Pedro Costa em Foco no Japão: Tóquio Dedica Grande Exposição ao Realizador Português 🎥🇯🇵


“Innervisions” celebra 25 anos de cinema, fotografia e instalações de um dos nomes maiores do cinema de autor contemporâneo

O cinema português continua a conquistar admiradores nos quatro cantos do mundo — e o Japão não é exceção. O Museu de Arte Fotográfica de Tóquio inaugura a 28 de Agosto uma exposição dedicada ao universo estético e poético de Pedro Costa, um dos mais aclamados realizadores do cinema de autor europeu. Intitulada “Innervisions”, a mostra ficará patente até 7 de Dezembro e é uma verdadeira homenagem à obra do cineasta português nos últimos 25 anos.

ver também : “Chá Preto”: O Romance Que Se Serve Quente na Nova Jóia de Abderrahmane Sissako ☕💔

Stevie Wonder como ponto de partida

O título da exposição não surge por acaso: Innervisions remete para o álbum homónimo de Stevie Wonder, lançado em 1973, e que, segundo o museu, foi uma influência marcante para Pedro Costa durante a adolescência.

“O espírito deste álbum, que sabe equilibrar a mais genial música moderna popular com o comentário social, ressoou profundamente com a práxis cinematográfica de Costa”, pode ler-se na descrição da exposição.

Tal como a música de Wonder, também o cinema de Pedro Costa mergulha em zonas profundas da condição humana, equilibrando a contemplação estética com uma clara consciência social.

Um universo singular em exposição

A mostra “Innervisions” inclui não só excertos dos filmes de Pedro Costa, mas também instalações, fotografias e materiais inéditos, num mergulho sensorial no seu universo criativo. Estarão em destaque as personagens, lugares e ambientes que marcaram a sua obra — com especial destaque para a Fontainhas, bairro lisboeta que o realizador eternizou com uma sensibilidade única.

Simultaneamente, a sala de cinema do museu exibirá filmes selecionados pelo próprio Pedro Costa, assim como uma retrospetiva integral da sua filmografia, que tem sido redescoberta por novas gerações em todo o mundo.

Portugal no grande ecrã japonês

Em antecipação à exposição, algumas das principais salas de cinema do Japão — em Tóquio, Osaka, Nagoya e Kyoto — começaram já a exibir versões restauradas de “O Sangue” (1989), “Casa de Lava” (1994) e “Ossos” (1997). Obras que mostram o percurso singular de um autor que nunca abdicou da sua linguagem própria, entre o realismo e o onírico.

Pedro Costa, nascido em Lisboa em 1959, é um cineasta profundamente ligado às margens, não só sociais, mas também estéticas. Formado na Escola Superior de Teatro e Cinema, começou por trabalhar como assistente de Jorge Silva Melo e João Botelho, antes de assinar obras que hoje figuram entre os grandes marcos do cinema europeu contemporâneo, como Vitalina Varela (vencedor do Leopardo de Ouro em Locarno), Juventude em Marcha ou Ne Change Rien.

Um autor português de culto… em ascensão mundial

Com exibições e retrospectivas em museus de referência como o Centro Pompidou (França) ou o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Pedro Costa tem vindo a expandir o alcance do seu trabalho muito para além do circuito cinematográfico tradicional. Innervisions, no Japão, representa mais um passo na consolidação internacional de um autor que, com voz própria e estética rigorosa, continua a emocionar e a desafiar públicos um pouco por todo o mundo.

ver também: George Clooney em Espiral Existencial no Primeiro Teaser de Jay Kelly , da Netflix 🎬

“Chá Preto”: O Romance Que Se Serve Quente na Nova Jóia de Abderrahmane Sissako ☕💔

Estreia no Filmin o novo filme do realizador nomeado ao Óscar, um drama sensorial sobre amor, cultura e… bules de chá?

Preparem a chaleira e deixem o coração ferver: Chá Preto (Black Tea, no original) acaba de estrear no catálogo da Filmin e promete ser uma das experiências cinematográficas mais aromáticas do ano. Realizado por Abderrahmane Sissako, o cineasta mauritano nomeado ao Óscar por Timbuktu, este novo trabalho é um convite a saborear o amor com a delicadeza de um ritual ancestral.

ver também : HIM: Jordan Produz Novo Filme de Terror Sobre Fama, Obsessão e… Futebol Americano? 🏈👁️‍🗨️

Mas não se deixem enganar pela doçura do título — este Chá Preto vem carregado de notas fortes: desejo, identidade, pertença e escolhas difíceis. Tudo servido com a sensibilidade poética a que Sissako já nos habituou.

Amor (quase) proibido entre porcelana e tradição

O filme conta a história de Aya, uma mulher da Costa do Marfim que rompe com o seu casamento arranjado e viaja para a cidade chinesa de Guangzhou. Ali, começa a trabalhar numa loja de chá pertencente a Cai, um homem reservado e solitário. O que se segue é uma delicada dança de aproximação, num espaço onde a tradição chinesa e a herança africana se encontram — entre bules, infusões e silêncios carregados de significado.

Sissako usa o universo do chá como metáfora visual e sensorial para explorar o amor, a migração e o confronto (ou fusão) entre culturas. O romance entre Aya e Cai desenvolve-se lentamente, com a mesma paciência com que se prepara um bom chá — e com a mesma intensidade no sabor final.

Um filme que se vê com os sentidos

Visualmente deslumbrante, com uma paleta quente e uma mise-en-scène cuidada, Chá Preto é cinema que apela aos sentidos. Cada cena parece pensada para nos fazer sentir o aroma da infusão, o calor das mãos em redor da chávena, o peso da memória e do desejo.

É também um filme sobre escuta — entre pessoas, entre culturas, entre silêncios. Com interpretações contidas mas profundamente humanas, Sissako cria um universo onde os gestos mais pequenos carregam a força de uma revolução interior.

Entre o realismo e a fábula

Apesar do seu enraizamento em temas sociais reais — migração, racismo, solidão — Chá Preto nunca se torna panfletário. Antes, aproxima-se da fábula, sem nunca perder a ligação à realidade. Como em Timbuktu, há uma elegância na forma como o realizador filma a dor e a beleza do mundo.

É um romance, sim. Mas também é um filme sobre resistência, escolhas e encontros improváveis. Um lembrete de que o amor pode nascer mesmo nos lugares mais inesperados — como uma loja de chá, numa cidade onde ninguém parece falar a mesma língua.

Uma estreia discreta, um impacto profundo

A estreia discreta em plataformas como o Filmin não deve enganar ninguém: Chá Preto é um dos grandes filmes do ano. Uma obra que merece ser descoberta com tempo, atenção e um coração aberto. E, claro, com uma chávena de chá na mão.

ver também : Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

HIM: Jordan Produz Novo Filme de Terror Sobre Fama, Obsessão e… Futebol Americano? 🏈👁️‍🗨️

Marlon Wayans surpreende num papel sombrio e Tyriq Withers protagoniza esta história arrepiante sobre ídolos e identidade

O terror psicológico está de volta, com a marca inconfundível de Jordan Peele. O produtor de Get Out e Us junta-se agora ao realizador Justin Tipping para nos trazer HIM, um arrepiante thriller de amadurecimento que explora os perigos da fama, da adoração cega e da pressão para atingir a perfeição. O trailer oficial foi finalmente revelado, e a estreia nos cinemas está marcada para 19 de Setembro de 2025.

ver também : George Clooney em Espiral Existencial no Primeiro Teaser de Jay Kelly , da Netflix 🎬

Quando o teu ídolo se transforma no teu pesadelo

HIM segue a história de Cameron Cade (Tyriq Withers), uma estrela em ascensão do futebol americano universitário, cujo mundo desaba após sofrer uma lesão cerebral potencialmente terminal, provocada por um fã descontrolado na véspera da grande avaliação para a liga profissional.

Quando tudo parece perdido, Cam é salvo por ninguém menos que o seu herói: Isaiah White (Marlon Wayans), lendário quarterback com oito campeonatos no currículo e estatuto de superestrela cultural. Isaiah convida o jovem para treinar na sua luxuosa e isolada propriedade, onde vive com a sua mulher, a influencer Elsie White (interpretada por Julia Fox, de Uncut Gems).

Mas o que começa como um treino de superação transforma-se rapidamente num pesadelo psicológico. A figura carismática de Isaiah vai revelando camadas cada vez mais inquietantes, e Cam vê-se arrastado para um labirinto de manipulação, controlo e perda de identidade — onde o preço do sucesso poderá ser a sua própria sanidade.

Entre o desporto e o culto: um horror moderno

Com produção da prestigiada Monkeypaw Productions e uma estética que promete tanto intensidade visual como profundidade temática, HIM posiciona-se como mais do que um simples filme de terror. É uma análise da obsessão pelo sucesso, da cultura das celebridades e da fragilidade da masculinidade moderna sob os holofotes.

A presença de Marlon Wayans, conhecido pelas suas comédias, num papel sombrio e enigmático, é uma das maiores surpresas do elenco. Tyriq Withers, por sua vez, tem aqui a oportunidade de brilhar num papel exigente e intenso.

O elenco de apoio inclui ainda nomes inesperados como Tim HeideckerJim Jefferies, o lutador de MMA Maurice Greene, o rapper Guapdad 4000 e a artista Tierra Whack, nomeada para os Grammys — um conjunto que promete eclecticismo e originalidade.

Jordan Peele continua a redefinir o terror moderno

Sempre que o nome de Jordan Peele aparece associado a um projecto, há expectativas elevadas. O realizador e produtor já provou que o género do terror pode servir como ferramenta para críticas sociais mordazes e inquietantes. Com HIM, parece estar novamente a apontar os holofotes para o lado mais sombrio da fama e da obsessão por ídolos — desta vez com um pano de fundo desportivo.

ver também : A Nova “War of the Worlds” com Ice Cube Está a Ser Destruída… Mas Não Pelos Aliens 👽🔥

O trailer promete tensão crescente, uma atmosfera carregada e uma narrativa perturbadora sobre o que acontece quando confundimos inspiração com idolatria.

George Clooney em Espiral Existencial no Primeiro Teaser de Jay Kelly , da Netflix 🎬

Realizado por Noah Baumbach, o filme junta Clooney a Adam Sandler numa viagem melancólica pela fama e identidade

George Clooney está em crise. Mas uma crise daquelas que promete dar cinema da melhor qualidade. Jay Kelly, o novo filme de Noah Baumbach para a Netflix, acaba de ganhar o seu primeiro teaser — e as imagens reveladas são suficientes para percebermos que este não será apenas mais um drama sobre celebridades. Estamos perante uma meditação cinematográfica sobre identidade, fama e o eterno dilema entre quem somos e quem mostramos ser.

ver também : A Nova “War of the Worlds” com Ice Cube Está a Ser Destruída… Mas Não Pelos Aliens 👽🔥

Clooney como nunca o vimos, Sandler em modo sério (de novo)

A trama centra-se em Jay Kelly (George Clooney), um actor veterano cuja carreira vive dias de turbulência emocional. Ao seu lado está Ron (Adam Sandler), o seu manager incansavelmente leal, que o acompanha numa viagem atribulada pela Europa. Ao longo do percurso, ambos vão sendo confrontados com os fantasmas das suas escolhas e com a natureza ambígua das suas identidades.

Laura Dern também integra o elenco, reforçando ainda mais o peso dramático de um filme que promete ser um dos grandes acontecimentos cinematográficos do final de 2025.

Uma frase, um murro no estômago

O teaser, curto mas impactante, oferece uma das linhas mais memoráveis dos últimos tempos. Numa conversa com uma jovem crítica, Jay é confrontado com a pergunta:

“O que responde às pessoas que dizem que só interpreta a si próprio?”

A resposta de Clooney, pausada e certeira:

“Sabes o quão difícil é seres tu mesmo? Tenta.”

Com esta simples frase, o filme promete explorar o lado mais humano por detrás da máscara da fama, num tom íntimo, irónico e profundamente tocante — tudo aquilo que esperamos de um filme de Noah Baumbach.

Quando e onde podemos ver Jay Kelly?

A estreia nos cinemas está marcada para 14 de Novembro de 2025, em lançamento limitado, e a chegada à Netflix acontece a 5 de Dezembro de 2025. Um mês ideal para mergulhar numa história sobre identidade, amizade e os altos e baixos da vida sob os holofotes.

Baumbach volta ao centro do palco

Depois de títulos como Marriage Story e White Noise, Baumbach regressa com a sua assinatura inconfundível: diálogos cortantes, sensibilidade emocional e personagens com falhas profundas, mas inesquecíveis. Desta vez, junta-se a dois pesos-pesados do cinema norte-americano que, à partida, parecem improváveis juntos — mas que, precisamente por isso, despertam tanta curiosidade.

ver também : Mel Gibson Vai Dividir “A Ressurreição de Cristo” em Dois Filmes — Estreiam na Páscoa e Ascensão de 2027 ✝️🎬

Com Jay Kelly, a Netflix volta a apostar em pares improváveis para contar histórias que desafiam convenções. E nós, do Clube de Cinema, já estamos com o bilhete (ou comando) na mão.

A Nova “War of the Worlds” com Ice Cube Está a Ser Destruída… Mas Não Pelos Aliens 👽🔥

0% no Rotten Tomatoes, memes nas redes sociais e… um estafeta da Amazon a salvar o mundo?

Há coisas difíceis de imaginar. Ice Cube como agente de segurança informática do Departamento de Segurança Interna dos EUA a combater uma invasão alienígena, por exemplo. Mas mais surpreendente ainda: o filme em questão, War of the Worlds, é neste momento o número 1 no Amazon Prime Video… apesar de ter conseguido a proeza quase sobrenatural de levar um redondo 0% no Rotten Tomatoes. Sim, leu bem. Zero. Bola. Nicles.

ver também : Rose Byrne Perde o Controlo (e Ganha Prémios) em Comédia Negra da A24: “If I Had Legs I’d Kick You”

Guerra dos Mundos… ou Guerra Contra o Bom Gosto?

A nova adaptação da icónica obra de H.G. Wells, realizada por Rich Lee (estreante em longas-metragens mas com experiência em videoclipes de Billie Eilish, Eminem ou Lana Del Rey), tenta colocar a invasão extraterrestre num contexto moderno — e ultra digital. Toda a história é contada através de ecrãs de computadores, como se fosse uma chamada de Zoom com o apocalipse em fundo.

No centro da narrativa está Ice Cube, acompanhado por um elenco que inclui Eva LongoriaClark GreggAndrea Savage e Henry Hunter Hall. A premissa? Um agente cibernético (Ice Cube) tenta parar os alienígenas… com a ajuda de videoconferências, product placement da Amazon e expressões faciais dignas de um emoji congelado.

A Crítica Está a Derreter de Vergonha

As críticas não podiam ser mais devastadoras. Variety descreve o filme como um “thriller barato”, apontando que Ice Cube tem apenas duas expressões: “carranca de serviço” e “reacção nuclear”. O Daily Telegraph vai mais longe, chamando-o “uma das coisas mais trágicas que a Prime alguma vez colocou no ecrã”.

E depois há os detalhes absolutamente surreais, como um diálogo onde alguém diz:

“Preciso que faças uma encomenda oficial na Amazon para activar o drone.”

Sim, e há mesmo um estafeta da Amazon que salva o dia. Spielberg está algures a revirar os olhos.

O Público Também Não Está a Perdoar

Nas redes sociais, o filme tornou-se viral pelas piores razões. O youtuber penguinz0, com 17 milhões de subscritores, disse que o filme “é um insulto ao próprio conceito de fazer cinema” e que se resume a “um grande anúncio da Amazon”. Um clip em particular — onde um estafeta entrega uma pen USB ao protagonista — tornou-se alvo de milhares de piadas e memes.

Com uma pontuação de 17% do público no Rotten Tomatoes (um pouco menos terrível que a da crítica), War of the Worlds parece estar a competir para o troféu de “Pior Filme da Década”.

Uma Guerra Que Já Foi Vencida… Noutros Tempos

Convém lembrar que esta não é a primeira vez que a obra de H.G. Wells chega ao grande ecrã. Em 2005, Steven Spielberg trouxe-nos uma versão épica com Tom Cruise e Dakota Fanning, que arrecadou 76% no Rotten Tomatoes e 3 nomeações aos Óscares. Já em 1953, a versão clássica venceu mesmo o Óscar de Melhores Efeitos Visuais.

Esta nova versão… bem, talvez venha a ganhar um prémio diferente — o de filme mais ridiculamente patrocinado pela Amazon.

ver também : O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

Conclusão? Foge, Ice Cube, os aliens não são o maior problema aqui

Com um conceito visual interessante mas mal executado, War of the Worlds (2025) é mais um exemplo de como nem todas as ideias precisam de sair do PowerPoint para o streaming. Um filme que nos faz perguntar: Se os aliens invadissem a Terra hoje… será que lhes chegaríamos com um estafeta e um código de desconto da Amazon?

Rose Byrne Perde o Controlo (e Ganha Prémios) em Comédia Negra da A24: “If I Had Legs I’d Kick You”

Vencedora do Urso de Prata em Berlim, a actriz lidera uma história de colapso emocional com humor… e pontapés imaginários

A A24 está pronta para mais um sucesso indie — e desta vez com uma boa dose de raiva contida, sarcasmo maternal e crises existenciais. O estúdio lançou o trailer oficial de If I Had Legs I’d Kick You, comédia dramática protagonizada por Rose Byrne, que já arrecadou o Urso de Prata de Melhor Interpretação no Festival de Berlim e foi ovacionada na estreia em Sundance. A estreia está prevista para Outubro.

ver também : “Histórias de Bondade”: Yorgos Lanthimos Volta a Surpreender com Três Fábulas Inquietantes Sobre o Livre-Arbítrio

Uma mãe no limite… e com razões para isso

Escrito e realizado por Mary Bronstein, o filme centra-se em Linda (Rose Byrne), uma mãe cuja vida está em queda livre. O filho sofre de uma doença misteriosa, o marido está ausente, alguém desapareceu, e até a terapeuta parece ser parte do problema. No meio deste caos, Linda tenta manter alguma sanidade… ou pelo menos fingir que sim.

É uma história de desespero embrulhada num tom de humor ácido, onde o colapso emocional é retratado com uma franqueza hilariante. Literalmente no limite, Linda verbaliza o que muitos já pensaram em momentos de frustração: “Se tivesse pernas, dava-te um pontapé.”

Trauma com gargalhadas: uma história (quase) verdadeira

O argumento é inspirado na experiência real da própria realizadora. Mary Bronstein contou ao Deadline que a génese do projecto surgiu durante uma fase particularmente stressante da vida:

“Tudo começou quando tive uma experiência muito stressante relacionada com a saúde da minha filha, quando ela tinha 7 anos. Para lidar com isso, comecei a escrever este filme, sem qualquer expectativa.”

O resultado? Um retrato emocionalmente cru, mas ao mesmo tempo absurdamente engraçado, de uma mulher que já não sabe se grita, chora… ou dança com raiva no meio da sala.

Um elenco improvável, mas promissor

Além de Byrne, o elenco inclui nomes inesperados mas curiosamente promissores: Conan O’Brien, Danielle Macdonald, Christian Slater e até o rapper A$AP Rocky. Sim, leu bem. A$AP Rocky. Porque não?

Esta combinação promete trazer à narrativa um equilíbrio entre intensidade emocional e comédia inusitada, reforçando a tradição da A24 de apostar em obras fora da caixa que surpreendem e desafiam o espectador.

Um filme sobre saúde mental, maternidade e… pontapés metafóricos

If I Had Legs I’d Kick You tem tudo para ser mais um daqueles filmes da A24 que nos faz rir e chorar ao mesmo tempo. Um retrato desconcertante da maternidade moderna, da fragilidade emocional e da solidão que se esconde nas rotinas mais banais.

este: O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

Se a maternidade é uma guerra, este é o grito de batalha — cheio de ironia, amor e exaustão.

🎬 Estreia prevista para Outubro.

“Histórias de Bondade”: Yorgos Lanthimos Volta a Surpreender com Três Fábulas Inquietantes Sobre o Livre-Arbítrio

Emma Stone, Willem Dafoe e Jesse Plemons protagonizam a nova viagem provocadora do realizador de Pobres Criaturas

Preparem-se para mergulhar em mais um universo estranho e fascinante criado por Yorgos Lanthimos. O realizador grego, responsável por obras como A Favorita e Pobres Criaturas, regressa com Histórias de Bondade, um tríptico cinematográfico desconcertante que estreia em exclusivo no TVCine Top, no domingo 10 de agosto, às 21h00.

ver também : De Targaryen a Vilão Galáctico: Matt Smith Junta-se a Ryan Gosling em Star Wars: Starfighter🌌🛸

Três histórias, um mundo em colapso

Em Histórias de Bondade, Lanthimos volta a explorar os limites da identidade, da moral e da liberdade. O filme apresenta três histórias entrelaçadas que desafiam convenções e nos confrontam com os abismos da psique humana:

  • Um homem aparentemente sem escolha tenta desesperadamente assumir o controlo da própria vida;
  • Um polícia é atormentado pela suspeita de que a sua mulher — outrora desaparecida — já não é a mesma pessoa;
  • E uma mulher embarca numa procura surreal por alguém destinado a tornar-se um líder espiritual.

Tudo isto com o habitual toque de humor negro, um estilo visual inconfundível e um ritmo narrativo que deixa o espectador permanentemente em alerta.

Um elenco de luxo e prémios já conquistados

Como se a assinatura de Lanthimos não bastasse, o elenco eleva ainda mais a fasquia. A sua colaboradora habitual Emma Stone volta a brilhar, acompanhada por Willem DafoeMargaret QualleyHong Chau e um absolutamente extraordinário Jesse Plemons, cuja performance valeu o Prémio de Melhor Ator em Cannes 2024 e uma nomeação ao Globo de Ouro de Melhor Actor.

É mais uma demonstração do talento caleidoscópico de Plemons, aqui a interpretar múltiplas facetas com uma subtileza e intensidade notáveis.

Para quem gosta de ser desafiado

Histórias de Bondade não é um filme “fácil” — e ainda bem. É cinema que provoca, que inquieta e que recusa dar respostas prontas. Para os fãs de Lanthimos (e para quem procura experiências cinematográficas fora do convencional), esta é uma estreia obrigatória.

ver também : O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

Marque na agenda: domingo, 10 de agosto, às 21h00, no TVCine Top e no TVCine+. Prepare-se para questionar tudo — até a própria noção de bondade.

De Targaryen a Vilão Galáctico: Matt Smith Junta-se a Ryan Gosling em Star Wars: Starfighter🌌🛸

O novo filme de Shawn Levy já tem o seu grande vilão — e promete reinventar o universo Star Wars com um elenco de luxo

Matt Smith está pronto para trocar dragões por caças estelares. O actor britânico, conhecido pelo seu papel como Daemon Targaryen em House of the Dragon, acaba de ser confirmado como vilão no novo filme da saga Star Wars, intitulado Starfighter. A produção, liderada por Ryan Gosling e com Mia Goth também no elenco, será realizada por Shawn Levy, com estreia marcada para 28 de Maio de 2027.

ver também : Mel Gibson Vai Dividir “A Ressurreição de Cristo” em Dois Filmes — Estreiam na Páscoa e Ascensão de 2027 ✝️🎬
É o regresso da Lucasfilm às salas de cinema com uma nova entrada na galáxia muito, muito distante — agora com sangue novo e ambição renovada.

Um novo capítulo, cinco anos depois de 

The Rise of Skywalker

Anunciado oficialmente durante o Star Wars Celebration em Tóquio, Starfighter situa-se cronologicamente cinco anos após os eventos de Star Wars: Episódio IX – A Ascensão de Skywalker. O argumento está a cargo de Jonathan Tropper, e, embora os detalhes da narrativa estejam ainda envoltos em mistério, tudo indica que o foco estará em novos personagens — e em ameaças igualmente inéditas.

É precisamente aqui que entra Matt Smith. Segundo fontes citadas pelo Deadline, o actor foi escolhido após semanas de audições e reuniões com o realizador Shawn Levy, sendo descrito como “o próximo grande vilão do universo Star Wars”.

Ryan Gosling e Mia Goth também embarcam nesta aventura

A presença de Ryan Gosling como protagonista já havia sido confirmada, sendo este um dos seus projectos mais aguardados desde Barbie e The Fall Guy. Mia Goth, estrela de Pearl e Infinity Pool, junta-se ao elenco principal, consolidando o tom mais ousado e adulto que se espera desta nova fase da franquia.

Ainda não há confirmações oficiais sobre os papéis de Gosling ou Goth, mas tudo indica que será uma história com tons mais sombrios e complexos, muito ao estilo da actual tendência sci-fi de grandes estúdios.

Matt Smith: de Westeros para as estrelas

Com uma carreira em constante ascensão, Matt Smith parece ter encontrado um novo terreno fértil para explorar o lado negro da força. Depois de brilhar em Doctor Who, impressionar em The Crown e assumir um papel central em House of the Dragon, o actor prepara-se agora para encarnar o antagonista de uma das maiores sagas do cinema.

Antes de Starfighter, Smith será visto no thriller Caught Stealing, ao lado de Austin Butler, com produção de Darren Aronofsky, e na minissérie The Death of Bunny Munro.

ver também: O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

A rodagem de Starfighter arranca já neste outono, em localizações ainda por revelar, mas as expectativas são galácticas.

Mel Gibson Vai Dividir “A Ressurreição de Cristo” em Dois Filmes — Estreiam na Páscoa e Ascensão de 2027 ✝️🎬

O ambicioso sucessor de A Paixão de Cristo já tem datas marcadas e vai chegar aos cinemas em duas partes

Mel Gibson está de volta ao épico bíblico — e desta vez em dose dupla. A Lionsgate anunciou oficialmente que The Resurrection of the Christ, o aguardado sucessor de The Passion of the Christ (2004), será dividido em dois filmes. A Parte Um estreia na Sexta-feira Santa, 26 de Março de 2027, e a Parte Dois chegará aos cinemas precisamente 40 dias depois, no Dia da Ascensão: 6 de Maio de 2027.

ver também : O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

É o regresso em grande de um dos maiores fenómenos do cinema independente de sempre.

A continuação da Paixão… em duas partes

A notícia surge mais de duas décadas após A Paixão de Cristo ter abalado a indústria: financiado do bolso de Mel Gibson, com um orçamento modesto de 30 milhões de dólares, o filme arrecadou 83 milhões apenas no fim-de-semana de estreia e ultrapassou os 610 milhões de dólares a nível global. Foi durante anos o filme com classificação R mais rentável nos EUA, além de se tornar o maior sucesso independente da história do cinema.

Agora, Gibson volta à realização com um novo projecto igualmente pessoal e ambicioso, produzido novamente pela Icon Productions, em parceria com Bruce Davey. As filmagens estão previstas para arrancar no final do verão, em várias localizações europeias.

Jim Caviezel de regresso como Cristo?

Embora os detalhes do elenco ainda estejam por confirmar oficialmente, Mel Gibson já deu a entender que Jim Caviezel deverá regressar para interpretar Jesus Cristo, dando continuidade ao papel que lhe valeu aclamação internacional em 2004. O realizador tem estado a desenvolver o guião há anos, procurando capturar com detalhe a dimensão espiritual e épica do período da Ressurreição.

Segundo Adam Fogelson, presidente da Lionsgate Motion Picture Group, “para muitas pessoas em todo o mundo, The Resurrection of the Christ é o evento cinematográfico mais aguardado de uma geração. É um filme épico, inspirador e de cortar a respiração.” Acrescentou ainda: “Mel é um dos maiores realizadores do nosso tempo, e este projecto é profundamente pessoal para ele, além de ser a montra perfeita para os seus talentos como cineasta.”

Um filme religioso… ou um fenómeno de bilheteira?

A expectativa é enorme — tanto entre os crentes como entre os cinéfilos. Se A Paixão de Cristo foi um caso de sucesso que surpreendeu Hollywood pela forma como desafiou convenções e bateu recordes, A Ressurreição de Cristo promete não ficar atrás. A opção por dividir a narrativa em duas partes poderá amplificar o impacto, transformando cada estreia num verdadeiro evento religioso e cinematográfico.

ver também: Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

Resta saber se Gibson conseguirá repetir o milagre de bilheteira — ou até superá-lo.

O Dia em que McConaughey Disse “Não” a James Cameron (e Perdeu o Titanic) 🚢

Uma recusa confiante, um sotaque teimoso e um dos papéis mais icónicos do cinema moderno — tudo perdido com um simples “thanks”

Matthew McConaughey quase foi Jack Dawson. Quase. Mas quando James Cameron lhe pediu para tentar a cena de outra maneira… ele disse que não. Literalmente.

ver também : Jeff Buckley regressa à luz em documentário íntimo: It’s Never Over, Jeff Buckley

A revelação chega através do livro póstumo The Bigger Picture, do lendário produtor Jon Landau, falecido em 2024. No meio das muitas histórias de bastidores que ajudaram a construir o império Titanic, esta destaca-se pela sua simplicidade e ironia: um simples “no” que mudou o rumo de duas carreiras.

“Alright, alright, alright”… mas com sotaque texano

Segundo Landau, Kate Winslet estava rendida a McConaughey. O charme, a presença, aquele ar descontraído — tudo apontava para um “sim”. Mas James Cameron, perfeccionista de serviço, tinha uma preocupação maior: o sotaque sulista. Durante a audição, Cameron interrompeu e sugeriu: “Está óptimo. Agora vamos tentar de outra forma.”

Ao que McConaughey respondeu, com o seu habitual à-vontade: “Não. Estava bastante bom assim. Obrigado.”

Fim da história.

Como Landau escreveu: “Digamos apenas que foi o fim da linha para McConaughey.”

O papel que nunca foi (mas quase foi)

O papel de Jack acabou por ser entregue a Leonardo DiCaprio, e o resto é história. Titanic tornou-se um fenómeno cultural, vencedor de 11 Óscares, incluindo Melhor Filme, e solidificou DiCaprio como um dos grandes nomes da sua geração.

McConaughey, por sua vez, só descobriu anos mais tarde que nunca foi oficialmente convidado para o papel. Em 2021, no podcast Literally! with Rob Lowe, o actor revelou que fez um screen test com Kate Winslet e chegou a acreditar que o papel era seu: “A sério, até houve abraços. Achei mesmo que ia acontecer. Mas não aconteceu.”

A certa altura, chegou a brincar com os rumores: “Durante anos, diziam que eu tinha recusado o papel. Eu pensava: ‘Tenho de encontrar esse agente. Está tramado!’”

“Dizer não é mais importante do que dizer sim”

Hoje, McConaughey, com 55 anos, parece estar em paz com a decisão que o afastou do navio mais famoso da sétima arte. Vive no Texas com a mulher, Camila Alves, e os três filhos, longe do centro nevrálgico de Hollywood. E continua a defender o poder de dizer “não”.

No podcast Good Trouble With Nick Kyrgios, o actor disse: “O diabo está nos infinitos ‘sins’, não nos ‘nãos’. O ‘não’ é ainda mais importante, especialmente quando já se tem algum sucesso.”

ver também : Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

É uma filosofia que, apesar de lhe ter custado o Titanic, acabou por o guiar até à reinvenção que o levou ao Óscar por O Clube de Dallas. E mesmo que nunca tenha dito “I’m the king of the world” ao lado de Kate Winslet, McConaughey parece ter encontrado o seu próprio trono — num rancho no Texas, com o seu “alright, alright, alright” intacto.

Sérgio Godinho no Apocalipse? Curta Portuguesa Brilha nos EUA com Distopia Premiada 🎬

“Era Uma Vez no Apocalipse” conquista o prémio de Melhor Curta-Metragem no Gen Con Film Festival e reforça a afirmação do cinema português lá fora

Pode um país devastado pela III Guerra Mundial dar origem a uma das curtas-metragens mais aclamadas do circuito indie internacional? A resposta, claramente, é sim. E tem sotaque português.

Ver também : Jeff Buckley regressa à luz em documentário íntimo: It’s Never Over, Jeff Buckley

A curta Era Uma Vez no Apocalipse, de Tiago Pimentel, protagonizada pelo incontornável Sérgio Godinho — sim, o músico e poeta — ao lado de Paulo Calatré e Mariana Pacheco, acaba de conquistar o prémio de Melhor Curta-Metragem no prestigiado Gen Con Film Festival, nos Estados Unidos. A cerimónia decorreu entre 31 de julho e 3 de agosto em Indianapolis, num evento que junta o melhor do cinema e do universo gaming, numa celebração da cultura pop com milhares de participantes.

Do MotelX à América: um percurso fulgurante

Este novo reconhecimento surge cerca de um ano depois da participação do filme na emblemática Comic Con de San Diego, onde integrou a competição do Comic Con Independent Film Festival na categoria de Terror / Suspense. Desde então, a produção portuguesa tem vindo a acumular distinções e selecções em vários festivais, incluindo o MOTELX (fora de competição), o Fantasporto, o Shortcutz Lisboa — onde foi eleita a melhor curta do mês de fevereiro — e o Avanca Film Fest, onde arrecadou três prémios: Melhor Ator, Competição Avanca e Cineastas com menos de 30 anos.

A tudo isto somam-se os cinco galardões conquistados na última edição dos Prémios Curtas, consolidando a curta como um dos projectos nacionais mais relevantes do momento.

Um Portugal distópico, um jogo mortal

Descrita como uma “fábula negra”, Era Uma Vez no Apocalipse transporta-nos para um Portugal distorcido pelo horror da III Guerra Mundial e mergulhado num cruel inverno nuclear. A sinopse não poupa nos pesadelos: uma ditadura militar implacável governa o que resta do país e um pai idoso e a sua filha são confrontados com a visita de um oficial do regime, iniciando-se um inquietante jogo de manipulação, tensão e violência — com final anunciado: tragédia.

A atmosfera opressiva é realçada pela fotografia de Tomás Brice e pela banda sonora composta por José Tornada, enquanto o argumento é assinado pelo próprio Tiago Pimentel e António Miguel Pereira, dupla criativa que já havia colaborado na série de ficção científica Projeto Delta (2023) e na curta Cá Dentro | Inside (2019), ambas com carreira internacional.

Uma estreia nacional com pedigree internacional

Entre os trunfos desta produção, destaca-se a colaboração inédita com Luís Sequeira, figurinista luso-canadiano nomeado para os Óscares pelos seus trabalhos em A Forma da Água (2017) e Nightmare Alley – Beco das Almas Perdidas (2021), ambos de Guillermo del Toro. É a primeira vez que Sequeira colabora numa produção portuguesa — e isso nota-se, reforçando a estética cuidada e visualmente marcante da obra.

ver também : A Nova Temporada de “Star Trek: Strange New Worlds” Já Aterrou na SkyShowtime e na Prime 🖖🚀

Com mais este prémio internacional no bolso, Era Uma Vez no Apocalipse confirma que há vida — e muito talento — no cinema de género português. E se ainda havia dúvidas sobre a versatilidade de Sérgio Godinho, este filme trata de dissipá-las numa nuvem radioactiva de qualidade cinematográfica. 🎥🇵🇹