Pierce Brosnan revisita Londres e recorda memórias antes da estreia de The Thursday Murder Club

Pierce Brosnan, o eterno James Bond para toda uma geração, voltou a passear pelas ruas de Londres onde iniciou a sua carreira de ator — e aproveitou para partilhar histórias curiosas e, muitas vezes, hilariantes. A ocasião não podia ser mais simbólica: está em promoção de The Thursday Murder Club, filme que protagoniza ao lado de Helen Mirren, Ben Kingsley e Celia Imrie, e que já chegou à Netflix.

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Um regresso às origens

Com 72 anos, Brosnan tem casas em Malibu e no Havai, mas guarda uma ligação profunda a Londres, onde estudou no Drama Centre London nos anos 70. Foi lá que, em 1973, armado com um solilóquio de Macbeth, impressionou o professor Christopher Fettes, que se tornaria no seu mentor. “Vir para aqui foi o que fez de mim ator”, disse o irlandês durante a visita ao espaço, hoje transformado em galeria.

Antes disso, já tinha experimentado teatro experimental no Ovalhouse (atual Brixton House), experiência que lhe deu traquejo para encarnar “Red” Ron, o ex-sindicalista que interpreta em The Thursday Murder Club.

De Tennessee Williams a 007

Outra paragem obrigatória foi o Roundhouse, onde em 1977 contracenou com Tennessee Williams em The Red Devil Battery Sign. O dramaturgo chegou a promover Brosnan de substituto a protagonista e enviou-lhe um telegrama caloroso na noite de estreia. “Ele gostava de um copo, claro, mas era um contador de histórias extraordinário”, recorda.

Brosnan também partilhou memórias mais pessoais de quando foi ver Goldfinger em 1964, pouco depois de se ter mudado para Londres e de ter voltado a viver com a mãe. “Foi nesse mesmo mês que Ian Fleming morreu”, comentou com sobrancelhas ao estilo de Roger Moore. O destino só o deixaria assumir o smoking de 007 décadas depois, entre 1995 e 2002, em quatro filmes que lhe garantiram fama mundial — e também algumas dores de cabeça, como Die Another Day.

Um ator que nunca se deixou aprisionar

Apesar de ser grato a James Bond, Brosnan sempre cultivou diversidade: foi elegante em The Thomas Crown Affair, surpreendente em The Matador e até se deixou contagiar pelo espírito pop de Mamma Mia!. É essa versatilidade que lhe permite, hoje, ser credível como um reformado com espírito de detective em The Thursday Murder Club, onde partilha o ecrã com grandes nomes do cinema britânico.

Com humor, deixou também um conselho ao futuro 007: “Seja criativo fora de Bond. E arranje um bom advogado.”

O presente: The Thursday Murder Club

O novo filme adapta o best-seller de Richard Osman e segue um grupo de reformados que se dedicam a resolver casos antigos, até que um novo crime lhes cai no colo. Brosnan encarna Ron, uma personagem que mistura dureza com sensibilidade e que lhe permite regressar ao humor e ao charme que sempre cultivou, mas com o peso da experiência.

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Seja a recordar os dias de estudante, a rir das vezes em que foi barrado por seguranças ou a celebrar a oportunidade de trabalhar novamente com Helen Mirren, Brosnan mostra que, meio século depois de entrar no Drama Centre, continua a ser uma das figuras mais queridas e camaleónicas do cinema.

Chris Columbus revela o arrependimento que ainda o persegue em Harry Potter

Mais de vinte anos depois de ter realizado os dois primeiros filmes da saga Harry Potter, Chris Columbus continua a ser lembrado como o homem que deu forma ao mundo mágico no grande ecrã. Mas nem tudo correu como o cineasta gostaria. Em entrevista à RadioTimes, Columbus confessou que há uma ausência em Harry Potter e a Pedra Filosofal que ainda hoje “o mantém acordado à noite”: a do poltergeist Peeves.

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O fantasma que nunca vimos

Para os leitores dos livros de J. K. Rowling, Peeves é uma das figuras mais caóticas e divertidas de Hogwarts — um espírito travesso que passa o tempo a pregar partidas e a infernizar professores e alunos. Estava planeado para aparecer no primeiro filme, ao ponto de o ator Rik Mayall ter chegado a gravar as suas cenas, que seriam depois completadas com CGI.

Contudo, como explicou Columbus, o filme já se aproximava das três horas de duração, e a personagem acabou por ser cortada. “Ainda me atormenta não ter conseguido pôr Peeves no filme”, revelou o realizador, admitindo que as imagens permanecem guardadas em algum arquivo. Para os fãs, fica a esperança de que um dia esse material perdido possa vir a público.

Outras falhas que o realizador reconhece

Peeves não foi o único detalhe que deixou Columbus insatisfeito. O cineasta revelou também que ficou desapontado com os efeitos visuais das cenas de Quidditch em A Pedra Filosofal, considerando-os pouco convincentes. Ainda assim, reconheceu que a experiência serviu de aprendizagem e acredita que em A Câmara dos Segredos o resultado foi bastante mais satisfatório.

A oportunidade da nova série da HBO

Com a nova série televisiva de Harry Potter, atualmente em preparação pela HBO e com estreia prevista para 2027, abre-se a porta para recuperar personagens e subtramas que ficaram de fora dos filmes. Chris Columbus não esconde a sua “inveja” por não estar envolvido no projeto, mas considera que a adaptação televisiva será a forma mais fiel de honrar os livros, explorando capítulos e personagens que no cinema foram reduzidos ou omitidos.

After the Hunt: Luca Guadagnino explica escolha polémica de créditos à Woody Allen no filme com Julia Roberts

Entre essas personagens, Peeves é apontado como um dos grandes candidatos a finalmente ganhar vida no ecrã, tornando-se um favorito de uma nova geração de fãs.

Star Wars: Starfighter já começou a ser filmado – e Ryan Gosling surge na primeira imagem oficial

O universo de Star Wars prepara-se para abrir um novo capítulo. A Lucasfilm anunciou oficialmente o arranque da rodagem de Star Wars: Starfighter, a primeira grande aventura cinematográfica a explorar a galáxia muito, muito distante após os acontecimentos de The Rise of Skywalker. E, para marcar o momento, foi divulgada a primeira imagem de Ryan Gosling no set, ao lado do jovem ator Flynn Gray, sentado num veículo que faz lembrar o icónico landspeeder.

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Ryan Gosling lidera um elenco de luxo

Nesta nova história, passada cinco anos após o Episódio IX, Gosling interpreta uma personagem inédita, cujo papel ainda está envolto em mistério. O elenco confirma-se como um dos mais fortes dos últimos anos na saga: além de Mia Goth e Matt Smith, já anunciados, juntam-se Amy AdamsAaron Pierre (Rebel Ridge), Simon Bird (The Inbetweeners), Daniel Ings (I Hate Suzie), Jamael Westman (estrela do Hamilton londrino) e o estreante Flynn Gray.

Shawn Levy assume a realização

A realização está nas mãos de Shawn Levy (Deadpool & WolverineFree Guy), que descreveu o arranque da produção como “um sonho tornado realidade”.

Star Wars moldou o meu entendimento do poder das histórias e de como as personagens e os momentos cinematográficos podem ficar connosco para sempre”, disse o cineasta. “Entrar nesta galáxia com colaboradores tão brilhantes é a maior emoção da minha vida.”

O futuro da saga no cinema

Com estreia marcada para 28 de maio de 2027Starfighter inaugura uma nova era para a Lucasfilm, que procura expandir a cronologia para além da saga dos Skywalker. Trata-se de um projeto particularmente aguardado, uma vez que será o primeiro filme da franquia a abordar este período inexplorado.

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O anúncio da rodagem e o vislumbre de Gosling no papel principal já estão a incendiar a curiosidade dos fãs, que aguardam para saber que nova direção a galáxia vai tomar.

After the Hunt: Luca Guadagnino explica escolha polémica de créditos à Woody Allen no filme com Julia Roberts

Luca Guadagnino voltou a estar no centro das atenções no Festival de Veneza com After the Hunt, o seu novo drama psicológico protagonizado por Julia Roberts, Ayo Edebiri e Andrew Garfield. Mas não foi apenas a estreia mundial que gerou conversa: a decisão do realizador italiano de usar créditos de abertura inspirados no estilo dos filmes de Woody Allen levantou sobrancelhas — e Guadagnino não fugiu ao tema.

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Durante a conferência de imprensa, o cineasta explicou que a opção estética não foi inocente. Segundo o próprio, a estrutura de After the Hunt remete diretamente para obras de Allen entre 1985 e 1991, como Crimes and Misdemeanorsou Another Woman. “Quando começámos a trabalhar no filme, não conseguíamos deixar de pensar nessas obras. Havia uma ligação estrutural àquele universo narrativo”, revelou Guadagnino.

No entanto, o paralelismo ganha outro peso porque After the Hunt aborda precisamente questões de assédio, abuso e poder, temas centrais do movimento #MeToo, enquanto Allen continua a ser uma figura envolta em polémicas relacionadas com acusações de má conduta. Guadagnino admitiu ter consciência dessa camada extra:

“Foi também uma forma de refletir sobre a nossa responsabilidade em olhar para o trabalho de artistas que amamos, mas que enfrentam acusações ou questões sérias na sua vida pessoal.”

Julia Roberts no centro de um dilema moral

O filme segue Alma Imhoff (Roberts), uma professora universitária que vê a sua carreira e vida pessoal abaladas quando uma aluna (Edebiri) acusa um colega (Garfield) de agressão. Ao mesmo tempo, um segredo sombrio do passado de Alma ameaça vir à tona. A narrativa mergulha no confronto entre diferentes versões da verdade e no modo como poder e reputação moldam relações humanas.

Guadagnino contou ter ficado “impressionado” com o argumento de Nora Garrett, sublinhando que a história chegou até si no momento certo:

“Andava a refletir sobre a luta pelo poder: porque o queremos, porque o retiramos a outros, o que significa realmente tê-lo nas mãos.”

A estreia e o peso da polémica

After the Hunt estreou-se em Veneza no dia 29 de agosto, em exibição no Sala Grande, e chegará às salas norte-americanas a 17 de outubro, através da Amazon MGM Studios. O elenco conta ainda com Chloë Sevigny, reforçando o estatuto de filme-evento da temporada.

Embora Guadagnino insista que a escolha dos créditos é também um gesto de apreço estético — “É um clássico, uma fonte que vai para além de Woody Allen”, frisou —, a decisão abre o debate sobre como o cinema deve dialogar com a obra de artistas controversos.

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Com uma história que mistura dilemas éticos, segredos perturbadores e disputas de poder, After the Hunt promete ser um dos títulos mais falados deste outono — tanto pelo que acontece no ecrã como pelas conversas que desperta fora dele.

Lilo & Stitch regressa em versão live-action: a amizade improvável que conquistou o mundo chega ao Disney+

Há encontros que mudam vidas – e há filmes que mudam gerações. Em 2002, a Disney apresentou ao mundo Lilo & Stitch, uma animação que, sem príncipes nem princesas, conseguiu conquistar o coração de milhões com uma história de amizade, diferença e família. Agora, mais de duas décadas depois, essa mesma magia ganha nova vida com uma versão live-action que estreia no Disney+ a 3 de setembro de 2025.

Um clássico reinventado

A nova versão é realizada por Dean Fleischer Camp, nome aclamado pelo surpreendente Marcel the Shell with Shoes On(2021), o que desde logo promete um olhar mais delicado e sensível para esta aventura havaiana. No elenco, destacam-se Zach Galifianakis, conhecido pelo humor excêntrico de A Ressaca, e *Courtney B. Vance, ator consagrado que traz peso dramático à narrativa.

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Se a história original já era inesquecível, este regresso aposta em recriar – com tecnologia de ponta e uma dose de emoção em carne e osso – a ligação improvável entre Lilo, uma rapariga havaiana de espírito rebelde e coração enorme, e Stitch, uma criatura alienígena criada para ser uma máquina de destruição, mas que acaba por descobrir o significado de família.

‘Ohana’: a palavra que ficou para sempre

Mais do que um buddy movie improvável, Lilo & Stitch tornou-se um fenómeno cultural por abordar temas raramente tratados em filmes infantis: a perda, a solidão, a diferença, mas também a noção de comunidade. Quem não se lembra da frase que se tornou mantra para tantos espectadores?

“Ohana significa família. Família significa nunca abandonar ou esquecer.”

É essa essência que a nova versão live-action promete resgatar, sem esquecer a energia vibrante do Havai, a herança cultural e, claro, o humor caótico de Stitch, que continua a ser um dos personagens mais carismáticos e adorados da Disney.

O desafio do live-action

A Disney tem apostado nos últimos anos em reinventar os seus clássicos através do live-action. Nem sempre estas adaptações escaparam à polémica – há quem as veja como uma oportunidade de revisitar mundos mágicos, e quem lamente o excesso de reciclagem em detrimento de novas histórias.

No caso de Lilo & Stitch, porém, a expetativa é particularmente alta: trata-se de um dos títulos mais queridos da era pós-Renascimento da Disney e que, pela sua carga emocional e pela atualidade da sua mensagem, pode ganhar nova relevância numa época em que o cinema familiar procura equilibrar espetáculo com autenticidade.

Uma estreia que marca um aniversário

A chegada de Lilo & Stitch ao Disney+ não podia ser mais simbólica: acontece no mesmo mês em que a plataforma celebra 5 anos em Portugal. É, portanto, um momento que combina celebração, nostalgia e renovação – um presente para quem cresceu a ouvir Elvis Presley nas aventuras da pequena Lilo e um convite para que novas gerações conheçam esta história que continua a emocionar.

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🔹 Lilo & Stitch estreia a 3 de setembro de 2025 em exclusivo no Disney+.

🔹 Realização: Dean Fleischer Camp

🔹 Elenco: Zach Galifianakis, Courtney B. Vance e mais surpresas a revelar

“Bugonia”: Emma Stone e Yorgos Lanthimos voltam a chocar (e a fascinar) Veneza

Emma Stone voltou a dar que falar na 82.ª edição do Festival de Veneza com Bugonia, o novo filme de Yorgos Lanthimos que mistura thriller de rapto, ficção científica e sátira social. A atriz norte-americana interpreta Michelle Fuller, uma poderosa CEO farmacêutica que é raptada por dois homens convencidos de que ela… é uma extraterrestre.

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O filme, que marca a quarta colaboração entre Stone e Lanthimos — depois de The FavouritePoor Things e Kinds of Kindness — está a ser descrito pela crítica como um verdadeiro “choque de géneros”: ao mesmo tempo suspense, paranoia, comédia negra e comentário político.

Raptores, alienígenas e eco chambers

Na história, Michelle (Stone) é sequestrada por Teddy (Jesse Plemons, nomeado ao Óscar por The Power of the Dog) e Don (Aidan Delbis). Teddy acredita que a executiva é culpada pela doença da mãe e pelo colapso das abelhas, e que a sua captura pode salvar a humanidade. O resultado é um duelo psicológico intenso, passado em grande parte na cave de Teddy, onde a CEO e o raptor entram num jogo de manipulação e poder.

Lanthimos, conhecido por explorar o absurdo nas relações humanas, aproveita a trama para mergulhar no impacto das teorias da conspiração e das bolhas digitais. “Não muito da distopia do filme é ficção. É um reflexo dos nossos tempos”, explicou o realizador em Veneza.

Emma Stone de cabeça rapada e Jesse Plemons em estado bruto

Para o papel, Stone submeteu-se a uma transformação radical: a sua personagem é obrigada a rapar o cabelo pelos sequestradores. “Foi a coisa mais fácil do mundo: só precisas de uma máquina”, ironizou a atriz, que também admitiu acreditar na possibilidade de vida extraterrestre, citando Carl Sagan como influência.

Já Jesse Plemons trouxe profundidade ao perturbado Teddy, que, entre papel de vilão e mártir, encarna o perigo de reduzir pessoas traumatizadas a caricaturas. “Ele é um torturado que só quer ajudar, por mais louco que pareça”, afirmou o ator.

Da Coreia para Veneza

Bugonia é um remake livre do filme sul-coreano Save the Green Planet! (2003), mas Lanthimos imprime-lhe a sua marca pessoal: diálogos desconfortáveis, humor ácido e violência estilizada.

A crítica dividiu-se, mas quase todos concordaram num ponto: a performance de Emma Stone é magnética. O Hollywood Reporter chamou ao filme “um turbilhão de géneros, suspense e humor sombrio”, enquanto o Telegraph lhe atribuiu cinco estrelas pela forma como Lanthimos equilibra o grotesco com o cómico.

Um espelho do presente

Longe de ser apenas um exercício de ficção distópica, Lanthimos garante que Bugonia é um alerta. “Humanidade está a enfrentar um acerto de contas. Se não escolhermos o caminho certo, não sei quanto tempo temos”, disse, referindo-se à guerra, à tecnologia e à nossa crescente indiferença.

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Seja pela sua crítica social, pelo humor negro ou pela coragem dos seus protagonistas, Bugonia já é um dos filmes mais discutidos de Veneza — e confirma que a dupla Lanthimos/Stone continua a ser uma das mais desafiantes e imprevisíveis do cinema atual.

“The Walking Dead: Daryl Dixon” regressa em setembro com a sua terceira temporada

Os fãs do universo The Walking Dead já têm data marcada para regressar ao caos do apocalipse. A terceira temporada de The Walking Dead: Daryl Dixon estreia-se em Portugal a 8 de setembro, em exclusivo no AMC SELEKT, apenas um dia depois da estreia nos Estados Unidos.

A nova temporada será composta por sete episódios de sessenta minutos, lançados semanalmente na plataforma, e volta a reunir no centro da narrativa dois dos sobreviventes mais icónicos da saga: Daryl Dixon (Norman Reedus) e Carol Peletier (Melissa McBride).

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Uma jornada cada vez mais distante de casa

Depois de se separarem dos seus entes queridos, Daryl e Carol continuam a sua perigosa travessia pela Europa, enfrentando cenários hostis, comunidades devastadas e diferentes formas de adaptação ao colapso da civilização. Segundo a sinopse oficial, a viagem do duo acabará por os afastar ainda mais do seu objetivo inicial: regressar a casa. Pelo caminho, testemunharão “os diversos efeitos do apocalipse dos caminhantes”, confrontando novos inimigos e dilemas.

Espanha no coração do apocalipse

À semelhança das temporadas anteriores, a série foi rodada em Espanha, tornando-se também uma montra para alguns dos seus talentos. O elenco conta com nomes como Eduardo NoriegaÓscar Jaenada e Alexandra Masangkay, além de Candela Saitta, Hugo Arbués, Greta Fernández, Gonzalo Bouza, Hada Nieto, Yassmine Othman, Cuco Usín e Stephen Merchant.

O universo “The Walking Dead” continua a expandir-se

Produzida por Scott M. Gimple, esta terceira temporada reforça a aposta da AMC no prolongamento do universo criado a partir da série-mãe. Depois de spin-offs como Fear the Walking Dead ou The Walking Dead: Dead City, a jornada de Daryl Dixon assumiu-se como uma das mais bem recebidas pela crítica e pelos fãs, sobretudo pela sua atmosfera mais sombria e pela profundidade dada à relação com Carol, que se mantém como um dos pilares emocionais da franquia.

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Com estreia marcada já para setembro, resta saber até onde Daryl e Carol conseguirão ir na sua luta pela sobrevivência — e se alguma vez regressarão a casa.

John Williams surpreende: “Nunca gostei muito de música de cinema”

É impossível imaginar a história do cinema sem as notas de John Williams. Do suspense inconfundível de Tubarão ao tema épico de Star Wars, passando pela magia de Harry Potter e pelas aventuras de Indiana Jones, a sua música moldou a memória coletiva de gerações de espectadores. Aos 93 anos, o compositor soma mais de 100 bandas sonoras, cinco Óscares e o título de pessoa viva mais nomeada da história da Academia (54 vezes). Ainda assim, o mestre tem uma visão desconcertante sobre o seu próprio legado: “Nunca gostei muito de música de cinema”, confessou.

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A revelação surge numa nova biografia escrita por Tim Greiving, que se mostrou “chocado” com a sinceridade do compositor. Williams descreveu a música de cinema como “efémera” e “fragmentária”, considerando que só raramente atinge uma verdadeira grandeza. Para ele, muitas das bandas sonoras mais aclamadas não passam de “um trabalho” — frases que surpreendem ainda mais quando vêm do homem que revolucionou a própria ideia do que uma banda sonora pode ser.

Ainda assim, Greiving alerta para não levar as palavras demasiado à letra. Williams pode desvalorizar o género, mas a sua carreira prova o contrário: a forma meticulosa como compôs para E.T.A Lista de Schindler ou Star Wars mostra que encarou o cinema com a mesma seriedade e exigência de um compositor de música clássica. Como nota o biógrafo, Williams “elevou a música de cinema a uma forma de alta cultura”.

O compositor também refletiu sobre o que faria de forma diferente se pudesse recomeçar: gostaria de ter unificado melhor a sua música de concerto e a música para cinema, tornando-as mais “suas”. Mas admite que, na altura, a composição para filmes era, sobretudo, uma oportunidade de trabalho — uma visão pragmática que contrasta com a reverência dos críticos e do público.

Há, no entanto, um espaço onde Williams não esconde entusiasmo: a sua colaboração de meio século com Steven Spielberg. Desde Tubarão (1975), apenas três filmes do realizador não contaram com a sua música. Williams descreve Spielberg como um parceiro criativo com formação musical rara entre cineastas, alguém que sabia ouvir e compreender a música como parte integrante da narrativa.

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Seja visto como trabalho “funcional” ou como arte sublime, a verdade é que John Williams definiu a identidade sonora de Hollywood como poucos antes dele. As suas partituras são mais do que acompanhamento: são personagens invisíveis que respiram dentro das histórias. E mesmo que o próprio prefira desvalorizar, para o cinema será sempre impossível ouvir aquelas primeiras notas de Star Wars sem sentir que estamos diante de algo maior que a vida.

Daniela Melchior junta-se ao Pai Natal mais letal do cinema em “Noite Violenta 2”

A carreira internacional de Daniela Melchior continua a somar capítulos de peso em Hollywood. A atriz portuguesa, que já brilhou em títulos como O Esquadrão Suicida (2021), Marlowe: O Caso da Loira Misteriosa (2022), Velocidade Furiosa X (2023) e Road House (2024), foi agora confirmada no elenco de “Noite Violenta 2” (Violent Night 2), a sequela da comédia de ação natalícia que conquistou o público em 2022.

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O filme volta a ter David Harbour (Stranger ThingsViúva Negra) como protagonista, retomando a sua versão inesperadamente brutal do Pai Natal. A primeira aventura mostrou um Nicolau nada santo, capaz de enfrentar uma equipa de mercenários para salvar uma família rica na véspera de Natal — um conceito que misturava espírito natalício com sangue e pancadaria, e que rapidamente se tornou um sucesso de culto nas salas de cinema.

Desta vez, Melchior junta-se ao elenco ao lado de Kristen Bell, que vive um momento de grande popularidade com a série da Netflix Ninguém Quer Isto. A realização volta a estar nas mãos do norueguês Tommy Wirkola, responsável por filmes como Hansel e Gretel: Caçadores de Bruxas e a saga Dead Snow (Os Mortos-Vivos Nazis), conhecido pela sua mistura de humor negro, ação descontrolada e violência estilizada.

Ainda não foram revelados detalhes sobre a nova história, mas as expetativas são elevadas: poderá o segundo filme repetir o equilíbrio improvável entre sátira natalícia e ação hardcore que fez do original um êxito-surpresa?

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Com estreia marcada para dezembro de 2026Noite Violenta 2 promete ser um dos títulos mais curiosos da temporada natalícia de Hollywood. Para Daniela Melchior, é mais uma oportunidade de cimentar a sua posição como uma das atrizes portuguesas mais requisitadas no panorama internacional.

Valter Hugo Mãe no grande ecrã: São Paulo celebra o escritor português com cinema e arte

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, um dos mais prestigiados festivais da América Latina, vai dedicar em 2025 uma homenagem especial a Valter Hugo Mãe, figura maior da literatura portuguesa contemporânea. O autor será celebrado não apenas pelas palavras, mas também pela sua ligação ao cinema e às artes visuais, com um programa que inclui um documentário, uma adaptação literária e até o cartaz oficial da 49.ª edição do festival, que decorre entre 16 e 30 de outubro.

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No centro desta homenagem estará a exibição de “De Lugar Nenhum”, documentário de Miguel Gonçalves Mendes que acompanha o processo criativo de Valter Hugo Mãe na escrita de A Desumanização. Rodado em Portugal, Islândia, Colômbia, Brasil e Macau, o filme integra o vasto projeto do realizador intitulado O Sentido da Vida, um conjunto de nove longas-metragens que se entrelaçam no tempo e no espaço. Este será o primeiro a chegar ao público e promete revelar, com intimidade e rigor, as obsessões e rituais criativos do escritor.

Mas o grande acontecimento cinematográfico será a antestreia de “O Filho de Mil Homens”, primeira adaptação de uma obra de Valter Hugo Mãe ao cinema. O romance homónimo ganha vida pelas mãos de Daniel Rezende, realizador brasileiro conhecido por Bingo: O Rei das Manhãs (2017), e terá como protagonista Rodrigo Santoro, um dos atores brasileiros mais internacionais. Produzido pela Netflix, o filme deverá estrear ainda este ano na plataforma, após a passagem pela mostra paulista.

Além do ecrã, Valter Hugo Mãe estará presente no próprio rosto do festival: foi escolhido para assinar o cartaz oficial da 49.ª edição. A diretora da Mostra, Renata de Almeida, sublinha que o traço visual do autor “dialoga com o que escreve: detalhista, cheio de repetições gráficas, obsessões e gestos quase caligráficos que lembram a sua cadência textual”.

Esta celebração surge num momento em que Valter Hugo Mãe está em grande destaque no Brasil. Nos últimos meses participou em vários encontros literários — da FLIP, em Paraty, ao FLISampa, em São Paulo — e viu ser lançado no mercado brasileiro o livro Educação da Tristeza. Chegou mesmo a ser recebido pelo presidente Lula da Silva, sinal da relevância cultural que lhe é atribuída no país.

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Entre palavras, imagens e cinema, a homenagem da Mostra de São Paulo confirma o estatuto de Valter Hugo Mãe como um dos grandes criadores portugueses do nosso tempo — um autor cuja voz transcende fronteiras e linguagens artísticas.

“Vingadores: Doomsday”: rumores de egos e conflitos no set aumentam pressão sobre o regresso da Marvel

O Universo Cinematográfico da Marvel (MCU) atravessa um momento de viragem e, inevitavelmente, de enorme pressão. A superprodução “Vingadores: Doomsday”, que já está em rodagem entre Londres e o Bahrain, é encarada como a oportunidade para devolver ao estúdio o brilho dos tempos de Endgame (2019). Mas, entre atrasos, rumores de conflitos e egos a colidirem no set, a internet já transformou os bastidores num autêntico espetáculo paralelo.

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O rumor mais viral das últimas semanas? Uma alegada zanga entre Robert Downey Jr. e Ryan Reynolds. O primeiro está oficialmente confirmado no elenco, regressando ao MCU numa reviravolta inesperada — não como Tony Stark/Homem de Ferro, mas como o vilão Doutor Destino. O segundo, Deadpool de serviço, nem sequer está confirmado, mas a especulação disparou depois de partilhar nas redes sociais um logotipo dos Vingadores rabiscado a vermelho, cor associada à sua personagem.

A história ganhou força quando o The Hot Mic Podcast, de Jeff Sneider, sugeriu que a produção tinha sido prolongada porque Downey Jr. não aprovou os duplos usados no fato do Doutor Destino, exigindo refilmagens com ele próprio. Sneider descreveu ainda o ambiente da rodagem como “disfuncional” e comparável ao de Velocidade Furiosa, célebre pelos desentendimentos entre Vin Diesel e Dwayne Johnson.

Dias depois, o também jornalista John Rocha revelou que houve, de facto, um confronto entre dois atores “bastante conhecidos”, motivado por uma piada mal recebida. A situação terá escalado a ponto de a Marvel considerar filmar as cenas em separado — o que aumentaria os custos em milhões de dólares. Mas uma mediação entre os envolvidos resolveu a tensão, com pedidos de desculpa incluídos, e o plano de rodagem seguiu em frente.

Ainda assim, os fãs transformaram-se em detetives: todas as pistas apontariam para Downey Jr. e… Reynolds. A especulação atingiu tamanha proporção que uma fonte oficial recorreu à People para desmentir: “Não há nenhum ressentimento. Os dois nunca se conheceram pessoalmente.”

Seja mito ou verdade, o episódio mostra a enorme pressão que rodeia “Doomsday”. Realizado novamente pelos irmãos Russo, responsáveis por alguns dos capítulos mais celebrados do MCU (O Soldado do InvernoGuerra InfinitaEndgame), o filme junta uma autêntica constelação de estrelas: Chris Hemsworth, Pedro Pascal, Vanessa Kirby, Paul Rudd, Letitia Wright, Florence Pugh, Tom Hiddleston, Patrick Stewart, Ian McKellen, Rebecca Romijn, James Marsden e Channing Tatum, entre muitos outros.

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Com estreia marcada para 17 de dezembro de 2026, e a sequela Avengers: Secret Wars já apontada para dezembro de 2027, o peso do futuro da Marvel parece condensar-se nestas duas produções. Para já, os rumores só alimentam o hype. Mas se os Vingadores querem salvar o mundo (e o próprio MCU), terão primeiro de sobreviver aos seus próprios bastidores.

“A Solidão dos Lagartos”: curta portuguesa ruma a San Sebastián e leva o Algarve para o centro do cinema europeu

O cinema português volta a marcar presença no prestigiado Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, e desta vez com um olhar vindo do sul. A Solidão dos Lagartos, curta-metragem da realizadora Inês Nunes, foi selecionada para a secção Nest, dedicada a filmes de estudantes de cinema, e que tem revelado ao mundo alguns dos mais promissores talentos emergentes.

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Filmada em 2022 e já exibida em Cannes, a curta transporta-nos para um spa rodeado de montanhas de sal no Algarve. Entre os turistas que procuram o lazer, os salineiros que trabalham incansavelmente e as crianças que correm em liberdade, ergue-se um microcosmos onde o quotidiano se mistura com o onírico. À medida que a noite cai, o espaço transforma-se num cenário de desejos ocultos e de encontros inesperados, evocando um ambiente simultaneamente real e misterioso.

Nascida em Tavira, Inês Nunes estudou Realização na Escola Superior de Teatro e Cinema e recebeu uma bolsa da Fundação Calouste Gulbenkian que a levou a aprofundar a sua formação na Elías Querejeta Zine Eskola, em San Sebastián. Foi nesse percurso académico que a ideia inicial do filme ganhou corpo, inspirada pelas salinas de Castro Marim e pelo spa Salino Água Mãe. A cineasta descreve o local como um espelho do Algarve contemporâneo: “um ponto de vista sobre a região, onde convivem o turismo, o lazer, o trabalho e as responsabilidades”.

Mas A Solidão dos Lagartos não vai a San Sebastián sozinha. O festival, que decorre de 19 a 27 de setembro, contará ainda com a presença de outros nomes portugueses. A secção Zabaltegi-Tabakalera abre com a coprodução Una Película de Miedo, do brasileiro Sergio Oksman, enquanto André Silva Santos leva a sua primeira longa, Sol Menor, depois de conquistar o prémio de Melhor Filme Português no Curtas de Vila do Conde. Já Paula Tomás Marquesregressa ao certame com Duas Vezes João Liberada, depois de ter vencido anteriormente o prémio Nest com Em Caso de Fogo.

Na secção Made in Spain, Portugal volta a estar representado com Uma Quinta Portuguesa e San Simón, confirmando o lugar de destaque que o cinema nacional continua a conquistar no panorama internacional.

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Com o seu olhar poético sobre o Algarve e a capacidade de cruzar paisagem, memória e transformação social, Inês Nunes junta-se assim à nova geração de realizadores que estão a levar o cinema português a percorrer o mundo