Courtney Henggeler Despede-se de Hollywood: “Estava Faminta e Cansada de Sobreviver com Migalhas”

🎬 Courtney Henggeler, conhecida do grande público como Amanda LaRusso na série Cobra Kai, decidiu abandonar definitivamente a carreira de atriz — e fê-lo com uma carta de despedida tão sincera quanto amarga. Mais do que um adeus, o seu testemunho tornou-se uma reflexão sobre as exigências da indústria, os sacrifícios silenciosos e o peso da desilusão.

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A decisão chegou pouco depois de terminar as gravações da sexta e última temporada de Cobra Kai, e foi partilhada com os fãs numa publicação pessoal na plataforma Substack. A atriz, que conta hoje com 46 anos, encerra assim uma carreira de duas décadas marcadas por papéis secundários, lutas persistentes e uma constante sensação de instabilidade.


Um percurso que nunca se tornou confortável

Henggeler entrou no mundo da representação em 2005, com uma breve aparição em House. Seguiram-se participações pontuais em séries como The Big Bang TheoryNCISCriminal Minds ou Mom, onde a sua presença passava frequentemente despercebida ao grande público.

O reconhecimento só chegou com Cobra Kai, quando assumiu o papel da esposa de Daniel LaRusso (Ralph Macchio) numa das séries revivalistas mais populares da última década. Ainda assim, e apesar da visibilidade, a atriz revela que a experiência não foi suficiente para preencher o vazio de uma carreira sempre em suspenso.

“Depois de mais de 20 anos a lutar a boa causa na indústria da representação, pendurei as luvas. Liguei aos meus agentes e disse que ia desistir. Não queria mais ser uma engrenagem na roda da máquina”, escreveu. O desabafo ressoou entre muitos artistas que vivem precisamente na mesma corda bamba emocional e financeira.


O sonho de Hollywood… e a realidade dos bastidores

A indústria do entretenimento está repleta de histórias de sucesso meteórico. Mas há uma realidade muito menos falada: a dos atores que vivem entre castings falhados, contratos temporários e promessas que nunca se concretizam. Henggeler descreve essa vivência com palavras duras, mas honestas:

“Sobrevivemos das migalhas. Enchemos a nossa chávena com a possibilidade; as nossas canecas com ilusão. Os nossos pratos estavam vazios, mas uma galinha dos ovos de ouro pairava sobre as nossas cabeças.”

Estas palavras descrevem uma vivência emocional de frustração permanente, na qual o reconhecimento tarda e o trabalho árduo raramente compensa. Mesmo após trabalhar com nomes como George Clooney, a atriz revela nunca ter sentido segurança ou verdadeira realização na carreira que abraçou por paixão.


O valor de parar para recomeçar

O que mais impressiona no testemunho de Courtney Henggeler é a coragem de parar — não por falta de talento, mas por excesso de lucidez. Num momento em que o sucesso parece medido em seguidores e contratos com plataformas de streaming, a atriz escolheu afastar-se para procurar algo que a preencha de forma mais autêntica.

Não são conhecidos, para já, os seus próximos passos. Mas a despedida, publicada com tom sereno e firme, aponta para uma fase de reinvenção. “Estava faminta. E não era por comida”, confessou.

O seu percurso, embora marcado por altos e baixos, oferece uma visão crua e necessária daquilo que é viver da representação sem nunca ter verdadeiramente “chegado lá” — mesmo quando se alcança o ecrã.


Uma saída que é também um espelho

A despedida de Courtney Henggeler surge num momento em que muitas figuras da indústria estão a reavaliar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional, especialmente após a pandemia e as recentes greves de actores e argumentistas. O caso de Henggeler não é isolado — mas é um lembrete forte de que nem sempre o sucesso visível representa bem-estar real.

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Para os fãs de Cobra Kai, é o fim de uma era. Para a própria atriz, é talvez o início de algo mais profundo. Como ela própria diz: “Já não quero ser apenas mais uma peça na engrenagem”.

Quando o Futuro Chega Cedo Demais: Os Episódios de Black Mirror Que Já Não São Distopia

Durante anos, Black Mirror foi visto como um exercício de ficção distópica — um espelho negro que exagerava tendências para nos mostrar até onde poderíamos chegar se não tivéssemos cuidado com a tecnologia e a forma como ela molda a sociedade. Mas em 2025, muitos dos episódios da série de Charlie Brooker deixaram de parecer exageros. O que antes era alerta, hoje é realidade — e isso talvez seja o maior plot twist da televisão contemporânea.

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Neste artigo, reunimos alguns dos episódios mais emblemáticos da série e comparamos com aquilo que já acontece no mundo. A pergunta não é “Será que isto vai acontecer?” — é “Como é que não demos por isso mais cedo?”


“Nosedive” (Temporada 3, Episódio 1) — A tirania das estrelas

O episódio mostra uma sociedade onde cada interação social é pontuada com uma classificação de 1 a 5 estrelas. A pontuação determina acesso a habitação, empregos, transportes, até amizades. Parece absurdo?

Na China, já existe um sistema de crédito social que avalia o comportamento dos cidadãos. E nas nossas mãos, seguramos diariamente apps como Uber, Airbnb ou mesmo o Instagram, onde tudo é “gostado”, avaliado e “ranqueado”. A ideia de que a tua pontuação social pode definir a tua vida profissional, romântica ou financeira… já está em curso.


“Be Right Back” (Temporada 2, Episódio 1) — Os mortos não descansam em paz

Uma mulher perde o companheiro num acidente e acaba por recorrer a um serviço que, através de dados digitais, recria a personalidade do falecido. Primeiro por mensagens, depois por voz. Eventualmente, por corpo.

Em 2023, a Amazon apresentou uma IA capaz de imitar a voz de familiares a partir de uma gravação de poucos segundos. Startups oferecem serviços de “clone digital” de entes queridos, permitindo continuar a interagir com eles após a morte. Aquilo que parecia morbidez ficcional é agora uma proposta de serviço premium.


“Fifteen Million Merits” (Temporada 1, Episódio 2) — O entretenimento como moeda

Num mundo onde tudo gira em torno de reality shows e pontos digitais, as pessoas pedalam em bicicletas para gerar energia e, em troca, consomem conteúdos superficiais. A fama é a única escapatória.

Hoje, o TikTok, o YouTube e os streams gamificados oferecem literalmente recompensas por tempo de visualização, participação e viralidade. Há adolescentes que treinam coreografias como quem se prepara para uma audição. Influencers são ídolos. E a linha entre realidade e performance é cada vez mais ténue.


“The Entire History of You” (Temporada 1, Episódio 3) — Memória sob vigilância

Imagina poder rever todas as tuas memórias como vídeos. A premissa do episódio torna-se pesadelo quando a obsessão por detalhes destrói relações.

Não temos ainda implantes, mas as câmaras, os registos de mensagens, o histórico de pesquisa e as redes sociais já fazem um trabalho notável de armazenar o passado — nem sempre a nosso favor. E mais: quantas discussões já acabaram com “Vê aqui, eu gravei”?


“Hang the DJ” (Temporada 4, Episódio 4) — Algoritmos que escolhem quem deves amar

Uma app de encontros prevê o sucesso de cada relação e determina a duração das mesmas antes de começarem. Os pares aceitam — ou não — o sistema.

Hoje, o Tinder, Bumble e similares já funcionam com base em algoritmos que calculam compatibilidade. Aplicações como Rizz ou AI Cupid utilizam inteligência artificial para escrever a melhor mensagem, fazer o “ice-breaker” perfeito ou sugerir o momento ideal para marcar um encontro. Ainda não entregámos o coração ao algoritmo… mas já o consultamos antes de nos apaixonarmos.


“Smithereens” (Temporada 5, Episódio 2) — A ditadura das notificações

Este episódio retrata o impacto das redes sociais na saúde mental. Um condutor em crise faz refém um funcionário de uma rede social, numa tentativa desesperada de ser ouvido.

Em pleno 2025, os alertas para os impactos psicológicos das redes sociais são quase semanais. Aumentos nos casos de depressão, ansiedade, comparações tóxicas, dependência digital. O feed é infinito, mas o bem-estar está em queda livre.


“White Christmas” (Especial de Natal) — Castigos digitais

Uma tecnologia permite “bloquear” pessoas na vida real, tornando-as visivelmente desfocadas e incapazes de comunicar. E ainda: o castigo de viver eternamente num loop digital.

Hoje, os cancelamentos públicos funcionam como bloqueios sociais à escala global. Mas mais perturbador é o avanço da IA na criação de clones de consciência em ambientes simulados. O conceito de prisão digital — viver num tempo infinito dentro de um software — já foi teorizado por empresas que testam inteligência artificial com aprendizagem em tempo acelerado.


Já não é ficção. É o presente.

Black Mirror nunca foi tanto uma previsão como uma ampliação do presente. O génio da série esteve em levar ao extremo aquilo que já existia à nossa volta. Mas agora, o extremo chegou mais cedo do que pensávamos.

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A ficção científica já não é um espelho deformado do futuro — é um reflexo inquietantemente nítido do agora.

🔥 Smoke: O Novo Thriller Criminal da Apple TV+ com Taron Egerton

A Apple TV+ revelou o primeiro olhar sobre Smoke, uma série de crime intensa que reúne a equipa criativa por trás de Black Bird. A série segue Dave Gudsen (Egerton), um investigador de incêndios, e a detetive Michelle Calderone (Smollett) enquanto perseguem dois incendiários em série no Noroeste do Pacífico  .

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🎭 Elenco de Peso

Além de Egerton e Smollett, o elenco inclui Rafe Spall, Ntare Guma Mbaho Mwine, Hannah Emily Anderson, Anna Chlumsky, Adina Porter, Greg Kinnear e John Leguizamo . 

🎬 Produção

A série é produzida por Apple Studios, com Lehane como criador e produtor executivo. Egerton também atua como produtor executivo, juntamente com Richard Plepler, Bradley Thomas, Dan Friedkin, Kari Skogland, Joe Chappelle e Jane Bartelme . 


Smoke promete ser um dos lançamentos mais aguardados do verão na Apple TV+, combinando drama intenso com performances poderosas.

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Chaplin, Ennio Morricone e John Williams Invadem o Palco: Teatro Nacional de S. Carlos Celebra o Cinema com Música ao Vivo

O cinema vai ganhar nova vida nos próximos meses em Lisboa — e não será numa sala escura, mas sim no palco do Teatro Camões, onde a música de filmes icónicos será interpretada ao vivo por orquestras de excelência. A programação especial do Teatro Nacional de S. Carlos (TNSC), dedicada à sétima arte, leva o público numa viagem sonora que une grandes compositores e cineastas numa celebração da magia cinematográfica.

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Entre os destaques, brilha com força o cine-concerto de “O Grande Ditador” (1940), de Charles Chaplin, que será exibido em cópia restaurada nos dias 30 e 31 de maio, com acompanhamento musical da Orquestra Sinfónica Portuguesa, dirigida pelo maestro norte-americano Timothy Brock.

🎬 Chaplin, o músico escondido por detrás do génio

Mais do que realizador e actor, Chaplin foi também compositor, e este filme — uma sátira mordaz ao totalitarismo e à intolerância — é uma oportunidade única para redescobrir o seu talento musical. O programa destaca duas peças orquestrais usadas por Chaplin com rara sensibilidade: a “Dança Húngara n.º 5”, de Brahms, e o “Prelúdio de Lohengrin”, de Wagner, que acompanham sequências mudas, em claro tributo às origens do cinema.

É também a última vez que Charlot aparece no ecrã, no papel de um barbeiro judeu confundido com o ditador Adenoid Hynkel — uma duplicidade que ressoa mais do que nunca.

🎶 Música para Filmes: de Hitchcock a Lucas

Antes do encontro com Chaplin, a Orquestra Sinfónica Portuguesa, desta vez sob a batuta de José Eduardo Gomes, apresenta no dia 18 de maio, no Parque Eduardo VII, o concerto “Música para Filmes”, uma homenagem a parcerias artísticas lendárias entre realizadores e compositores:

  • Bernard Herrmann & Alfred Hitchcock – Vertigo: Suíte
  • Ennio Morricone & Sergio Leone – Era Uma Vez na América
  • Nino Rota & Federico Fellini – Oito e Meio
  • John Williams & George Lucas – Guerra das Estrelas
  • John Barry & Sydney Pollack – África Minha
  • Leonard Bernstein & Robert Wise – West Side Story

Uma seleção de luxo que promete emocionar qualquer cinéfilo — sobretudo quando interpretada por uma orquestra ao ar livre, no coração de Lisboa.

🎭 De Bernstein ao musical na Figueira da Foz

A homenagem à música no ecrã não fica por aqui. A 21 de junho, o musical “Wonderful Town”, de Leonard Bernstein, sobe ao palco do Teatro Tivoli BBVA, em Lisboa, com encenação musical de Joana Carneiro e um elenco de luxo: Laura Pitt-Pulford, Lara Martins, Luís Rodrigues, entre outros, acompanhados pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos.

O espetáculo será repetido no Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz a 28 de junho. O musical, baseado em contos autobiográficos de Ruth McKenney, teve uma versão televisiva em 1958 com Rosalind Russell, embora nunca tenha chegado ao grande ecrã.


🎬 Numa época em que a música dos filmes muitas vezes passa despercebida, o Teatro Nacional de S. Carlos faz um gesto grandioso: coloca a partitura no centro da narrativa cinematográfica, e devolve-lhe a grandiosidade que merece — ao vivo, em palco, para um público que ainda sabe escutar com o coração.

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🎄 “Uma maldição”: Realizador de Sozinho em Casa 2 Confessa que Gostava de Apagar Donald Trump do Filme

Se já reviu Sozinho em Casa 2 – Perdido em Nova Iorque vezes sem conta no Natal, é provável que se recorde daquele momento peculiar em que Kevin McCallister (Macaulay Culkin) pergunta direcções no átrio do Hotel Plaza… a ninguém menos que Donald Trump. São sete segundos que marcaram o imaginário natalício de milhões — e que o realizador Chris Columbus agora diz que preferia apagar da história do cinema.

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“Tornou-se uma maldição. Um fardo. Só queria que acabasse”, confessou Columbus numa entrevista recente ao San Francisco Chronicle.

E não ficou por aí. Com um toque de sarcasmo, o realizador acrescentou:

“Não posso cortá-lo. Se o fizesse, provavelmente seria expulso do país. Seria considerado impróprio para viver nos EUA. Teria de voltar para Itália ou algo assim.”

🏨 Uma aparição forçada?

O filme de 1992, sequela do clássico natalício Sozinho em Casa, foi rodado em parte no emblemático Hotel Plaza, em Nova Iorque — que na altura pertencia, pois claro, ao próprio Trump. E foi aí que começou a controvérsia.

Em declarações anteriores ao Business Insider, Columbus revelou que a participação de Trump foi uma exigência para permitir as filmagens no local:

“Pagámos a taxa [de filmagem], mas ele disse: ‘Só podem usar o Plaza se eu aparecer no filme.’ Portanto, concordámos.”

O momento sobreviveu à edição final porque, segundo o realizador, durante as exibições de teste, “as pessoas aplaudiram quando ele apareceu”. Um pequeno ‘crowd-pleaser’… que envelheceu mal.

🎭 De cameo simpático a presença incómoda

Depois da escalada política de Trump e, em particular, dos ataques ao Capitólio em janeiro de 2021, o próprio Macaulay Culkin apoiou publicamente a ideia de apagar a cena. E o realizador confessa que desde então a sua percepção mudou totalmente.

“Gostava mesmo de o remover. É um momento desconfortável”, disse Columbus, reiterando que não foi uma decisão artística, mas sim um negócio condicionado.

🧠 Trump responde — à sua maneira

Como seria de esperar, o ex-presidente dos EUA não ficou calado. Na sua rede Truth Social, publicou a sua própria versão dos acontecimentos — quase como se fosse uma fanfiction alternativa:

“Eles imploraram-me para fazer a participação. Estava muito ocupado. Eles foram simpáticos, persistentes, e eu acedi. Aquela pequena aparição foi um sucesso. As pessoas ainda me ligam quando veem o filme!”

E rematou:

“Se não me queriam, por que me colocaram lá e mantiveram durante mais de 30 anos? Porque fui — e ainda sou — bom para o filme!”

A cereja no topo do bolo: Trump ironizou sobre o nome do realizador.

“Columbus? Qual era o nome verdadeiro dele?”


🎬 Seja qual for o lado em que te encontras nesta batalha de versões — entre a magia natalícia e a política do incómodo — o certo é que Sozinho em Casa 2 continua a ser exibido ano após ano, com Trump a apontar o caminho no Plaza… quer queiramos, quer não.

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🧪 Seth Rogen Aponta Foguetes à Silicon Valley (Mas Censuram os Estilhaços na Versão Oficial)

Há quem diga que não se deve misturar ciência com política. Seth Rogen, felizmente, não recebeu esse memorando.

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Durante a 13.ª edição dos Breakthrough Prize, os chamados “Óscares da Ciência”, o actor e argumentista Seth Rogenaproveitou o palco para lançar umas farpas inesperadas — e visivelmente desconfortáveis — a algumas das figuras mais influentes da Silicon Valley. O problema? As críticas foram convenientemente cortadas da versão “completa” que foi publicada posteriormente no YouTube.

🤐 Ciência com edição especial

O evento, realizado a 5 de abril no Barker Hangar, em Santa Monica, juntou estrelas de Hollywood e titãs da tecnologia — incluindo Mark ZuckerbergSergey Brin e o patrocinador principal Yuri Milner. Rogen subiu ao palco ao lado de Edward Norton para apresentar o Prémio Especial em Física, mas rapidamente desviou-se do guião.

Depois de Norton elogiar os filantropos presentes, Rogen não resistiu:

“É incrível que alguns dos presentes nesta sala tenham ajudado a eleger um homem que, só na última semana, destruiu toda a ciência americana.”

Numa clara referência à administração de Donald Trump (e, talvez, a Elon Musk, frequentemente associado ao evento), Rogen foi mais longe:

“É impressionante quanta boa ciência se pode destruir com 320 milhões de dólares e o RFK Jr., e bem rápido.”

A sala reagiu com um misto de silêncio e desconforto. Norton tentou aliviar com um: “Eu diria que foi uma salva… moderada”, ao que Rogen ripostou: “Isso foi uma amostra.”

🧽 Limpeza digital: versão oficial sem ondas

Na semana seguinte, quando o evento foi transmitido no canal oficial da Breakthrough Prize Foundation no YouTube, essas passagens tinham simplesmente desaparecido. Os cortes foram subtis: a “salva moderada” de Norton foi montada para parecer uma piada sobre a entrada no palco, e uma outra piada de Rogen — sobre uma roda que pode girar “para a esquerda ou para a direita” e uma sala que “rola sempre para a direita” — foi também apagada do registo.

Questionada sobre os cortes, a organização respondeu com um clássico:

“A cerimónia deste ano teve uma duração maior do que em anos anteriores, e vários ajustes foram feitos para cumprir o tempo de emissão previsto.”

Pois claro. E Han Solo nunca disparou primeiro.

🎙️ Um habitual “infiltrado”

Esta não é a primeira vez que Seth Rogen surpreende (ou irrita) em cerimónias formais. Nos Emmys de 2021, criticou em direto as medidas COVID da produção. Nos Globos de Ouro de 2024, o seu comentário atrevido sobre Ryan Goslingteve de ser censurado em tempo real.

Se há algo que se pode dizer de Rogen, é que não se perde na tradução entre entretenimento e activismo — mesmo quando isso significa deixar milionários da tecnologia desconfortáveis com a ironia de financiar prémios científicos… enquanto apoiam políticas que cortam nos mesmos fundos públicos para a ciência.


🎬 Num evento que celebra os maiores feitos científicos do planeta, foi uma crítica inesperada — e posteriormente silenciada — que gerou o maior burburinho. Resta saber se, entre átomos e equações, haverá espaço para a honestidade sem cortes nas próximas edições.

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🤖 Robot Dreams – Amigos Improváveis: A Delicadeza de uma Amizade sem Palavras

Numa Nova Iorque dos anos 80, embalada por memórias de uma época de arcadas, walkmans e patins em linha, nasce uma das histórias mais tocantes e singelas do cinema de animação contemporâneo. Robot Dreams – Amigos Improváveis, de Pablo Berger, estreia na televisão portuguesa este domingo, 20 de abril, às 8h55, em exclusivo no TVCine Emotione também disponível no TVCine+. E não, não é só para crianças. É para quem já amou, perdeu, esperou… e ainda acredita.

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🐶🤖 Um cão, um robô… e a cidade que nunca dorme

Inspirado na novela gráfica de Sara Varon, publicada em 2007, o filme acompanha Cão, uma criatura solitária que decide construir um amigo para partilhar os seus dias. O resultado é Robô, uma companhia fiel com quem explora os recantos de Manhattan com entusiasmo infantil e ternura silenciosa.

Mas como tantas amizades na vida real, esta também sofre um golpe inesperado. Um acidente deixa Robô preso… e separados, os dois são forçados a enfrentar o tempo, a saudade e a dúvida: será que o destino os voltará a reunir?

✨ Sem palavras, mas com tudo para dizer

Robot Dreams é um filme sem diálogos. E isso é precisamente o que o torna tão poderoso. Cada olhar, cada gesto, cada nota da banda sonora comunica mais do que mil palavras. A linguagem aqui é universal: é a da amizade, da perda, da esperança.

Realizado por Pablo Berger, que já tinha surpreendido com Branca de Neve (2012), vencedor de dez prémios Goya, esta é a sua primeira incursão na animação — e que estreia. O filme foi ovacionado em Cannes, nomeado para o Óscar de Melhor Filme de Animação em 2023, e já arrecadou mais de 25 prémios internacionais.

As críticas não podiam ser mais elogiosas:

  • “Uma maravilha silenciosa que diz tudo sobre o amor.” – The New York Times
  • “Storytelling visual no seu melhor.” – Empire
  • “Uma animação deliciosamente agridoce.” – IndieWire

🖼️ Animação com alma

Com uma estética retro que nos transporta directamente para as memórias da infância, Robot Dreams não precisa de efeitos especiais para tocar fundo. É feito de silêncios, de rotinas, de esperas à janela e de pequenos gestos que se tornam tudo quando não temos ninguém por perto.

É um retrato subtil da solidão nas grandes cidades, mas também um elogio à capacidade de sonhar, mesmo quando tudo parece perdido. Uma história que tanto pode comover uma criança de 8 anos como um adulto de 80.


🎬 Robot Dreams – Amigos Improváveis estreia este domingo, 20 de abril, às 8h55 no TVCine Emotion e estará também disponível no TVCine+. Prepare os lenços — não pelo drama, mas pela doçura. É uma daquelas histórias que ficam connosco muito depois dos créditos finais.

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🌌 Star Wars Original Está de Volta… Mas George Lucas Não Queria Que Visses Esta Versão

Sim, leste bem. A versão original de Star Wars, tal como estreou em 1977, vai finalmente regressar ao grande ecrã — pela primeira vez em 47 anos. Não estamos a falar das muitas edições especiais, remasterizações ou retoques digitais com dewbacks a grunhir ou Han Solo a contorcer-se para pisar a cauda de Jabba. Esta é a versão que o público viu no verão de 1977… e que George Lucas tem feito tudo para manter escondida desde então.

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🎞️ Uma cópia rara, um evento histórico

A notícia foi avançada pelo The Telegraph: o British Film Institute vai exibir, no seu Film on Film Festival, uma das poucas cópias tecnicolor remanescentes da estreia original de Star Wars — agora conhecido como Episode IV: A New Hope. Esta será a primeira exibição pública desde dezembro de 1978.

A cópia foi mantida em arquivo durante quatro décadas a uma temperatura de -5°C, garantindo que o estado da película continua quase imaculado.

O BFI teve de negociar diretamente com a Disney e a Lucasfilm para obter os direitos de exibição, num gesto que já é visto por muitos fãs como histórico. Afinal, estamos perante a versão antes das alterações de 1981, altura em que George Lucas começou a mexer no filme — e nunca mais parou.

🧪 O caso das Edições Especiais: quando o criador “corrige” o seu próprio clássico

George Lucas nunca escondeu que considera a versão original como… incompleta.

Numa entrevista à Associated Press em 2004, foi taxativo:

“A Edição Especial é a que eu queria ver lançada. A outra está em VHS, se alguém a quiser. Não vou gastar milhões a restaurar um filme que, para mim, nem sequer existe mais.”

Esta visão criativa, ainda que legítima, entrou em conflito direto com uma legião de fãs que se apaixonou precisamente pela versão “inacabada” que viram no cinema entre 1977 e 1981. Desde então, Lucas adicionou cenas, efeitos digitais, e até reescreveu a narrativa com retoques polémicos — como a infame sequência em que Greedo dispara primeiro, ou a recriação digital de Jabba the Hutt.

Para muitos, ver a versão de 1977 num cinema é uma espécie de arqueologia cinematográfica, um reencontro com a pureza narrativa de um dos maiores fenómenos culturais do século XX.

🎟️ A esperança renasce… para alguns

A exibição no BFI está marcada para junho e deverá esgotar em poucos segundos. Os bilhetes serão tão difíceis de obter como os planos da Estrela da Morte. Mas os fãs esperam que esta iniciativa possa abrir caminho a exibições nos EUA ou até a um relançamento mundial, algo que até agora parecia impossível.

Lucas pode continuar a defender a sua visão artística. Mas há algo que o criador não controla totalmente: o poder da nostalgia coletiva. E, como se sabe… rebellions are built on hope.


🎬 Se alguma vez sentiste que o Star Wars que viste não era bem o que viste, talvez estivesses certo. E agora, pela primeira vez em quase cinco décadas, alguns sortudos terão a oportunidade de (re)ver o filme como ele verdadeiramente foi — sem CGI, sem remendos, e com Han a disparar primeiro.

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🧙‍♀️ Snow White Banido no Líbano Devido à Presença de Gal Gadot no Elenco

A nova adaptação live-action da Disney, Snow White, ainda nem chegou às salas de cinema internacionais, mas já está no centro de uma polémica política: o filme foi oficialmente banido no Líbano devido à participação da atriz israelita Gal Gadot, que interpreta a Rainha Má.

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A decisão foi tomada pelo Ministro do Interior libanês, Ahmad Al-Hajjar, após recomendação do órgão regulador de cinema e media do país, e surge no contexto das tensões crescentes entre Israel e o Hezbollah — especialmente após ataques recentes que causaram vítimas civis no território libanês.

🎬 O boicote a Gal Gadot

Segundo a distribuidora regional Italia Films, com sede em Beirute e responsável pelos títulos da Disney no Médio Oriente, Gal Gadot já faz parte da “lista de boicote israelita” do Líbano há vários anos, e nenhum filme com a sua participação foi alguma vez exibido comercialmente no país.

Assim, a exclusão de Snow White não é propriamente uma surpresa — mas ganha maior visibilidade internacional dado o peso mediático do filme, da atriz e do estúdio.

Ao contrário do que chegou a ser noticiado nalguns meios, a distribuidora esclareceu que o filme não está banido no Kuwait, sendo esta uma decisão isolada do Líbano.

🇮🇱 Gal Gadot e o activismo político

Gal Gadot, que nasceu em Israel e serviu nas Forças de Defesa Israelitas (IDF), tem sido uma defensora vocal do seu país, especialmente após os ataques do Hamas a 7 de outubro de 2023.

Durante a sua intervenção no Anti-Defamation League Summit, em Nova Iorque, em março deste ano, Gadot disse:

“Nunca imaginei que nas ruas dos Estados Unidos — e em várias cidades do mundo — veríamos pessoas a não condenar o Hamas, mas sim a celebrar, justificar e aplaudir um massacre de judeus.”

Estas declarações, e a sua constante posição pública pró-Israel, têm contribuído para que a sua presença em grandes produções continue a ser um ponto de fricção política em países com legislação activa de boicote a artistas israelitas.

📽️ Uma tendência crescente?

Esta não é a primeira vez que o Líbano toma este tipo de decisão. Há dois meses, o país também proibiu a exibição de Captain America: Brave New World, devido à participação da atriz israelita Shira Haas.

O caso levanta questões mais amplas sobre a intersecção entre política internacional e exibição cinematográfica — e até onde deve (ou pode) ir o boicote cultural num mundo cada vez mais interligado e polarizado.


🎬 A polémica em torno de Snow White poderá não afetar diretamente a maioria dos espectadores ocidentais, mas é mais um exemplo de como o cinema e a geopolítica continuam inevitavelmente entrelaçados. Num tempo em que as histórias de princesas voltam a ser reimaginadas, o verdadeiro conflito está fora do ecrã.

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🕯️ O Último Cenário de Gene Hackman: Fotografias da Polícia Revelam Condições Chocantes na Casa do Actor

Gene Hackman, um dos maiores nomes da história do cinema americano, faleceu recentemente aos 94 anos. Ao longo de décadas, encarnou figuras intensas e inesquecíveis — de Popeye Doyle em The French Connection a Little Bill em Unforgiven. Mas o último cenário da sua vida está longe da grandiosidade dos seus papéis. Esta semana, o Gabinete do Xerife do Condado de Santa Fé divulgou novas imagens e vídeos que revelam o estado alarmante da casa onde Hackman e a sua esposa Betsy Arakawa viveram até à sua trágica morte.

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As imagens, captadas por câmaras corporais dos agentes, mostram divisões da luxuosa propriedade em estado de profunda desorganização e degradação. Uma realidade que contrasta de forma brutal com o estatuto de lenda que Hackman tinha granjeado em vida.

🏚️ Uma mansão desfeita em silêncio

A propriedade multimilionária, situada no Novo México, parecia abandonada ao caos doméstico. Nas filmagens divulgadas, é possível ver caixas, livros, roupas, medicamentos, mantimentos, camas para cães e uma variedade desconcertante de objectos pessoais amontoados pelos corredores e quartos. Algumas áreas estavam visivelmente limpas, mas outras revelavam fezes e urina em casas de banhoalmofadas com manchas de sangue e um cheiro “indefinido”, segundo os próprios agentes.

Uma das filmagens mostra mesmo um dos polícias a comentar com um colega que algo “cheirava estranho” logo à entrada. A esposa de Hackman, Betsy Arakawa, terá sido encontrada morta numa das divisões contíguas.

🕯️ A privacidade como prisão?

Num depoimento prestado a 5 de março, as filhas do actor, Elizabeth e Leslie Hackman, explicaram que o pai e a madrasta eram pessoas extremamente reservadas, recusando-se a permitir a entrada de empregadas ou assistentes na residência.

Contaram ainda que a última vez que estiveram com o casal foi há cerca de um ano e meio, num almoço breve. Desde então, nenhuma outra interação significativa foi registada.

O afastamento familiar e a recusa de ajuda externa poderão ter contribuído para a degradação do ambiente doméstico, que agora serve de palco para uma investigação policial e mediática que levanta questões delicadas sobre solidão, envelhecimento e isolamento — mesmo entre as maiores estrelas do firmamento de Hollywood.


🎬 Gene Hackman brilhou como poucos no grande ecrã. Mas por detrás dos louros, dos Óscares e da mística do velho actor reformado, há agora um retrato sombrio de fim de vida que nos lembra que a glória artística nem sempre se traduz em paz privada.

É um fim inesperado para uma vida cinematográfica memorável — e uma chamada de atenção para o que se passa nas sombras do estrelato.

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🎻 Soma das Partes: A Alma de uma Orquestra em 60 Anos de Música e Memória

É impossível contar a história da música clássica em Portugal sem mencionar a Orquestra Gulbenkian. E é precisamente essa história — feita de palcos, partituras, silêncios e aplausos — que o documentário Soma das Partes: 60 Anos da Orquestra Gulbenkian pretende contar. A estreia televisiva acontece esta sexta-feira, 19 de abril, às 22h, em exclusivo no TVCine Edition e no TVCine Top.

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🎬 Uma orquestra que se fez gigante

O realizador Edgar Ferreira — que já assinou obras como A Música É Bela ou Os Aeroportos São Tristes — leva-nos numa viagem sensorial e documental pelos 60 anos de vida da Orquestra Gulbenkian, desde os primeiros passos como pequena orquestra de câmara até à consagração como orquestra sinfónica de prestígio internacional.

O documentário recorre a imagens de arquivo inéditas e é enriquecido por depoimentos de músicos, maestros e solistas que passaram por este colectivo, criando uma narrativa íntima e envolvente sobre uma das instituições mais relevantes da cultura portuguesa.

🎶 Os rostos da história

Entre os testemunhos que enriquecem o documentário, encontramos nomes incontornáveis como:

  • Maria João Pires
  • Evgeny Kissin
  • Hannu Lintu
  • Lorenzo Viotti
  • Lawrence Foster
  • Joana Carneiro
  • Luís Tinoco
  • Rui Vieira Nery
  • Risto Nieminen

Cada um partilha uma visão pessoal sobre a forma como a Orquestra Gulbenkian moldou o seu percurso, e sobre o papel transformador que teve — e continua a ter — no panorama musical português e europeu.

Com mais de 70 álbuns gravados e colaborações com os maiores nomes da música clássica mundial, a Gulbenkian tornou-se um símbolo de excelência, resiliência e inovação cultural.

🏛️ Mais do que música: uma instituição

Produzido por encomenda da Fundação GulbenkianSoma das Partes é mais do que um retrato institucional. É um documento vivo, onde se sente o pulsar de uma orquestra que sempre foi muito mais do que a soma dos seus instrumentos. É feita de pessoas, de decisões artísticas ousadas, de concertos inesquecíveis e de uma ligação profunda com o público.


🎬 Soma das Partes: 60 Anos da Orquestra Gulbenkian é uma celebração e, ao mesmo tempo, um mergulho documental num dos maiores legados culturais do país. Uma estreia imperdível esta sexta-feira, 19 de abril, às 22h, no TVCine Edition e no TVCine Top.

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🌍 Sobreviventes Chega ao Brasil: Uma Homenagem Tardia e Necessária a José Barahona

O filme Sobreviventes, do realizador português José Barahona, prepara-se para chegar aos cinemas brasileiros no próximo 24 de abril, assinalando não apenas uma nova etapa de distribuição internacional, mas também um tributo emocionado ao cineasta, falecido em novembro do ano passado. A estreia no Brasil surge como uma celebração da sua visão e da ligação profunda que mantinha com a cultura brasileira.

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🧭 Um naufrágio, um espelho do passado colonial

Baseado numa ideia de Barahona e com argumento coescrito por José Eduardo AgualusaSobreviventes parte da história de um naufrágio fictício para abordar as tensões raciais e culturais herdadas do colonialismo português. Os sobreviventes — brancos e negros — são forçados a conviver numa ilha deserta no Atlântico, onde as máscaras sociais caem e o essencial da condição humana vem ao de cima.

O filme, rodado em 2022 na costa portuguesa, inspira-se em parte no romance Nação Crioula, de Agualusa, e na enigmática figura de Fradique Mendes, personagem literária inventada por Eça de Queirós, aqui reinterpretada à luz de um olhar contemporâneo e africano.

“O mais interessante no filme é o facto de trazer um olhar africano”, destacou Agualusa.

“O Brasil é um país de matriz africana, mas conhece mal a África de hoje — e também a mais arcaica, de onde vieram muitos dos que ajudaram a moldar o Brasil.”

🎬 Um português mais brasileiro que muitos brasileiros

A estreia no Brasil é carregada de emoção. Como sublinhou o actor Paulo Azevedo:

“É uma homenagem ao Zé, esse português mais brasileiro que eu já conheci.”

Barahona foi um realizador que soube questionar criticamente o passado glorioso de Portugal, confrontando a narrativa dominante com os fantasmas do colonialismo. O seu cinema, feito com meios modestos mas com enorme ambição temática, refletia uma inquietação humanista e histórica.

A sua mulher e produtora, Carolina Dias, sublinha esse olhar crítico:

“Ele já questionava muito essa cultura e esse passado histórico português. Era muito crítico desse olhar glorioso que os portugueses têm em relação à história.”

A produção de Sobreviventes junta a portuguesa David & Golias (Fernando Vendrell e Luís Alvarães) à brasileira Refinaria Filmes, reforçando a vontade de estreitar os laços criativos entre Portugal e Brasil.

🏆 Um legado que sobrevive

O filme, que teve estreia comercial em Portugal em outubro de 2024, foi escolhido pela Academia Portuguesa de Cinema como candidato aos Prémios Ariel, no México — reforçando o seu percurso internacional e a relevância temática num tempo em que o passado colonial europeu continua a ser amplamente debatido.

Barahona, que também realizou obras como Nheengatu – A Língua da Amazónia e Estive em Lisboa e Lembrei de Você, deixa um legado marcado pelo interculturalismo, consciência crítica e empatia pelas narrativas marginalizadas.

🎄 “Uma maldição”: Realizador de Sozinho em Casa 2 Confessa que Gostava de Apagar Donald Trump do Filme

🎬 Sobreviventes não é apenas um filme sobre um naufrágio fictício. É, na verdade, um gesto cinematográfico de resgate da memória, da culpa e da identidade — e uma despedida digna de um realizador que sempre soube navegar por entre as correntes cruzadas da História.

🎭 Pierre Palmade Sai da Prisão com Pulseira Electrónica — Justiça Francesa Autoriza Medida Alternativa para Cumprimento da Pena

O humorista francês Pierre Palmade, figura polémica dos últimos tempos em França, foi autorizado pela justiça a cumprir o resto da sua pena em regime de vigilância electrónica. A decisão foi tomada esta segunda-feira, 15 de abril de 2025, pela Câmara de Aplicação das Penas do Tribunal de Recurso de Bordéus, que confirmou a libertação com pulseira electrónica, revertendo a suspensão imposta em março pelo Ministério Público.

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Um caso que abalou a opinião pública francesa

A origem do processo remonta a fevereiro de 2023, quando Pierre Palmade, sob o efeito de drogas, causou um grave acidente rodoviário nos arredores de Paris. O acidente provocou ferimentos sérios a três vítimas, incluindo uma mulher grávida que viria a perder o bebé.

Em novembro de 2024, o comediante foi condenado a cinco anos de prisão, dos quais dois anos em regime fechado. A sentença incluiu ainda:

  • obrigação de tratamento médico regular;
  • exercício de uma actividade profissional;
  • indemnização das vítimas;
  • e a anulação da carta de condução por cinco anos.

A medida de pulseira electrónica foi inicialmente decidida pelo juiz de aplicação de penas a 26 de março, mas foi contestada pelo Ministério Público, o que levou à suspensão da medida até novo julgamento em sede de recurso. Agora, essa suspensão foi levantada, permitindo que Palmade abandone o estabelecimento prisional — embora sob estrito controlo.

A vigilância como alternativa: reinserção ou privilégio?

A vigilância electrónica em França permite que o condenado permaneça em casa, com horários controlados e sob supervisão, sendo monitorizado em tempo real. Trata-se de uma forma de facilitar a reinserção e evitar sobrelotação prisional, mas nem todos concordam com a sua aplicação em casos mediáticos como este.

A libertação de Palmade tem gerado reações divididas na opinião pública, com alguns a verem a medida como uma oportunidade de reabilitação, enquanto outros consideram que o artista está a beneficiar de um tratamento indulgente, dada a sua notoriedade.

Uma carreira interrompida por escândalos

Antes do escândalo, Pierre Palmade era conhecido pelas suas colaborações com Michèle Laroque, pelo seu talento para o humor corrosivo e pelo sucesso de peças como Ils s’aiment. No entanto, os últimos anos foram marcados por episódios de consumo de substâncias, problemas judiciais e quedas abruptas na popularidade.

Resta saber se o artista regressará algum dia aos palcos — ou se esta será uma retirada definitiva da vida pública.

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🎬 Justiça, celebridade e queda pública: o caso Pierre Palmade é um daqueles episódios em que o mundo do entretenimento colide com o da tragédia real. E onde a fronteira entre o perdão e a responsabilização continua em debate.

😈 The Bondsman: Kevin Bacon Ressuscita (Literalmente) para Caçar Demónios na Nova Série da Prime Video

Sim, leu bem. Kevin Bacon está de volta — e desta vez está morto. Ou melhor: esteve. Em The Bondsman, a nova série original da Prime Video, o actor norte-americano interpreta Hub Halloran, um caçador de recompensas que é assassinado… e logo depois ressuscitado pelo próprio Diabo. O motivo? Uma missão infernal: capturar demónios que escaparam do Inferno e andam à solta na Terra.

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Se isto lhe parece uma mistura entre Ghost RiderJustified e Supernatural, está no bom caminho. Mas The Bondsman vai mais longe, com humor negro, ação, drama familiar e uma estética de faroeste moderno onde o sobrenatural espreita por detrás de cada esquina.

👻 Do Texas ao Inferno — com paragens no passado

A trama acompanha Hub Halloran, que em vida era conhecido por ser um tipo duro e pouco dado a sentimentalismos. Depois de ser morto de forma misteriosa, é ressuscitado com um objectivo claro: caçar e devolver ao Inferno os demónios que escaparam. O problema? Hub terá de lidar não só com criaturas sobrenaturais, mas também com o peso da sua própria história — incluindo a relação quebrada com o filho e os fantasmas emocionais que deixou por resolver.

À medida que persegue cada entidade diabólica, o protagonista vai sendo confrontado com episódios do passado e pecados que não foram apenas cometidos por outros. Redenção, inferno e cigarros — bem-vindos à nova vida de Halloran.

🎭 Elenco recheado de rostos conhecidos (e prometedores)

Para além de Kevin Bacon, o elenco de The Bondsman inclui:

  • Jennifer Nettles como Maryanne Dice, a ex-mulher de Halloran
  • Beth Grant como Kitty Halloran, a mãe do protagonista
  • Maxwell Jenkins como Cade Halloran, o filho em conflito
  • Damon Herriman como Lucky Callahan, o rival com uma agenda oculta
  • Jolene Purdy como Midge Kusatsu, agente funerária e… especialista em ocultismo

A série foi criada por Grainger David e conta com produção executiva de Jason Blum (sim, o da Blumhouse), do próprio Bacon e da sua mulher, Kyra Sedgwick. A mistura de talentos de terror, televisão e drama familiar é uma das razões pelas quais a série está a gerar tanto burburinho.

📺 Onde ver?

The Bondsman estreou na Prime Video a 3 de abril de 2025, com os oito episódios da primeira temporada disponíveis desde o primeiro dia. Cada episódio ronda os 45 minutos e vem com classificação para maiores de 18 anos — não faltam palavrões, sangue e umas quantas almas penadas.

Ainda não foi confirmada uma segunda temporada, mas os rumores indicam que a Prime Video já está em conversações com a equipa criativa, graças ao bom desempenho da série nas primeiras semanas.


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🎬 The Bondsman é daqueles projetos que surpreende: tem o charme decadente de Kevin Bacon, o absurdo necessário de uma boa série de terror e um argumento que mistura ação, emoção e uma pitada de inferno texano. Se está à procura de algo que fuja ao comum, esta é uma aposta certeira.

🍸 Day Drinker: Johnny Depp e Penélope Cruz Voltam a Brilhar Juntos num Thriller de Luxo em Alto Mar

A bordo de um iate privado, sob o calor espanhol e rodeados por mistério e crime, Johnny Depp e Penélope Cruzpreparam-se para mais uma colaboração cinematográfica no thriller Day Drinker. O filme, realizado por Marc Webb (500 Days of SummerThe Amazing Spider-Man), acaba de iniciar rodagem em Espanha e já tem a sua primeira imagem oficial divulgada, revelando Depp com o seu ar enigmático habitual.

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Depois de Blow (2001), Pirates of the Caribbean: On Stranger Tides (2011) e Murder on the Orient Express (2017), esta é a quarta vez que Depp e Cruz partilham o ecrã — e promete ser mais intensa do que nunca.

Um bar, um iate e… uma teia criminal

Em Day Drinker, seguimos Madelyn Cline (Outer BanksGlass Onion) como uma bartender que trabalha num iate de luxo. A bordo, cruza-se com um convidado misterioso (Depp), cuja presença irá desencadear uma série de acontecimentos inesperados. Rapidamente, os dois tornam-se peças centrais numa trama perigosa ligada a uma figura do submundo do crime, interpretada por Penélope Cruz.

O argumento é da autoria de Zach Dean, que escreveu The Tomorrow WarFree Guy e Prisoners, e promete uma história “feroz e emocionante”, nas palavras do realizador.

“Estamos numa localização lindíssima, com uma equipa fantástica e uma história emocionante para contar. Isto vai ser divertido”, declarou Marc Webb.

Um elenco internacional com sabor ibérico

Para além do trio principal, o filme conta agora com quatro novos nomes no elenco:

  • Manu Ríos (conhecido de Elite)
  • Arón Piper (El SilencioO Desassossego Que Deixas)
  • Juan Diego Botto (The Suicide SquadEn Los Márgenes)
  • Anika Boyle, que fará aqui a sua estreia no cinema depois do sucesso em Stranger Things: The First Shadow

A diversidade de origens e percursos dos actores confere ao filme uma identidade marcadamente internacional, com fortes influências do cinema espanhol e anglófono.

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Produção de alto nível

Day Drinker é produzido por Thunder Road Films, o estúdio por detrás da saga John Wick, em colaboração com a IN.2e a Nostromo Pictures, com co-financiamento da 30West. Os produtores incluem nomes como Basil IwanykErica LeeAdam Kolbrenner e o próprio argumentista Zach Dean.

Lionsgate será o estúdio responsável pela distribuição do filme, que marca a segunda colaboração recente entre o estúdio e a 30West, após Power Ballad, protagonizado por Paul Rudd e Nick Jonas.

Ainda não foi divulgada uma data de estreia, mas com um elenco destes, e uma produção a decorrer em Espanha, é de esperar que o filme tenha presença garantida nos grandes festivais de 2025.


🎬 Com um enredo cheio de promessas, uma equipa de luxo e o regresso de dois dos nomes mais carismáticos do cinema contemporâneo, Day Drinker poderá ser um dos thrillers mais aguardados do próximo ano. Um brinde a isso.

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⚖️ Harvey Weinstein Enfrenta Novo Julgamento por Crimes Sexuais em Nova Iorque

Sete anos depois de ter sido o epicentro do movimento #MeToo, Harvey Weinstein, o outrora todo-poderoso produtor de Hollywood, volta ao banco dos réus em Nova Iorque. O novo julgamento teve início a 15 de abril de 2025, com a seleção do júri a decorrer esta semana num tribunal de Manhattan. Trata-se do terceiro processo criminal que enfrenta num espaço de pouco mais de cinco anos.

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Aos 73 anos, com problemas de saúde e visivelmente debilitado (tem estado detido em Rikers Island com múltiplas estadias hospitalares), Weinstein continua a afirmar-se inocente. Mas os factos que se acumulam ao longo da última década contam uma história bem diferente — a de um padrão de abuso de poder e violência sexual, segundo dezenas de mulheres.

O que motivou este novo julgamento?

Este novo processo surge após a anulação da condenação de 2020 em Nova Iorque, quando um tribunal de recurso considerou que o juiz do julgamento original permitiu testemunhos indevidos de mulheres cujas alegações não faziam parte da acusação formal. A decisão levou à revogação da sentença de 23 anos de prisão a que Weinstein tinha sido condenado.

A procuradoria liderada por Alvin Bragg, no entanto, não perdeu tempo: anunciou a intenção de repetir o julgamento e acrescentou uma nova acusação baseada numa denúncia distinta, até então não incluída nos processos anteriores.

Quem são as vítimas neste julgamento?

Três mulheres irão testemunhar neste processo:

  • Jessica Mann, ex-actriz, que já havia prestado depoimento no julgamento de 2020;
  • Miriam “Mimi” Haley, produtora de televisão, também testemunha anterior;
  • Uma terceira mulher, cuja identidade não foi divulgada publicamente, que alega ter sido forçada a praticar sexo oral em Weinstein num hotel, em 2006.

Os depoimentos deverão decorrer ainda este mês, após a seleção do júri, que está a ser cuidadosamente conduzida pelo juiz Curtis Farber, preocupado com o histórico mediático do caso e os preconceitos que os jurados possam trazer consigo.

O homem por trás dos filmes — e por trás das manchetes

Durante décadas, Harvey Weinstein foi um dos homens mais influentes da indústria do cinema. Com uma carreira ligada a sucessos como Pulp FictionShakespeare in LoveO Paciente Inglês e Génio Indomável, o produtor era sinónimo de prestígio nos Óscares… até 2017.

Foi nesse ano que duas investigações bombásticas, uma do The New York Times e outra da The New Yorker, trouxeram a público décadas de alegações de abuso sexual por parte de Weinstein. O impacto foi sísmico: o produtor foi demitido da sua própria empresa, The Weinstein Company, que viria a declarar falência, e o escândalo ajudou a dar origem ao movimento #MeToo.

Desde então, mais de 80 mulheres vieram a público com relatos de comportamentos abusivos e coercivos. Algumas delas, como Ashley JuddRose McGowan e Asia Argento, tornaram-se vozes centrais de uma nova era de denúncia e responsabilização em Hollywood.

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🎬 A história de Harvey Weinstein é agora menos sobre cinema e mais sobre justiça. O novo julgamento pode não só restabelecer a condenação anterior, como adicionar novas camadas ao processo de reparação — judicial, social e simbólica — que se seguiu a um dos maiores escândalos da história do entretenimento.

✝️ Conclave: Intriga, Fé e Segredos no Coração do Vaticano

Prepare-se para mergulhar nos bastidores de uma das instituições mais antigas e secretas do mundo. Conclave, o mais recente thriller político-religioso realizado por Edward Berger (A Oeste Nada de Novo), estreia-se esta sexta-feira, 18 de abril, às 21h30, em exclusivo no TVCine Top e também disponível no TVCine+. Nomeado para oito Óscares, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator e Melhor Atriz Secundária, este é um dos títulos incontornáveis desta temporada cinematográfica.

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A cerimónia da entrega dos Óscares acabou por consagrar Conclave com a estatueta de Melhor Argumento Adaptado, assinado por Peter Straughan, a partir do best-seller homónimo de Robert Harris.

Uma eleição papal com sabor a thriller

A ação decorre no seio do Vaticano, onde um grupo de cardeais é reunido num conclave secreto para eleger o novo Papa, após a morte súbita e inesperada do pontífice em funções. No centro da narrativa está o Cardeal Lawrence, interpretado por um brilhante Ralph Fiennes, que é encarregado de liderar o processo de sucessão.

Mas o que parece um ritual espiritual e protocolar rapidamente se transforma num campo minado de alianças políticas, rivalidades antigas e segredos inconfessáveis. O próprio Lawrence vê-se envolvido numa conspiração e descobre uma revelação capaz de abalar os alicerces da Igreja Católica.

Um elenco de eleição

Para além da presença imponente de Fiennes, Conclave conta com interpretações de luxo por parte de Isabella RosselliniStanley TucciJohn Lithgow e Lucian Msamati — todos com papéis cruciais no equilíbrio de poder que define o filme. A encenação de Berger, marcada por uma tensão contida e uma fotografia austera, transforma os salões renascentistas e os corredores labirínticos do Vaticano em cenários dignos de um thriller psicológico.

Fé, poder e humanidade

Conclave é muito mais do que um filme sobre a sucessão de um Papa. É uma reflexão profunda sobre fé, poder, culpa e ambição, num universo onde o silêncio diz tanto como a palavra, e onde os pecados do passado têm um peso inesperado no presente.

A complexidade moral das personagens, a subtileza dos diálogos e a carga simbólica de cada gesto tornam este filme num dos mais ricos e envolventes da temporada. Tal como em A Oeste Nada de Novo, Edward Berger demonstra aqui um olhar clínico sobre instituições em crise e homens à beira da dúvida — desta vez, sob as vestes da religião.


🎬 Se é fã de cinema de prestígio, com interpretações intensas, guião inteligente e atmosfera carregada de tensão, não perca a estreia televisiva de Conclave esta sexta-feira, 18 de abril, às 21h30 no TVCine Top. Uma proposta imperdível para quem procura mais do que entretenimento — procura cinema com alma.

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🎭 Cate Blanchett Anuncia que Vai Abandonar a Representação: “Sou Profundamente Aborrecida”

É o tipo de frase que se espera de alguém em plena crise existencial ou de um artista a ensaiar um monólogo existencial num palco em Viena. Mas foi Cate Blanchett — a atriz de TárBlue Jasmine e O Aviador, duas vezes vencedora do Óscar — quem a disse, e sem ironia:

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“Estou a desistir. Quero fazer outras coisas com a minha vida.”

A revelação foi feita em entrevista à Radio Times, no contexto da estreia da sua primeira grande peça radiofónica na BBC Radio 4, uma adaptação de The Fever, de Wallace Shawn. A atriz interpreta uma mulher que atravessa um despertar político e espiritual. Não podia haver melhor metáfora.

Uma decisão (aparentemente) séria

Apesar de continuar envolvida em vários projetos — no cinema, no teatro, na rádio — Blanchett afirma que a sua decisão é para levar a sério. “A minha família revira os olhos sempre que digo isto, mas falo a sério”, acrescentou.

É verdade que Blanchett já tinha deixado escapar esta ideia em outras ocasiões, mas desta vez o contexto e o tom mudaram. Não se trata de uma pausa. Trata-se de uma vontade real de deixar de representar.

O que a espera do outro lado? A atriz não foi clara, mas referiu que há “muitas outras coisas” que quer fazer com a sua vida.

No auge, mas com desconforto

Curiosamente, Blanchett continua no auge da sua carreira artística. Recentemente terminou uma temporada de cinco semanas no Barbican Theatre em Londres, onde interpretou Arkadina em A Gaivota, de Tchékhov. Em março, estreou-se no cinema ao lado de Michael Fassbender no thriller Black Bag, realizado por Steven Soderbergh.

Está também envolvida em Father, Mother, Sister, Brother, de Jim Jarmusch, com estreia marcada para 2025, embora o filme tenha ficado de fora da seleção oficial do Festival de Cannes — um detalhe que causou alguma surpresa.

Além disso, está atualmente a filmar Alpha Gang, uma comédia de ficção científica dos irmãos David e Nathan Zellner, onde atua e produz. E prepara ainda The Champions, realizado por Ben Stiller, igualmente como atriz e produtora, através da sua empresa Dirty Films.

Uma estrela que não gosta do brilho

Cate Blanchett, que já conquistou todos os prémios possíveis — de dois Óscares a troféus em Veneza, Cannes e BAFTA — diz sentir-se deslocada na pele de estrela de cinema.

“Nunca me senti no centro de nada. Entro em cada ambiente com curiosidade, sem esperar ser aceite. Passei a vida a habituar-me a sentir-me desconfortável.”

E, talvez mais surpreendente ainda:

“Ninguém me aborrece mais do que eu própria. Acho-me profundamente aborrecida. Os outros são sempre mais interessantes.”

É uma afirmação desconcertante, vinda de alguém que interpretou personagens com camadas psicológicas tão densas e arrebatadoras. Mas talvez seja esse o segredo da sua arte: a capacidade de se apagar para dar lugar a algo maior. O problema é que, agora, ela quer mesmo apagar-se de vez do ecrã.

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🎬 Se esta for mesmo a despedida de Cate Blanchett do cinema, então é uma das saídas mais discretas e, paradoxalmente, mais profundas da história recente de Hollywood. E como qualquer grande artista, mesmo a sua saída é uma performance inesquecível.

🚀 Memes em Órbita: Olivia Wilde, Katy Perry e a Viagem Espacial Que Gerou Mais Reacções na Terra do que no Espaço

Subiram às estrelas… mas foi na internet que explodiram. A mais recente missão da Blue Origin, a empresa aeroespacial de Jeff Bezos, levou um grupo de mulheres famosas — incluindo Katy PerryGayle King e Lauren Sánchez — até à beira do espaço. Mas a verdadeira turbulência aconteceu cá em baixo, nas redes sociais, com reacções que oscilam entre a admiração e o sarcasmo. E quem liderou a investida irónica? Nada mais nada menos do que Olivia Wilde.

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Um meme, uma crítica e um bilhete de mil milhões

A actriz e realizadora partilhou um meme nas suas stories do Instagram, no qual se viam duas fotografias de Katy Perry a sair da cápsula da Blue Origin: numa, segura uma margarida (tributo à filha, Daisy); noutra, beija o chão como se tivesse acabado de sobreviver a um voo Ryanair em hora de tempestade.

A acompanhar as imagens, lia-se o texto:

“A sair de um voo comercial em 2025. #BlueOrigin”

Wilde legendou o post com um comentário certeiro:

“Mil milhões de dólares compraram uns memes porreiros, suponho.”

É claro que a internet entrou em combustão. Perry, com um vestido espacial branco e sorriso triunfante, tornou-se meme em tempo recorde. E se a viagem pretendia ser inspiradora, acabou por dar origem a uma onda de críticas — principalmente pelo seu valor simbólico vs. valor monetário.

Críticas entre estrelas e cientistas

A própria Olivia Munn, em co-apresentação no programa Today, questionou a utilidade da missão:

“Sei que isto provavelmente não é ‘fixe’ dizer, mas há tantas outras coisas mais importantes no mundo agora.”

A modelo e actriz Emily Ratajkowski foi ainda mais directa num TikTok:

“Isto é coisa de fim do mundo. Está para além da paródia.”

Do lado dos protagonistas da missão, no entanto, a resposta foi unânime: isto representa algo maior.

A jornalista Gayle King, uma das passageiras, defendeu a importância simbólica da iniciativa:

“Quem critica não percebe o que isto representa para as mulheres e raparigas que nos contactam diariamente.”

Lauren Sánchez, companheira de Jeff Bezos e também participante, reforçou:

“Convido essas pessoas a visitarem a Blue Origin. Conheçam os engenheiros, os técnicos, os apaixonados que constroem estas naves. Isto é um marco para todos nós.”

Uma missão entre o símbolo e o espetáculo

A missão da passada segunda-feira foi a 11.ª com tripulação da New Shepard e contou com seis mulheres a bordo: Katy Perry, Gayle King, Lauren Sánchez, a ex-cientista da NASA Aisha Bowe, a investigadora em bioastronáutica Amanda Nguyen, e a produtora de cinema Kerianne Flynn.

Mas a pergunta persiste: foi um feito inspirador ou uma exibição de privilégio galáctico?

Para alguns, foi um passo para a representação feminina na exploração espacial. Para outros, um exemplo luxuoso de relações públicas.

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🎬 No fim de contas, seja no espaço ou na timeline, as viagens continuam a ser julgadas pelo impacto que deixam. E se não deixarem pegadas lunares, ao menos que deixem memes com estilo.

🖥️ Black Mirror Temporada 7: A Realidade Continua a Ser o Maior Pesadelo

A 7.ª temporada de Black Mirror chegou à Netflix a 10 de abril de 2025, trazendo seis novos episódios que exploram os limites da tecnologia e da condição humana. Charlie Brooker, o criador da série, continua a desafiar as nossas percepções com histórias que variam entre o perturbador e o emocional. 

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🔍 Episódios em Destaque

  • “Common People”: Uma crítica ao sistema de saúde privatizado, onde uma mulher depende de uma assinatura digital para manter as suas funções cerebrais.  
  • “Plaything”: Um episódio que retoma personagens de Bandersnatch, explorando as consequências de um jogo de IA nos anos 90.  
  • “USS Callister: Into Infinity”: A primeira sequela direta na série, continuando a história do episódio da 4.ª temporada, com o regresso de Jesse Plemons e Cristin Milioti.  
  • “Eulogy”: Uma exploração emocional sobre memória e arrependimento, com uma performance marcante de Paul Giamatti.  
  • “Hotel Reverie”: Uma narrativa romântica ambientada numa recriação virtual de Hollywood dos anos 40, protagonizada por Issa Rae e Awkwafina.  
  • “Bête Noire”: Uma história sobre manipulação de memórias e vingança social, destacando-se pelo seu enredo surpreendente.  

🎭 Elenco Estelar

A temporada conta com um elenco de peso, incluindo Paul Giamatti, Issa Rae, Awkwafina, Peter Capaldi, Emma Corrin, Rashida Jones, e muitos outros, que dão vida a estas histórias provocadoras.  


Black Mirror continua a ser uma série que nos obriga a refletir sobre o impacto da tecnologia nas nossas vidas. Esta temporada não é exceção, oferecendo episódios que vão desde a crítica social até à exploração emocional profunda.

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