equilibrar rigor e emoção.

Ainda assim, alguns críticos apontam que o realizador tomou liberdades narrativas — nomeadamente no retrato da relação pessoal entre Kelley e Göring — para tornar o drama mais cinematográfico.

No essencial, porém, o consenso é que o filme respeita os factos históricos principais e capta com autenticidade a atmosfera moral e psicológica do pós-guerra.

Nuremberga está agora em exibição nos cinemas portugueses e promete gerar debate — não apenas sobre o passado, mas também sobre o presente.

Pluribus: O Criador de Breaking Bad Regressa à Televisão com uma Série de Ficção Científica Surpreendente

Vince Gilligan estreia-se na Apple TV+ com Pluribus, uma sátira de ficção científica onde Rhea Seehorn é a única pessoa infeliz num mundo dominado pela felicidade obrigatória.

O génio por trás de Breaking Bad e Better Call Saul está de volta — e desta vez, em terreno completamente novo. Vince Gilligan regressa à televisão com Pluribus, a sua nova série de ficção científica que estreia hoje na Apple TV+, com os dois primeiros episódios já disponíveis.

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A série marca o reencontro de Gilligan com Rhea Seehorn, a atriz que brilhou como Kim Wexler em Better Call Saul, e que aqui assume o papel principal de Carol, uma escritora de romances românticos que se vê como a única pessoa infeliz num planeta onde todos os outros parecem… demasiado felizes.

Um mundo feliz demais

Os detalhes da trama têm sido cuidadosamente guardados, mas o que se sabe é suficiente para intrigar: um fenómeno misterioso transformou toda a humanidade num coletivo de felicidade permanente — uma espécie de “mente colmeia” emocional. Até o presidente tenta convencer Carol a “aderir à felicidade global”.

Mas, como Gilligan tão bem sabe, demasiada felicidade também pode ser um problema. Quando todos pensam da mesma forma, a liberdade desaparece. Carol decide resistir e lutar contra essa utopia forçada, tornando-se — ironicamente — a última esperança da humanidade.

“É uma história sobre o perigo de querer controlar emoções humanas em nome da harmonia”, disse Gilligan em entrevista recente. “Carol é o oposto de Walter White — ela tenta salvar o mundo, mesmo que ninguém queira ser salvo.”

Rhea Seehorn em destaque absoluto

Em Pluribus, Seehorn carrega praticamente toda a série às costas, presente na maioria das cenas e alternando entre momentos de humor absurdo e drama existencial. A atriz volta a provar a sua versatilidade, desta vez num registo mais surrealista e introspectivo.

O elenco de apoio inclui Carlos Manuel VesgaKarolina Wydra e Miriam Shor, num enredo que combina sátira social, ficção científica e reflexões filosóficas sobre a natureza da felicidade.

Filmada em Albuquerque, no Novo México — a mesma cidade onde nasceram Breaking Bad e Better Call Saul —, a série mantém algumas familiaridades visuais, mas não pertence ao universo de Walter WhitePluribus é uma história completamente independente.

Uma aposta ambiciosa da Apple TV+

Apple TV+ acredita firmemente no potencial do novo projeto de Gilligan: o estúdio encomendou logo duas temporadas de uma só vez, com um orçamento de cerca de 15 milhões de dólares por episódio.

A primeira temporada conta com nove episódios, lançados semanalmente todas as sextas-feiras, culminando no final a 26 de Dezembro.

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A crítica internacional tem sido entusiasta, descrevendo Pluribus como uma “fábula científica com alma”, um cruzamento improvável entre Black Mirror e The Truman Show, mas com o toque de humor e humanidade que distingue o criador de Breaking Bad.

Elenco de The Witcher Fica Preso num Lago no País de Gales Após Descoberta de Bombas do Século XIX

Durante as filmagens da quarta temporada, Liam Hemsworth e Joey Batey viveram um momento digno da própria série — com explosivos reais e tudo.

Nem os monstros de The Witcher conseguiram competir com o susto real vivido pelo elenco durante as filmagens da quarta temporada da série da Netflix. Os atores Liam Hemsworth e Joey Batey revelaram que ficaram presos num barco no País de Gales depois de terem sido descobertas bombas do século XIX nas águas do Llyn Padarn, um lago localizado em Gwynedd.

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Durante uma entrevista promocional, Hemsworth e Batey contaram o episódio insólito que aconteceu enquanto gravavam várias cenas de ação na região.

“Passámos cerca de duas semanas num barco, e num dos dias ouvimos a equipa em terra dizer-nos pelo rádio que tínhamos de ficar onde estávamos”, explicou Batey. “Não havia mais ninguém connosco no barco — só nós e umas barras de proteína escondidas. Perguntámos se podíamos regressar e eles responderam: ‘Bem… não entrem em pânico’.”

Pouco depois, os atores descobriram que uma equipa de desativação de explosivos tinha sido chamada ao local.

“Disseram-nos que o lugar mais seguro para nós naquele momento era… o barco”, recordou Batey, entre risos.

O ator contou ainda que a reação do colega Laurence Fishburne — que se junta ao elenco nesta temporada como Emiel Regis — foi de puro humor britânico:

“Ele só disse: ‘Claro que sim… o que mais poderia ser?’ E rimo-nos imenso.”

Explosão real e susto a sério

Liam Hemsworth, que substitui Henry Cavill como Geralt de Rivia nas duas últimas temporadas da série, confirmou que ouviu uma explosão quando regressou ao estúdio.

“Eu estava no meu reboque, a almoçar, e de repente ouvi um estrondo enorme. Pensei: ‘Não pode ter sido a bomba a explodir… está tudo bem?’”, relatou o ator australiano.

As autoridades confirmaram mais tarde que os engenhos explosivos datavam do século XIX e foram removidos com segurança.

A nova era de The Witcher

Com Henry Cavill fora da produção, Liam Hemsworth assume agora o papel do bruxo caçador de monstros, conhecido como o Lobo Branco. A quarta temporada marca o início da sua era como protagonista, ao lado de Joey Batey, que regressa como Jaskier, e Laurence Fishburne, uma das novas adições ao elenco.

As filmagens decorreram em várias localizações do País de Gales, incluindo o Castelo de Doldabarn e uma pedreira perto do Llyn Padarn. Segundo a Netflix, o país ofereceu “as paisagens ideais” para recriar o mundo épico e sombrio da saga inspirada nos livros de Andrzej Sapkowski e nos populares videojogos homónimos.

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Parece que, desta vez, o perigo foi bem real — e não veio de uma criatura mágica. Mas se há algo que aprendemos com Geralt de Rivia, é que nem mesmo um par de bombas históricas consegue travar um bruxo em serviço.

Millie Bobby Brown e David Harbour Mostram União na Estreia de Stranger Things 5 Após Rumores de Conflito

Após alegações de bullying no set, os protagonistas voltaram a surgir juntos na antestreia mundial da última temporada — e tanto o elenco como os produtores fizeram questão de pôr fim às especulações.

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A relação entre Millie Bobby Brown e David Harbour parece continuar tão forte quanto a ligação entre Eleven e Hopper, as suas personagens em Stranger Things. Os dois atores surgiram lado a lado na estreia mundial da quinta e última temporada, realizada em Los Angeles, dissipando os rumores recentes sobre alegadas tensões nos bastidores da série da Netflix.

Nos últimos dias, circularam notícias de que Brown teria apresentado uma queixa formal por assédio e bullying contra o colega de elenco, levando mesmo a uma investigação interna antes do início das filmagens. No entanto, a dupla apareceu sorridente e cúmplice na passadeira vermelha, trocando elogios em entrevistas e afastando a ideia de qualquer conflito.

“Tenho uma ligação muito especial com o David. Temos uma relação de pai e filha, e isso reflete-se em todas as nossas cenas juntos”, disse Millie Bobby Brown ao Entertainment Tonight. “Tem sido uma jornada incrível. Estou honrada por ter conhecido pessoas tão maravilhosas ao longo deste caminho.”

Harbour, por sua vez, devolveu o carinho:

“Adoro-a. É incrível ver como cresceu e se tornou uma grande artista. Tenho muito orgulho nela — e duvido que esta seja a última vez que trabalhamos juntos.”

Os produtores reagem às acusações

À margem da estreia, os criadores da série, Matt e Ross Duffer, e o produtor executivo Shawn Levy também abordaram publicamente as alegações de comportamento impróprio.

“Temos vindo a trabalhar com este elenco há dez anos, e neste ponto são família para nós”, afirmou Matt Duffer ao The Hollywood Reporter. “Nada é mais importante do que garantir que o ambiente no set é seguro e feliz para todos.”

Levy, também conhecido pela realização de Deadpool & Wolverine, reforçou a mesma ideia:

“O nosso dever é criar um local de trabalho respeitoso e seguro. Fizemos tudo para garantir isso. Li muitas histórias — algumas são completamente imprecisas —, mas o que importa é que sempre tratámos esta equipa e elenco como uma família.”

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Um final aguardado

Stranger Things 5 será o capítulo final da série que se tornou um fenómeno mundial desde 2016. A última temporada promete encerrar o arco de Eleven e dos seus amigos numa batalha épica em Hawkins — e, a julgar pela atitude do elenco, o clima de bastidores parece mais sereno do que os rumores sugeriam.

Para já, Millie Bobby Brown e David Harbour mostram-se unidos, deixando claro que, dentro e fora do ecrã, a relação entre Eleven e Hopper continua sólida — e que o espírito de família que marcou a série desde o início permanece intacto até ao fim.

The Running Man: Edgar Wright Reinventa o Clássico de Stephen King com Glen Powell e Josh Brolin

As pré-vendas arrancam já esta sexta-feira, 7 de Novembro. O filme estreia a 13 de Novembro em Portugal, em todos os formatos premium — IMAX, 4DX, D-Box e ScreenX.

A espera está quase a terminar. A partir desta sexta-feira, 7 de Novembro, o público português já poderá garantir os bilhetes para The Running Man, o novo filme de Edgar Wright, que promete reinventar o clássico distópico de Stephen King (publicado sob o pseudónimo Richard Bachman). A estreia nacional está marcada para 13 de Novembro, com distribuição da NOS Audiovisuais, e chega aos cinemas em grande escala — IMAX, 4DX, D-Box e ScreenX.

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Um regresso ao universo brutal de King

Realizado por Edgar Wright, conhecido por Baby Driver e Last Night in SohoThe Running Man regressa às origens do livro, oferecendo uma leitura mais próxima da visão original de King.

A história segue Ben Richards (interpretado por Glen Powell, estrela de Top Gun: Maverick), um homem comum que aceita participar no programa televisivo mais visto do planeta — uma competição mortal onde os concorrentes, chamados runners, são caçados em direto por assassinos profissionais.

O motivo de Richards é desesperado: salvar a filha doente. O prémio é milionário, mas as hipóteses de sobrevivência são quase nulas. Durante 30 dias, cada passo é transmitido a um público sedento de sangue, num espetáculo controlado pela implacável corporação The Network.

“Queríamos um thriller que refletisse a nossa relação atual com os media, a violência e o voyeurismo. The Running Man é mais relevante do que nunca”, afirmou Edgar Wright na antestreia em Londres.

Elenco de luxo e produção de escala épica

O elenco reúne nomes de peso: Josh Brolin assume o papel de Dan Killian, o produtor carismático e manipulador do programa; Lee Pace interpreta o caçador McCone; e Colman Domingo dá vida a Bobby T, o apresentador que transforma a carnificina num espetáculo televisivo.

Completam o elenco William H. MacyMichael CeraEmilia JonesKaty O’Brian e Daniel Ezra. A produção executiva tem a assinatura do próprio Stephen King, que acompanha de perto esta nova adaptação.

Filmado em mais de 70 localizações europeias, o filme destaca o contraste entre o luxo tecnológico das elites e a dura realidade de uma sociedade autoritária onde a desigualdade se tornou entretenimento.

Antestreia mundial e presença portuguesa

A antestreia mundial decorreu ontem, em Londres, com a presença do realizador e do elenco principal. Entre os convidados internacionais estiveram também os criadores de conteúdo portugueses Afonso Santos e Diogo Brehm, que marcaram presença na red carpet ao lado de Glen Powell e Colman Domingo.

Livro e filme lado a lado

Em simultâneo com o lançamento nos cinemas, a Bertrand Editora apresenta uma edição especial de “The Running Man – Jogo de Sobrevivência”, o romance original de Stephen King, ambientado num futuro distópico em 2025. Esta nova edição, inspirada no poster do filme e lançada em parceria com a Paramount Pictures e a NOS Audiovisuais, assinala a estreia da obra em território português.

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Um retrato feroz da sociedade do espetáculo

Com argumento de Edgar Wright e Michael BacallThe Running Man transporta o público para uma América fragmentada, onde a violência e o entretenimento se confundem. É uma história sobre resistência, moralidade e o preço da audiência — temas que, mais de 40 anos depois do livro original, continuam a ressoar com força perturbadora.