Cancelamento de Colbert Abala o Mundo da Comédia: Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon Defendem o Colega, Trump Celebra

🎭 O universo dos late-night shows norte-americanos sofreu um verdadeiro terramoto com o anúncio do fim do programa The Late Show with Stephen Colbert. A decisão da CBS apanhou de surpresa fãs, colegas e até o próprio apresentador, e o ambiente entre bastidores está longe de ser pacífico. O apoio entre humoristas não se fez esperar — com Jimmy Kimmel e Jimmy Fallon a saírem em defesa do colega — mas, claro, Donald Trump festejou o cancelamento com sarcasmo venenoso.

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Kimmel sem papas na língua: “Que se f**** vocês da CBS”

Foi nas stories do Instagram que Jimmy Kimmel, anfitrião do Jimmy Kimmel Live! da ABC, reagiu com uma mistura de emoção e fúria à notícia.

“Amo-te, Stephen. Que se f**** vocês da CBS”, escreveu, num apoio claro ao amigo e numa crítica directa à estação que, segundo se sabe agora, não avisou Colbert da decisão até à véspera do anúncio oficial.

Fallon também não ficou calado

Jimmy Fallon, do The Tonight Show, também recorreu às redes sociais para mostrar o seu espanto e tristeza:

“Stephen é um dos apresentadores mais espertos e engraçados que já fizeram isto. Pensei que continuaria por muitos anos. Estou triste porque a minha família e amigos vão precisar de um programa novo às 23h30. Mas tenho a certeza de que tudo o que fizer a seguir será brilhante.”

Uma decisão “financeira”… ou algo mais?

O cancelamento de The Late Show, com data marcada para maio de 2026, foi oficialmente justificado pela CBS com “motivos financeiros”. No entanto, a proximidade com uma polémica recente levanta suspeitas: dias antes, Stephen Colbert criticou em directo o pagamento de 16 milhões de dólares feito pela Paramount (dona da CBS) a Donald Trump, no âmbito de um processo judicial durante a campanha presidencial de 2024.

Coincidência ou retaliação encapotada? Muitos apontam o dedo à gestão da cadeia televisiva e questionam se esta decisão não será uma tentativa de evitar mais atritos com figuras políticas poderosas.

Trump rejubila com a saída de cena de Colbert

Na sua plataforma Truth Social, o ex-presidente norte-americano Donald Trump não perdeu tempo a celebrar a notícia com um dos seus habituais insultos personalizados:

“Adoro que o Colbert tenha sido despedido. O seu talento era ainda menor do que as suas audiências.”
E ainda deixou uma ameaça no ar:
“Ouvi dizer que o Jimmy Kimmel é o próximo. Tem ainda menos talento do que o Colbert!”

A animosidade entre Trump e os late-night hosts já vem de longe. Colbert, Kimmel e outros têm sido críticos frequentes do ex-presidente, com monólogos incisivos e sátiras constantes. Trump, por sua vez, não se cansa de os acusar de “falhar nas audiências” e de “não terem graça nenhuma”.

Humor em risco?

O cancelamento do programa de Colbert levanta questões sobre a liberdade criativa na televisão norte-americana. Poderá a pressão política ou económica estar a sufocar a sátira televisiva? E estará o modelo clássico dos late-night shows a viver os seus últimos dias perante as novas dinâmicas das redes sociais e plataformas de streaming?

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Uma coisa é certa: Stephen Colbert não ficará calado. E os seus colegas de palco também não. Kimmel, Fallon e outros humoristas estão agora mais unidos que nunca — até porque sabem que, num mundo cada vez mais sensível ao sarcasmo, o próximo alvo pode ser qualquer um deles.

Denise Richards Acusa Ex-Marido de Violência Doméstica — Mas Ele Diz Que Foi Uma Queda Com Álcool à Mistura

🥀 A polémica instalou-se em torno da actriz norte-americana Denise Richards, conhecida do grande público por filmes como Wild Things e 007 – O Mundo Não Chega, e pelas suas participações nos reality shows The Real Housewives of Beverly Hills e OnlyFans. A actriz, de 54 anos, acaba de obter uma ordem de restrição temporária contra o ex-marido, mas a história está longe de ser consensual — e há acusações de parte a parte.

Violência doméstica ou queda acidental?

A denúncia é grave: Denise Richards afirma que o ex-marido, Aaron Phypers, a agrediu fisicamente num episódio ocorrido no inverno de 2022. A actriz relata que ele “usou a palma da mão para a atingir no olho” enquanto a insultava violentamente. A fotografia do olho negro foi anexada como prova na queixa apresentada recentemente ao tribunal.

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Richards afirma ainda que este não foi um caso isolado. Segundo os documentos legais, Phypers terá, ao longo do relacionamento, a estrangulado, esbofeteado, empurrado contra toalheiros e ameaçado de morte — um padrão de alegado comportamento abusivo que teria durado anos. A actriz afirma que um familiar chegou mesmo a testemunhar o episódio de agressão e correu a buscar alimentos congelados para reduzir o inchaço do olho.

A resposta de Phypers: “Tudo mentira”

Contudo, uma fonte próxima de Phypers — pouco conhecido do público português mas que esteve casado com Richards durante quase sete anos — apresenta uma versão radicalmente diferente. Em declarações ao Daily Mail, a mesma fonte afirma que Denise Richards caiu sozinha, alcoolizada, ao subir os degraus de uma clínica onde o ex trabalhava.

“Ela caiu e bateu com o canto do olho nos degraus. Foi tudo tratado ali na hora com gelo. Havia várias pessoas no local que viram o que se passou”, assegura a fonte, acrescentando que Denise “tem um problema com o álcool” e que está a tentar encobri-lo com estas alegações.

O próprio Phypers já negou publicamente todas as acusações, num comunicado em que afirma categoricamente:

“Nunca abusei física ou emocionalmente da Denise — ou de qualquer outra pessoa. Estas acusações são completamente falsas e profundamente dolorosas.”

Phypers pediu aos media e ao público para não “espalharem rumores infundados e prejudiciais” e reiterou que, apesar de o casal ter tido os seus “desafios”, qualquer sugestão de violência é “categoricamente falsa”.

Divórcio, apoio financeiro… e polémicas antigas

Curiosamente (ou talvez não), esta batalha legal surge poucos dias depois de Phypers ter pedido o divórcio e solicitado pensão de alimentos à ex-mulher, alegando estar desempregado e que Richards ganha mais de 250 mil dólares por mês — boa parte desse valor proveniente de conteúdos para a plataforma OnlyFans.

E como se não bastasse, os fãs mais atentos já desenterraram uma cena de The Real Housewives of Beverly Hills, da 10.ª temporada, em que Phypers aparece a ameaçar esmagar a mão da actriz durante uma discussão — um momento que, revisto à luz das novas acusações, está a gerar ainda mais indignação nas redes sociais.

A verdade ainda está por apurar

Num país onde a cultura das celebridades se mistura com reality shows, redes sociais e escândalos mediáticos, este caso está a ganhar contornos de telenovela sombria. Por agora, Denise Richards tem a seu favor uma ordem judicial de protecção. Mas Phypers jura inocência. E o que era uma relação digna de capas de revista transformou-se num campo de batalha legal com feridas expostas — físicas e emocionais.

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Enquanto isso, o tribunal decidirá o que é verdade e o que é encenação. Até lá, o público assiste, dividido, a mais um episódio da vida real… em modo drama de Hollywood.

Barbie Vai Trocar Margot Robbie por Animação: Novo Filme em Parceria com Estúdio dos “Mínimos”

🎀 A boneca mais famosa do planeta está prestes a reinventar-se mais uma vez. Quase dois anos depois de conquistar o mundo com o fenómeno Barbie, de Greta Gerwig, a Mattel está a preparar um novo filme da Barbie — mas agora em animação e em parceria com os criadores dos Mínimos.

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Sim, leste bem. A próxima incursão cinematográfica da Barbie será um filme animado para o grande ecrã, e a produção está a cargo da Illumination, o estúdio responsável por sucessos como Gru – o Maldisposto, Mínimos e Super Mario Bros: O Filme. A distribuição ficará a cargo da Universal Pictures, com quem a Illumination tem um acordo exclusivo.

De Barbiecore a Desenho Animado

O filme de 2023, realizado por Greta Gerwig e protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling, foi um sucesso global — e um fenómeno cultural. Desde o movimento Barbenheimer até à avalanche de cor-de-rosa nas lojas, Barbie arrecadou mais de 1,4 mil milhões de dólares e garantiu oito nomeações para os Óscares, levando para casa a estatueta de Melhor Canção Original com “What Was I Made For?” de Billie Eilish e Finneas.

Mas se esse capítulo foi escrito em imagem real e com muito existencialismo, o novo filme promete mudar o tom e o público-alvo, apostando numa abordagem animada e, possivelmente, mais próxima do estilo familiar típico da Illumination — com humor caótico, ritmo acelerado e personagens adoráveis em modo pastel.

Segredo bem guardado (por agora)

Ainda não se sabe quem está envolvido na realização, dobragens ou argumento, e não há qualquer data de estreia definida. No entanto, o simples facto de juntar duas gigantes do entretenimento como a Mattel e a Illumination já está a gerar enorme expectativa.

Barbie e os seus amigos… em expansão cinematográfica

A Mattel está claramente a acelerar o seu motor de adaptações. Após a fusão das suas divisões de cinema e televisão, a empresa tem uma lista ambiciosa de projectos para os próximos anos:

  • Masters of the Universe (imagem real, previsto para 2026)
  • Matchbox, Monster High, Polly Pocket, UNO, Rock ‘Em Sock ‘Em Robots
  • E até um filme sobre a Bola 8 Mágica, para os mais supersticiosos

E como se não bastasse, Jon M. Chu, o realizador de Wicked, foi recentemente confirmado para comandar a adaptação de Hot Wheels.

Barbie, sempre Barbie

Este novo filme animado marca a primeira aventura da Barbie em animação feita para o cinema — embora a personagem já tenha tido inúmeras longas-metragens animadas em formato doméstico ao longo dos anos.

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A Mattel aposta agora em conquistar as salas de cinema com a fórmula de sucesso da Illumination. E quem sabe, se a Barbie animada conseguir repetir o sucesso da versão de Margot Robbie, talvez estejamos perante um novo capítulo cor-de-rosa… agora com olhos esbugalhados à la Mínimos.

Karl Urban Entra em Cena Como Johnny Cage: “Mortal Kombat II” Traz de Volta a Violência e os Fatalities ao Cinema

🥋🎬 Preparem-se, porque os gritos de “Finish Him!” vão voltar a ecoar nas salas de cinema. O primeiro trailer de Mortal Kombat II foi finalmente revelado e promete tudo o que os fãs da saga adoram: lutas brutais, fatalities sangrentos, personagens lendárias… e agora com Karl Urban como Johnny Cage!

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A sequela do reboot lançado em 2021 tem estreia marcada para 23 de outubro e marca o verdadeiro regresso do universo Mortal Kombat ao grande ecrã — desta vez sem o contexto pandémico a atrapalhar as bilheteiras. Com Simon McQuoid de volta na realização, a promessa é simples: mais violência, mais sangue e mais fidelidade ao espírito do videojogo.

O que esperar? Socos, espadas, ganchos e… Johnny Cage!

O grande destaque do trailer é a estreia de Karl Urban no papel de Johnny Cage, o actor de ação vaidoso e irreverente que se tornou uma das figuras mais icónicas da série de videojogos. Conhecido pelo seu papel como Billy Butcher em The Boys, Urban parece encaixar na perfeição no estilo egocêntrico e sarcástico do personagem — e os fãs não tardaram a aplaudir a escolha.

Mas não se fica por aqui. O elenco está recheado de nomes conhecidos do primeiro filme e de novidades que farão qualquer fã gritar “Fatality!” de entusiasmo:

Regressos confirmados:

  • Lewis Tan como Cole Young
  • Jessica McNamee como Sonya Blade
  • Ludi Lin como Liu Kang
  • Mehcad Brooks como Jax
  • Josh Lawson como Kano
  • Chin Han como Shang Tsung
  • Tadanobu Asano como Raiden
  • Hiroyuki Sanada como Scorpion
  • Joe Taslim como Sub-Zero
  • Max Huang como Kung Lao

Novas personagens e atores:

  • Adeline Rudolph como Kitana
  • Tati Gabrielle como Jade
  • Damon Herriman como Quan Chi
  • Ana Thu Nguyen como Sindel
  • Desmond Chiam como Jerrod
  • CJ Bloomfield como Baraka
  • Martyn Ford como o temível Shao Kahn

Uma aposta de alto risco para a Warner Bros.

O primeiro filme, lançado em 2021, foi um sucesso relativo dadas as circunstâncias da pandemia e das restrições sanitárias ainda em vigor. Mas agora, em 2024, não há desculpas: o estúdio Warner Bros. precisa que Mortal Kombat II se destaque num mercado competitivo para garantir a continuidade da saga no cinema.

O orçamento do novo filme ainda não foi divulgado, mas tudo indica que a produção ganhou um impulso considerável — e a entrada de nomes como Karl Urban é um sinal claro dessa ambição.

Um legado sangrento que não morre

A saga Mortal Kombat não é propriamente novata em adaptações cinematográficas. Os filmes de 1995 e 1997 (sim, aquele com Christopher Lambert como um Raiden de cabelo branco) marcaram época, ainda que com resultados mistos. Seguiram-se séries de animação e imagem real, sempre com uma legião de fãs pronta a reencontrar os seus guerreiros favoritos.

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Com este novo capítulo, Mortal Kombat II parece finalmente ter encontrado o equilíbrio entre nostalgia e brutalidade moderna. E com Johnny Cage a distribuir pontapés e piadas más em igual medida, o ringue está pronto — que comece o combate.

“Eddington”: Ari Aster Transforma a Pandemia Num Western de Horror Satírico e Não Há Máscara Que Nos Proteja Disto

🎬 Enquanto muitos de nós passávamos o confinamento a fazer pão de massa mãe ou a ver Tiger King, Ari Aster estava a escrever um western. Mas não um western qualquer — Eddington, o seu novo filme, é um mergulho absurdo, violento e profundamente desconfortável no inferno social e político que foi (e ainda é) viver num mundo pós-2020.

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Um western na era dos vírus… e dos virais

A história passa-se em Nova Iorque? Não. Los Angeles? Nem por isso. Em Eddington, tudo acontece numa pequena cidade fictícia do Novo México, onde o xerife Joe Cross (Joaquin Phoenix) decide concorrer à câmara contra o popular presidente Ted Garcia (Pedro Pascal). O que começa como uma rixa política evolui para um confronto pessoal que explode nas redes sociais e se alastra às ruas.

O uso de máscaras, os conflitos raciais, o culto da desinformação e o espectro constante da violência são explorados de forma sarcástica, brutal e por vezes surreal — tudo em pleno confinamento, com personagens que parecem saídas de um feed de Twitter particularmente inflamado.

A verdadeira infecção? As redes sociais

Para construir este cenário apocalíptico mas reconhecível, Aster mergulhou no mundo digital: criou várias contas em redes sociais para compreender os diferentes “algoritmos ideológicos” e anotou obsessivamente comportamentos e frases durante o confinamento. O resultado é uma galeria de personagens tão caricatas quanto trágicas:

  • Louise (Emma Stone), mulher do xerife, dividida entre a mãe conspiracionista (Deirdre O’Connell) e o líder carismático de um culto à la QAnon (Austin Butler);
  • O vice-xerife negro (Micheal Ward), envolvido nas manifestações após o caso George Floyd;
  • Um adolescente activista de fachada (Cameron Mann), mais interessado em impressionar uma rapariga do que em mudar o mundo.

“A crítica não é às personagens, é à tecnologia que as distorce”, explica Aster. Eddington é, acima de tudo, um retrato do colapso comunicacional — um mundo onde ninguém consegue sequer concordar sobre o que está a acontecer.

Um vírus invisível, mas omnipresente

Curiosamente, muito poucos personagens estão doentes com COVID no filme. Como o próprio realizador resume: “Há muitos vírus em Eddington. Muitos virais.” A pandemia é mais pano de fundo do que tema central — mas a sua presença é esmagadora, não pelos sintomas físicos, mas pela fratura social irreversível que desencadeou.

Há ainda uma segunda ameaça a pairar sobre a cidade: um centro de dados alimentado por inteligência artificial a ser construído às portas de Eddington. O futuro parece tão distópico como o presente, com Aster a sugerir que estamos apenas a viver uma crise enquanto outra, ainda maior, fermenta nos bastidores.

Ari Aster, o profeta do apocalipse moderno?

Com Hereditário e Midsommar, Aster reinventou o horror com um toque de elegância e perturbação psicológica. Em Beau Is Afraid, levou-nos à beira do absurdo existencial. Agora, com Eddington, parece querer dizer: o verdadeiro terror já aconteceu — e ninguém sabe como lidar com isso.

Durante a pandemia, encontrou consolo nas caminhadas e nos livros. Mas admite que escreveu este guião “em estado de ansiedade e de pânico, que só tem aumentado”. E confessa estar desesperado por uma visão do futuro que não seja dominada pelo medo.

Por enquanto, oferece-nos Eddington — um espelho deformado da sociedade moderna, onde o western clássico se cruza com sátira política, comédia negra e a angústia de uma época que ainda não digerimos por completo.

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E quanto a uma sequela? “Está a borbulhar na minha cabeça… mas gostava apenas de viver numa altura menos estranha, por favor”, diz, entre risos nervosos. Se fosse outra pessoa, riríamos com ele. Mas vindo de Ari Aster, ficamos antes à espera do próximo pesadelo.

“Dead City” Vai Sobreviver Mais Um Inverno: Spin-off de The Walking Dead Renovado Para Terceira Temporada

🧟‍♂️ Não há apocalipse que os pare! A AMC Networks anunciou oficialmente que The Walking Dead: Dead City vai regressar para uma terceira temporada, consolidando-se como um dos spin-offs mais bem-sucedidos do universo de zombies mais popular da televisão.

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Uma Nova Era em Manhattan (com velhos fantasmas à espreita)

A série, disponível em Portugal através do serviço de streaming AMC Selekt, acompanha Maggie Rhee (Lauren Cohan) e Negan Smith (Jeffrey Dean Morgan), duas personagens que passaram de inimigos mortais a aliados relutantes, numa caminhada emocional por um mundo em ruínas. A primeira temporada mergulhou-nos numa Manhattan pós-apocalíptica, isolada do continente, onde o caos, a violência e um inesperado sentido de comunidade convivem num frágil equilíbrio.

Agora, a terceira temporada promete elevar a fasquia. Segundo o anúncio oficial, Maggie e Negan tentam fundar a primeira comunidade próspera em Manhattan desde o apocalipse. Mas, como seria de esperar no mundo de The Walking Dead, a paz tem sempre prazo de validade. O caos irrompe e a pergunta impõe-se: será que os traumas do passado vão condenar o futuro?

Novo showrunner, velha experiência

Para esta nova etapa, a série terá um novo timoneiro criativo: Seth Hoffman, argumentista veterano da série original, responsável por episódios marcantes como ‘JSS’ e ‘Sem Saída’, além de passagens por Dr. House e Prison Break. A produção da nova temporada arranca no outono, em Boston (Massachusetts).

Dan McDermott, presidente da AMC Studios, expressou gratidão a Eli Jorné, showrunner das duas primeiras temporadas, e mostrou entusiasmo com o regresso de Hoffman:

“Estamos muito satisfeitos por poder contar com um veterano de The Walking Dead à frente de uma nova temporada que, acompanhada dos brilhantes Lauren Cohan e Jeffrey Dean Morgan, trará novos adversários e alianças”.

Já o próprio Hoffman confessou estar entusiasmado com o desafio:

“É uma verdadeira honra construir o seguinte capítulo para as icónicas aventuras de Maggie e Negan em Dead City”.

Uma cidade, duas forças em colisão

A dinâmica entre Maggie e Negan continua a ser o coração pulsante de Dead City. Desde o assassinato brutal de Glenn até à tensa aliança em tempos de crise, os dois personagens protagonizam uma das relações mais complexas e imprevisíveis de todo o universo TWD — e é precisamente essa tensão emocional que mantém os fãs colados ao ecrã.

A renovação para uma terceira temporada não só reforça o sucesso da série, como também demonstra o fôlego de um universo pós-The Walking Dead, que continua a expandir-se com histórias mais localizadas, intensas e emocionalmente ricas.

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Preparem-se: os mortos continuam a andar… e Maggie e Negan também.

Fernanda Torres no Júri de Veneza: Um Regresso Triunfal ao Festival que a Consagrou

🎬 Um ano depois de ter brilhado com Ainda Estou Aqui, Fernanda Torres regressa a Veneza — desta vez do outro lado da cortina. A actriz e argumentista brasileira foi escolhida para integrar o júri principal da 82.ª edição do Festival de Cinema de Veneza, que decorre entre 27 de Agosto e 6 de Setembro.

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É um regresso com sabor a consagração: em 2024, Ainda Estou Aqui arrecadou o prémio de Melhor Argumento no Lido e acabaria por conquistar o Óscar de Melhor Filme Internacional. Agora, cabe a Fernanda ajudar a decidir quem sucede aos vencedores, ao lado de nomes de peso do cinema mundial.

Um júri com estrelas e autores

O júri que decidirá o Leão de Ouro — o prémio máximo do festival — será presidido pelo realizador norte-americano Alexander Payne, conhecido por filmes como Nebraska ou The Descendants. Juntam-se a ele:

  • A actriz chinesa Zhao Tao, presença marcante no cinema de Jia Zhangke e vencedora do Leão de Ouro com Natureza Morta (2006).
  • O francês Stéphane Brizé, realizador de O Valor de um Homem.
  • A italiana Maura Delpero, autora de Maternal.
  • O romeno Cristian Mungiu, Palma de Ouro em Cannes por 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias.
  • O iraniano Mohammad Rasoulof, cineasta dissidente que ganhou o Urso de Ouro com There Is No Evil.

É um painel que equilibra vozes femininas, olhares autorais e uma diversidade cultural notável — com Fernanda Torres a representar o cinema em língua portuguesa ao mais alto nível.

Horizontes e primeiras obras: Júris alternativos também revelados

Na secção Horizontes, dedicada às novas linguagens do cinema, o destaque vai para a presidente do júri, Julia Ducournau, que venceu a Palma de Ouro em Cannes com Titane. Com ela estarão:

  • O artista visual italiano Yuri Ancarani;
  • O crítico argentino Fernando Enrique Juan Lima;
  • A realizadora australiana Shannon Murphy;
  • E o cineasta e fotógrafo norte-americano RaMell Ross.

Já o júri do Prémio Luigi De Laurentiis, que distingue a melhor primeira obra, será liderado pela britânica Charlotte Wells (Aftersun), com Erige Sehiri (França/Tunísia) e Silvio Soldini (Itália).

Uma edição cheia de simbolismo… e cinema de qualidade

A 82.ª edição do festival abrirá com “La Grazia”, o novo filme do italiano Paolo Sorrentino, e prestará uma homenagem especial à lendária Kim Novak, com a atribuição do Leão de Ouro de Carreira.

E para os amantes do cinema português, há uma pérola imperdível: “Aniki Bóbó”, o primeiro filme de Manoel de Oliveira, será exibido numa secção dedicada a obras-primas restauradas — uma curadoria pessoal do director artístico Alberto Barbera.

Um símbolo do reconhecimento internacional da lusofonia

O convite a Fernanda Torres não é apenas um reconhecimento do seu talento individual — é também um marco para o cinema falado em português num dos palcos mais importantes do mundo. Depois do impacto de Ainda Estou Aqui, este regresso sela um ciclo de afirmação internacional para a actriz e para o cinema brasileiro, num festival que nunca deixou de valorizar o olhar autoral.

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Com Alexander Payne ao leme, e Fernanda como parte integrante do júri, a edição de 2025 do Festival de Veneza promete um equilíbrio entre tradição e novidade, emoção e reflexão — como só o grande cinema sabe fazer.


Morreu Alan Bergman: O Homem que Pôs o Amor em Letra e Ganhou Óscares com Isso

🎵 “Mem’ries, light the corners of my mind…” — é impossível não cantarolar esta frase sem pensar em Alan Bergman. O lendário compositor norte-americano faleceu aos 99 anos, na sua casa em Los Angeles, na noite de quinta-feira. Estaria prestes a completar um século de vida a 11 de Setembro. Mas se o corpo se vai, o legado permanece — e que legado.

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Uma vida ao ritmo da música… e do cinema

Alan Bergman foi, ao lado da esposa Marilyn Bergman (falecida em 2022), um dos nomes mais influentes da canção cinematográfica norte-americana. Não estamos a falar apenas de um compositor: estamos a falar de uma dupla que ajudou a definir o som emocional de Hollywood durante décadas.

Os Bergman coleccionaram estatuetas douradas, Emmys, Grammys e reconhecimento de todas as áreas do entretenimento. A sua parceria com nomes como Michel Legrand, Marvin Hamlisch ou John Williams originou temas inesquecíveis — e sim, também daqueles que nos fazem puxar o lenço.

Canções que marcaram gerações (e ganharam prémios)

Se “The Way We Were” (O Nosso Amor de Ontem, 1973) vos soa familiar, é porque é mesmo um dos grandes clássicos da história do cinema. E deu aos Bergman e a Marvin Hamlisch um Óscar e um Grammy. A icónica “The Windmills of Your Mind”, do filme O Grande Mestre do Crime (The Thomas Crown Affair, 1968), composta com Michel Legrand, valeu-lhes o primeiro Óscar. Já Yentl (1983), protagonizado e realizado por Barbra Streisand, rendeu outra estatueta — desta vez pela banda sonora adaptada, novamente com Legrand.

Ao todo, Alan e Marilyn somaram 16 nomeações para os Óscares, conquistando três vitórias. Em 1983, chegaram mesmo a dominar a categoria de Melhor Canção Original com três das cinco nomeações — perderam, curiosamente, para Up Where We Belong, de Oficial e Cavalheiro.

Mais do que filmes: cultura pop e televisão

A música dos Bergman não ficou presa à fita de celulóide. Temas compostos por eles aparecem em Os Simpsons, Family Guy, Stranger Things, Hawkeye (Marvel) e até em Austin Powers, Escola de Rock ou Deadpool 2. As suas letras foram cantadas por lendas como Frank Sinatra, Barbra Streisand, Ray Charles, Tony Bennett, Dean Martin, Neil Diamond e Fred Astaire — um verdadeiro hall of fame da música.

Também escreveram canções para séries como Maude (1972) e Good Times (1974), além de participações marcantes no universo dos especiais de televisão de Barbra Streisand, que lhes valeram quatro Emmys.

Parcerias lendárias

É difícil enumerar todos os grandes nomes com quem colaboraram, mas aqui vai uma amostra:

  • Quincy Jones — juntos criaram “In the Heat of the Night” (1967), cantada por Ray Charles.
  • Dave Grusin — colaboraram em …E Justiça Para Todos (1979), Tootsie (1982), e Dias de Glória… Dias de Amor (1991).
  • John Williams — trabalharam em Fitzwilly (1967), Um Amor Simples (1972), Yes, Giorgio (1982) e Sabrina (1995).
  • Henry Mancini, Maurice Jarre, Johnny Mandel e Elmer Bernstein também cruzaram caminhos musicais com os Bergman.

Um toque de poesia em cada verso

Mais do que compositores de música, Alan e Marilyn eram poetas. A sua escrita conseguia condensar emoções complexas — amor, perda, nostalgia, esperança — em poucas linhas, com uma simplicidade desarmante.

Alan Bergman deixa-nos aos 99 anos, mas a sua música continuará a tocar, seja nos grandes ecrãs, nos discos antigos, nas playlists actuais ou nos cantos mais sentimentais da nossa memória. Afinal, como escreveu ele próprio:

“Mem’ries may be beautiful and yet, what’s too painful to remember, we simply choose to forget…”
Um Monge, Uma Espingarda e Muitas Surpresas: A Joia Nepalesa Chegou ao FilmIn 

Mas a música dele? Essa, nunca será esquecida