Quer Passar a Noite na Casa de Poltergeist? Agora Pode… Se Tiver Coragem

A casa assombrada mais famosa do cinema está para arrendamento — e sim, já registou actividade paranormal real

🧠 “Estão aqui…” — e agora você também pode estar. A icónica casa do filme Poltergeist, o clássico de terror de 1982 produzido por Steven Spielberg, está oficialmente disponível para arrendamento. Fãs do género (ou corajosos aventureiros do Airbnb) podem finalmente dormir no mesmo sítio onde a pequena Carol Anne foi raptada pelo mundo dos espíritos… com direito a jacuzzi e cozinha renovada.

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Situada em Simi Valley, na Califórnia, a moradia de dois andares tem quatro quartos, duas casas de banho e meia, piscina, lareira, um jardim amplo e — claro — historial paranormal confirmado. A nova proprietária, Rachel Powers, comprou a casa por 1,28 milhões de dólares (100 mil acima do preço pedido) e investiu cerca de 165 mil dólares para recriar o ambiente do filme com fidelidade assustadora.


Ghost Adventures investigou — e as respostas do além não tardaram

A casa foi recentemente o foco do episódio de estreia da temporada 29 da série Ghost Adventures. O episódio utilizou todo o arsenal tecnológico digno de um spin-off de Ghostbusters: ITC, spirit box, câmaras térmicas, visão nocturna, sensores de movimento, medidores EMF e até a boneca Cabbage Patch da falecida actriz Heather O’Rourke, que interpretou Carol Anne.

Segundo Powers, os investigadores registaram comunicação electrónica, objectos a mover-se sozinhos, luzes a piscar, fechaduras com vida própria, quedas de energia inexplicáveis e actividade paranormal em torno da velha televisão. Tudo isto a poucos metros do lugar onde, na ficção, os Freeling descobriam que a sua casa estava construída sobre um cemitério profanado.

O episódio também explorou a já lendária “maldição de Poltergeist”, que associa tragédias reais ao elenco e produção do filme. A própria Heather O’Rourke faleceu tragicamente aos 12 anos, assim como Dominique Dunne, também presente no elenco original.


Terror à moda antiga… com cozinha moderna

Apesar do passado sombrio, a casa apresenta-se com um ar acolhedor e até… relaxante? Segundo a descrição da imobiliária, trata-se de uma residência com “boa energia”, perfeita para “entertaining, relaxing and living your best life”. O layout é pensado para momentos em família, com amplas janelas, sala de estar iluminada, lareira, e uma cozinha que mantém o estilo original do filme (com electrodomésticos actualizados, para quem quiser fugir aos fantasmas enquanto cozinha um risotto).

No exterior, há espaço para três carros, árvores que garantem sombra e privacidade, uma piscina generosa e um jacuzzi circular, ideal para descontrair… se os espíritos deixarem.


A lenda continua viva (e agora… habitável)

Poltergeist foi um dos maiores fenómenos de terror dos anos 80, realizado por Tobe Hooper (The Texas Chain Saw Massacre) e escrito por Spielberg. Tornou-se o oitavo filme mais lucrativo de 1982, e deixou uma marca indelével no género: casas suburbanas com segredos, televisões estáticas e uma sensação constante de que algo está “ligeiramente fora do lugar”.

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Hoje, mais de 40 anos depois, a casa está aberta ao público — ou pelo menos, a quem se atrever a reservar uma noite. Disponível em plataformas como AirbnbVRBO e Futurestay, o local promete uma experiência única: dormir num cenário de culto… onde as paredes talvez ainda murmurem segredos.

Willem Dafoe Vai Receber o Coração Honorário de Sarajevo — E Dar uma Masterclass Inesquecível

Com mais de 150 filmes no currículo, o actor norte-americano regressa ao Festival de Sarajevo 25 anos depois para ser homenageado pela sua carreira lendária

🎬 Nome maior do cinema mundial, Willem Dafoe vai ser distinguido com o Coração Honorário de Sarajevo na próxima edição do Festival de Cinema de Sarajevo, a decorrer entre 15 e 22 de Agosto de 2025. O galardão reconhece o contributo excepcional do actor para a arte cinematográfica, numa carreira que atravessa cinco décadas, inúmeros géneros e alguns dos maiores nomes da realização mundial.

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Mas Dafoe não vai apenas receber prémios: vai também conduzir uma masterclass no festival, onde partilhará reflexões sobre a sua carreira, o ofício da representação e a arte em tempos contemporâneos.


Um actor com 150 rostos e nenhum igual

Desde que foi despedido de Heaven’s Gate, de Michael Cimino, em 1979, Willem Dafoe construiu um percurso impressionante, tanto em grandes estúdios como no cinema independente — sempre com uma entrega total e uma versatilidade que poucos actores da sua geração podem reclamar.

A lista de realizadores com quem trabalhou é, por si só, um monumento ao cinema moderno:

  • Martin Scorsese
  • David Lynch
  • Lars von Trier
  • Wes Anderson
  • Guillermo del Toro
  • Yorgos Lanthimos
  • Tim Burton
  • Hayao Miyazaki
  • Werner Herzog
  • Spike Lee
  • Kathryn Bigelow, entre muitos outros.

Dafoe é daquelas raras presenças que consegue ser intensamente humano num blockbuster e assombrosamente inquietante num filme experimental.


Nomeações, prémios e um legado em construção

Willem Dafoe foi já nomeado quatro vezes ao Óscar — por PlatoonShadow of the VampireThe Florida Project e At Eternity’s Gate. Venceu dois Independent Spirit Awards, foi distinguido pelos críticos de Nova Iorque, Los Angeles e pela National Board of Review, recebeu o Urso de Ouro Honorário da Berlinale e mais recentemente o Prémio Íris da Academia de Cinema da Grécia, pelo seu desempenho em Inside, de Vasilis Katsoupis.

Em 2025 e 2026, será ainda director artístico da secção de teatro da Bienal de Veneza, reafirmando a sua ligação ao palco e às artes performativas, uma paixão antiga que começou com o colectivo experimental The Wooster Group, onde trabalhou entre 1977 e 2005.


Novos filmes no horizonte

Aos 70 anos, Dafoe continua a ser um actor em plena forma criativa. Entre os próximos projectos destacam-se:

  • Cuddle, de Bárbara Paz
  • Werwulf, de Robert Eggers
  • Uma nova colaboração com Eggers em A Christmas Carol, para a Warner Bros.

Não se vislumbra reforma à vista — e ainda bem.


Um regresso 25 anos depois

“Willem Dafoe regressa ao Festival de Sarajevo após 25 anos e é uma grande honra para nós atribuir-lhe o Coração Honorário de Sarajevo”, declarou Jovan Marjanović, director do festival.

“O seu trabalho é uma inspiração para qualquer actor. Sempre que está frente à câmara, prova ser um verdadeiro mestre. Em grandes produções ou em filmes independentes, as suas personagens são sempre complexas, emocionais e inesquecíveis.”

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Coração de Sarajevo junta-se assim a uma lista já longa de distinções — mas com um significado especial, numa região onde o cinema tem sido forma de resistência, memória e reconciliação.

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Análise completa ao box office internacional da semana, com Brad Pitt a acelerar para o seu maior sucesso global de sempre

🏎️ Numa semana recheada de novidades e reviravoltas nas bilheteiras internacionais, F1 consolidou-se como o maior sucesso de sempre de Brad PittFantastic Four: First Steps continuou a dominar globalmente apesar da quebra, e a comédia The Naked Gun surpreendeu com um arranque sólido. Eis o retrato completo das corridas em curso no circuito global do box office.

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F1: Brad Pitt faz história com o seu maior êxito de sempre

O drama de corridas F1, realizado por Joseph Kosinski e produzido pela Apple Original Films, atingiu um novo marco: com $545,6 milhões globais, tornou-se o filme mais rentável da carreira de Brad Pitt, ultrapassando World War Z.

A performance tem sido especialmente robusta fora dos EUA, com um total internacional de $372,3 milhões. Em Coreia do Sul, o filme registou um aumento impressionante de 36% na sexta semana (!), algo raríssimo. Outros mercados com excelentes resultados incluem:

  • China: $55,1M
  • Reino Unido: $28M
  • França: $26,7M
  • Coreia do Sul: $24M
  • México: $19,3M

O acumulado em IMAX já soma $84,7 milhões globalmente.

Fantastic Four: First Steps abranda, mas passa os $369M mundiais

A aposta da Marvel/Disney manteve o n.º 1 em mercados como Itália, Reino Unido, Brasil, México e Austrália, apesar de uma quebra de 54% global (52% sem contar com a China) no seu segundo fim-de-semana.

A segunda semana rendeu $39,6 milhões fora dos EUA, elevando o total internacional para $170,3M e o global para $368,7M.

Os principais mercados continuam a ser:

  • Reino Unido: $20,5M
  • México: $20,4M
  • França: $10,2M
  • Brasil: $9,3M
  • Austrália: $8,2M

IMAX: $43,9M global.


The Naked Gun: regresso em grande com $29M globais

A nova versão de The Naked Gun, da Paramount, estreou com $11,5 milhões em 46 mercados e um total global de $28,5M — um resultado bem acima de títulos comparáveis como Game Night ou The Heat.

As melhores estreias internacionais foram:

  • Reino Unido: $2,3M
  • Alemanha: $2,3M
  • México: $674K
  • Países Baixos: $590K
  • Áustria: $430K

Com uma boa recepção nas versões dobradas e legendadas, esta comédia poderá ter pernas para correr mais do que o habitual no género.


Os Mauzões 2 expande território e soma $44,5M globais

Depois de uma estreia limitada, The Bad Guys 2 (Os Mauzões 2) chegou agora a 58 mercados e arrecadou $16,3M nesta semana, com o total global a atingir $44,5M.

  • França: $2,6M (n.º 1)
  • México: $1,8M (n.º 2)
  • Espanha: $1,4M (n.º 1)
  • Coreia do Sul: $1,3M (n.º 5)
  • Polónia: $800K (n.º 1)
  • Reino Unido (total até agora): $6,4M

A recepção crítica tem sido muito positiva, com pontuações superiores às do primeiro filme em várias plataformas e países.


Jurassic World Rebirth aproxima-se dos $770M

O novo capítulo jurássico da Universal/Amblin adicionou $16,2M na sua 5.ª semana internacional, acumulando $448,4M fora dos EUA e $766M globalmente.

Melhores mercados:

  • China: $77,4M
  • Reino Unido: $42,7M
  • México: $34,2M
  • Alemanha: $28,4M
  • França: $25,2M

Outros destaques:

  • 🦸‍♂️ Superman (Warner/DC): $551,2M globais
  • 🎴 Demon Slayer: Infinity Castle (Japão): $121M só no Japão — maior bilheteira do ano no país
  • 🧝‍♂️ How to Train Your Dragon (re-release): $618,3M globais
  • 👻 Smurfs (PAR): $89,7M globais
  • 🎬 Materialists (A24): $62,4M globais
  • 🧟‍♀️ I Know What You Did Last Summer (SNY): $58,7M globais
  • 💔 Bring Her Back (SNY): $27,5M globais
  • 🎯 Mission: Impossible – The Final Reckoning: $594,2M globais

Conclusão

Numa semana de grande diversidade — entre acção, comédia, animação e corridas de alta velocidade — o box office global mostrou sinais saudáveis. Brad Pitt lidera com um recorde pessoal histórico, os super-heróis da Marvel continuam a render e a comédia física de The Naked Gun provou que ainda há público para o riso puro e duro.

A corrida nas bilheteiras continua — e as próximas semanas prometem mais mudanças nos lugares do pódio.


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1000 Homens e Eu: O Documentário de Bonnie Blue Que Chocou o Reino Unido… Mas Não Respondeu ao Essencial

Sexo, escândalo e vazio emocional: o retrato de uma estrela pornográfica que levanta questões sociais urgentes — mas que o documentário não teve coragem de explorar

📺 1000 Men and Me: The Bonnie Blue Story estreou esta semana no Channel 4, no Reino Unido, e tornou-se de imediato o centro de uma controvérsia nacional. O documentário segue Bonnie Blue, nome artístico de Tia Billinger, actriz pornográfica britânica de 26 anos que se tornou viral por alegadamente ter tido sexo com 1.057 homens num único dia, em 12 horas — numa tentativa de bater um recorde mundial bizarro, anteriormente detido por Lisa Sparxxx (919 homens em 2004).

Mas mais do que os números, foi a postura pública, provocadora e desafiante de Bonnie que incendiou o debate: após o feito, anunciou um “evento privado” onde permitiria que 2.000 homens tivessem relações com ela, trancada nua dentro de uma caixa de vidro. Foi banida do OnlyFans, entrevistada no podcast de Andrew Tate (figura polémica acusada de crimes graves no Reino Unido), e tornou-se, para muitos, o símbolo de tudo o que está “errado” na cultura sexual contemporânea.

Um documentário com mais escândalo do que substância

Realizado por Victoria Silver e transmitido com aviso de conteúdo gráfico, o documentário prometia “mostrar o que está por trás daqueles olhos azuis gélidos”, segundo a sinopse da Channel 4. Mas o resultado é outro: uma obra que observa, mas não interroga; que mostra, mas não explica; que regista, mas não analisa.

Sim, vemos Bonnie Blue a preparar-se para o “recorde”: lubrificante anestésico, preservativos a perder de vista, balaclavas para o anonimato. Vemos até a sua mãe, que a apoia com uma serenidade quase surreal. Mas não há, em momento algum, uma tentativa séria de entender o fenómeno social, cultural e psicológico que ela representa.

A mulher escandaliza — e os homens desaparecem da equação

A crítica mais pertinente veio num artigo de Eva Wiseman para o The Guardian, onde escreve:

“As intenções e danos de Bonnie Blue foram escrutinados. Mas os homens que se alinham para ser o 20.º ou o 60.º a penetrar uma desconhecida durante três minutos, enquanto alguém faz truques de cartas lá fora, passaram despercebidos. As intenções desses homens não interessam, porque… é normal. Normal aceitar sexo quando é oferecido. Normal objectificar o corpo de uma mulher. Normal voltar para casa como se nada fosse.”

O documentário teve a oportunidade de virar a lente para esses homens — e falhou.

Sexo, poder, feminismo ou performance?

É Bonnie Blue uma mulher empoderada, sex-positive, dona do seu corpo e da sua narrativa? Ou está apenas a alimentar os fantasmas mais tóxicos da masculinidade contemporânea, servindo como instrumento de consumo num mercado cada vez mais violento?

A resposta pode ser complexa — pode até ser “ambas” — mas o documentário não a procura. Em vez de mergulhar nos dilemas éticos, sociais ou feministas, limita-se a registar a superfície: os bastidores do evento, a polémica, os números, a fama. Faltou contexto, faltou confronto, faltou inteligência.

Um país a debater sexo… e uma televisão a alimentar o moralismo

A emissão do documentário deu-se poucos dias após a entrada em vigor do Online Safety Act, que impõe restrições rigorosas ao acesso de menores a conteúdos pornográficos. A ironia não passou despercebida nas redes sociais:

“Channel 4 exibe um filme sobre Bonnie Blue a ser penetrada por mil homens… mas os jovens precisam de mostrar o BI para ver memes com duplo sentido no X”, escreveu um utilizador.

Outros chamaram-lhe “pornografia disfarçada de documentário”, e acusaram a estação pública de “glamourizar a devassidão”.

Mas se a indignação moral é previsível, o debate profundo e informado sobre as contradições sociais em jogo ficou de fora — tanto no discurso público como no próprio filme.

Vale a pena ver?

Só se for pelo exercício crítico. 1000 Men and Me não oferece reflexão, nem contexto histórico, nem crítica cultural. É um produto que observa sem perguntar, que provoca sem pensar e que se agarra ao escândalo como forma de captar audiências — não para provocar introspecção, mas para alimentar o algoritmo.

“Se não quero ficar triste, não fico”, diz Bonnie Blue numa das frases mais frias do documentário.

É um resumo cruel — não só do seu discurso, mas do próprio filme.

Festival LAVADIAS Volta a Mergulhar no Mar… e no Cinema ao Ar Livre

Com estreia do novo filme de Cláudio Jordão, curtas internacionais e uma sessão com o vencedor do Óscar de animação, o festival volta a iluminar o Forte de Santa Catarina, no Pico

ver também : Cineastas Contra a MUBI: Miguel Gomes Entre os Signatários que Condenam Financiamento Ligado a Israel

🌊 Entre mantas, colchas e almofadas, o Forte de Santa Catarina, nas Lajes do Pico, volta a transformar-se num cinema sob as estrelas com o regresso do Festival LAVADIAS. De 13 a 15 de Agosto, o mais marítimo dos festivais volta a dar vida ao ecrã ao ar livre, sempre com a temática da água, dos mares e dos oceanos como pano de fundo — literal e simbólico.

Organizado pela associação MiratecArts, em parceria com o município das Lajes, o festival celebra este ano a sua quarta edição e abre com a estreia regional de Vasco da Gama – O Mar Infinito, o mais recente filme do realizador português Cláudio Jordão.

Cláudio Jordão dá o mote com “O Mar Infinito”

Depois da estreia oficial no Festival AVANCA, Vasco da Gama – O Mar Infinito chega agora à ilha do Pico para a sua primeira exibição nos Açores. A obra revisita uma das mais marcantes viagens marítimas da história: a odisseia de Vasco da Gama até à Índia, enfrentando tormentas no Atlântico e no Índico.

Realizado com a sensibilidade habitual de Cláudio Jordão, o filme mistura épico histórico e introspecção visual, num verdadeiro tributo à ligação profunda de Portugal com o mar.


Curtas-metragens, ação e um Óscar animado

Mas o LAVADIAS não vive só de longa-metragens. A primeira noite do festival será também dedicada a curtas, com destaque para os trabalhos de Fu LeJoana Saraiva MarquesSalvador Lobo Xavier, entre outros talentos emergentes.

Na segunda noite, a programação mergulha em águas mais agitadas com “Terror nas Profundezas”, do australiano Matthew Holmes, prometendo suspense e adrenalina.

E para encerrar em beleza — e com toda a família — o festival exibe o belíssimo “Flow – À Deriva”, de Gints Zilbalodis, vencedor do Óscar de Melhor Filme de Animação. Um conto visualmente encantador sobre sobrevivência, mudança e adaptação… sempre à deriva, sempre em movimento.


Cinema com sabor a salitre (e entrada gratuita)

Todas as sessões têm entrada livre e começam às 21h30 locais (22h30 em Lisboa). O convite é claro: traga uma manta, sente-se no chão, e deixe-se embalar pelo som do mar e pelas histórias que o ecrã projeta.

“O festival tem a temática da água, os mares e os oceanos que nos rodeiam”, explicou Terry Costa, director artístico da MiratecArts e fundador do LAVADIAS.

Mais do que um festival de cinema, o LAVADIAS é uma celebração do lugar, da natureza, da memória e da arte. Um evento que honra o espírito atlântico dos Açores com imagens, emoções e uma forte brisa cinematográfica.


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Cineastas Contra a MUBI: Miguel Gomes Entre os Signatários que Condenam Financiamento Ligado a Israel

Plataforma de streaming e distribuidora independente é acusada de estar a lucrar com o “genocídio em Gaza” após aceitar investimento da Sequoia Capital

🎬 A MUBI, conhecida pela sua curadoria de cinema independente e por apoiar vozes autorais de todo o mundo, está no centro de uma polémica internacional. Mais de 30 cineastas, incluindo os portugueses Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, assinaram uma carta aberta onde criticam abertamente a empresa por ter aceite 100 milhões de dólares em financiamento da Sequoia Capital, uma firma norte-americana com ligações a interesses militares israelitas.

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“A decisão da MUBI de fazer parceria com a Sequoia Capital demonstra uma total falta de responsabilidade para com os artistas e comunidades que ajudaram a empresa a prosperar”, lê-se na carta publicada esta semana pela Variety.

Entre os signatários estão também nomes como Aki KaurismäkiRadu JudeJoshua OppenheimerLevan AkinJessica BeshirCourtney StephensCamilo Restrepo e Neo Sora — vozes influentes no circuito do cinema autoral e de festivais.

Do prestígio à contestação

A MUBI tem construído uma reputação sólida como plataforma que valoriza o cinema ousado, alternativo e de autor. Ao longo dos anos, estabeleceu relações próximas com realizadores independentes e com um público exigente, tornando-se uma referência entre os cinéfilos.

Mas a revelação, em Maio, do financiamento da Sequoia Capital — uma empresa com ligações a tecnologias de vigilância e a fabricantes de ‘drones’ militares israelitas — veio abalar essa imagem.

Segundo a Variety, a Sequoia está envolvida com empresas como a start-up Kela, fundada por ex-membros de unidades de segurança israelitas, criada na sequência dos ataques do Hamas em Outubro de 2023.

“O crescimento financeiro da MUBI está agora explicitamente ligado ao genocídio em Gaza”, afirmam os realizadores. “E isso implica todos nós que trabalhamos com a MUBI.”


Os pedidos dos cineastas

Na carta aberta, os signatários exigem à MUBI três coisas concretas:

  1. Uma condenação pública da Sequoia Capital e dos seus lucros associados à guerra;
  2. retirada da Sequoia dos cargos de direcção da MUBI;
  3. A adopção de uma política ética rigorosa para futuros investimentos.

A posição é clara: o financiamento pode comprometer a integridade de uma plataforma que se construiu com base na confiança de artistas que rejeitam a normalização da violência — especialmente quando ligada a conflitos armados e violações de direitos humanos.


A resposta da MUBI: insuficiente?

Em Junho, após os primeiros protestos, a MUBI respondeu dizendo que o investimento da Sequoia tinha como objectivo “acelerar a missão de fazer chegar filmes ousados e visionários a mais públicos”, e que “as crenças de cada investidor não reflectem as opiniões da MUBI”.

Para os signatários, essa justificação é insuficiente. E a questão torna-se ainda mais sensível num momento em que a ofensiva israelita em Gaza já provocou, segundo a ONU e várias ONG, mais de 59 mil mortos, a maioria civis, bem como fome extrema e colapso de infraestruturas básicas.

ver também : Sirat: Óliver Laxe Convida-nos a Caminhar no Inferno (Para Encontrar Qualquer Coisa Parecida com Esperança)

Cinema e consciência

Miguel Gomes e Maureen Fazendeiro, dois nomes fundamentais do novo cinema português, juntam-se assim a uma crescente onda de contestação que exige mais responsabilidade ética das empresas culturais e mediáticas. Num mundo cada vez mais polarizado, onde os conflitos armados se cruzam com interesses financeiros e plataformas globais, os artistas recusam ser cúmplices silenciosos.

Sirat: Óliver Laxe Convida-nos a Caminhar no Inferno (Para Encontrar Qualquer Coisa Parecida com Esperança)

O realizador galego estreia em Portugal o seu filme mais duro e introspectivo — e talvez o mais necessário

🔥 Óliver Laxe não faz cinema para nos entreter. Faz cinema para nos abanar. E com Sirat, a sua mais recente longa-metragem, o cineasta galego convida-nos para uma viagem seca, árida e sem atalhos, passada entre raves no deserto de Marrocos e silêncios carregados de dor. O filme, já premiado em Cannes e agora estreado em Portugal, é um mergulho no abismo — mas um abismo onde se procura, ainda assim, sentido.

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Sirat é um filme duro. Mas a minha intenção foi cuidar do espectador”, explica Laxe. “Queria que olhasse para dentro.”


Entre Gilgamesh e o Rei Artur… numa rave no deserto

A premissa de Sirat pode parecer simples: um pai e um filho procuram Mar, a filha e irmã desaparecida numa zona remota de Marrocos, palco de raves clandestinas e decadência espiritual. Mas o que Laxe filma é uma verdadeira descida aos infernos, onde o que está em jogo não é apenas o reencontro, mas o confronto com o vazio — e com a morte.

Inspirado por epopeias como o Épico de Gilgamesh ou as lendas do Santo Graal, Laxe assume o cinema como via para a transcendência. E fá-lo recorrendo a uma linguagem crua, visualmente poderosa, onde a imagem é sempre mais forte do que qualquer explicação.

“Um filme não é para ser entendido, é para ser sentido”, afirma.


Um cinema que remexe, que inquieta, que cuida — à sua maneira

Desde Todos vós sodes capitáns (2010) a O Que Arde (2019), passando por Mimosas (2016), Laxe construiu uma obra singular e espiritual, marcada por paisagens que são personagens e silêncios que são gritos. Em Sirat, essa procura radical atinge um novo patamar.

“Sou um viciado da imagem. Elas apanham-me. Estamos à sua mercê.”

E se o espectador se sente arrastado por esse deserto interior, é porque o próprio realizador também o percorreu com sacrifício.

“Custou-me escrever e montar as sequências mais duras. Não queria fazer ninguém sofrer. Mas quis mostrar que a dor, a perda, a morte fazem parte do caminho.”


O medo da morte e a rave como purgatório moderno

O título do filme, Sirat, remete para a tradição islâmica: a ponte que separa o inferno do paraíso, o caminho que todos devem atravessar após a morte. Essa ponte, no filme, é tanto literal como simbólica. E Laxe não foge à provocação:

“Vivemos numa sociedade tanatofóbica. Fugimos da dor, da morte, da angústia. Eu quero olhar para a morte. Quero saber se morro com dignidade.”

No meio de batidas electrónicas e corpos perdidos em êxtase, o cineasta vê algo mais do que fuga: vê um acto de entrega, uma espécie de liturgia contemporânea.

“Na cultura rave, nada há de mais transcendental do que morrer num acto de serviço no dancefloor.”


Paisagens com alma, cinema com cicatrizes

Como em toda a sua obra, também aqui a paisagem tem peso ontológico. É personagem, é espelho, é ameaça. E se Laxe afirma que adoraria filmar no Porto, é porque vê na arquitectura e nos lugares a alma das histórias.

“Encantava-me filmar no Porto. Pela arquitectura, pela sucessão de lugares… pela vida que existe ali.”

A vida, afinal, está sempre no centro do seu cinema — mesmo quando fala de morte. Porque, como sublinha:

“Estamos todos feridos. Só que nem todos o sabem. O cinema, para mim, é essa tomada de consciência.”


Caminhar, mesmo quando se sangra

Sirat não é um filme fácil. Não pretende ser. É uma meditação existencial, uma oração inquieta sobre perda, fé e aceitação. Mas é, acima de tudo, um gesto de esperança.

“A realidade é dura, mas temos fé de que o caminho nos leva a bom porto.”

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E esse caminho, como nos lembra Laxe, é feito de sombras, de desertos, de imagens que nos perseguem. Mas também de cinema — esse lugar onde, por vezes, encontramos respostas sem precisar de perguntas.

“2.000 Metros para Andriivka”: O Documentário Que Mostra a Guerra da Ucrânia Como Nunca a Viu

Depois do Óscar por 20 Dias em Mariupol, Mstyslav Chernov regressa com uma obra visceral, íntima e arrebatadora sobre o que significa resistir

🎥 O nome Mstyslav Chernov tornou-se sinónimo de coragem documental. Depois do aclamado 20 Dias em Mariupol, vencedor do Óscar, o jornalista e cineasta ucraniano regressa com 2.000 Metros para Andriivka, uma obra que transcende o relato jornalístico e mergulha num cinema de guerra onde a proximidade emocional e física ao conflito é absoluta.

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Estreado nos cinemas dos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda (e já com passagem pelo Festival de Sundance), o novo documentário é uma coprodução entre a Associated Press e a Frontline (da PBS), e propõe uma abordagem inédita à guerra na Ucrânia: ver a guerra como ela é sentida por quem a vive, metro a metro, disparo a disparo.


“Podem destruir uma aldeia, mas não conseguem destruir um símbolo”

O centro desta história não é Kiev, nem Kharkiv, nem Mariupol. É Andriivka, uma pequena aldeia no oblast de Donetsk, com apenas um acesso: uma floresta de dois quilómetros transformada em campo minado e palco de uma das batalhas mais sangrentas da contraofensiva ucraniana de 2023.

Chernov integrou a 3.ª Brigada de Assalto ucraniana para filmar de dentro a reconquista da aldeia — e encontrou ali algo maior do que uma simples posição estratégica: um símbolo.

“São apenas dois quilómetros. Mas nessa floresta está contida toda a guerra”, disse o realizador em entrevista à agência Lusa.

“Podem destruir uma aldeia, mas não conseguem destruir um símbolo.”


O documentário como arma e testemunho

Com imagens captadas por drones, câmaras de capacete, dispositivos portáteis e microfones colados à pele dos soldados, 2.000 Metros para Andriivka adopta uma linguagem estética próxima da ficção científica, mas com brutalidade real.

“Há momentos em que parece um filme de ficção científica… e depois vemos um soldado arrastar-se para uma trincheira com o braço rebentado e percebemos que estamos a ver a guerra em estado puro.”

Chernov e o colega Alex Babenko captaram o medo primitivo, o ruído dos drones, os torniquetes improvisados, os olhos de quem avança sem saber se volta. E ao mesmo tempo, registaram o poder da esperança: o desejo simples e devastador de voltar a içar a bandeira da Ucrânia num solo libertado.

“Os soldados sabem que a guerra moderna também se trava nos media. Hastear uma bandeira sem que ninguém veja… qual é o impacto? Eles queriam que fosse um símbolo de esperança.”


Quando a guerra chega a casa

A aldeia fica a menos de duas horas de Kharkiv, cidade natal de Chernov. O conflito não é uma ideia abstracta para o cineasta — é pessoal. As árvores onde filmou foram as mesmas onde brincou em criança com amigos. As explosões ecoam por ruas que conhece de memória.

“É como se estes homens estivessem a lutar pela minha infância, pelas minhas memórias e vida”, confessou.

“Cada metro conquistado naquela floresta significava algo maior do que território.”


Um cinema de combate — no campo e no ecrã

2.000 Metros para Andriivka não é um documentário tradicional. É um corpo de combate em forma de filme. É uma ode à resistência, à humanidade no meio do horror, e à importância de continuar a olhar, mesmo quando o mundo parece já ter virado a cara.

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A distribuição internacional está a cargo da Dogwoof, e o filme deverá chegar a mais salas europeias nas próximas semanas. Para quem acredita que o cinema pode ser mais do que entretenimento — pode ser memória, denúncia, arte e acto de guerra — esta é uma obra incontornável.

Os Mauzões 2 Faz História no Rotten Tomatoes — e Está Quase a Roubar o Lugar a Fantastic Four

A sequela da DreamWorks está oficialmente entre os filmes de animação mais adorados de sempre pelo público

🐺 Os Mauzões 2 (título original: The Bad Guys 2) chegou aos cinemas com tudo: vilões reformados, novas parceiras de crime, acção global… e agora, um recorde que poucos esperavam. Segundo os dados mais recentes do Rotten Tomatoes, o filme conquistou um impressionante 95% de aprovação do público, igualando o melhor resultado alguma vez registado por um filme de animação da DreamWorks.

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Sim, leu bem. Numa lista que inclui pesos pesados como ShrekComo Treinares o Teu Dragão ou O Príncipe do Egipto, é esta comédia animada protagonizada por animais fora-da-lei que está agora no topo — e a dar luta à concorrência de peso como Fantastic Four e Superman nas bilheteiras.

Um lugar entre os grandes… e com companhia inesperada

O feito é ainda mais notável quando olhamos para a lista dos filmes da DreamWorks com melhor pontuação do público:

  • Os Mauzões 2 – 95%
  • Spirit: O Indomável – 95%
  • Abominável – 95%
  • O Gato das Botas: O Último Desejo – 94%
  • The Croods: Uma Nova Era – 94%
  • Os Mauzões – 93%
  • Como Treinares o Teu Dragão – 91%
  • Shrek – 90%
  • Como Treinares o Teu Dragão 2 – 90%
  • O Príncipe do Egipto – 90%

O mais curioso? Entre todos os filmes do top, Os Mauzões 2 é o único que é uma sequela directa com uma pontuação tão alta. Spirit e Abominável foram lançamentos mais discretos, e mesmo O Gato das Botas é tecnicamente um spin-off de Shrek. Ou seja: Os Mauzões 2 está a fazer história com estilo.

Mais acção, mais personagens e um novo golpe… no espaço?

A sequela mantém o núcleo duro — Lobo (Sam Rockwell), Serpente (Marc Maron), Tubarão (Craig Robinson), Piranha (Anthony Ramos) e Tarântula (Awkwafina) — mas introduz as Bad Girls, um trio de novas vilãs lideradas por Doom (voz de Natasha Lyonne). Desta vez, o grupo vê-se envolvido num golpe interplanetário, com foguetes estilo SpaceX, casamentos de bilionários e perseguições que lembram Missão Impossível com patas e escamas.

E para os fãs da raposa Diane (Zazie Beetz), há boas notícias: ela está de volta, e a tensão romântica com o Sr. Lobo está mais presente do que nunca.

Pode bater a bilheteira do original?

O primeiro Os Mauzões arrecadou cerca de 250 milhões de dólares em 2022, o que foi considerado um sucesso. Mas tudo indica que a sequela pode superar essa marca. O fim-de-semana de estreia foi mais forte e, com a recepção do público ao rubro, Os Mauzões 2 está mesmo “a roer os calcanhares” de Fantastic Four no box office internacional.

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É certo que a pontuação do público pode descer ligeiramente à medida que entram mais críticas — é o habitual —, mas neste momento, Os Mauzões 2 está a viver o seu momento de glória… e com razão.

“Drácula: Uma História de Amor” — Luc Besson Reinventa o Vampiro Mais Famoso do Mundo

Com Caleb Landry Jones, Christoph Waltz e o toque visual inconfundível de Besson, o filme estreia a 21 de Agosto nos cinemas

🧛‍♂️ Quando se junta o mito de Drácula com a sensibilidade visual de Luc Besson, o resultado promete ser tudo menos convencional. Drácula: Uma História de Amor estreia a 21 de Agosto nas salas de cinema portuguesas e é muito mais do que mais uma adaptação da lenda do vampiro imortal. É um épico gótico-romântico que funde sensualidade, tragédia e redenção com a assinatura visual do autor de Léon, o Profissional e O Quinto Elemento.

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Apresentado no Festival de Cannes de 2024, o filme propõe uma nova leitura da história de Vlad, o Empalador — desta vez, como um homem dilacerado entre a escuridão que o domina e a memória de um amor perdido que atravessa séculos.

Um Drácula com alma (e cicatrizes)

O protagonista é interpretado por Caleb Landry Jones, numa das performances mais intensas da sua carreira. O príncipe Vladimir, transformado em Drácula após renegar a fé na sequência da morte brutal da sua esposa, torna-se uma figura amaldiçoada — eternamente viva, mas consumida por dor e desejo. Séculos depois, o reencontro com o rosto da mulher que amou dá início a uma espiral de paixão, violência e esperança.

A acompanhar Caleb Landry Jones está o inconfundível Christoph Waltz, que encarna um perseguidor misterioso e filosófico, à altura do eterno dilema de Drácula: será o amor suficiente para quebrar a maldição?

O elenco conta ainda com Zoë BleuMatilda De AngelisEwens Abid e Guillaume de Tonquédec.

Luc Besson em modo gótico romântico — e ainda bem

Confesso: sou um fã incondicional de Luc Besson. E é impossível não reconhecer os traços que tornam o seu cinema tão singular. Há sempre um fascínio pela imagem, pela beleza estilizada da composição, pelos momentos de silêncio emocional entre explosões de acção. Está tudo aqui: a grandiosidade visual, os cenários luxuosos, os interiores quase barrocos, os movimentos de câmara coreografados como danças.

Rodado em Paris, com locações como o Hôtel de la Marine e o Palais Royal, o filme aposta numa estética decadente mas sedutora, tão gótica como romântica. É La Belle et la Bête com dentes afiados e alma ferida.

Para quem se apaixonou por filmes como O Quinto ElementoLucy, ou até o subestimado Valerian and the City of a Thousand Planets, este novo Drácula parece um regresso a forma: exagerado, visualmente opulento, emocionalmente carregado — e sempre com o coração no sítio certo.

Entre a eternidade e a esperança

Mais do que um filme sobre vampiros, Drácula: Uma História de Amor é uma história sobre luto, culpa e a impossibilidade de esquecer. Uma fábula sombria sobre o que acontece quando o tempo deixa de curar — e começa a castigar.

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📅 A estreia em Portugal está marcada para 21 de Agosto, com distribuição da NOS Audiovisuais. Para fãs de cinema fantástico, de Besson ou de narrativas com sangue quente e alma partida, esta é uma experiência a não perder.

La Ruta – Conquistar a Noite: A Série Espanhola Que Vai Fazer Vibrar o Ecrã da TVCine

Vencedora dos prémios Feroz e Ondas, a série mergulha na cena noturna valenciana dos anos 80 e 90 e estreia a 7 de Agosto

🪩 Preparem-se para dançar. La Ruta – Conquistar a Noite chega finalmente à televisão portuguesa, e promete muito mais do que nostalgia ou música alta. Esta série espanhola, premiada e aclamada pela crítica, estreia a 7 de Agosto às 22h10 no TVCine Edition e também no TVCine+, e promete ser um dos grandes acontecimentos televisivos do Verão.

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Vencedora de distinções como o Prémio Feroz e o Prémio Ondas para Melhor Série DramáticaLa Ruta é uma viagem intensa, visualmente arrebatadora e emocionalmente crua por um dos fenómenos culturais mais fascinantes de Espanha: a mítica Ruta Destroy, o movimento musical e noctívago que fez de Valência a capital da noite entre os anos 80 e 90.

De trás para a frente: uma estrutura narrativa que surpreende

Ao contrário da maioria das séries do género, La Ruta – Conquistar a Noite adopta uma estrutura narrativa original e provocadora. A história começa em 1993, no último amanhecer da lendária discoteca Barraca, e vai recuando até 1981, ano em que tudo começou.

Este percurso inverso é feito através dos olhos de cinco amigos — Marc, Toni, Sento, Nuria e Lucas — que nos guiam por mais de uma década de excessos, descobertas e amizades. As festas são épicas, os amores intensos e a música… absolutamente central. Mas por trás do brilho das luzes e da batida dos sintetizadores, há um retrato íntimo e pungente de uma geração que viveu como se não houvesse amanhã.

Um elenco de luxo e uma realização à altura

Com nomes como Àlex MonnerClaudia SalasRicardo GómezElisabet Casanovas e Guillem Barbosa, o elenco de La Ruta brilha pela autenticidade e entrega. Cada personagem é mais do que um estereótipo da noite: são seres humanos complexos, em constante busca de liberdade, pertença e transcendência.

A realização está a cargo de Borja Soler, que conduz a narrativa com mestria visual, misturando estilo documental com energia quase psicadélica, sem nunca perder de vista o coração emocional da história.

Mais do que uma série sobre música

La Ruta – Conquistar a Noite não é só sobre música electrónica, discotecas ou moda retro. É uma reflexão sobre a juventude, a identidade e a perda da inocência. É um retrato geracional que toca quem viveu a década — e quem apenas a imagina ao som de sintetizadores e luzes estroboscópicas.

A estreia em exclusivo no TVCine Edition marca um momento raro na televisão portuguesa: a chegada de uma série europeia capaz de rivalizar com as melhores produções internacionais, tanto a nível estético como narrativo.

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A não perder

📅 La Ruta – Conquistar a Noite estreia 7 de Agosto, às 22h10, no TVCine Edition e no TVCine+. Se gosta de séries que dançam entre o brilho e a sombra, entre a festa e a introspecção, esta é para si.