🤐 Ruído: Bruno Nogueira Apresenta Série Distópica Onde o Humor É Crime — Mas a Resistência Está de Volta

A comédia nacional prepara-se para dar um salto ousado — e talvez até subversivo. Bruno Nogueira acaba de divulgar nas redes sociais o trailer da sua nova série, Ruído, e a premissa é tão surpreendente quanto pertinente: num futuro próximo, rir é ilegal. Mas há quem não esteja disposto a aceitar isso em silêncio.

ver também : 🎸 Matter of Time: O Documentário da Netflix que Vai Revelar o Lado Mais Humano de Eddie Vedder e dos Pearl Jam

Produzida pela RTP1, Ruído marca o regresso de Nogueira à ficção televisiva com um conceito distópico e provocador. A série, que conta com a colaboração de Carlos Coutinho Vilhena e Frederico Pombares no argumento, parece apostar numa mistura entre crítica social, absurdo e melancolia — como já se tornou hábito no universo criativo do humorista.


😂 Quando o humor se torna resistência

O trailer, partilhado no perfil do projecto “Corpo de Dormente” no X (antigo Twitter), revela um mundo em que os cidadãos vivem sob vigilância constante e qualquer manifestação de humor é reprimida. Mas há um grupo clandestino que se recusa a abdicar do riso — e é aí que começa a verdadeira história.

Bruno Nogueira interpreta um dos elementos centrais dessa resistência silenciosa e cómica. No elenco estão também Gabriela Barros, Rita Cabaço, Albano Jerónimo e um leque de actores bem conhecidos do público português, todos aparentemente apostados em levar esta farsa séria até às últimas consequências.

A estética do trailer faz lembrar o universo de Brazil, de Terry Gilliam, ou mesmo o tom resignado e surreal de séries como Black Mirror ou The Lobster, mas com uma assinatura muito própria — onde o humor serve tanto como crítica como escapatória.


Uma série sobre o silêncio… e o barulho certo

O título Ruído não é acidental. Num país onde o debate sobre liberdade de expressão e os limites do humor tem sido cada vez mais presente, Bruno Nogueira parece querer levantar questões relevantes sem recorrer ao didatismo. E fá-lo com o seu estilo habitual: desconstruindo a realidade através da sátira e da poesia do absurdo.

Ainda sem data de estreia confirmada, Ruído deverá chegar à RTP1 nas próximas semanas. Mas o trailer já gerou entusiasmo, com centenas de partilhas nas redes sociais e uma reacção claramente positiva por parte dos fãs de Bruno Nogueira e do público que procura algo mais desafiante na televisão nacional.


Expectativas altas para uma televisão com mais personalidade

Depois de projectos como Principiantes de VooSara ou Como é Que o Bicho Mexe, Bruno Nogueira volta a mostrar que não tem medo de reinventar formatos e desafiar convenções. Ruído poderá ser uma das grandes apostas da RTP para 2025 — e, quem sabe, uma nova referência no panorama da ficção televisiva portuguesa.

De Lord Olivier a “Larry”: Como Sleuth  Mudou a Vida de Michael Caine

🎸 Matter of Time: O Documentário da Netflix que Vai Revelar o Lado Mais Humano de Eddie Vedder e dos Pearl Jam

Os fãs de Pearl Jam receberam ontem à noite uma notícia carregada de emoção e significado: está a caminho um novo documentário, intitulado Matter of Time, com estreia marcada para o prestigiado Festival de Cinema de Tribeca, a 12 de junho de 2025. Mas ao contrário do que se poderia esperar, este não é apenas um registo musical ou uma celebração da carreira de uma das bandas mais influentes das últimas décadas — é, acima de tudo, um testemunho comovente da luta de Eddie Vedder contra uma das doenças genéticas mais devastadoras e invisíveis do nosso tempo: a epidermólise bolhosa.


🎥 Muito mais do que um documentário de rock

Realizado por Matt Finlin e produzido pela Door Knocker Media em associação com a Vitalogy Foundation, Matter of Time acompanha a série de concertos a solo que Eddie Vedder realizou em Seattle, em 2023. O objetivo? Angariar fundos para a EB Research Partnership (EBRP), fundação criada por Vedder e a sua esposa, Jill, com a ambiciosa missão de encontrar uma cura para a doença até 2030.

A epidermólise bolhosa (EB) é uma condição rara que provoca bolhas dolorosas na pele e nas mucosas, e que afeta sobretudo crianças — muitas das quais vivem em sofrimento constante. Matter of Time mostra a face pública e privada desta luta, combinando registos de atuações emocionantes com histórias de vida de pacientes, famílias e cientistas dedicados à investigação da cura.


🎶 Entre guitarras e causas: o papel dos Pearl Jam na cultura

Pearl Jam sempre foram mais do que uma banda de rock. Desde os anos 90 que se tornaram sinónimo de integridade, ativismo e resistência à máquina da indústria musical. Se em Let’s Play Two (2017) celebravam a comunhão entre música e desporto nos concertos no Wrigley Field, e em Immagine in Cornice (2007) se rendiam à beleza de Itália, agora é a vez de Matter of Time mostrar o lado mais íntimo de Vedder — não como vocalista, mas como ser humano.

Segundo declarações recentes, este é “um filme que oferece uma janela para a alma de Eddie Vedder”. E de facto, poucas figuras públicas conseguiram, ao longo dos anos, equilibrar tão bem a imagem de ícone musical com o papel de ativista comprometido.


🗓️ Quando e onde ver?

O documentário estreia no Festival de Tribeca, um dos eventos mais relevantes no calendário cinematográfico dos Estados Unidos. Ainda não existe uma data oficial para a estreia na Netflix, mas é praticamente certo que a plataforma irá acolher o filme após a sua estreia nos cinemas ou em circuito de festivais.

Será, ao que tudo indica, um dos destaques documentais do ano. E não apenas para os fãs de música, mas para todos aqueles que acreditam que o cinema também serve para inspirar, sensibilizar e provocar mudanças reais.


🌍 Um filme sobre esperança, luta e humanidade

Matter of Time não é apenas sobre Eddie Vedder. É sobre todos aqueles que, nas palavras do próprio músico, “vivem em dor, mas nunca perderam a esperança”. É um documentário que promete emocionar e mobilizar, lembrando-nos de que, às vezes, o verdadeiro poder da música está naquilo que ela consegue fazer fora do palco.

Como “Jackie Brown” Salvou o Romance de Elmore Leonard (e Porque Tarantino Quase Não o Realizou)

🎞️ Em 1994, com Pulp Fiction a incendiar os ecrãs de Cannes e os circuitos independentes de todo o mundo, Quentin Tarantino encontrava-se no auge da sua fama. Ao lado do seu parceiro criativo Roger Avary, comprou os direitos de três romances de Elmore Leonard: Rum PunchFreaky Deaky e Killshot. Mas o caminho até ao ecrã para Jackie Brown — o filme que viria a nascer dessa decisão — foi tudo menos linear.

ver também: O Que Brad Pitt Nunca Contou Sobre Once Upon a Time… in Hollywood: A Verdade Por Detrás de Cliff Booth

Inicialmente, Tarantino não planeava realizar Rum Punch. A sua intenção era entregar o romance a outro realizador e escolher entre Freaky Deaky ou Killshot para adaptar ele próprio. Mas um detalhe mudou tudo: uma segunda leitura.

“Voltei a pegar em Rum Punch e apaixonei-me outra vez pelo livro. Percebi que tinha de ser eu a contá-lo”, confessou mais tarde o realizador.


De Burke a Brown: quando a mudança de etnia criou um ícone

Ao adaptar o romance, Tarantino fez uma alteração significativa — e arriscada. A protagonista, originalmente uma mulher branca chamada Jackie Burke, tornou-se Jackie Brown, uma mulher negra, dando origem a um dos papéis mais marcantes da carreira de Pam Grier.

A decisão, inspirada pelos filmes blaxploitation dos anos 70 (embora Tarantino rejeite que Jackie Brown pertença a esse género), trouxe uma nova dimensão à história. Durante algum tempo, Tarantino hesitou em contar a Elmore Leonard sobre esta mudança. Fê-lo apenas pouco antes do início das filmagens.

A resposta do autor? Entusiástica. Leonard não só aprovou a adaptação como afirmou que o guião de Tarantino era o melhor entre todas as 26 adaptações já feitas das suas obras. “Talvez o melhor argumento que alguma vez li”, disse, com a franqueza de quem raramente se impressionava.


Um cameo improvável… e a generosidade de Tarantino

Outro elemento curioso desta história envolve a personagem Ray Nicolette, interpretada por Michael Keaton. Nicolette, agente federal em Rum Punch, também aparece em Out of Sight, outro romance de Elmore Leonard adaptado por Steven Soderbergh em 1998.

Universal Pictures, estúdio responsável por Out of Sight, aguardou para ver quem Tarantino escolheria para interpretar Nicolette antes de avançar com o seu casting. Keaton, inicialmente reticente, aceitou o papel. E, num gesto raro em Hollywood, Tarantino permitiu que Keaton voltasse a interpretar a mesma personagem em Out of Sight, sem exigir compensação financeira por parte da Miramax, que detinha os direitos sobre a personagem — apenas para garantir a continuidade narrativa entre os dois filmes.


Entre a homenagem e a fidelidade

Apesar de incorporar o humor negro, os diálogos afiados e o ritmo típico de Tarantino, Jackie Brown é, em muitos aspectos, a sua adaptação mais fiel a uma obra literária. Diferente do estilo caótico e fragmentado de Pulp Fiction, aqui o realizador opta por uma narrativa mais linear e introspectiva — e por isso mesmo, é frequentemente considerada a sua obra mais “madura”.

Jackie Brown é mais do que uma adaptação: é uma carta de amor a Elmore Leonard e ao cinema americano dos anos 70, mas também uma peça singular na filmografia de Tarantino — onde o pastiche dá lugar à contenção e a violência estilizada é substituída por tensão emocional e despedidas silenciosas.

ver também : 🎬 A Canção que Quentin Tarantino Disse Ser a Melhor Música de Abertura para um Filme… Que Nunca Foi Feito 🎶

🏈 Him: Jordan Peele Transforma o Futebol Americano num Culto de Horror

O desporto mais popular dos Estados Unidos ganha contornos satânicos em Him, o novo filme de terror psicológico produzido por Jordan Peele (Get OutUsNope). Com estreia marcada para 19 de setembro de 2025, esta obra promete explorar os limites da ambição desportiva e o culto à figura do atleta.

ver também : “The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

🎬 Sinopse: Quando a Glória se Torna Obsessão

Cameron Cade (Tyriq Withers), uma jovem promessa do futebol americano, vê a sua carreira ameaçada após uma lesão cerebral grave. Desesperado por recuperar o seu lugar, aceita treinar com Isaiah White (Marlon Wayans), um lendário quarterback reformado que o convida para o seu complexo isolado. À medida que o treino se intensifica, Cameron mergulha num mundo onde a busca pela excelência se confunde com rituais obscuros e sacrifícios pessoais. 

👥 Elenco de Peso

  • Tyriq Withers como Cameron Cade
  • Marlon Wayans como Isaiah White
  • Julia Fox como Elsie White
  • Tim HeideckerJim JefferiesAkeem Hayes e Tierra Whack completam o elenco.

O filme é realizado por Justin Tipping e baseado num argumento de Zack Akers e Skip Bronkie, originalmente intitulado GOAT, que figurou na Black List de 2022 dos melhores argumentos não produzidos. A produção está a cargo de Monkeypaw Productions, de Jordan Peele, em parceria com a Universal Pictures. 

🎥 Trailer: Uma Visão Perturbadora do Desporto

O teaser trailer revela imagens inquietantes: Cameron a treinar até à exaustão, visões demoníacas e uma cena em que, coberto de sangue, se posiciona em forma de crucificação num campo de futebol. A pergunta de Isaiah ressoa: “O que estás disposto a sacrificar?” 

ver também : ☣️ The Toxic Avenger: Peter Dinklage Transforma-se num Vingador Mutante Contra o Sistema de Saúde

🗓️ Estreia

Him chega aos cinemas a 19 de setembro de 2025. 

🎬 Vermiglio: Um Retrato Íntimo da Resistência Silenciosa

Estreou em Portugal a 17 de abril de 2025 o filme Vermiglio, da realizadora Maura Delpero, uma obra que mergulha na vida de uma família numa aldeia dos Alpes italianos durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Com uma narrativa delicada e uma fotografia que capta a beleza austera da paisagem alpina, o filme foi premiado com o Grande Prémio do Júri no Festival de Veneza e é a escolha oficial de Itália para o Óscar de Melhor Filme Internacional.  

ver também : 🎭 Henry Johnson: David Mamet e Shia LaBeouf Reúnem-se num Drama Carcerário Intenso

🏔️ Sinopse: Entre a Guerra e a Montanha

Em 1944, na remota aldeia de Vermiglio, a chegada de Pietro, um desertor siciliano, altera a rotina da família Graziadei. Lucia, a filha mais velha, apaixona-se por ele, desencadeando uma série de eventos que expõem as tensões entre tradição e desejo de liberdade. A guerra, embora distante, permeia o quotidiano através de cartas, rumores e a presença de soldados escondidos.  

🎭 Personagens e Temas

O patriarca Cesare Graziadei, interpretado por Tommaso Ragno, é um mestre-escola respeitado que exerce uma autoridade rígida sobre a família. A sua visão patriarcal entra em conflito com os anseios das filhas, especialmente Ada, cuja jornada pessoal aborda temas como a fé, a sexualidade e a busca por identidade.  

🎥 Estilo e Realização

Maura Delpero utiliza uma abordagem contemplativa, focando-se nos pequenos gestos e silêncios que revelam as dinâmicas familiares e sociais. A cinematografia destaca a dualidade entre a beleza natural da região e as restrições impostas pelas normas sociais e pela guerra.  

ver também : 🎬 Festa do Cinema Italiano Premia Filmes sobre Imigração e Bullying Escolar

🏆 Reconhecimento Internacional

Além do prémio em Veneza, Vermiglio foi selecionado para representar Itália na categoria de Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2025, consolidando-se como uma das obras mais aclamadas do cinema europeu recente.  

🎸 Coastal: Neil Young Revelado pela Lente de Daryl Hannah

Estreado a 17 de abril de 2025, Coastal é o mais recente documentário sobre Neil Young, realizado por Daryl Hannah, sua esposa e colaboradora criativa. O filme acompanha a digressão a solo de Young pela costa oeste dos EUA, oferecendo uma visão íntima do músico canadiano em palco e nos bastidores. 

ver também : 🎭 Henry Johnson: David Mamet e Shia LaBeouf Reúnem-se num Drama Carcerário Intenso

🎥 Uma Janela para a Alma de Neil Young

Descrito por Hannah como “uma janela para a alma de Neil”, Coastal destaca-se pela sua abordagem pessoal e contemplativa. O documentário apresenta performances de temas raramente tocados ao vivo, intercaladas com momentos de introspeção durante as viagens de autocarro entre concertos. A escolha estética do preto e branco confere-lhe um tom nostálgico, embora tenha gerado opiniões divergentes entre os críticos. 

🚌 Entre a Estrada e o Palco

Grande parte do filme é dedicada às viagens de autocarro, onde Young partilha conversas descontraídas com o motorista Jerry Don Borden. Estas interações oferecem uma perspetiva única sobre o quotidiano do artista, embora alguns espectadores possam sentir falta de uma exploração mais aprofundada da relação entre Young e Hannah, que permanece atrás da câmara. 

🎶 Música e Reflexão

As atuações ao vivo são o ponto alto de Coastal, com Young a demonstrar a sua autenticidade e paixão pela música. Momentos como a interpretação de “Mr. Soul” num órgão de tubos e uma versão instrumental de “Don’t Think Twice, It’s All Right” de Bob Dylan destacam-se pela sua intensidade emocional. 

🗣️ Receção Crítica

A crítica tem sido mista. Enquanto alguns elogiam a sinceridade e o retrato íntimo de Young, outros consideram o ritmo do documentário demasiado lento e a ausência de uma narrativa mais estruturada como pontos fracos. Ainda assim, para os fãs de longa data, Coastal oferece uma experiência envolvente e pessoal.

ver também : 🎬 Festa do Cinema Italiano Premia Filmes sobre Imigração e Bullying Escolar

🎭 Henry Johnson: David Mamet e Shia LaBeouf Reúnem-se num Drama Carcerário Intenso

David Mamet, vencedor do Prémio Pulitzer, regressa ao cinema com Henry Johnson, uma adaptação da sua peça homónima de 2023. O filme, que marca o primeiro trabalho de realização de Mamet desde 2013, estreia em salas selecionadas dos EUA a 9 de maio de 2025. Shia LaBeouf junta-se ao elenco, interpretando Gene, o enigmático companheiro de cela do protagonista. 

ver também : 🎬 Festa do Cinema Italiano Premia Filmes sobre Imigração e Bullying Escolar

🧩 Sinopse: Moralidade em Conflito

A história segue Henry Johnson (Evan Jonigkeit), um homem cuja vida é virada do avesso após um ato de compaixão o levar à prisão. Lá, encontra Gene (LaBeouf), uma figura ambígua que o guia por um caminho de manipulação e dilemas éticos. O filme explora temas como poder, justiça e as consequências de permitir que outros determinem o nosso destino. 

🎬 Elenco e Equipa Técnica

  • Evan Jonigkeit como Henry Johnson
  • Shia LaBeouf como Gene
  • Chris Bauer e Dominic Hoffman em papéis de apoio 

Escrito e realizado por David Mamet, o filme é produzido por Evan Jonigkeit e Lije Sarki. A obra não foi exibida em festivais e terá uma distribuição limitada nos cinemas. 

🎥 Trailer Oficial

O trailer oficial de Henry Johnson foi lançado recentemente, oferecendo um vislumbre da atmosfera tensa e das performances intensas que caracterizam o filme. A estética minimalista e os diálogos incisivos são marcas registadas de Mamet, prometendo uma experiência cinematográfica envolvente.

ver também : O Que Brad Pitt Nunca Contou Sobre Once Upon a Time… in Hollywood: A Verdade Por Detrás de Cliff Booth

☣️ The Toxic Avenger: Peter Dinklage Transforma-se num Vingador Mutante Contra o Sistema de Saúde

O clássico de culto dos anos 80, The Toxic Avenger, regressa aos cinemas numa versão renovada e ainda mais provocadora. Realizado por Macon Blair, o filme estreia a 29 de agosto de 2025 e conta com Peter Dinklage no papel principal, acompanhado por Kevin Bacon, Elijah Wood e Jacob Tremblay. 

ver também : “O Quarteto Fantástico: Primeiros Passos”: Marvel Apresenta Um Começo Cósmico e Familiar Para a Primeira Família dos Super-Heróis

🧪 Sinopse: Da Injustiça à Mutação

Winston Gooze (Peter Dinklage), um humilde zelador, enfrenta uma doença terminal e descobre que o tratamento necessário é financeiramente inacessível. Ao solicitar ajuda ao seu patrão (Kevin Bacon), é traído e atirado para um tanque de resíduos tóxicos. Sobrevivendo à experiência, renasce como o Toxic Avenger, um ser deformado com sede de justiça contra aqueles que o prejudicaram. 

🎭 Elenco de Destaque

  • Peter Dinklage como Winston Gooze / Toxic Avenger
  • Kevin Bacon como o chefe impiedoso
  • Elijah Wood em papel ainda não revelado
  • Jacob Tremblay como Wade, o enteado de Winston 

🎬 Estilo e Temática

O filme mantém o espírito irreverente do original, combinando humor negro, crítica social e cenas de ação grotescas. A nova versão satiriza o sistema de saúde americano, destacando as dificuldades enfrentadas por aqueles que não podem pagar por cuidados médicos adequados. O trailer recente apresenta cenas intensas, incluindo uma paródia de infomercial médico e confrontos sangrentos que refletem a frustração do protagonista.

🗓️ Estreia

The Toxic Avenger chega aos cinemas a 29 de agosto de 2025. Para os fãs de cinema de culto e sátiras sociais, esta é uma estreia a não perder. 

ver também : “The Sandman” Regressa em Julho: A Última Viagem de Morpheus Será Contada em Duas Partes

De Lord Olivier a “Larry”: Como Sleuth  Mudou a Vida de Michael Caine

🎭 Sleuth (1972), realizado por Joseph L. Mankiewicz, é um daqueles raros filmes que coloca duas potências actorais frente a frente — e em pleno duelo psicológico. Mas o que se passou nos bastidores foi tão fascinante quanto o jogo de manipulações entre os personagens na tela. E para Michael Caine, contracenar com Laurence Olivier foi mais do que um marco na sua carreira — foi um momento de transformação pessoal.

ver também : 🎭 Michael Caine revela que ficou “aterrorizado” com o Joker de Heath Ledger em The Dark Knight

O jovem Caine, já conhecido por The Ipcress File e Alfie, ficou sem saber como se dirigir ao lendário Olivier quando começaram a rodar o filme. A reverência era compreensível. Afinal, estava perante o homem que era não só um ícone do teatro britânico como também… um lorde.

“Como devo tratá-lo?”, perguntou Caine, nervoso.

Olivier respondeu com a elegância descontraída que o caracterizava:

“Bem, sou o Lord Olivier e tu és o Mr. Michael Caine. Claro que isso é só na primeira vez. A seguir, sou o Larry e tu és o Mike.”


De terceira escolha a parceiro de cena

Curiosamente, Caine foi a terceira escolha para o papel de Milo Tindle. Albert Finney foi inicialmente considerado, mas foi descartado por estar “um pouco roliço” para o papel. Alan Bates recusou o convite. E assim, o papel acabou nas mãos de Caine — e que escolha acertada!

Durante uma das cenas mais intensas, na qual o personagem de Caine entra em colapso e chora descontroladamente, Olivier ficou tão impressionado que interrompeu a gravação para fazer um comentário inesperado:

“Pensei que tinha um assistente, Michael. Mas vejo que tenho um parceiro.”

Para Caine, que sempre teve o hábito de guardar elogios com modéstia, este foi “o maior elogio que recebi desde que me tornei actor profissional.”


Quando os papéis se invertem: o remake de 

Sleuth

Décadas mais tarde, em 2007, Caine regressou ao mundo de Sleuth, mas desta vez do outro lado do tabuleiro. No remake realizado por Kenneth Branagh, Caine interpretou o papel que outrora fora de Olivier, enquanto Jude Law assumia o seu antigo papel. Curiosamente, foi a segunda vez que Jude Law herdou um papel de Michael Caine — a primeira foi na reinvenção de Alfie (2004).

Sleuth de 2007, escrito por Harold Pinter, é uma versão muito mais minimalista e cerebral do original. Embora tenha dividido opiniões, foi uma homenagem inteligente ao confronto de egos e à arte da representação — temas centrais do filme original.


Um jogo de inteligência, ego e respeito

Sleuth não é apenas um thriller engenhoso. É uma aula de representação, onde dois actores — um no auge da juventude, outro já imortal — se desafiam mutuamente em cena com inteligência, subtileza e camadas de emoção. Mas é também um testemunho de respeito: o respeito que Michael Caine tinha por Laurence Olivier… e o respeito que Olivier rapidamente desenvolveu por aquele jovem actor que, de “Mike”, se tornou um igual.

ver também: Como “Jackie Brown” Salvou o Romance de Elmore Leonard (e Porque Tarantino Quase Não o Realizou)

🎬 Festa do Cinema Italiano Premia Filmes sobre Imigração e Bullying Escolar

A 18.ª edição da Festa do Cinema Italiano, que decorreu recentemente em Lisboa, destacou obras que abordam temáticas sociais prementes, como a imigração e o bullying em meio escolar. O júri atribuiu o Prémio do Júri a “Anytime, Anywhere”, de Milad Tangshir, enquanto o Prémio do Público foi para “Il ragazzo dei pantaloni rosa”, de Margherita Ferri. 

ver também : Emily in Rome? Emily in Paris  Vai Dividir-se Entre a Cidade Luz e a Cidade Eterna

🏆 “Anytime, Anywhere”: Um Retrato Neorrealista da Imigração

O filme “Anytime, Anywhere”, realizado por Milad Tangshir, cineasta iraniano radicado em Itália, narra a história de um jovem imigrante clandestino em Turim. A obra foi elogiada pelo júri pela sua “narrativa crua e poderosa”, evocando o neorrealismo clássico de “Ladrões de Bicicletas”, numa versão moderna e comovente. 

“O filme surpreendeu-nos pela forma humilde e profundamente humana com que retrata a vida tal como ela é — evocando o neorrealismo e dando visibilidade a tantas e tantos que permanecem invisíveis nas cidades”, afirmou o júri.  

🎥 “Il ragazzo dei pantaloni rosa”: Uma História Real sobre Bullying

“Il ragazzo dei pantaloni rosa”, de Margherita Ferri, baseia-se na história real do primeiro caso conhecido em Itália de suicídio de um menor, provocado por bullying e cyberbullying. O filme, inspirado no livro da mãe da vítima, “Andrea além das calças cor-de-rosa”, relata a tragédia originada por uma situação aparentemente banal: umas calças vermelhas que passaram a cor-de-rosa numa lavagem errada. 

Produzido em 2024, o filme foi um dos mais vistos do ano em Itália, com mais de um milhão e meio de espectadores. 

🎞️ Um Festival de Cinema com Impacto Social

A 18.ª edição da Festa do Cinema Italiano contou com cerca de 13.200 espectadores em Lisboa, repartidos por sessões em seis salas de cinema. O festival prossegue agora a sua digressão por várias cidades portuguesas, incluindo Aveiro, Funchal, Braga, Figueira da Foz, Sintra, Almada, Coimbra, Évora, Porto, Vila Franca de Xira, Lagos, Moita, Loulé, Leiria, Oeiras, Abrantes/Sardoal, Barreiro e Odemira. 

Entre os filmes exibidos, destacam-se “A Grande Ambição”, de Andrea Segre, sobre o antigo secretário-geral do Partido Comunista Italiano, Enrico Berlinguer, e “Diva Futura – Cicciolina e a Revolução do Desejo”, de Giulia Steigerwalt. 

ver também : “Não Acredito em Remakes do ‘The Breakfast Club’”: Molly Ringwald Defende o Clássico Como Retrato do Seu Tempo

A Festa do Cinema Italiano é organizada pela Associação Il Sorpasso, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa, a Embaixada de Itália, o Instituto Italiano de Cultura, o Instituto do Cinema e do Audiovisual e a Cinecittà, entre outras entidades.