“Superman” Voou Alto nas Bilheteiras: Estreia de James Gunn é um dos Grandes Triunfos de 2025

O novo filme Superman, realizado por James Gunn e protagonizado por David Corenswet, estreou-se com força nas bilheteiras norte-americanas, arrecadando cerca de 123 milhões de dólares no seu primeiro fim de semana. Trata-se de um arranque robusto para o primeiro capítulo da nova fase do universo DC – intitulada “Gods and Monsters” – e de um claro sinal de confiança dos espectadores na visão optimista e humanista que Gunn trouxe para o super-herói mais icónico da cultura pop.

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Apesar das expectativas inflacionadas (alguns analistas previam uma abertura entre 140 e 150 milhões), os resultados são sólidos e posicionam o filme como o segundo maior arranque para um filme de Superman, apenas atrás de Batman v Superman: Dawn of Justice (166 milhões) e acima do reinício anterior de Zack Snyder, Man of Steel (116,6 milhões).

Para a Warner Bros. e a DC Studios, este é o segundo filme do ano a ultrapassar os 100 milhões de dólares na estreia, depois de A Minecraft Movie (162 milhões), o que confirma um momento positivo para o estúdio numa temporada de verão tradicionalmente competitiva.

Uma estreia com pernas para andar

Os indicadores de satisfação do público são animadores: o filme obteve uma classificação de A- no CinemaScore (a mesma de Man of Steel) e uma impressionante pontuação de 94% no Rotten Tomatoes por parte do público, o que sugere que a narrativa de Gunn está a ressoar de forma positiva. O filme também registou um “definite recommend” de 74% no PostTrak e um “score positivo” de 86%.

Parte do sucesso poderá também dever-se a um marketing eficaz, com destaque para a exibição do trailer antes do gigantesco A Minecraft Movie, o que terá ajudado a colocar o novo Superman na mira de públicos mais jovens e familiares. A Warner, segundo dados da EntTelligence, conseguiu fazer chegar o trailer a mais de 95 milhões de espectadores em sala.

Um filme para todos?

Gunn assumiu desde o início que queria contar uma história de bondade e esperança. Em entrevista ao Sunday Times, o realizador afirmou: “Superman é a história da América… de um imigrante que vem de outro lugar. Mas para mim é, acima de tudo, uma história sobre a gentileza humana, um valor que perdemos.”

Esta leitura mais “humanista” do super-herói não passou incólume à crítica conservadora. Algumas figuras mediáticas como Kellyanne Conway, habitual presença em The Five da Fox News, acusaram o filme de ter uma agenda ideológica. Mas os números provam o contrário: os condados tradicionalmente republicanos nos EUA (os chamados “red counties”) registaram níveis de bilheteira em linha com os padrões de filmes PG-13, afastando o fantasma de um boicote político.

Gunn parece ter encontrado o equilíbrio: um filme com emoção, humor, espectáculo e um subtexto social subtil, mas não panfletário.

Corenswet, Brosnahan e o poder de um elenco unido

David Corenswet (o novo Clark Kent) e Rachel Brosnahan (Lois Lane) foram bem recebidos, mas uma das grandes surpresas foi Nicholas Hoult como Lex Luthor. O seu desempenho, frio e calculista, trouxe uma nova dimensão ao vilão. Outro destaque foi a portuguesa Sara Sampaio no papel de Eve Teschmacher, cuja interpretação trouxe leveza e empatia inesperadas à assistente de Luthor.

O ambiente nas filmagens foi, segundo relatos, marcado por colaboração e camaradagem. A crítica elogiou também a reinterpretação visual e sonora da mitologia de Superman, com direito a apontamentos nostálgicos (incluindo referências musicais ao tema de John Williams) mas sem perder frescura.

Um voo que pode durar

Com 42% da bilheteira a vir de formatos premium (IMAX e PLF) e uma presença forte entre os menores de 35 anos (66% do público total), o filme demonstra vitalidade nas faixas demográficas mais procuradas pelos estúdios. A maior faixa etária foi a dos 18-24 anos (31%), o que mostra que a personagem continua a inspirar novas gerações.

Mesmo que o filme não chegue aos 1.000 milhões globais como outros colossos do género, está bem posicionado para garantir longevidade nas salas e lançar as bases de uma nova era para a DC Studios.

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Com uma estreia calorosa tanto no box office como na crítica, Superman confirma que a abordagem emocional e luminosa de James Gunn encontrou o seu público. E, pelo menos por agora, o Homem de Aço voltou a voar alto

Ed Helms confessa que os pais conservadores não esperavam vê-lo em “The Hangover”

🎬 “A Ressaca” (título original: The Hangover) foi um fenómeno de bilheteira em 2009, com mais de 469 milhões de dólares arrecadados e dois filmes seguintes que consolidaram o seu estatuto como uma das comédias mais irreverentes da década. Mas para Ed Helms, que interpreta o contido dentista Stu Price, a entrada nesse universo cinematográfico esteve longe de ser um passo óbvio — especialmente considerando as suas origens familiares.

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Em conversa recente com Ted Danson, no podcast da SiriusXM Where Everybody Knows Your Name, o actor revelou que cresceu “num lar sulista reprimido, politicamente muito progressista, mas ainda assim socialmente conservador”. E, segundo ele, The Hangover era “tudo menos” aquilo que os pais tinham em mente para o filho.

“Não foi para isto que me educaram”, confessou Helms, entre risos. “Estavam habituados a ver-me em coisas como o The Daily Show ou The Office, portanto já tinham aceitado algum grau de loucura, mas mesmo assim estava nervoso com a ideia de os levar à estreia de The Hangover.”

A reacção da mãe, no entanto, não podia ter sido mais inesperada — e tocante.

“As luzes acendem-se e vejo a minha mãe a chorar. E, por um segundo, pensei: ‘Acabei de partir o coração da minha pobre mãe?’. Mas afinal eram lágrimas de riso. Ela virou-se para mim e disse: ‘Foi tão engraçado’, e deu-me um grande abraço. Nunca esquecerei esse momento. Foi especial.”

O sucesso repentino e o caos interior

Helms, que tinha 35 anos quando o primeiro filme estreou, já era conhecido do público graças à série The Office, onde interpretava o hilariantemente insuportável Andy Bernard. Mas nada o preparou para o nível de fama que The Hangoverlhe trouxe — e admite que não foi fácil lidar com isso.

“Foi um tornado de fama. Estava a receber guiões para todos os tipos de projectos e a pensar: ‘O que faço agora?’. Andava em pânico, sem saber que carreira queria seguir.”

Apesar do caos, encontrou estabilidade nos colegas de elenco: Zach Galifianakis e Bradley Cooper. Segundo Helms, o trio funcionava como um sistema de apoio mútuo.

“Se não fossem eles, acho que teria perdido o juízo. Estávamos todos a tentar manter os pés no chão. Foi uma forma de não nos deixarmos levar pela fama.”

Do conservadorismo ao culto da comédia

Ed Helms tem sido uma figura relativamente discreta desde a trilogia The Hangover, mas a sua carreira equilibra comédias mainstream com projectos mais pessoais. Ainda assim, continua a ser lembrado como o homem que arrancou um dente verdadeiro em nome da comédia (sim, aquela cena foi inspirada numa situação real: Helms tem um implante dentário e removeu-o para filmar uma das sequências).

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É curioso — e até inspirador — ver como um actor criado num ambiente onde The Hangover seria tudo menos apropriado, acabou por se tornar num dos rostos icónicos da comédia do século XXI. E com o selo de aprovação da própria mãe.

Corrida a 007: Nova Aposta Surpreende na Disputa pelo Próximo James Bond

A busca pelo próximo James Bond continua a aquecer e, para surpresa de muitos, um nome até agora praticamente desconhecido está a conquistar terreno entre os favoritos. Scott Rose-Marsh, actor britânico com poucos créditos no currículo, tornou-se um inesperado fenómeno nas casas de apostas online — e parece decidido a desafiar os pesos-pesados da indústria.

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De acordo com os dados mais recentes da Betfair, Rose-Marsh surge com odds de 11/8, ultrapassando nomes como Aaron Taylor-Johnson (2) e Henry Cavill (1/10), que até agora lideravam a lista de candidatos ao papel de 007. Este aumento súbito nas apostas sugere uma crescente curiosidade e apoio dos fãs, mesmo sem qualquer confirmação oficial sobre o elenco do novo filme da saga.

Quem é Scott Rose-Marsh?

Para a maioria dos cinéfilos, o nome poderá soar desconhecido. Rose-Marsh conta com participações discretas em filmes como Wolves of War (2022) e na série The Outlaws. Mas, se a história da franquia nos ensina alguma coisa, é que a escolha de um Bond inesperado não é inédita. George Lazenby foi um completo desconhecido quando substituiu Sean Connery em Ao Serviço de Sua Majestade, e Timothy Dalton também chegou ao papel sem o estatuto de estrela mundial. Mesmo Daniel Craig, apesar de uma carreira sólida, viu a sua fama catapultar-se após Casino Royale (2006).

Esta tradição de apostar em talentos emergentes pode dar força à candidatura de Rose-Marsh — ainda que a idade possa pesar contra ele. Com 37 anos, fica acima da faixa etária idealizada pelos produtores e pela Amazon, que segundo rumores procuram um actor britânico com menos de 30 anos para rejuvenescer a personagem. Isso poderá igualmente excluir outros favoritos como Taylor-Johnson (35) e Henry Cavill (42).

Uma lista de concorrentes cada vez mais imprevisível

Entre os nomes mais discutidos continuam a destacar-se Theo James, Tom Holland, Paddy Gibson, Jack Lowden, Aaron Pierre e Harris Dickinson. Alguns destes, como Holland (29 anos) e Dickinson (29), encaixam perfeitamente no perfil desejado. Já Aaron Pierre tem sido apontado como um dos favoritos internos à produção, beneficiando da sua presença magnética e do crescente reconhecimento crítico.

Idris Elba, há muito sugerido por fãs, parece cada vez mais fora da equação com os seus 52 anos — além de já ter manifestado várias vezes o seu desinteresse em assumir o papel. Henry Golding, por seu lado, mostrou entusiasmo, mas sugeriu que gostaria de ver uma expansão do universo Bond, com mais agentes 00. “Porque não criar novos agentes? Isso daria muito mais liberdade, sem o peso da pressão cultural”, disse numa entrevista.

O que sabemos sobre o novo filme?

Ainda sem título oficial, o 26.º filme de James Bond será realizado por Denis Villeneuve (DuneBlade Runner 2049), que prometeu uma abordagem fiel às origens do espião britânico. “Bond é sagrado para mim”, confessou. “Vi todos os filmes com o meu pai, desde Dr. No com o Sean Connery. Sinto-me honrado por poder contribuir para este legado”.

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Embora não exista ainda uma data de estreia confirmada, estima-se que o filme só chegue aos cinemas em 2028, dando tempo para um planeamento meticuloso e — como se vê — uma escolha ponderada do novo protagonista. A julgar pelo actual entusiasmo em torno das apostas, o público está mais do que pronto para um novo capítulo… mesmo que venha de um rosto ainda pouco conhecido.

James Brolin, o Bond Que Quase Foi: Quando Roger Moore Mudou de Ideia à Última Hora

Nos bastidores do cinema, existem histórias que, se tivessem tido um final ligeiramente diferente, poderiam ter mudado por completo o rumo da sétima arte. Uma dessas histórias envolve James Brolin, actor veterano de Hollywood, que esteve a centímetros de vestir o icónico fato de espião com licença para matar… até Roger Moore dizer que afinal ainda não era altura de largar o volante do Aston Martin.

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O Verão de 1983: Um Agente em Suspense

Estamos em 1983. Roger Moore, que já havia dado corpo e charme britânico a James Bond em seis filmes, estava a ponderar seriamente reformar-se da personagem. Foi nessa altura que os produtores da saga, com Cubby Broccoli à cabeça, começaram a procurar alternativas. E encontraram uma promessa segura do outro lado do Atlântico: James Brolin.

Brolin, que já havia alcançado notoriedade com The Amityville Horror (1979), foi chamado a Londres, conheceu os produtores, instalou-se num apartamento e começou a treinar com os duplos. A decisão parecia tomada. James Brolin ia ser o próximo Bond, e tudo apontava para que Octopussy fosse o seu filme de estreia como 007.

Mas antes de assinar contrato, o telefone tocou.

Roger Moore tinha mudado de ideias. Ia voltar, afinal, para mais um filme. Brolin foi dispensado — sem ressentimentos, mas com a vaga de Bond a escapar-lhe por entre os dedos.

Um “Superman” Rejeitado e um Carreira de Carácter

Curiosamente, esta não foi a única oportunidade “titânica” recusada por James Brolin. Noutra ocasião, foi-lhe oferecido o papel de Superman no filme de Richard Donner, que viria a lançar Christopher Reeve para o estrelato. Mas Brolin recusou: “Não me via pendurado por fios com um collant vermelho. Não era o tipo de carreira que queria”, explicou numa recente entrevista à People.

Com o tempo, James Brolin encontrou o seu espaço — não como herói de acção, mas como actor de carácter. Participou em filmes como Traffic (2000), Catch Me If You Can (2002), ao lado de Leonardo DiCaprio, e emprestou a sua voz ao vilão Zurg no spin-off Lightyear da saga Toy Story.

E Roger Moore?

Moore, por sua vez, viria a interpretar James Bond em mais dois filmes: Octopussy (1983) e A View to a Kill (1985). Com sete aparições no papel, continua a ser o actor que mais vezes vestiu a pele do agente secreto no grande ecrã.

Tinha 56 anos quando filmou Octopussy, e o seu legado como um dos Bonds mais carismáticos (e cómicos) permanece até hoje.

Uma Vida de Hollywood — e de Amor

James Brolin não desapareceu nas sombras. Desde 1998 é casado com a cantora e actriz Barbra Streisand, com quem forma um dos casais mais queridos da indústria. Curiosamente, foi um comentário que Brolin fez sobre o início do seu romance com Streisand que inspirou a compositora Diane Warren a escrever o tema “I Don’t Want to Miss a Thing”, imortalizado por Aerosmith no filme Armageddon (1998).

Brolin é também pai de Josh Brolin, estrela de filmes como No Country for Old Men e Milk, e uma figura de peso no cinema contemporâneo.

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E se…?

Fica a pergunta inevitável: como teria sido James Brolin como James Bond? Teria trazido um ar mais americano ao agente britânico? Teria durado mais do que um filme? Nunca saberemos. Mas numa realidade paralela, Octopussy foi protagonizado por um Bond de Los Angeles… e Roger Moore estava confortavelmente reformado numa villa algarvia (quem sabe?).