LEGO Traz Gizmo de Gremlins Para Casa — Mesmo a Tempo do Halloween! 🎃

Preparem-se, fãs de cinema e colecionadores: o Mogwai mais famoso da história vai ganhar vida em blocos LEGO. Sim, estamos a falar de Gizmo, a adorável criatura de Gremlins (1984), que agora chega ao mercado como uma figura de 1.125 peças, pronta a ser montada e exibida com orgulho na prateleira.

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O novo set faz parte da linha LEGO Ideas, onde fãs de todo o mundo podem propor modelos e ver os seus sonhos tornarem-se realidade. O projeto foi criado pelo designer Terauma e eleito pela comunidade LEGO, antes de receber luz verde oficial da marca.

Mas este não é um Gizmo qualquer: as orelhas, braços, mãos, dedos e pés podem ser ajustados, permitindo recriar expressões e poses diferentes. Para os mais atentos, há ainda acessórios irresistíveis — como o splash de água que se encaixa nas costas (um piscar de olho à clássica regra de que “nunca se deve molhar um Mogwai”) e o mítico par de óculos 3D.

A chegada de Gizmo em versão LEGO não podia ser mais oportuna. Com o lançamento marcado para outubro, a figura promete ser o presente perfeito para o Halloween, especialmente agora que Gremlins 3 foi oficialmente confirmado e aguarda apenas a aprovação final do produtor executivo Steven Spielberg. Zach Galligan, protagonista dos dois primeiros filmes, já veio confirmar o entusiasmo em torno do regresso da saga ao grande ecrã.

Depois dos X-Files e até de um modelo de Godzilla, a LEGO volta a apostar em ícones da cultura pop que atravessam gerações. Mas convenhamos: poucos personagens conseguem derreter corações como Gizmo.

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👉 O set já está disponível em pré-venda e promete ser um sucesso imediato entre fãs de cinema, nostalgia e colecionismo. A pergunta é: será que conseguem resistir a levá-lo para casa?

Veneza: Documentário Revela os Bastidores Tempestuosos de Megalopolis  e o Conflito de Coppola com Shia LaBeouf

Francis Ford Coppola voltou a fazer história em Veneza — mas desta vez não com um épico de ficção, e sim através de um documentário que expõe, em toda a sua intensidade, o processo criativo (e caótico) por detrás de Megalopolis.

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Realizado por Mike Figgis, Megadoc surge como um registo raro e intimista de um cineasta lendário a trabalhar no seu projeto de vida, um retrofuturista drama-parábola sobre a Roma Antiga que Coppola auto-financiou, investindo 120 milhões de dólares após vender parte do seu império vinícola. Mais do que números, o filme de Figgis mostra o realizador a viver e a respirar cinema — seja nos ensaios com os atores, através de jogos experimentais dignos de uma companhia de teatro de vanguarda, ou nos discursos inflamados em que celebra a glória de arriscar tudo pela arte.

Mas nem tudo foi glamour e inspiração. Megadoc não ignora os momentos mais tensos, incluindo a demissão em massa da equipa de efeitos visuais a meio da rodagem e as discussões acesas com Shia LaBeouf, cujo temperamento difícil se tornou quase um personagem secundário da narrativa. Ao lado disso, surgem entrevistas mais serenas com Jon Voight, Aubrey Plaza e Dustin Hoffman, bem como imagens de leituras de guião de 2001, quando Megalopolis quase saiu do papel com Robert De Niro e Uma Thurman.

Há ainda espaço para momentos de ternura, com a presença de Eleanor Coppola — a falecida esposa do realizador, que já tinha sido a cronista oficial do caos em Apocalypse Now através do mítico Hearts of Darkness. A sua aparição no set de Megalopolis dá ao documentário um toque de despedida e memória, lembrando que esta saga pessoal atravessa décadas de vida e carreira.

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O resultado? Mesmo que muitos críticos continuem a considerar Megalopolis um fracasso honroso, Megadoc é já visto como um triunfo. Não apenas pela oportunidade de observar Coppola em pleno ato criativo, mas também pelo retrato humano — vulnerável, conflituoso e obstinado — de um homem que nunca deixou de acreditar que o cinema merece todos os riscos.

The Goonies 2: Quarenta Anos Depois, a Nostalgia Continua a Mexer

Quarenta anos depois de Mikey, Chunk, Mouth e Data se aventurarem pelos túneis de Astoria, parece que a nostalgia ainda não disse adeus. Sim, The Goonies pode estar a caminho de um regresso — e, desta vez, há mesmo um guionista que garante que o barco pirata não se afundou em águas turvas de rumores.

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O escolhido é Potsy Ponciroli, realizador e argumentista que ganhou créditos com o western Old Henry (2021). Em plena promoção do seu novo filme Motor City, no Festival de Veneza, Ponciroli não resistiu a falar sobre o projeto que está a incendiar a imaginação dos fãs: The Goonies 2.

“Eu sei que muitos se perguntam se precisamos de um novo Goonies. Mas eu sou o maior fã do original, é o meu filme preferido de sempre”, confessou. “Nunca faria um ‘remake’. Para mim, era uma história que nunca tinha acabado — por isso, este é o filme que eu quero ver como fã.”

E é aqui que os olhos de qualquer saudosista brilham: Ponciroli garante já ter entregue um primeiro rascunho “muito bem recebido” e que o segundo está praticamente concluído. O entusiasmo é palpável. O problema? Ainda não há realizador nem elenco confirmado — nem sabemos se os sobreviventes da aventura original (Sean Astin, Josh Brolin, Corey Feldman, Martha Plimpton…) regressarão para este novo capítulo.

Mas, sejamos francos: o simples facto de The Goonies estar em desenvolvimento formal na Warner Bros., anunciado em fevereiro, já é mais do que os fãs podiam esperar depois de décadas de boatos e esperanças vãs. E Ponciroli não parece estar apenas a tentar surfar a onda da nostalgia: fala como um verdadeiro miúdo dos anos 80 que nunca esqueceu o mapa do tesouro.

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Se tudo correr bem, o que começou como uma caça a riquezas escondidas pode transformar-se, quatro décadas depois, num tesouro de bilheteira. Afinal, como diziam os próprios Goonies: “Goonies never say die.”

Nem Todos Querem Ser Gatos: Disney Cancela The Aristocats em Versão Live-Action

A Disney anda numa relação complicada com os seus próprios clássicos. Depois de dar vida nova a O Rei LeãoAladinoou A Pequena Sereia, chegou a vez de… cancelar os gatos. É oficial: a versão live-action de The Aristocats, que estaria a ser preparada por Ahmir “Questlove” Thompson, foi arrumada na gaveta.

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Sim, aqueles felinos parisienses que cantavam alegremente que “todo o mundo quer ser gato” afinal não vão miar de novo no grande ecrã. Ou, pelo menos, não tão cedo.

Questlove, conhecido pelo groove com os The Roots e pela sua veia cinéfila, parecia ser a escolha perfeita para reinventar a comédia felina de 1970 com música nova, ritmo urbano e um olhar fresco. Mas, segundo o próprio, as coisas começaram a emperrar com sucessivos adiamentos e “mudanças administrativas” dentro da Disney. À terceira vez que lhe disseram “espera mais um pouco”, o músico teve de aceitar a dura realidade: talvez o filme não fosse para ele.

Entretanto, a Disney vive um verdadeiro carrossel de emoções no que toca a remakes: Snow White anda envolvido em polémicas antes sequer de estrear, Tangled ficou em pausa, mas Lilo & Stitch surpreendeu tudo e todos ao tornar-se o primeiro sucesso bilionário de 2025 e já tem continuação em andamento. O que prova que, na casa do Rato Mickey, uns projetos nascem a cantar e outros morrem antes do primeiro miado.

No meio disto, fica a sensação de oportunidade perdida: The Aristocats sempre foi um dos clássicos mais musicais e divertidos da Disney, com personagens tão excêntricas que até pediam um novo arranjo no século XXI. Mas, pelos vistos, a aventura acabou mesmo em miado curto.

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Resta aos fãs voltarem ao original de 1970, onde a Duquesa, o malandro Thomas O’Malley e os gatinhos Marie, Toulouse e Berlioz continuam eternos, em Technicolor e com swing jazz. No fim de contas, talvez seja melhor assim: afinal, como dizia a canção, “ninguém pode viver sem os gatos” — mas a Disney pode perfeitamente viver sem o remake.

“Springsteen: Deliver Me From Nowhere” emociona Telluride com Jeremy Allen White a dar vida a Bruce Springsteen

O Festival de Telluride recebeu um dos momentos mais aguardados do ano: a estreia mundial de Springsteen: Deliver Me From Nowhere, a cinebiografia que coloca Jeremy Allen White (The Bear) na pele de Bruce Springsteen.

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O próprio “The Boss” marcou presença na sessão, arrancando aplausos entusiásticos de uma plateia composta por cinéfilos de todo o mundo, figuras da indústria e até celebridades como Oprah.


Um retrato íntimo e ousado

Realizado por Scott Cooper (Coração Louco), que também adaptou o argumento, o filme foca-se em momentos menos convencionais da vida e carreira do músico: o confronto com traumas de infância, as batalhas contra a depressão e o equilíbrio entre a energia explosiva em palco e a vulnerabilidade fora dele.

Jeremy Allen White mergulha de corpo e alma na personagem, com interpretações intensas de clássicos como Born to Run. Segundo Cooper, a escolha do ator foi natural:

“Ele tinha duas qualidades que reconheço no Bruce: humildade e ‘swagger’. E não se ensina ‘swagger’ em Juilliard”, disse o realizador.

A química com Odessa Young, que interpreta uma mãe solteira com quem Springsteen vive um romance atribulado, acrescenta uma camada de paixão e turbulência emocional ao retrato do músico.


Elenco de luxo

Além de White e Young, o filme conta com:

  • Jeremy Strong (Succession) como Jon Landau, o histórico manager de Springsteen,
  • Stephen Graham como o pai do músico, em intensos flashbacks,
  • Paul Walter Hauser como o técnico de guitarra Mike Batlan, responsável pelos momentos mais cómicos da narrativa.

Completam o elenco Gaby Hoffmann, David Krumholtz, Marc Maron, Johnny Cannizzaro, Harrison Gilbertson, Chris Jaymes e Matthew Anthony Pellicano (no papel do jovem Bruce).


Springsteen no centro das atenções

Visivelmente emocionado, o próprio Springsteen fez uma breve intervenção antes da sessão, recordando a amizade com Scott Cooper e até brincando com o facto de ter acolhido a família do realizador durante os incêndios de Los Angeles:

“Quero a minha casa de volta”, atirou em tom de humor.

A receção em Telluride foi calorosa, com alguns espectadores a cantar em uníssono durante as cenas musicais. Para muitos, o filme é mais do que uma biografia: é uma carta de amor a uma das vozes mais icónicas da música norte-americana.

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Estreia marcada

Springsteen: Deliver Me From Nowhere chega aos cinemas a 24 de outubro, numa estreia que promete emocionar tanto fãs de longa data como novas gerações que descobrem agora o poder da música e da história de Bruce Springsteen.

Cine Tejo: Benavente estreia festival internacional de curtas-metragens com entrada gratuita

O distrito de Santarém prepara-se para receber um novo evento cinematográfico: a primeira edição do Festival Internacional de Curtas Cine Tejo, que decorrerá de 5 a 7 de setembro, em Benavente e Samora Correia. A entrada será gratuita, reforçando o objetivo da organização de aproximar a comunidade local da sétima arte.

Mais de 60 filmes em exibição

Entre o Cine-Teatro de Benavente e o Centro Cultural de Samora Correia, serão exibidas mais de 60 curtas-metragens, distribuídas por diferentes categorias: ficção, documentário, animação, direitos humanos e animação em contexto escolar.

O festival aposta numa programação diversificada, que inclui obras premiadas e já com carreira internacional. Entre elas:

  • Na hora de pôr a mesa, éramos cinco, de Paulo Oliveira, inspirado num poema de José Luís Peixoto e estreado este ano no Fantasporto.
  • Samba Infinito, de Leonardo Martinelli, apresentado em maio no Festival de Cannes.
  • Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, uma das produções nacionais mais premiadas na categoria de animação.
  • A cada dia que passa, de Emanuel Nevado, e Sequencial, de Bruno Caetano.
  • O pássaro de dentro, de Laura Anahory, que passou por Cannes em 2025, na secção de animação escolar.

Prémios e masterclasses

O Cine Tejo não se limita à exibição: haverá também prémios monetários no valor total de 3.300 euros.

  • Grande Prémio Cine Tejo – 1.000 €
  • Prémio Maria João Bastos – para interpretação feminina
  • Prémio Fernando Galrito – para animação

Os vencedores serão escolhidos por personalidades que dão nome aos galardões, reforçando a ligação do festival a figuras relevantes do cinema português.

A programação inclui ainda três masterclasses com profissionais ligados ao setor. Um dos destaques será a participação de David Mourato, natural de Samora Correia, que trabalha há mais de uma década em animação e integrou a equipa da aclamada série Arcane, da Netflix.


Um festival para a comunidade

Organizado pela Câmara Municipal de Benavente, o Cine Tejo assume-se como um festival anual, com o propósito de revitalizar a paixão pelo cinema nas localidades que o acolhem. Ao abrir portas ao público sem custos, promove-se a cultura e democratiza-se o acesso a obras de qualidade internacional.

A programação completa pode ser consultada em www.cinetejo.pt.

Park Chan-wook regressa a Veneza com No Other Choice

O mestre da vingança e da comédia negra volta a desafiar o público

Vinte anos depois da sua última presença no Festival de Veneza, o realizador sul-coreano Park Chan-wook, autor de Oldboy – Velho Amigo, regressa ao Lido com a estreia mundial de No Other Choice. O novo filme, inspirado no romance The Axe (1997) de Donald E. Westlake, é um thriller social e psicológico sobre um funcionário veterano de uma fábrica de papel que, após ser despedido, decide eliminar potenciais concorrentes na corrida por um novo emprego.

A longa-metragem é uma das 21 obras em competição pelo Leão de Ouro, consolidando o regresso de um cineasta cuja carreira é marcada pela coragem em expor os recantos mais sombrios da natureza humana.

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De Oldboy a Decisão de Partir

Park Chan-wook conquistou fama internacional em 2004, quando Oldboy venceu o Grande Prémio em Cannes. O filme de vingança, violento e estilizado, tornou-se um clássico moderno e abriu caminho para o reconhecimento global do cinema sul-coreano. Quinze anos depois, Bong Joon-ho retomaria essa herança com Parasitas, vencedor da Palma de Ouro e do Óscar de Melhor Filme.

O realizador voltaria a Cannes em 2022, onde venceu o prémio de Melhor Realização com Decisão de Partir, um thriller romântico elogiado pela crítica e que confirmou a sua mestria em misturar géneros aparentemente inconciliáveis.

O mestre da comédia negra

Conhecido pela “Trilogia da Vingança” (Mr. VengeanceOldboy e Vingança Planeada), Park explora nas suas obras temas como violência, desejo, culpa e perdão, sem nunca perder de vista uma certa ironia trágica. Para o cineasta, filmar apenas o que é belo e otimista seria uma forma limitada de compreender os seres humanos:

“Só reconhecendo os desejos mais obscuros de uma pessoa é que se saberá de que são feitos os seres humanos”, afirmou no Festival de Busan, em 2021.

Literário por natureza — é leitor ávido de Zola e Philip Roth — Park transpôs para o cinema obras como Thérèse Raquinem Thirst – Este é o meu sangue… (2009) e Fingersmith em A Criada (2016).

Para lá do cinema

O realizador também deixou marca na televisão internacional, com destaque para a minissérie britânica The Little Drummer Girl, adaptação de John le Carré, e para The Sympathizer, série da HBO lançada em 2024 sobre um espião dividido entre duas lealdades.

No Other Choice: mais um mergulho no abismo humano

Com No Other Choice, Park Chan-wook volta a olhar para as desigualdades sociais e a brutalidade da sobrevivência, colocando em cena um protagonista comum que se vê empurrado para decisões extremas.

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Ao regressar a Veneza depois de duas décadas, Park não traz apenas um novo filme: traz a certeza de que continua a ser uma das vozes mais radicais e inovadoras do cinema mundial.