Monster: The Ed Gein Story — Como a Netflix Transformou o Horror em Espetáculo e Voltou a Assustar Hollywood 🔪🎭

Da recriação sangrenta da cena do chuveiro de Psycho ao número musical inspirado em All That Jazz: os bastidores da série mais perturbante do ano

Depois de explorar as histórias de Jeffrey Dahmer e dos irmãos Menendez, a antologia Monster, criada por Ryan Murphy e Ian Brennan, mergulha agora na mente distorcida de Ed Gein, o assassino que inspirou clássicos como Psycho e The Texas Chain Saw Massacre. Na terceira temporada, lançada pela Netflix, Charlie Hunnam assume o papel de Gein, acompanhado por Laurie MetcalfSuzanna SonLesley Manville e Addison Rae, num retrato que mistura crime, trauma, fantasia e cultura pop — tudo sob a lente do novo realizador da temporada, Max Winkler.

“Desde o início, Ryan perguntava: ‘Quem é o verdadeiro monstro?’ É Ed Gein? A mãe dele? O sistema de saúde americano? Ou somos nós, que transformamos estas histórias em entretenimento?”, revelou Winkler ao Variety.

A violência de Psycho — agora sem filtros

Um dos momentos mais comentados da série é a recriação da icónica cena do chuveiro de Psycho, de Alfred Hitchcock — desta vez, com mais brutalidade e realismo.

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“Queríamos mostrar o que aquilo realmente significava. Hitchcock trouxe algo de profundamente perturbador para o cinema, e quisemos mostrar o impacto dessa violência, tanto para quem a viveu como para quem a assistiu”, explica o realizador.

O ator Joey Pollari interpreta Anthony Perkins, o Norman Bates original, e Winkler diz que até ele se sentiu “como um monstro” durante as filmagens: “O personagem era um homem reprimido, toldado por culpa e solidão. Essa dor está toda ali.”

A fronteira entre realidade e loucura

Visualmente, Monster: The Ed Gein Story combina várias linguagens cinematográficas — desde o 16mm granulado dos segmentos inspirados em Texas Chain Saw Massacre até à fotografia fria e isolada dos momentos em que Gein se confronta com a própria mente. Winkler cita filmes como Days of Heaven e Capote como influências.

“Queríamos mostrar o quão pequeno ele era diante do mundo, mas quão barulhenta era a cabeça dele.”

Nas cenas finais, Charlie Hunnam entrega uma performance devastadora — filmada num único plano fechado. “Ele perdeu cerca de 18 quilos, estava exausto e completamente dentro do personagem. Fizemos uma única tomada e sabíamos que tínhamos conseguido”, contou o realizador.

O momento musical mais inesperado da série

Num toque surpreendente, o episódio final inclui um número musical inspirado em All That Jazz, onde Gein é confrontado com os seus crimes e fantasmas.

“Foi um dos dias mais longos e intensos de filmagem da minha vida. Era o aniversário do Charlie, todos estavam exaustos, mas sabíamos que tínhamos de acertar o tom. Era um inferno filmar, mas também catártico.”

Winkler descreve a sequência como uma “celebração perversa da insanidade”, em que o assassino se vê rodeado por outros monstros da cultura americana — incluindo Charles Manson e Ted Bundy.

“Queríamos mostrar o que é o mal puro, sem música nem glamour. Bundy representa isso.”

O olhar do monstro — ou o nosso? 👁️

Um dos momentos mais debatidos acontece quando Ed Gein quebra a quarta parede e olha diretamente para a câmara:

“Ele diz: ‘Tu é que não consegues desviar o olhar.’ É o ponto de viragem — ele transforma o espectador em cúmplice. É o nosso espelho. Somos nós os monstros por continuarmos a assistir.”

Entre o horror e a empatia

Apesar da violência extrema, a série também tenta compreender a génese do mal. Winkler admite ter desenvolvido empatia por Gein durante a investigação:

“Foi uma vítima de abuso, isolamento e doença mental. Mas isso não o redime — apenas explica o contexto. O verdadeiro horror é quando deixamos de ver as pessoas como pessoas.”

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Com esta nova temporada, Monster consolida-se como um dos projetos mais ousados e provocadores de Ryan Murphy — uma reflexão sobre a obsessão americana pela violência e pelo espetáculo.

“É um espelho desconfortável”, diz Winkler. “E, no fim, talvez o monstro sejamos nós.”

Nicole Kidman Reaparece em Público Após o Divórcio — e Deixa Todos Sem Fôlego num Vestido Preto de Ombros Descobertos 🖤✨

A atriz australiana surgiu deslumbrante num evento de solidariedade em Dallas, a sua primeira aparição desde a separação de Keith Urban

Nicole Kidman voltou a fazer uma aparição pública — e fê-lo em grande estilo. A atriz, de 57 anos, marcou presença no amFAR Dallas Auction, um evento beneficente de elite realizado na casa do CEO da United Airlines, Scott Kirby, e roubou as atenções com um visual de pura elegância e confiança renovada.

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Foi a primeira aparição pública da estrela desde que apresentou oficialmente o pedido de divórcio de Keith Urban, com quem esteve casada durante 19 anos. E se havia dúvidas sobre o seu estado de espírito, o look escolhido dissipou-as por completo: Nicole apareceu num vestido preto de decote profundo e ombros descobertos, uma peça sofisticada e sensual que destacou a sua figura esguia e a postura impecável.

Glamour com assinatura

O vestido, de corte justo e cauda até ao chão, apresentava um decote em coração e alças descidas, evocando o glamour das grandes divas de Hollywood. Kidman completou o visual com um colar duplo tipo choker e o cabelo loiro, liso e solto, com risca ao meio — uma escolha minimalista que deixava o foco totalmente no vestido.

Durante o evento, Nicole subiu ao palco para entregar um prémio ao argumentista e produtor Taylor Sheridan, com quem trabalhou recentemente na série Lioness. Entre os presentes estavam também Teri Hatcher e Diana Ross, numa noite marcada pela elegância e pelo espírito de solidariedade.

Um novo capítulo

A presença de Kidman no evento surge apenas dias após a confirmação do divórcio. A atriz deu entrada no pedido a 29 de Setembro, alegando “diferenças irreconciliáveis”. Um dia antes, já tinham surgido notícias da separação do casal, que tem duas filhas, Sunday Rose e Faith Margaret.

O ex-casal foi visto junto pela última vez em Junho, durante um jogo da FIFA Club World Cup, onde Nicole comemorava o seu 58.º aniversário. Na altura, usava um delicado vestido branco com padrão floral — um contraste total com o look poderoso e escuro que agora simboliza a sua nova fase.

Reinvenção e elegância — à maneira de Nicole

Mesmo em momentos de transição pessoal, Nicole Kidman mostra que continua a ser uma referência de estilo, classe e resiliência. A atriz de The Perfect Couple e Practical Magic sabe transformar cada aparição num gesto de força e elegância — e o seu regresso ao centro das atenções não foi exceção.

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Se este evento marca o início de um novo capítulo, então é seguro dizer: Nicole Kidman está pronta para reescrever a própria história — com o mesmo brilho de sempre.

Alejandro G. Iñárritu Celebra os 25 Anos de Amores Perros e Promete Que o Novo Filme com Tom Cruise Vai “Surpreender o Mundo” 🎬🔥

O realizador mexicano fala sobre a restauração do seu clássico e revela detalhes da sua próxima comédia protagonizada por Tom Cruise

Vinte e cinco anos depois de Amores Perros ter abalado o cinema latino-americano, Alejandro González Iñárritucontinua a ser um dos nomes mais ousados e imprevisíveis de Hollywood. O realizador mexicano conversou com o IndieWire sobre o regresso do seu primeiro grande filme — agora restaurado em 4K e pronto para regressar aos cinemas pela plataforma Mubi — e deixou escapar detalhes do seu novo e misterioso projeto com Tom Cruise.

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“As pessoas vão ver algo completamente novo. O Tom vai surpreender o mundo”, garantiu Iñárritu.

Um regresso à língua inglesa… e ao humor

O filme, ainda sem título oficial, marca o regresso de Iñárritu ao cinema em inglês desde The Revenant (2015), que lhe valeu dois Óscares, incluindo o de Melhor Realização. A produção, liderada pela Legendary e pela Warner Bros., foi filmada em 35mm VistaVision, com direção de fotografia de ninguém menos que Emmanuel “Chivo” Lubezki, seu colaborador habitual.

O elenco é de luxo: além de Cruise, participam Riz AhmedSandra HüllerJohn Goodman e Jesse Plemons. O realizador descreve a experiência como “inesperadamente doce e divertida”:

“Foi a relação mais gentil e colaborativa que já tive num set. Ele é incrivelmente dedicado, vive o cinema há 40 anos. Rimo-nos muito — foi uma comédia selvagem.”

O filme está atualmente em pós-produção e deve chegar aos cinemas no outono de 2026.

“Amores Perros”: a obra que mudou tudo

Mas o motivo principal da conversa foi a celebração de um marco: os 25 anos de Amores Perros. O filme, lançado em 2000 e protagonizado por Gael García Bernal, é hoje reconhecido como o ponto de viragem do cinema mexicano contemporâneo.

Iñárritu contou que só reviu a obra completa este ano, durante a projeção no Festival de Cannes, e ficou surpreendido com a força que ainda tem:

“Fiquei impressionado com o músculo do filme. Não se tornou flácido. É intenso, visceral, ainda pulsa.”

O realizador supervisionou uma restauração minuciosa, que recuperou o negativo original filmado com o exigente processo bleach-bypass — uma técnica que preserva a prata no filme, criando contrastes mais duros e uma textura quase táctil. O resultado é uma versão remasterizada em 4K com som 5.1, pronta para regressar aos cinemas de toda a América Latina este mês e ao streaming da Mubi a 24 de Outubro.

“O filme que o México precisava naquele momento” 🇲🇽

Iñárritu recordou ainda o contexto de produção do seu filme de estreia, rodado numa altura em que o cinema mexicano praticamente não existia fora do circuito governamental.

“Na altura faziam-se cinco, seis filmes por ano, sempre com o mesmo tom nacionalista. Nós queríamos sacudir tudo. Mostrar o México real — o som, o cheiro, o caos.”

Amores Perros acabou por ser selecionado para a Semana da Crítica em Cannes, onde venceu o Grande Prémio e mudou a trajetória de todos os envolvidos. “É uma obra que nos transformou a todos”, diria Gael García Bernal após a exibição do 25.º aniversário.

A nova vida de um clássico

A Mubi adquiriu os direitos globais do filme para os próximos dez anos e acompanha a reedição de um livro — Amores Perros, editado pela Mack Books — com textos inéditos, fotografias de bastidores e um ensaio do próprio Iñárritu. Paralelamente, o realizador apresenta uma instalação artística intitulada “Sueño Perro”, atualmente em exibição na Fondazione Prada, em Milão, que será exibida também no LACMA, em Los Angeles, em 2026.

“Não é uma homenagem, é uma ressurreição”, explica o cineasta. “É ver o filme com outros olhos — libertar as imagens da tirania da narrativa.”

Um realizador entre dois mundos

Dividido entre Los Angeles e a Cidade do México, Iñárritu admite viver “como um cigano”, mas mantém a mesma paixão pelo cinema de sempre. Entre um passado revolucionário e um futuro imprevisível, o seu nome continua sinónimo de risco, rigor e emoção.

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E se Amores Perros foi o filme que revelou o homem, o novo projeto com Tom Cruise promete revelar, finalmente, o seu lado mais leve — e, quem sabe, ainda mais surpreendente.

Paul Bettany Confessa Que Nunca Mais Viu A Knight’s Tale: “Tenho Muitas Razões, Mas a Principal É Que Sinto Demasiadas Saudades do Heath” 💔🎬

O ator de WandaVision emocionou o público ao recordar o amigo e colega Heath Ledger, falecido em 2008

Durante uma conversa com fãs na L.A. Comic Con, Paul Bettany revelou um detalhe profundamente comovente sobre a sua carreira: nunca mais reviu A Knight’s Tale (Destino de Cavaleiro, 2001) desde a estreia. O motivo? As saudades do seu colega e amigo Heath Ledger.

“Vi o filme quando saiu. Nunca mais o revi. Há muitas razões para isso… e uma delas é que sinto demasiadas saudades do Heath”, confessou Bettany, visivelmente emocionado.

O ator, hoje conhecido por dar vida a Vision no universo Marvel, partilhou o momento ao lado da sua colega de WandaVisionElizabeth Olsen, durante um painel que misturou humor, nostalgia e, por momentos, uma sincera melancolia.

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Uma amizade que nasceu nas filmagens

Em A Knight’s Tale, realizado por Brian Helgeland, Bettany interpretou o poeta Geoffrey Chaucer, enquanto Ledger deu vida a William Thatcher — o jovem escudeiro que desafia o destino e se faz passar por cavaleiro em torneios medievais. O elenco incluía ainda Rufus SewellAlan Tudyk e Shannyn Sossamon.

O filme, uma mistura improvável de aventura medieval e espírito rock’n’roll, marcou o início da ascensão de Ledger em Hollywood — e também a de Bettany, que se tornaria um rosto recorrente no cinema americano.

Em 2021, o ator já havia falado sobre o colega, descrevendo-o como alguém absolutamente luminoso:

“Ele tinha uma luz que irradiava. Era um verdadeiro astro. Bastava conhecê-lo e era impossível não se apaixonar por aquela energia. Era brincalhão, cheio de alegria, um espírito livre.”

Um início humilde e uma memória eterna

Bettany contou ainda que aceitou o papel em A Knight’s Tale simplesmente porque precisava de trabalho:

“Na altura, só queria pagar a renda e aprender. Tinha uma fome enorme de perceber como tudo funcionava num set.”

Mas o que começou como uma oportunidade profissional acabou por se tornar numa das experiências mais marcantes da sua vida. E é precisamente por isso que o ator evita voltar a ver o filme — porque cada cena lhe lembra a amizade com Heath Ledger, falecido tragicamente em 2008, aos 28 anos.

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Entre o luto e o legado

Ledger, que viria a ganhar o Óscar póstumo por The Dark Knight, continua a ser lembrado com carinho por colegas e fãs em todo o mundo. Para Bettany, a melhor forma de homenagear o amigo é manter viva a lembrança do tempo que partilharam — mesmo que isso signifique nunca mais ver o filme que os juntou.

“Foi como outra vida”, disse. “Mas ele continua comigo, de alguma forma.”

“Harry Potter”: Primeiras Imagens do Novo Expresso de Hogwarts da Série da HBO Já Causam Polémica 🚂✨

O icónico comboio foi avistado em filmagens — e os fãs dizem que é… exactamente o mesmo dos filmes

O Expresso de Hogwarts está de volta — ou melhor, nunca chegou realmente a partir. As primeiras imagens do famoso comboio que leva os jovens feiticeiros à escola de magia mais célebre do mundo surgiram online, vindas diretamente do set da nova série da HBO baseada em Harry Potter.

Mas em vez de entusiasmo, o que se espalhou pelas redes foi um déjà vu coletivo: o novo comboio é virtualmente idêntico ao dos filmes originais. Mesmo formato, mesma cor, mesmo ar nostálgico dos anos 2000.

“Podiam ter acrescentado pelo menos uma pitada de feitiço novo…”, comentou um fã no X (antigo Twitter).

Um reboot que parece demasiado familiar

Desde que a HBO anunciou o reboot televisivo, uma das principais preocupações dos fãs era precisamente esta: a série parecer-se demasiado com as adaptações de cinema da Warner Bros., lançadas entre 2001 e 2011.

Embora o novo formato — com cada temporada dedicada a um livro — permita aprofundar personagens e subtramas que ficaram de fora das longas-metragens, as primeiras imagens sugerem que o visual poderá seguir demasiado de perto a estética dos filmes originais.

Ainda assim, a HBO e a Warner Bros. Discovery acreditam que a série trará nova vida à saga, ao apresentar Harry, Hermione e Ron a uma nova geração de fãs.

Um elenco totalmente novo e um Dumbledore de peso

O elenco já está confirmado e mistura juventude com experiência. O novo trio mágico será formado por Dominic McLaughlin (Harry Potter), Arabella Stanton (Hermione Granger) e Alastair Stout (Ron Weasley).

Entre os adultos, o destaque vai para John Lithgow no papel de Albus Dumbledore — uma escolha que surpreendeu muitos fãs, mas que o ator encara com entusiasmo e humor:

“Vai definir o último capítulo da minha vida”, brincou. “Terei uns 87 anos quando chegarmos à festa de encerramento, mas disse sim com gosto.”

Outros nomes confirmados incluem Paapa Essiedu como Severus Snape, Nick Frost como Hagrid e Janet McTeercomo Minerva McGonagall.

A equipa criativa e o regresso de J.K. Rowling

A série está a ser escrita e produzida por Francesca Gardiner (SuccessionHis Dark Materials), com Mark Mylod na realização de vários episódios — ambos nomes de peso no catálogo da HBO.

E sim, J.K. Rowling regressa como produtora executiva, ao lado de David Heyman, o histórico produtor da saga cinematográfica, garantindo que o espírito original do Mundo Mágico se mantenha intacto.

Estreia em 2027 — e um Expresso sem grandes surpresas

Com estreia marcada para 2027, a série de Harry Potter promete uma abordagem mais fiel aos livros, mas as primeiras imagens do Expresso de Hogwarts sugerem que nem tudo mudou nesta nova viagem a Hogsmeade.

Talvez o verdadeiro desafio do reboot seja este: como reinventar a magia sem a repetir?

“Clayface” Vai Levar o Terror Corporal ao Limite — e um dos Protagonistas Garante: “Não Vamos Poupar Ninguém”

O novo filme da DC, escrito por Mike Flanagan, promete ser uma das experiências mais intensas do universo de James Gunn

O universo cinematográfico da DC prepara-se para entrar em território verdadeiramente grotesco com Clayface, o aguardado filme centrado numa das figuras mais trágicas e inquietantes dos quadrinhos da editora. Segundo o ator Max Minghella, o terror corporal — ou body horror — vai ser levado até às últimas consequências.

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Em entrevista exclusiva ao Collider, Minghella confirmou que as filmagens decorrem neste momento em Londres e que o projeto não vai “jogar pelo seguro”:

“Acho que posso dizer com segurança que o filme vai por aí. É mesmo um filme a sério, com um argumento fantástico.”

Um elenco de luxo e uma equipa de terror de primeira linha

Minghella, nomeado aos Emmy e conhecido por Babylon e A Rede Social, divide o protagonismo com Tom Rhys Harries e Naomi Ackie. O argumento ficou a cargo de Mike Flanagan (The Haunting of Hill HouseDoctor Sleep) e Hossein Amini (Drive), e a realização é de James Watkins, o cineasta britânico por trás do perturbante Eden Lake(2008).

Para Minghella, Watkins é simplesmente a escolha perfeita:

“Sou fã absoluto de Eden Lake. Vi o filme quando saiu e fiquei profundamente marcado. Ele tem um olhar incrível para o desconforto humano, e é isso que Clayface precisa. Não consigo imaginar mais ninguém a dirigir este projeto.”

A atenção ao detalhe e a lição de um mestre

O ator, que também é realizador (Teen Spirit, 2018), elogiou o método de Watkins, descrevendo-o como um diretor de atenção quase obsessiva ao pormenor:

“Ele fala connosco depois de cada take. Mesmo que eu esteja apenas a teclar num computador, ele vem conversar sobre isso. Vê tudo o que fazemos. É inspirador.”

Minghella confessou ainda que pretende levar essa mesma sensibilidade para o seu próximo projeto como realizador, o filme Shell, que estreia já esta semana.

O que esperar da história

Os detalhes do enredo de Clayface continuam a ser mantidos em segredo, mas sabe-se que o personagem — um ator que, após um acidente químico, se transforma num monstro de argila capaz de mudar de forma — terá aqui uma abordagem mais sombria e introspectiva.

A personagem já havia surgido brevemente em Creature Commandos, onde protagonizou uma cena memorável ao partir a coluna de Rick Flag Sr. (interpretado por Frank Grillo). Apesar de Clayface se desenrolar de forma relativamente independente, é esperado que existam ligações subtis ao novo DCU de James Gunn, e talvez até uma aparição especial de Rick Flag Sr.

Terror com alma (e muita plasticidade)

Com a estreia marcada para 11 de Setembro de 2026Clayface promete misturar horror corporal, tragédia psicológica e o tipo de tensão física que tornou o nome de Flanagan sinónimo de terror de autor.

ver também : Cillian Murphy Rouba a Cena no Graham Norton Show… Sem Dizer uma Palavra 😐🎤

Se há algo que os fãs podem esperar, é que este não será mais um filme de super-heróis — mas sim uma descida às profundezas do corpo e da mente humana.

Cillian Murphy Rouba a Cena no Graham Norton Show… Sem Dizer uma Palavra 😐🎤

O “rosto entediado” do ator durante a conversa de Taylor Swift tornou-se o novo meme da internet

Cillian Murphy pode ter conquistado o Óscar com a intensidade silenciosa de Oppenheimer, mas parece que o seu maior talento fora do ecrã é… o de parecer profundamente aborrecido. O ator irlandês foi novamente apanhado em “modo estátua” durante o Graham Norton Show, enquanto Taylor Swift falava entusiasticamente sobre o seu noivado com o jogador da NFL Travis Kelce — e a internet não perdoou.

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Enquanto a cantora mostrava o seu impressionante anel de diamantes (avaliado entre 700 mil e 1 milhão de dólares) e falava dos planos para o casamento — “quero lançar o álbum primeiro, o resto vem depois”, disse —, Murphy parecia estar em plena maratona de “ginástica mental”. O olhar fixo, ligeiramente distante, e a expressão neutra fizeram as delícias dos espectadores, que inundaram as redes sociais com comentários.

“Cillian é um de nós.”

“Resting bored face lendário.”

“O homem parece estar a tentar fugir mentalmente da conversa.”

“Cillian Murphy: vencedor da guerra do ‘não quero saber’.”

Um clássico de Cillian

Não é a primeira vez que o ator de 47 anos exibe esta calma glacial em eventos públicos. Nos Globos de Ouro de 2024, onde venceu o prémio de Melhor Ator em Filme Dramático por Oppenheimer, a sua expressão impassível tornou-se viral. Mesmo com o troféu na mão e Robert Downey Jr. a sorrir ao seu lado, Murphy parecia mais pronto para ir dormir do que celebrar.

Os fãs adoram-no precisamente por isso — pela autenticidade, pela ausência total de pretensão e por aquele ar de quem foi arrastado para a festa contra vontade. “Cillian Murphy é o verdadeiro vencedor da guerra do ‘idgaf’”, escreveu um utilizador. Outro resumiu: “O compromisso dele em parecer desconfortável em todas as situações sociais é inspirador.”

Taylor Swift e o lado simpático da história

Apesar da viralidade do momento, tudo indica que entre Cillian e Taylor não há qualquer mal-estar. A cantora recordou no programa que já tinha conhecido o ator e a sua família numa festa dos Óscares. Chegou até a elogiar o filho de Murphy, Aran, de 17 anos, presente na plateia:

“Os teus filhos são o futuro do nosso mundo — tão curiosos, tão interessantes.”

Murphy, visivelmente surpreendido, acabou por rir-se e confirmar que um dos filhos estava mesmo no público. O apresentador Graham Norton não resistiu a brincar:

“Oh meu Deus, é mesmo o mini Cillian! Se isto fosse um concurso, todos tínhamos acabado de ganhar um prémio.” 😂

O charme do anti-carismático

Talvez o verdadeiro segredo do magnetismo de Cillian Murphy seja precisamente esse: não tentar agradar. Num mundo de sorrisos ensaiados e autopromoção constante, o ator de Peaky Blinders continua fiel ao seu estilo — introspectivo, contido e genuinamente alheio ao espetáculo.

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E, ironicamente, é essa falta de entusiasmo que o torna irresistível. Afinal, ninguém faz “cara de tédio” com tanto carisma.

Christoph Waltz: O Ator Que Disse “Não” a Tarantino (E Ainda Assim Levou o Óscar 🎬)

O ator austríaco que transformou a relutância em arte

Christoph Waltz é uma dessas raras presenças que elevam qualquer filme em que entra. Seja como vilão calculista ou herói relutante, o ator austríaco domina a arte de transformar o diálogo mais simples num momento de puro magnetismo. E, curiosamente, foi precisamente a sua relutância em aceitar papéis que o levou a alguns dos maiores triunfos da carreira.

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Em entrevista, Waltz resumiu de forma deliciosa a sua visão sobre o sistema de Hollywood:

“Na Europa, dizem: ‘Eles só querem espremer-te como um limão.’ Pois claro! Mas, se eu tiver o sumo, porque não?” 🍋

É esta mistura de ironia e lucidez que o distingue. Waltz sabe exactamente o que pode dar — e não tenta ser mais do que isso. Como o próprio explica, “sei o que posso contribuir. E é uma unidade muito específica, muito limitada”.

O “não” que quase impediu Django Libertado

A relação entre Waltz e Quentin Tarantino é hoje lendária, mas começou de forma inesperada. Quando recebeu o argumento de Django Libertado (2012), o ator recusou o papel de Dr. King Schultz. Achava-o demasiado “feito à sua medida” e não queria cair na repetição após o sucesso de Sacanas sem Lei.

Tarantino, porém, não aceitou a recusa. Enviou-lhe uma carta escrita à mão com uma simples frase:

“Of course, Mein Herr! – Q.”

Waltz respondeu com o mesmo humor e formalidade germânica:

“Mein Herr, of course! – CW.”

Mas impôs uma condição: o personagem teria de ser moralmente puro — nunca cruel, nunca violento por prazer. Tarantino aceitou, e dessa exigência nasceu um dos personagens mais cativantes do cinema moderno.

Uma queda, uma carroça e uma sela com cinto de segurança

Durante os treinos para o papel, Waltz caiu do cavalo e deslocou a bacia. Mais tarde, brincou com o incidente no discurso dos Globos de Ouro:

“Andar a cavalo não foi o problema. Cair é que foi.” 😂

A lesão obrigou o realizador a adaptar as filmagens: Schultz passou a deslocar-se de carroça nas primeiras cenas. Para animar o colega, Jamie Foxx ofereceu-lhe um presente insólito — uma sela com cinto de segurança.

Um recorde digno de Hollywood

A sua performance em Django Libertado dura 1 hora, 6 minutos e 17 segundos — a mais longa de sempre a vencer o Óscar de Melhor Ator Secundário. O recorde só seria superado anos depois por Mahershala Ali em Green Book (2018), com mais 21 segundos de ecrã.

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De Sacanas sem Lei a Django Libertado, Christoph Waltz consolidou-se como um dos intérpretes mais elegantes, precisos e irresistivelmente perigosos de Hollywood — um ator que sabe que não precisa de gritar para dominar o ecrã.

Keanu Reeves e o Cão Que Lhe Lembrou o Significado da Lealdade 🐾

A história real por detrás do homem que perdeu um cão… e ganhou outro

Keanu Reeves pode ter encarnado assassinos implacáveis, guerreiros digitais e salvadores da humanidade — mas talvez o papel mais tocante da sua vida não tenha sido escrito por nenhum argumentista. Entre explosões e coreografias de luta, nasceu uma ligação silenciosa e comovente: a de um homem e o seu cão.

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Durante as filmagens de John Wick (2014), um filme construído sobre a dor e a vingança que nascem da perda de um animal de estimação, Keanu viveu algo mais profundo do que simples ficção. Nos intervalos das cenas, o ator sentava-se com a pequena cadela beagle que interpretava Daisy — a razão de toda a jornada emocional do protagonista. Fazia-lhe festas nas orelhas e murmurava:

“Tu és o coração desta história, sabias?” ❤️

Segundo membros da equipa, a cadelinha seguia-o para todo o lado, abanando a cauda com a confiança de quem se sentia em casa.

Da ficção à vida real

Quando as filmagens terminaram, Keanu não conseguiu desligar-se desse laço. Mais tarde, durante John Wick 2, acabou por adotar um dos pit bulls usados na rodagem. Não foi um gesto mediático, nem uma jogada de imagem. Foi apenas — e exatamente — aquilo que sempre foi: um ato de bondade.

“Os cães dão-nos honestidade”, disse ele numa entrevista. “Um cão não quer saber quem tu és. Quer apenas saber se és bom para ele.”

Palavras simples, mas que dizem tudo sobre o homem que há muito se tornou o símbolo da humildade em Hollywood.

O lado mais humano de um ícone

Em Los Angeles, há quem o veja à noite, a passear o seu cão pelas ruas vazias — sem segurança, sem câmaras, sem fãs. Apenas ele, o animal e o silêncio. Keanu não precisa de plateia: vive como representa — com autenticidade.

Quando um jornalista lhe perguntou porque gostava tanto de cães, o ator sorriu, com aquele ar calmo e quase tímido que todos reconhecem, e respondeu:

“Porque me lembram o que significa a verdadeira lealdade.” 🐶

Talvez esteja aí o segredo. As almas mais gentis acabam sempre por se encontrar — mesmo que uma delas ande de quatro patas.

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“Wallace & Gromit: A Case at the Museum” — Nick Park regressa às origens com uma exposição de outro mundo 🧀🎞️

O criador das figuras de plasticina mais amadas do cinema regressa a casa para reabrir o museu que inspirou a sua imaginação

Trinta e cinco anos depois de um homem de camisola e chinelos e do seu cão silencioso, mas de sobrancelhas eloquentes, conquistarem o mundo, Nick Park regressa ao ponto de partida. O realizador britânico, natural de Preston, voltou à sua terra natal para reabrir o histórico Harris Museum — o mesmo museu onde, em criança, passava horas a sonhar com animações em plasticina e mundos de fantasia.

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Agora, aquele mesmo espaço que um dia o inspirou acolhe a nova exposição “Wallace & Gromit: A Case at the Museum”, uma homenagem à criatividade, à nostalgia e ao humor tipicamente britânico que fizeram destas personagens um fenómeno global.

Do banco da biblioteca ao Óscar

Antes de ser o génio por detrás de The Wrong Trousers (que lhe valeu o Óscar de Melhor Curta-Metragem de Animação em 1993), Nick Park era um miúdo tímido, apaixonado por desenhos e fascinado por livros sobre cinema. “Costumava passar o dia aqui, a olhar para os artefactos e as pinturas”, recorda. “Não havia internet, por isso vinha à biblioteca à procura de tudo o que encontrasse sobre animação.”

Essa curiosidade e dedicação artesanal moldaram o estilo que o tornaria inconfundível: o stop motion meticuloso, os cenários minuciosamente construídos e as histórias com alma, humor e chá quente. ☕

A sala de estar que nasceu da casa da avó

A exposição recria, em tamanho real, a icónica sala de estar de Wallace e Gromit — papel de parede com flores, candeeiro de pé e uma poltrona tão familiar que parece saída do ecrã. Nick Park, sentado na cadeira, brincou: “Sinto-me feito de plasticina. É como se tivesse entrado no meu próprio filme.”

A inspiração veio de casa. “A sala da avó era um lar acolhedor dos anos 60, e foi daí que veio tudo — o candeeiro, o relógio, até a torradeira”, contou o realizador. É essa dimensão pessoal, entre o quotidiano e o fantástico, que torna as suas criações universais.

Entre a nostalgia e o futuro da animação

Apesar de ter vencido múltiplos Óscares e feito história no cinema, Nick Park continua fiel à essência artesanal que o tornou único. Quando questionado sobre o impacto da inteligência artificial na indústria, foi peremptório:

“Temos de manter os nossos valores. Há algo no toque humano que dá charme e alma a tudo.”

A exposição — que abre este domingo e estará patente até Janeiro — é uma viagem sensorial pela imaginação de Park: desenhos, modelos originais e personagens que despertam as mesmas emoções que os filmes sempre provocaram — calor, humor e uma irresistível nostalgia.

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Nick Park, que em adolescente era apenas “um rapaz tímido com um passatempo estranho”, é hoje uma figura celebrada no coração da sua cidade. “É surreal”, confessa. “Ter estátuas das minhas personagens e agora uma exposição no museu que me inspirou… é simplesmente loucura.”