Acordo Nuclear: Diplomacia, Emoções e Segredos no Coração das Negociações EUA-Irão

A nova minissérie que estreia a 4 de novembro no TVCine Edition promete seis episódios de tensão política e dilemas morais — onde o silêncio é a arma mais perigosa.

A diplomacia raramente é feita de gestos grandiosos — mais frequentemente, joga-se no olhar, na pausa e nas palavras que ficam por dizer. É esse o território de O Acordo Nuclear, a nova minissérie que estreia terça-feira, 4 de novembro, às 22h10, no TVCine Edition (também disponível no TVCine+), e que mergulha nas complexas negociações entre os Estados Unidos e o Irão durante o histórico processo nuclear de 2015.

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Realizada por Jean-Stéphane Bron, a série combina intriga política com drama humano, mostrando o que acontece quando o dever colide com o coração — e quando uma única palavra pode mudar o rumo da história.

Entre o dever e a memória

A protagonista, Alexandra Weiss, é uma diplomata suíça veterana, habituada a servir como ponte entre potências inimigas. Desta vez, é chamada a mediar as negociações nucleares entre Washington e Teerão, numa altura em que o fracasso pode significar um colapso diplomático global.

Mas o que começa como uma missão de mediação transforma-se num teste pessoal. A chegada de Payam Sanjabi, um engenheiro nuclear iraniano com quem Alexandra partilhou um passado íntimo, abala o seu equilíbrio profissional e emocional. Dividida entre a neutralidade que o cargo exige e as recordações que o reencontro desperta, Alexandra vê-se num jogo em que a verdade tem sempre dois lados — e ambos são perigosos.

Realismo e tensão em cada gesto

Com Veerle BaetensJuliet StevensonArash MarandiAlexander Behrang Keshtar e Moshem Mahdavi nos papéis principais, O Acordo Nuclear distingue-se pelo realismo e pela subtileza da encenação. Ao longo dos seis episódios, a série explora o quotidiano das negociações internacionais com precisão cirúrgica — reuniões à porta fechada, espionagem velada, pressão mediática e decisões que se jogam nos bastidores.

Jean-Stéphane Bron (reconhecido pela sua sensibilidade documental e pela atenção ao detalhe político) cria aqui um thriller diplomático elegante, onde o suspense não vem de tiros ou perseguições, mas da incerteza moral e da manipulação silenciosa.

Um retrato da diplomacia como campo de batalha

Mais do que uma série sobre política, O Acordo Nuclear é uma reflexão sobre o poder — o poder de convencer, de mentir, de manter a calma quando tudo ameaça ruir. Entre a neutralidade suíça e as rivalidades internacionais, o argumento constrói um mosaico de interesses, memórias e dilemas que ecoam o mundo real, onde as guerras são travadas tanto com palavras como com armas.

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Com um tom contido, mas emocionalmente intenso, a série promete tornar-se um dos grandes destaques do outono televisivo, especialmente para quem aprecia produções com o peso e a densidade de dramas como Le Bureau des Légendes ou Homeland.

Estreia: 4 de novembro | 22h10 | TVCine Edition e TVCine+

Novos episódios: todas as terças-feiras à mesma hora

As Grandes Estreias de Novembro no Disney+: De The Beatles Anthology a O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos

O mês de novembro traz uma verdadeira maratona de novidades ao Disney+, com regressos aguardados, produções originais e clássicos restaurados — do rock dos Beatles à magia da Marvel.

O mês de novembro promete ser especial para os subscritores do Disney+, com um catálogo recheado de estreias, regressos e surpresas que atravessam géneros e gerações. Da aventura épica da Marvel à nostalgia dos Beatles, passando por documentários comoventes e comédias natalícias, o serviço de streaming prepara um calendário que combina espetáculo, emoção e boas histórias.

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⚖️ All’s Fair (4 de novembro)

Abrindo o mês, chega All’s Fair, uma série dramática sobre um grupo de advogadas de divórcios que abandona um escritório dominado por homens para fundar a sua própria firma. Inteligentes, ferozes e complexas, elas enfrentam separações mediáticas e dilemas morais, num retrato afiado do poder feminino em ambientes de alta tensão.

🦸‍♂️ O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos (5 de novembro)

Primeira Família da Marvel regressa com estilo retro-futurista e muito coração.

Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm enfrentam a ameaça colossal de Galactus e do Surfista Prateadonuma história que mistura ficção científica, ação e laços familiares. Visualmente inspirado nos anos 60, o filme é apontado como um dos mais originais da nova fase da Marvel Studios.


💍 A Vida Secreta das Esposas Mórmones – Temporada 3 (13 de novembro)

O fenómeno #Momtok regressa com novos segredos, traições e escândalos. As protagonistas enfrentam crises de amizade e moralidade enquanto a fronteira entre a realidade e a ficção se esbate. Uma temporada marcada por revelações e conflitos que testam a lealdade e a fé de todas

🎄 Um Natal Muito Jonas Brothers (14 de novembro)

Kevin, Joe e Nick enfrentam o maior desafio das suas vidas: conseguir chegar a casa a tempo do Natal. Entre voos cancelados e reencontros inesperados, o trio redescobre o valor da família e do espírito natalício nesta comédia musical cheia de novas canções e participações especiais.

🚗 Chris Hemsworth: Aventura na Estrada (24 de novembro)

Num registo intimista e surpreendente, o astro de Thor troca o martelo por um volante. Após o diagnóstico de Alzheimer do pai, Chris Hemsworth embarca com a família numa viagem de memória e reconexão, explorando a ciência das relações humanas e o poder das lembranças. Um documentário pessoal e comovente.

🎸 The Beatles Anthology (26 de novembro)

Um dos maiores lançamentos do mês: a icónica série documental sobre os Beatles, agora restaurada pela equipa de Peter Jackson, regressa com um novo nono episódio e material inédito de Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.

A série revisita a ascensão meteórica da banda, os bastidores da Beatlemania e o impacto cultural que transformou a música para sempre.

🎬 Outros destaques do mês

Além das grandes estreias, o Disney+ reforça o seu catálogo com filmes e séries ideais para todos os públicos:

  • Saga A Múmia (1 de novembro) — quatro filmes para reviver aventuras clássicas;
  • Ronaldo (1 de novembro) — o documentário que mostra o lado humano do futebolista português;
  • Um Dia Ainda Mais Doido (12 de novembro) — Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis trocam novamente de corpos na sequela da comédia de 2003;
  • A Mão Que Embala o Berço (19 de novembro) — thriller psicológico baseado no clássico dos anos 90;
  • Disney’s Hulu’s Family Guy’s Hallmark Channel’s Lifetime’s Familiar Holiday Movie (28 de novembro) — uma paródia natalícia que promete gargalhadas entre clichés e espírito festivo.

🌍 Um catálogo cada vez mais diverso

Com títulos como Love + War (7 de novembro), Professor de Inglês – Temporada 2 (19 de novembro) e Will Trent – Temporada 3 (26 de novembro), o Disney+ continua a apostar em conteúdos variados e de qualidade.

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Entre nostalgia, super-heróis, drama e música, novembro será um mês de luxo na plataforma — perfeito para quem gosta de boas histórias contadas com emoção, humor e espetáculo.

A House of Dynamite: Autenticidade em Jogo — Kathryn Bigelow Defende-Se Face às Críticas do Pentagon

O novo filme de Kathryn Bigelow sobre uma ameaça nuclear desafia o discurso oficial dos EUA sobre defesa antimíssil — e desperta um debate entre realismo cinematográfico, factos militares e a ficção.

Quando vemos um filme sobre a eventualidade mais catastrófica possível — uma bomba nuclear lançada contra o solo americano — podemos perguntar: quão próximo da realidade está este retrato? Em A House of Dynamite, Kathryn Bigelow e o argumentista Noah Oppenheim traçam exactamente esse cenário — e provocam uma forte reacção das autoridades norte-americanas.

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No filme, vemos um míssil intercontinental ser lançado, o sistema de defesa americano lançar interceptores e… falhar. Um dos personagens declara que o sistema só tem cerca de “50 % de hipóteses” de o abater. A Missile Defense Agency (MDA), agência dentro do Pentágono, reagiu com uma nota interna, já obtida pela Bloomberg, afirmando que “os interceptores apresentaram uma taxa de precisão de 100 % nos testes durante mais de uma década”.  

O lado oficial: “Não reflete a realidade”

O Pentágono, via MDA, considera que o filme distorce a realidade. A nota interna realça que, embora o filme possa “ser convincente” e “destinado ao entretenimento”, a realidade dos testes falhos é muito diferente.  Adicionalmente, afirma que o sistema de defesa antimíssil dos EUA continua “um componente crítico da estratégia nacional de defesa”.  

Este tipo de reacção não é inédita: sempre que o cinema aborda temas militares sensíveis, a colaboração ou o desacordo com o Pentágono torna-se central na recepção pública da obra.

O lado dos realizadores: “Queremos realismo, não propaganda”

Por outro lado, Kathryn Bigelow defende que A House of Dynamite segue uma lógica de realismo intenso. Tal como afirmou à The Guardian:

“Para mim, são peças que se inclinam fortemente para o realismo. Convidas o público para algo quase secreto — a sala de controlo do STRATCOM, por exemplo. Queres que seja autêntico e honesto.”  

O argumentista Noah Oppenheim reforça-o:

“Falámos com muitos especialistas em defesa de mísseis… todos em registo. Achamos que o nosso retrato era bem preciso.”  

Para Bigelow, a recusa de consultar directamente o Pentágono foi intencional — sinal de independência criativa.

“Senti que precisávamos de ser mais independentes”, disse.  

Onde está o “realismo” e onde começa a “licença artística”?

  • A favor do realismo: O filme retrata com rigor espaços normalmente inacessíveis — bases de mísseis, centros de comando, salas de crise. Consultores militares e ex-oficiais confirmaram que os cenários, o tempo de reacção (em torno dos 18-30 minutos), e a pressão humana são registados com fidelidade.  
  • Pontos de tensão: Alguns especialistas sugerem que a figura de “50-61 % de interceptação” apresentada no filme é uma simplificação — num contexto real seria necessário prever múltiplos mísseis, enganos (decoys) e ações coordenadas.  

Neste sentido, a crítica do Pentágono baseia-se sobretudo no dado “100 % de testes” que a agência apresentou, enquanto os cineastas sustentam que esses números são fruto de seleções restritas, sob condições controladas, e não são necessariamente representativos de um cenário real de guerra.  

Por que este confronto importa?

Porque o filme ultrapassa o entretenimento: insere-se no debate público sobre defesa nuclear, dissuasão, investimento em mísseis versus diplomacia. O senador Edward Markey escreveu que o filme é “um claro ‘wake-up call’” para a fragilidade da defesa americana.  

Em última análise, a tensão entre Hollywood e o Pentágono revela-se como uma luta por narrativa: quem define “o real” quando se fala de guerra, tecnologia e ameaça nuclear? Bigelow aposta que o cinema pode provocar conversa — e, eventualmente, política. Ela afirmou:

“A cultura tem o potencial de impulsionar a política — e se houver diálogo sobre a proliferação de armas nucleares, isso é música para os meus ouvidos.”  

A House of Dynamite é tanto thriller de alto risco como documento de reflexão. Entre uma agência militar que defende que “temos tudo sob controlo” e cineastas que retratam uma falibilidade sistemática, o filme torna-se campo de batalha de realismo versus narrativa. Independentemente de quem “tem razão”, o impacto está: provocar questionamento. E, talvez, inspirar a reacção que uma superpotência não queria ver — mas que todos precisávamos de confrontar.

Ana de Armas “na fossa” após fim do namoro com Tom Cruise

A relação entre as duas estrelas de Hollywood chegou ao fim após nove meses, e fontes próximas dizem que a atriz está “dececionada”, mas a tentar seguir em frente.

O romance entre Ana de Armas e Tom Cruise chegou ao fim — e, segundo amigos próximos da atriz, o desfecho deixou a estrela cubana “na fossa” e “deprimida”. A notícia, avançada pelo Daily Mail, apanhou muitos fãs de surpresa, já que o casal parecia viver uma fase serena e discreta, longe dos holofotes.

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Uma fonte revelou ao jornal britânico que Ana de Armas “pensava que este ano seria muito diferente” e está “desapontada com a forma como tudo terminou”. Ainda assim, garante que a atriz “sabe que as coisas vão melhorar e está a seguir em frente”, mantendo “uma relação de amizade” com o protagonista de Top Gun.

Um romance discreto, mas repleto de gestos românticos

Os dois começaram a ser vistos juntos no início do ano, na véspera do Dia dos Namorados, em Londres. Pouco depois, foram fotografados a sair de um helicóptero pilotado pelo próprio Cruise — uma imagem digna de um dos seus filmes de ação.

Em maio, surgiram juntos na festa dos 50 anos de David Beckham, e Ana chegou a aparecer numa fotografia partilhada por Victoria Beckham nas redes sociais, o que parecia confirmar que a relação era levada a sério.

Durante o verão, o casal passou férias em Menorca, onde, segundo fontes citadas pela imprensa britânica, o ator de Missão: Impossível mostrou o seu lado mais romântico.

“O Tom é extremamente atencioso. Envia flores, oferece livros, joias e roupas. É o seu modo de mostrar carinho”, revelou um amigo do casal.

Outra fonte acrescentou que o presente mais valioso que Cruise ofereceu à atriz foi “a liberdade de viajar para qualquer lugar do mundo a qualquer momento” — um luxo que, diz quem os conhece, Ana de Armas “adorava”.

O fim inesperado

Apesar dos gestos de afeto e da cumplicidade aparente, a relação não resistiu à intensidade das agendas e ao peso da exposição mediática. Após cerca de nove meses juntos, o casal separou-se de forma amigável, mas a notícia abalou a atriz, que vive agora um período de introspeção.

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Ainda assim, quem a conhece garante que Ana de Armas mantém o otimismo que a caracteriza e está pronta para retomar o foco na carreira — que continua em ascensão, depois de papéis marcantes em Blonde e No Time to Die.

Hollywood pode ter-lhe tirado um romance, mas dificilmente lhe roubará o brilho.

Ballad of a Small Player — Estilizado, Hipnotizante… Mas Um Oásis com Falhas no Deserto de Macau

O novo filme de Edward Berger com Colin Farrell arrisca alto: casino de luxo, lutador em queda livre, visuais estridentes — os elogios são visíveis, mas tantas críticas também se acumulam.

Quando um realizador vindo de triunfos como All Quiet on the Western Front e Conclave decide mergulhar no mundo decadente dos casinos de Macau, o resultado só podia ser visualmente arrebatador. Em Ballad of a Small Player, Edward Berger cria um universo de néons, espelhos e vício, onde o glamour se mistura com a ruína. A premissa é sedutora: um homem à beira da falência, preso entre a culpa e o desejo de redenção, joga literalmente a sua vida numa mesa de baccarat.

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O protagonista é Lord Freddy Doyle, interpretado por Colin Farrell num registo de exaustão elegante e decadência trágica. Doyle é o típico jogador de alto risco que acredita que “a próxima mão” o salvará — e Berger filma essa crença com um esplendor que beira o alucinatório. Os corredores intermináveis de hotel, as luzes a pulsar sobre o vazio e o reflexo de Doyle no vidro são quase metáforas visuais de um homem que já não distingue sorte de ilusão.

Mas se há quem veja neste filme uma hipnose visual digna de aplauso, outros olham e só veem um oásis no deserto — belo, mas vazio.

🎲 O que entusiasma

O desempenho de Colin Farrell é, unanimemente, o ponto mais elogiado. Para o Gold Derby, trata-se de “uma das interpretações mais contidas e fascinantes” da carreira do actor. Farrell dá corpo a um homem perdido, sem redenção nem esperança, e fá-lo com um olhar que vale mais do que qualquer diálogo.

A fotografia de James Friend é outro trunfo: Macau nunca pareceu tão cinematográfico — um palco de luz e sombra, onde o luxo e a solidão coexistem. As cores saturadas, os planos amplos e os reflexos infinitos criam um ambiente de sonho febril.

E há mérito na ambição de Berger. Depois de explorar o horror da guerra e os bastidores do Vaticano, o realizador aposta agora numa reflexão sobre o vício e a identidade — um “estrangeiro” perdido num Oriente que o engole, preso entre o estatuto e a autodestruição. É, como nota o The Guardian, “uma tentativa corajosa de filmar a espiritualidade do desespero”.

⚠️ O que compromete

O entusiasmo visual, contudo, não esconde as fragilidades narrativas. O Time classificou o filme como “mais estilo do que substância”, chamando-o “moderadamente interessante, mas emocionalmente distante”.

De facto, o argumento de Rowan Joffé, baseado no romance de Lawrence Osborne, salta etapas fundamentais: há pouco tempo para conhecer Doyle antes de o ver em colapso, e quase nenhuma construção emocional que justifique a sua queda. O resultado é um filme que deslumbra, mas raramente comove.

Alguns críticos, como o Financial Times, foram ainda mais duros: “É uma aposta visual com retorno emocional negativo.” O filme aspira a ser um estudo de personagem, mas acaba preso num ciclo de repetição e vazio existencial que pouco acrescenta ao género.

🧭 Em resumo

Ballad of a Small Player não é um erro — longe disso. É uma obra esteticamente poderosa, que confirma Edward Berger como um realizador de olhar sofisticado e domínio técnico. E é também um veículo sólido para Colin Farrell, que reafirma aqui o seu estatuto de actor camaleónico e magnético.

Mas o filme também exige mais do que dá: a promessa de profundidade dissolve-se no luxo das imagens, e a emoção que se espera de uma história sobre ruína e redenção nunca chega a emergir por completo.

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Para quem aprecia cinema de atmosfera, feito de textura, ritmo e mistério, há muito para admirar. Para quem procura uma história com pulso, emoção e consistência dramática, a jogada de Berger talvez deixe a sensação de uma vitória moral, mas uma perda artística.

Um belo risco, uma mão visualmente brilhante — mas, no fim, talvez Doyle (e Berger) fiquem a perder para a casa.

The Witcher 4: Críticos e Fãs Arrasam a Nova Temporada — “O Feitiço Virou-se Contra o Feiticeiro”

A estreia de Liam Hemsworth como Geralt de Rivia não convenceu quase ninguém. Com 17% de aprovação do público, a quarta temporada é um dos maiores desastres recentes da Netflix.

O feitiço que um dia encantou o público mundial parece ter-se quebrado. A quarta temporada de The Witcher chegou à Netflix… e foi recebida com uma mistura de desilusão, frustração e saudade. No Rotten Tomatoes, a série regista 53% de aprovação da crítica e uns devastadores 17% por parte do público — um resultado quase histórico para uma produção deste calibre.

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Grande parte do descontentamento está centrada na saída de Henry Cavill, o carismático intérprete de Geralt de Rivia, substituído por Liam Hemsworth. E os fãs não perdoaram. Nas redes sociais multiplicam-se os comentários de quem considera que a série “perdeu a alma”, e que o novo Geralt “simplesmente não é o mesmo”.

Mesmo entre críticos profissionais, o consenso é duro: Hemsworth “faz o possível”, mas a química, o peso e a presença de Cavill são insubstituíveis.

O caos narrativo e a perda de identidade

Para lá do elenco, o enredo da quarta temporada também está a ser duramente criticado. Muitos espectadores descrevem a narrativa como confusa e desorientada, com mudanças de tom bruscas e um ritmo irregular.

Alguns apontam que a série “se perdeu nas suas próprias tramas”, tentando equilibrar demasiadas linhas narrativas e esquecendo o que tornava The Witcher especial: o equilíbrio entre drama humano, ação épica e misticismo sombrio.

“O problema não é apenas a ausência de Cavill — é a sensação de que ninguém sabe bem para onde a história vai”, resumiu um utilizador no Reddit, ecoando o sentimento geral.

Entre memes e lamentos: o público reage

Nas redes sociais, a revolta é global. No X (antigo Twitter) e no TikTok, multiplicam-se vídeos de fãs comparando cenas de Cavill e Hemsworth, com títulos como “Quando o Witcher se tornou um feiticeiro genérico”.

A sensação dominante é de nostalgia por uma série que já não existe. “Já não é The Witcher, é apenas mais uma fantasia cheia de efeitos e sem coração”, escreveu um crítico no IGN.

Netflix confirma quinta e última temporada

Apesar da receção fria, a Netflix já confirmou a quinta temporada, que servirá de desfecho para a saga. É a última oportunidade para Geralt — agora nas mãos de Hemsworth — reconquistar o público e terminar com dignidade uma das séries de fantasia mais influentes da última década.

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Mas, para já, o feitiço parece mesmo ter-se virado contra o próprio Witcher.

Stranger Things 5: O Fim Está Próximo — Hawkins em Caos Total no Trailer da Última Temporada

A Netflix revelou o aguardado trailer da quinta e última temporada de Stranger Things, que estreia a 26 de novembro. A batalha final contra Vecna promete ser a mais épica — e a mais sombria — de todas.

Os fãs esperaram, especularam e teorizaram. Agora é oficial: o trailer da quinta temporada de Stranger Things já está entre nós, e promete uma despedida à altura da série que redefiniu o entretenimento televisivo dos últimos dez anos.

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“Preparem-se, nerds. A batalha final contra Vecna está a chegar”, avisa a Netflix. E o aviso não é exagero. No vídeo, o grupo de Hawkins volta a reunir-se para enfrentar a ameaça mais devastadora que já surgiu — com a cidade sob quarentena militar e o mundo literalmente “virado do avesso”.

https://twitter.com/NetflixPT/status/1983882056678441093?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1983882056678441093%7Ctwgr%5E%7Ctwcon%5Es1_c10&ref_url=about%3Asrcdoc

Um início em puro caos

Desta vez, nada começa com bicicletas nem aulas de ciências. “Acho que o que torna esta temporada única é que começa um pouco no caos”, explicou Ross Duffer, co-criador da série, em entrevista ao Tudum. “Os nossos heróis perderam no final da quarta temporada. Normalmente, mostramos primeiro a vida normal deles e só depois introduzimos o elemento sobrenatural. Mas, neste caso, a história começa a todo o vapor desde o início.”

O irmão e co-criador Matt Duffer acrescentou: “Nada em Hawkins é normal agora. Com o confinamento, os movimentos deles são restritos e há câmaras tipo Big Brother em todo o lado.”

Um final épico, mas com o mesmo coração

O produtor executivo Shawn Levy, que também realiza dois episódios da nova temporada, garante que esta será a temporada mais ambiciosa em termos de escala e emoção.

“A ação está a um nível nunca visto, os efeitos visuais estão igualmente impressionantes, mas o núcleo emocional continua o mesmo”, disse Levy. “Mesmo à medida que a narrativa se torna mais épica, continua ancorada nestes personagens que adoramos.”

E é precisamente esse equilíbrio — entre o terror sobrenatural e a ternura das relações — que tem feito de Stranger Things um fenómeno global desde a sua estreia em 2016.

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O calendário do adeus

A Netflix confirmou que a despedida será dividida em três partes:

  • 26 de novembro: Estreia dos primeiros quatro episódios;
  • 26 de dezembro: Chegada de três novos episódios, como prenda de Natal para os fãs;
  • 1 de janeiro de 2026: O episódio final, que encerrará definitivamente a saga.

A contagem decrescente para o adeus a Eleven, Mike, Dustin, Lucas e companhia já começou — e, se o trailer for indicação do que aí vem, Stranger Things 5 será o equivalente emocional a uma supernova: brilhante, devastadora e impossível de esquecer.

Ethan Hawke Recorda a Maior Lição Que Aprendeu com Robin Williams em Dead Poets Society

O actor de Before Sunrise lembra-se do momento em que percebeu que o verdadeiro talento está na liberdade de criar — sem pedir permissão.

Há lições que não vêm dos livros — e Ethan Hawke aprendeu uma delas com Robin Williams. O actor recordou recentemente as filmagens de O Clube dos Poetas Mortos (Dead Poets Society, 1989), um dos marcos do cinema dos anos 80, e revelou o impacto que o colega de elenco teve na sua formação artística.

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Em entrevista retrospectiva sobre a sua carreira, Hawke contou que, durante as filmagens do clássico de Peter Weir, ficou impressionado com a forma livre e espontânea com que Williams abordava o trabalho:

“Robin Williams não seguia o guião. E eu não sabia que isso era possível. Se ele tinha uma ideia, simplesmente fazia. Não pedia permissão. Foi como abrir uma nova porta na minha cabeça.”

Improvisar é uma forma de pensar

Para Hawke, a experiência foi uma revelação: a constatação de que a criatividade não precisa de regras fixas. O jovem actor, então com 18 anos, viu Williams transformar cada cena num momento vivo, muitas vezes reinventando o texto e desafiando o próprio realizador.

Mas, longe de se criar tensão, Peter Weir — o cineasta australiano responsável também por Witness e The Mosquito Coast— aceitava e até encorajava essa liberdade.

“Peter gostava, desde que alcançássemos os mesmos objectivos do guião”, explicou Hawke. “Tinham formas de trabalhar muito diferentes, mas respeitavam-se. Não resistiam um ao outro. E isso era empolgante.”

Para Hawke, essa colaboração entre dois artistas tão distintos foi uma verdadeira aula sobre o poder da criação colectiva:

“É assim que surgem as grandes colaborações — quando não precisas de ser igual ao outro, nem de o odiar por ser diferente. O filme torna-se maior do que a visão de uma só pessoa.”

Uma dupla improvável, mas mágica

Hawke descreve Peter Weir como “um verdadeiro mestre artesão”, alguém com uma disciplina quase espiritual no modo de filmar. E sublinha o desafio que foi dirigir Robin Williams — um génio da comédia a dar os primeiros passos no drama.

“Ver o Peter dirigir o Robin… isso não se esquece. Eu estava ali, a quatro passos de distância, a vê-los discutir sobre performance. Foi uma daquelas experiências que te ficam gravadas para sempre.”

O resultado todos conhecem: O Clube dos Poetas Mortos tornou-se um fenómeno cultural, rendendo 95 milhões de dólares nas bilheteiras dos EUA e conquistando quatro nomeações aos Óscares — incluindo Melhor Filme, Realizador e Actor (Williams). O argumento de Tom Schulman venceu a estatueta de Melhor Argumento Original.

“Carpe diem”, 35 anos depois

Décadas mais tarde, Ethan Hawke continua a carregar a lição do mestre improvável que o ensinou a “não pedir permissão” para criar.

É essa mesma ousadia que o actor — hoje estrela de filmes como Boyhood e Black Phone 2 — leva consigo, quer no cinema, quer na televisão (The Lowdown, na FX em Portugal chegará provavelmente em Dezembro).

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Tal como na célebre cena em que os alunos sobem às carteiras para homenagear o professor Keating, Hawke continua a erguer-se para celebrar o poder transformador da arte — e a liberdade que Robin Williams lhe ensinou a abraçar.