‘A Nicole merecia mais’: o gesto polémico de Keith Urban que deixou os fãs em choque”

Do romance à polémica

O divórcio de Nicole Kidman e Keith Urban, tornado público a 30 de setembro, já era um dos temas mais comentados do momento. Mas agora, o caso ganhou uma nova dimensão explosiva: Keith Urban decidiu alterar a letra de uma música que tinha escrito para Nicole… para a dedicar a outra mulher.

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O gesto que incendiou as redes

Durante um concerto recente, o cantor country pegou numa das suas canções mais emblemáticas — originalmente criada em homenagem a Kidman — e reinterpretou-a, mudando a letra para celebrar uma nova mulher. Para muitos fãs, este gesto foi a gota de água.

Nas redes sociais, a revolta disparou:

  • “É de muito mau gosto transformar uma música para a sua ex-mulher numa homenagem a outra. Foi a gota de água.”
  • “Ele estragou a música. Era das minhas favoritas.”
  • “Isto não se faz.”
  • “Os términos acontecem, mas é preciso fazê-lo com dignidade e respeito.”
  • “A Nicole merecia muito mais.”

Uma separação que não para de dar que falar

Como se não bastasse a revelação da polémica “cláusula da cocaína” presente no acordo pré-nupcial de 2006, agora este episódio com a música reacendeu ainda mais o debate sobre a separação do casal.

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Até ao momento, nem Nicole Kidman nem Keith Urban comentaram publicamente o sucedido, mas o gesto do cantor já está a ser considerado por muitos como uma das maiores faltas de respeito do pós-divórcio.

“Inverno Mortal”: Emma Thompson brilha em thriller de sobrevivência ❄️🎬

A estreia em outubro

Chega aos cinemas portugueses a 16 de outubro o intenso thriller “Inverno Mortal”, protagonizado pela consagrada atriz Emma Thompson. Realizado por Brian Kirk, conhecido pelo seu trabalho em séries de prestígio como Luther e Guerra dos Tronos, o filme promete uma experiência cinematográfica marcada pela tensão, pela emoção e por paisagens de cortar a respiração.

Uma história de coragem em cenário gelado

No centro da narrativa está Barb (Emma Thompson), viúva e dona de uma pequena loja de artigos de pesca que decide cumprir uma promessa feita ao marido: espalhar as suas cinzas no Lago Hilda, no remoto norte do Minnesota.

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Mas a viagem transforma-se rapidamente num pesadelo quando Barb é apanhada por um nevão e se perde em estradas secundárias. Ao procurar ajuda numa cabana isolada, descobre que uma jovem está a ser mantida em cativeiro por um casal armado e desesperado.

Sem rede móvel, a horas de distância da vila mais próxima e com apenas a memória do marido como força interior, Barb percebe que é a única esperança de salvação da rapariga — dando início a um thriller de sobrevivência implacável, onde a luta pela vida se entrelaça com uma inesperada história de amor.

Emma Thompson no papel de sobrevivente

Reconhecida pelos seus papéis em dramas e comédias, Emma Thompson regressa agora num registo de ação e suspense, dando corpo a uma personagem marcada pela coragem, pelo pragmatismo e por um forte sentido de missão.

O realizador

Brian Kirk traz a sua experiência televisiva — que inclui séries como Luther e Guerra dos Tronos — para o grande ecrã, garantindo ao público uma narrativa que combina intensidade dramática, realismo emocional e imagens arrebatadoras da paisagem do extremo norte americano.

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A não perder

Com estreia marcada para 16 de outubro, só nos cinemasInverno Mortal promete conquistar tanto os fãs de thrillers de sobrevivência como aqueles que procuram uma história humana de resiliência e esperança.

Estrelas de Bollywood arrastam Google para tribunal em batalha contra vídeos de IA 🎥🤖

A luta dos Bachchan

O casal mais célebre de Bollywood, Abhishek Bachchan e Aishwarya Rai Bachchan, decidiu enfrentar a Google em tribunal, exigindo maior proteção contra o uso indevido das suas imagens e vozes em vídeos gerados por inteligência artificial. Conhecidos pelas suas presenças icónicas no Festival de Cannes, os atores pediram à justiça indiana que obrigue o YouTube — plataforma de vídeo da Google — a remover conteúdos que violem os seus direitos e a impedir que esses mesmos vídeos sejam utilizados para treinar modelos de IA.

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Segundo os documentos legais, com mais de 1500 páginas, o casal reclama ainda 450 mil dólares em indemnizações e uma liminar permanente contra a exploração não autorizada da sua imagem.

Direitos de personalidade em debate

Na Índia, a legislação não contempla de forma explícita os chamados “direitos de personalidade”, ao contrário do que acontece em muitos estados norte-americanos. Nos últimos anos, várias figuras de Bollywood começaram a recorrer aos tribunais para exigir proteção legal contra deepfakes e outros conteúdos digitais manipulados, mas o processo dos Bachchan é o mais significativo até à data.

Os atores alegam que as políticas do YouTube permitem que utilizadores autorizem o uso dos seus vídeos para treinar modelos de IA de terceiros, facilitando a disseminação de conteúdos enganosos e prejudiciais.

Casos de abuso e exemplos bizarros

Entre os exemplos citados no processo estão vídeos que mostram Abhishek Bachchan a beijar digitalmente uma colega de cena, ou um clipe em que Aishwarya Rai aparece a jantar com Salman Khan, antigo companheiro, enquanto Abhishek observa ao fundo. Há até um vídeo surreal que mostra Abhishek a ser perseguido por um crocodilo manipulado por IA.

Para o casal, estes conteúdos são mais do que embaraçosos: causam danos financeiros e de reputação, além de afetarem a sua dignidade pessoal.

Tribunal já interveio

No início de setembro, um juiz ordenou a remoção de 518 links e publicações com vídeos considerados abusivos, reconhecendo o impacto negativo que tinham na vida e imagem pública dos atores. Ainda assim, a Reuters conseguiu encontrar exemplos semelhantes no YouTube, o que reforça a preocupação dos Bachchan sobre a dificuldade em controlar a proliferação destas falsificações digitais.

O peso de Bollywood no YouTube

Com mais de 600 milhões de utilizadores, a Índia é o maior mercado do YouTube no mundo. A plataforma é descrita pelos seus responsáveis como “a nova TV para a Índia”, especialmente graças ao sucesso de conteúdos ligados a Bollywood. Mas é precisamente essa ligação que coloca o caso no centro de um debate cada vez mais urgente: como proteger artistas e criadores num cenário em que a inteligência artificial pode replicar rostos, vozes e gestos sem limites?

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O desfecho deste processo poderá marcar um precedente importante para toda a indústria do entretenimento, não apenas na Índia, mas a nível global.

Jane Fonda relança movimento histórico pela liberdade de expressão em Hollywood 🎬✊

O regresso de um comité da era da Guerra Fria

Aos 87 anos, a lendária atriz e ativista Jane Fonda voltou a assumir a linha da frente das lutas políticas em Hollywood. Desta vez, lidera o relançamento do Comité para Defender a Primeira Emenda, um movimento originalmente criado na década de 1940 e que marcou posição durante o período do Macarthismo, quando artistas foram perseguidos e silenciados pelas suas convicções políticas.

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Entre os mais de 550 signatários desta nova iniciativa encontram-se nomes de peso como Natalie Portman, Sean PennAnne Hathaway, que se juntam à causa para alertar contra o que descrevem como uma nova ofensiva da Casa Branca para limitar a liberdade de expressão.

As raízes históricas

O comité tem também uma forte carga simbólica para Jane Fonda: o seu pai, Henry Fonda, foi um dos membros fundadores do movimento original. Na altura, figuras como Judy Garland, Humphrey Bogart e Frank Sinatra deram voz à resistência, denunciando nas rádios e em Washington os abusos do governo de então.

Agora, mais de 70 anos depois, a mensagem mantém-se: “Essas forças regressaram. E é a nossa vez de nos levantarmos juntos em defesa dos nossos direitos constitucionais”, lê-se no comunicado oficial.

Da censura ao humor

O relançamento acontece pouco depois da decisão da Disney de retirar temporariamente da programação o late night show de Jimmy Kimmel, na sequência de pressões políticas e regulatórias. O comediante, crítico da direita norte-americana e do aliado de Donald Trump, Charlie Kirk, regressou ao ar após protestos públicos contra o que muitos consideraram um ato de censura.

Kimmel foi direto na sua resposta: “anti-americano”, classificou, referindo-se ao esforço para o silenciar.

Jane Fonda, símbolo de resistência

Com décadas de ativismo, Jane Fonda não mostra sinais de abrandar. Para a atriz, que esteve em inúmeras frentes de protesto desde a Guerra do Vietname até à crise climática, esta luta é também pessoal e histórica: “Este não é um aviso. É o início de uma luta contínua”, afirma o comité no seu manifesto.

A mensagem é clara e dirigida não apenas ao governo, mas também às empresas de Hollywood:

“Para aqueles que lucram com o nosso trabalho enquanto se curvam perante a censura e a intimidação: vemo-los, e a história não esquecerá.”

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Com Jane Fonda no comando, este novo capítulo do Comité pela Primeira Emenda promete reacender um debate essencial sobre os limites da liberdade artística e política em Hollywood.

“Lavagante”: Cardoso Pires, António-Pedro Vasconcelos e Mário Barroso unidos no cinema 🦞🎬

Do livro ao grande ecrã

Chega esta quinta-feira às salas portuguesas “Lavagante”, adaptação da novela de José Cardoso Pires publicada nos anos 60, ambientada num Portugal marcado pela ditadura e pela repressão do Estado Novo. O projeto começou pelas mãos de António-Pedro Vasconcelos, que escreveu o argumento antes da sua morte em 2024, e foi concluído pelo produtor Paulo Branco e pelo realizador Mário Barroso, que assumiu o desafio de dar forma ao último sonho cinematográfico do colega e amigo.

Barroso, de 78 anos, sublinha que se tratou de “um filme de passagem de testemunho”, onde coexistem três vozes: a do escritor, a do argumentista e a do realizador.

Uma história de sedução e opressão

No centro do enredo está a relação ambígua entre Cecília (Júlia Palha), jovem estudante universitária, e Daniel (Francisco Froes), médico de simpatias democráticas. À sua volta orbitam figuras que espelham o ambiente opressivo da época: (Nuno Lopes), jornalista e amigo de Daniel, e sobretudo Salaviza (Diogo Infante), inspetor da PIDE obcecado por Cecília desde a adolescência, determinado a transformá-la em posse.

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O romance íntimo e claustrofóbico acontece em paralelo com a repressão política, criando um retrato simultaneamente íntimo e histórico de uma Lisboa sufocada pelo medo e pela vigilância.

Estética em preto e branco

Uma das opções mais marcantes de Mário Barroso foi filmar a preto e branco, evocando tanto os clássicos americanos dos anos 40 e 50 como a nouvelle vague francesa. Mais do que uma escolha estética, foi um gesto ideológico, refletindo o ambiente sombrio e cinzento de uma geração que cresceu sob ditadura.

“Não queria carregar num botão e transformar a imagem em preto e branco. Iluminei o filme para esse propósito desde o início”, explicou o realizador, acrescentando que procurou transmitir não apenas a memória visual da época, mas também a sensação de opressão que dominava o quotidiano.

Júlia Palha em destaque

Mário Barroso elogiou abertamente a entrega de Júlia Palha, com quem já tinha trabalhado em Ordem Moral (2020). Contra preconceitos ainda enraizados sobre atores televisivos, o realizador descreveu a atriz como “inteligente, disponível e muito capaz”, sublinhando a paciência e dedicação demonstradas durante a rodagem.

Um filme com memória e urgência

Mais do que um romance, Lavagante surge como alerta político e histórico. Para António-Pedro Vasconcelos, o projeto tinha uma dimensão pedagógica: recordar às gerações mais jovens os anos de ditadura, muitas vezes reduzidos a uma vaga ideia de “país cinzento”.

Essa missão foi também assumida por Mário Barroso:

“As gerações atuais não podem imaginar o que foi viver durante 48 anos em ditadura. O António tinha essa preocupação, e eu partilho-a. Com o rumo que as coisas estão a tomar, faz-me confusão ver tanta gente a sentir esta atração pelo abismo.”

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Um testamento cinematográfico

“Lavagante” não é apenas a adaptação de Cardoso Pires. É também o filme derradeiro de António-Pedro Vasconcelos e uma obra de homenagem à memória de uma época que não deve ser esquecida. Entre romance, política e a melancolia de um país reprimido, o filme chega agora ao público como uma poderosa reflexão sobre liberdade, desejo e memória coletiva.

Jimmy Kimmel revela: “Soube que ia ser retirado do ar… na casa de banho” 🚽📺

O momento insólito

Jimmy Kimmel contou como descobriu, da forma mais improvável, que o seu programa seria retirado do ar pela ABC. O episódio aconteceu em meados de setembro, quando a estação decidiu suspender temporariamente o Jimmy Kimmel Live!após um monólogo polémico sobre o suposto assassino de Charlie Kirk e a reação da direita norte-americana.

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Segundo relatou a Stephen Colbert no The Late Show, Kimmel recebeu a chamada crucial enquanto estava… na casa de banho.

“Disseram-me: ‘Queremos baixar a temperatura. Estamos preocupados com o que vais dizer esta noite e decidimos que o melhor será tirar o programa do ar.’”

Na altura, o público já estava sentado, o chef convidado Christian Petroni tinha começado a cozinhar e o músico Howard Jones preparava-se para atuar. O programa foi cancelado em cima da hora, e até as almôndegas com polenta acabaram no lixo.

O medo de não voltar

Kimmel confessou que pensou que a sua carreira televisiva tinha acabado:

“Pensei: pronto, acabou. Estou acabado. Achei mesmo que nunca mais voltava a estar no ar.”

O público presente foi mandado para casa, e apenas Howard Jones chegou a gravar uma música para um episódio futuro — ironicamente, “Things Can Only Get Better”.

O regresso com força

Após alguns dias fora do ar, e apesar das pressões políticas — incluindo ameaças da FCC de retirar licenças de transmissão a canais afiliados da ABC —, Kimmel regressou com um monólogo emocionado e audiências em alta.

Colbert também partilhou a sua experiência

Na mesma conversa, Stephen Colbert revelou que também soube do fim anunciado do seu Late Show de forma inesperada, quando estava de férias. O apresentador confessou que teve dificuldade em dar a notícia ao público e chegou a enganar-se várias vezes no discurso.

A decisão da Paramount, que justificou o cancelamento com motivos “puramente comerciais”, foi recebida com ceticismo. Muitos consideram que terá sido uma cedência política para agradar à administração Trump, que precisava de aprovar a fusão da Paramount com a Skydance.

Trump, o alvo comum

Tanto Colbert como Kimmel têm sido críticos frequentes de Donald Trump — algo que o ex-presidente não esqueceu. Trump celebrou publicamente o fim do programa de Colbert e, mais tarde, a suspensão de Kimmel, embora tenha criticado a ABC quando este regressou ao ar.

Kimmel respondeu com humor, recebendo Colbert e Seth Meyers no seu programa numa noite especial, posando juntos para uma fotografia com a legenda: “Olá, Donald!”

“O programa que a FCC não quer que vejas”

Entre piadas e provocações, Kimmel apresentou Colbert como “o apresentador de talk show noturno vencedor de um Emmy que, graças à administração Trump, agora está disponível por tempo limitado”. E rematou com ironia:

“Estou muito honrado por estar com os meus colegas fracassados e sem talento dos programas noturnos. Convidar o Stephen foi apenas uma maneira divertida de irritar o presidente.”

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Bill Burr defende atuação no polémico Festival de Comédia de Riade 🎤🇸🇦

“Uma das três melhores experiências da minha vida”

O comediante norte-americano Bill Burr partilhou no seu podcast detalhes da sua participação no Riyadh Comedy Festival, na Arábia Saudita, evento que foi promovido como o maior festival de comédia do mundo. Burr, que dividiu palco com nomes como Dave Chappelle, Louis C.K. e Kevin Hart, descreveu a experiência como “inesquecível”, afirmando que o público local “queria comédia verdadeira” e que o ambiente foi surpreendentemente acolhedor.

“Definitivamente, está no top 3 das melhores experiências que já tive. Acho que vai trazer coisas muito positivas”, disse Burr.

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Do nervosismo à descoberta

Antes de subir ao palco em Riade, Burr testou o material com uma atuação em Bahrain, país vizinho mais liberal, onde confessou ter chegado ansioso. A experiência, contudo, foi tranquila, e o humorista notou que as pessoas “são como nós: querem rir, querem divertir-se”.

Ao chegar à Arábia Saudita, admitiu ter carregado estereótipos sobre a região, mas acabou surpreendido pela forte presença de marcas ocidentais e pelo entusiasmo do público. Durante a atuação, foi avançando no seu repertório habitual, incluindo piadas arriscadas, e percebeu que o público estava recetivo.

Regras suavizadas para os artistas

Segundo Burr, as restrições iniciais sobre o que os comediantes poderiam dizer foram renegociadas antes do festival. No fim, apenas dois temas ficaram proibidos: não fazer piadas sobre a família real nem sobre religião.

“O público sabia da reputação que têm e por isso foram ainda mais calorosos. Senti uma troca de energia incrível”, contou Burr.

Críticas e acusações de “comedy-washing”

Apesar do entusiasmo de Burr, a presença de comediantes no festival não passou despercebida às críticas. O humorista David Cross foi particularmente duro, acusando colegas como Burr de legitimar um “feudo totalitário” em troca de dinheiro:

“Estou profundamente desiludido. Pessoas talentosas que admiro cederam por um barco, por mais ténis? É nojento.”

Na mesma linha, um artigo de opinião da MSNBC classificou o evento como “comedy-washing”, defendendo que serviu para projetar uma falsa imagem de abertura cultural num país onde continuam a existir fortes restrições às liberdades civis.

O eterno debate cultural

A discussão insere-se num debate antigo: boicotar regimes autoritários ou usar a cultura como ferramenta de abertura?. O conceito de soft power, popularizado pelo cientista político Joseph Nye, defende que a arte e a cultura podem influenciar positivamente sociedades fechadas.

O músico Sting, por exemplo, já se posicionou neste sentido quando atuou no Uzbequistão em 2009:

“Acredito que boicotes culturais são contraproducentes. Ao isolar, só se torna uma sociedade ainda mais fechada e paranoica.”

Entre política e gargalhadas

No caso de Burr, a escolha está feita: o comediante defende que a experiência foi não só memorável como também uma oportunidade de mostrar o valor da stand-up comedy num país onde, até há pouco tempo, isso seria impensável.

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