Michael Madsen, Entre “Free Willy” e “Reservoir Dogs”: A Vida de Um Ator com Coração de Gangster e Alma de Pai

🎬 Michael Madsen tem uma daquelas carreiras que, segundo ele próprio, mais parece um monitor cardíaco: cheia de altos e baixos, com picos de glória cinematográfica seguidos de projetos mais discretos (para não dizer duvidosos). E essa imagem não podia ser mais acertada para descrever um percurso que tanto o levou a cortar uma orelha ao som de Stealers Wheel, como a salvar uma orca numa aventura familiar da Warner Bros.

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“Não dá para fazer grandes filmes todos os dias, nem mesmo o Marlon Brando conseguiu isso”, afirmou o ator com a franqueza que sempre o caracterizou. E com a honestidade de quem assume que, por vezes, é preciso aceitar um papel só para “pôr comida na mesa e manter o teto sobre a cabeça dos pequenos monstros lá de casa.”

Madsen é um daqueles atores cuja presença impõe respeito — até quando o reconhecem no Taco Bell. E por falar nisso, uma das histórias mais deliciosas do seu percurso vem precisamente dos bastidores do clássico de culto Reservoir Dogs, de Quentin Tarantino. Durante a rodagem, Kirk Baltz — o infeliz Marvin Nash, polícia amordaçado e torturado — pediu para ser mesmo colocado dentro da bagageira de um carro, para melhor entrar na pele da sua personagem. Madsen, com o sentido prático que o caracteriza, não só acedeu ao pedido como aproveitou para… desenvolver o seu próprio personagem.

Decidiu dar uma volta prolongada por ruelas com buracos e terminou a excursão com uma visita ao drive-thru de um Taco Bell. Tudo em nome da autenticidade. E, sejamos honestos, há poucas formas mais eficazes de entrar na mente de Mr. Blonde do que enfiar alguém no porta-bagagens e pedir um burrito.

Mas nem tudo são risos nos bastidores. As icónicas cenas de tortura foram particularmente difíceis para Madsen, que admitiu ter uma forte aversão à violência. A coisa tornou-se ainda mais complicada quando Baltz improvisou uma linha em que dizia que tinha um filho pequeno em casa. Madsen, recém-pai na altura, ficou tão abalado com a ideia de deixar uma criança órfã — mesmo em ficção — que quase não conseguiu terminar a cena. Essa tomada foi a escolhida para o corte final do filme. E em algumas versões é possível ouvir alguém fora do campo — possivelmente o próprio Tarantino — murmurar “Oh, no no!”, como se estivesse a reagir à intensidade inesperada do momento.

É curioso que, apesar desta carga dramática, Madsen seja frequentemente reconhecido nas ruas pelas crianças como “Glen”, o cuidador do jovem Jesse no Free Willy (1993). Só que, ao lado dos miúdos em êxtase, estão os pais, que o identificam de imediato como o sádico Mr. Blonde. “As crianças dizem ‘É o Glen!’ e os pais dizem ‘Não te aproximes desse homem!’”, brinca Madsen. É um contraste que resume a sua carreira: o carinho de quem salva uma orca e o pavor de quem dança com uma navalha.

Com uma filmografia extensa, que vai de Kill Bill a Donnie Brasco, e de The Hateful Eight (numa participação cortada à última hora) a projetos mais obscuros lançados diretamente em vídeo, Madsen continua a ser um enigma fascinante no panorama de Hollywood. Um homem com cara de vilão, coração de poeta e, por vezes, feitio de monstro… mas daqueles que só aparecem quando as contas têm de ser pagas.

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Há divórcios e depois há divórcios hollywoodianos. Mas mesmo entre os ricos e famosos, poucos se comparam àquilo que Steven Spielberg fez por Amy Irving… e ao que continuam a fazer juntos, mais de 30 anos depois da separação!

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Em 1989, quando o realizador de E.T. e Indiana Jones se divorciou da atriz Amy Irving, foi notícia em todo o mundo: ela recebeu 100 milhões de dólares na partilha dos bens — um valor que ainda hoje faz corar muitos divórcios milionários. Mas o mais insólito vem agora: apesar de tudo, eles continuam… a sair juntos!

Calma, não é o que parece. 😅

Amor antigo, dupla moderna

Amy Irving, hoje com 71 anos, e Spielberg, com 78, não só continuam amigos como — segundo revelações feitas este mês pela atriz — fazem jantares de casal com os atuais parceiros. Sim, leram bem. Amy e o seu terceiro marido, Kenneth Bowser Jr., jantam com Spielberg e a sua mulher, a também atriz Kate Capshaw, de tempos a tempos.

“Sempre comunicámos e fomos próximos”, disse Amy ao podcast It Happened in Hollywood do Hollywood Reporter.

“Tentamos fazer jantares a quatro, de vez em quando.”

Uma relação que começou em 1976, quando Amy fez audições para Encontros Imediatos do Terceiro Grau, mas perdeu o papel por ser demasiado nova. Apaixonaram-se, mudaram-se juntos, separaram-se, reconciliaram-se em 1984… e tiveram um filho, Max, hoje com 39 anos.

Segundo Amy, o reencontro aconteceu de forma cinematográfica: ela estava na Índia a filmar The Far Pavilions, montada num palanquim como princesa meia-russa, meia-indiana, prestes a “casar-se” com o galã italiano Rossano Brazzi — quando quem aparece nos bastidores? Spielberg.

“Mal saí do palanquim, lá estava ele. E tudo reacendeu.”

De papel prometido… a papel passado

No auge da relação, Amy chegou a ser prometida para o papel de Marion Ravenwood em Os Salteadores da Arca Perdida. Mas depois da separação, o papel foi para outra atriz. “Acho que a vida real significava mais para mim do que a carreira. Saí de casa e, quando se sai, não se fica com o papel”, confessou.

A relação durou 14 anos, com um interregno de três. E embora o casamento tenha terminado, a amizade (e os jantares de grupo) continuam firmes.

“Foi difícil ser a mulher de Steven Spielberg… e depois foi difícil ser a ex-mulher. Senti-me invisível durante algum tempo”, admitiu Amy ao LA Times.

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Agora, esse tempo já passou — e parecem viver todos num equilíbrio que poucos ex-casais conseguem alcançar. Um brinde a isso. 🍷

🎬 Finn Wolfhard: de estrela de Stranger Things a realizador promissor com sangue de “Scream King”

O título pode soar exagerado, mas quem acompanhou a estreia de Hell of a Summer — agora finalmente nos cinemas — sabe que Finn Wolfhard não é apenas mais uma estrela juvenil em transição para a realização. Com apenas 22 anos, o ator canadiano estreou-se atrás das câmaras com uma comédia slasher escrita, realizada e protagonizada por si. E não foi nada fácil.

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Em entrevista à PEOPLE, o jovem revelou que começou a escrever o argumento com apenas 16 anos. Mas não foi só o argumento que enfrentou obstáculos: também ele teve de bater a muitas portas que se fecharam logo à entrada.

“Senti muitas vezes que não me levavam a sério por causa da idade. Era só mais um miúdo com uma ideia. Mas tivemos a sorte de contar com produtores que acreditaram em nós”, contou.

A “nós” refere-se a Billy Bryk, seu cúmplice criativo e co-realizador do filme. Juntos, escreveram Hell of a Summer, que estreou em 2023 no Festival de Toronto e chega agora a um circuito mais alargado de exibição.

Um verão sangrento com risos à mistura

O filme segue um grupo de monitores de um acampamento de verão que se tornam alvo de um assassino mascarado. É uma homenagem óbvia aos clássicos dos anos 80, mas com uma energia millennial e um piscar de olho ao humor de Shaun of the Dead, uma das principais influências do realizador.

“Queria algo com personagens fortes, humor genuíno e tensão real. Algo que não fosse só sustos e sangue. Queria algo com coração”, disse Wolfhard.

Além de Shaun of the Dead, Finn cita também Let the Right One InSouth Park e até as primeiras temporadas de Os Simpsons como fontes de inspiração para o tom da sua estreia.

O elenco conta com rostos como Fred Hechinger (The White Lotus), Abby Quinn, D’Pharaoh Woon-A-Tai (Reservation Dogs) e Adam Pally. Mas é o entusiasmo irreverente de Finn que dá alma ao projeto.

“Scream King” com ambições de autor

Wolfhard já é veterano no terror. De Stranger Things a It, passando por The TurningThe Addams Family e Ghostbusters, é presença regular no género — e com boas razões. Como ele próprio admite, é “um espaço onde se sente confortável”. Ainda assim, recusa-se a ficar preso a um rótulo:

“Se fizer outro filme de terror, tem de ser algo mesmo louco ou totalmente original. Quero explorar outros géneros, não só como realizador, mas também como ator.”

Apesar do entusiasmo, Wolfhard é realista quanto ao caminho que ainda tem pela frente. “Mesmo tendo feito um filme, sei que muitos vão continuar a tratar-me como um miúdo que não sabe o que está a fazer. Mas estou em paz com isso. Vou provar-me as vezes que forem necessárias.”

E se Hell of a Summer for apenas o primeiro passo, não temos dúvidas: Finn Wolfhard está cá para ficar — com ou sem máscara.

🎥 Onde ver “Hell of a Summer” em Portugal?

Por enquanto, o filme ainda não está disponível nos canais nacionais nem nas plataformas de streaming portuguesas. Mas fica atento ao catálogo da Filmin Portugal e aos ciclos de cinema de género nos festivais, porque este é dos que tem tudo para aparecer por lá.

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Val Kilmer: As 10 Personagens Mais Icónicas da Sua Carreira (e Onde as Rever)

Por pedido dos fãs do Clube de Cinema, reunimos as dez personagens mais marcantes da carreira de Val Kilmer, ator recentemente falecido e que deixou uma marca indelével no grande ecrã. Com quase quatro décadas de carreira, Kilmer oscilou entre o drama, a comédia, a ação e até a animação — e é impossível falar dele sem pensar imediatamente em algumas destas interpretações inesquecíveis. Sempre que possível, indicamos também onde os filmes estão disponíveis em streaming ou canais portugueses.

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10. Simon Templar – The Saint (1997) 
Val Kilmer deu corpo ao famoso ladrão com alma de justiceiro em The Saint, inspirado na criação literária de Leslie Charteris. Com mudanças de disfarce ao estilo de Ethan Hunt e um charme à prova de bala, Kilmer encarna Templar com destreza. Apesar de o filme ter ganho estatuto de culto ao longo dos anos, não arrancou a saga prometida. Ainda assim, merece o seu lugar nesta lista. 📺 Disponível ocasionalmente no canal AMC Portugal e em serviços de aluguer digital.

9. Moses – The Prince of Egypt (1998)

 

Na animação bíblica da DreamWorks, Kilmer dá voz (e alma) a Moisés, num dos papéis mais subestimados da sua carreira. A sua performance vocal é comovente, captando as dúvidas e a fé de um homem dividido entre dois mundos. 📺 Streaming: SkyShowtime (em rotação); cópias digitais disponíveis em plataformas como Apple TV ou Google Play.

8. Gay Perry – Kiss Kiss Bang Bang (2005) 

Ao lado de Robert Downey Jr., Kilmer dá vida a um detetive gay com língua afiada e muita atitude. Um papel refrescante que provou a sua versatilidade e sentido de humor negro. 📺 Streaming: Disney+ (via catálogo Star) ou ocasionalmente no Fox Movies.

7. Chris Knight – Real Genious (1985) 

Num registo cómico e nerd, Kilmer interpreta Chris Knight, um jovem génio da ciência que não leva a vida demasiado a sério — até perceber que a CIA quer usar as suas invenções. Uma pérola esquecida dos anos 80. 📺 Difícil de encontrar em Portugal, mas disponível em algumas plataformas de importação digital (iTunes, Amazon US).

6. Chris Shiherlis – Heat (1995) 

Ao lado de Al Pacino e Robert De Niro, Kilmer interpreta o frio e calculista Chris Shiherlis, num dos maiores thrillers policiais dos anos 90. A sua personagem é tão intensa quanto trágica. 📺 Streaming: Netflix Portugal (rotativo) e TVCine.

5. Jim Morrison – The Doors (1991) 

Kilmer desaparece literalmente dentro da pele de Jim Morrison neste biopic de Oliver Stone. Estudou as músicas e os tiques do cantor obsessivamente — e o resultado é arrepiante. Muitos fãs confundem as gravações com o verdadeiro vocalista dos The Doors. 📺 Streaming: MUBI (rotativo) ou disponível para aluguer digital.

4. Bruce Wayne/Batman – Batman Forever (1995) 

Num dos filmes mais estilizados (e controversos) da saga do Cavaleiro das Trevas, Kilmer interpreta um Batman melancólico e um Bruce Wayne carismático. Visualmente arrojado e com vilões memoráveis, continua a ser um prazer (culposo) para muitos fãs. 📺 Streaming: HBO Max Portugal.

3. Doc Holliday – Tombstone (1993) 

“I’m your huckleberry.” É impossível esquecer esta frase dita com voz rouca e olhar trocista. A interpretação de Kilmer como o pistoleiro doente e sardónico Doc Holliday é, para muitos, a melhor da sua carreira. 📺 Streaming: Amazon Prime Video.

2. Nick Rivers – Top Secret! (1984) 

Antes da fama, Kilmer fez uma das melhores paródias de espionagem de sempre — com direito a números musicais, piadas visuais dignas dos ZAZ e um timing cómico irrepreensível. Nick Rivers é um espião disfarçado de estrela pop, e Kilmer canta de verdade. 📺 Streaming: Disney+ (rotativo) e FOX Comedy.

1. Tom “Iceman” Kazansky – Top Gun (1986) & Top Gun: Maverick (2022)

 É impossível não coroar “Iceman” como o papel mais icónico de Val Kilmer. O eterno rival (e depois aliado) de Maverick personifica o rigor militar com o seu gelo no olhar. E o reencontro com Cruise em Top Gun: Maverick, já após a batalha de Kilmer contra o cancro, foi um momento comovente para todos os fãs de cinema. 📺 Streaming: SkyShowtime (ambos os filmes disponíveis).

“A Minecraft Movie” Constrói um Sucesso Colossal nas Bilheteiras: Recordes, Gritos e Jack Black aos Saltos

Val Kilmer partiu, mas as suas personagens continuam a habitar os nossos ecrãs — e memórias — com a mesma intensidade. Se ainda não viste todos os filmes desta lista, fica o convite para uma maratona nostálgica.

“A Minecraft Movie” Constrói um Sucesso Colossal nas Bilheteiras: Recordes, Gritos e Jack Black aos Saltos

🎮🍿 Quem diria que um mundo feito de cubos viria a revolucionar (mais uma vez) o cinema? A Minecraft Movie, a muito aguardada adaptação cinematográfica do lendário videojogo da Mojang, está a rebentar nas bilheteiras e a deixar os estúdios de Hollywood com os olhos a brilhar… de espanto e inveja.

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Num fim de semana marcado por filas intermináveis, aplausos em salas esgotadas e crianças literalmente aos saltos nas cadeiras, o filme protagonizado por Jason Momoa, Jack Black e Danielle Brooks arrecadou 145 milhões de dólares nos seus primeiros três dias, superando todas as previsões e deixando para trás o anterior recorde de abertura para filmes baseados em videojogos — sim, estamos a olhar para ti, Super Mario Bros..

🎬 Uma estreia de fazer história (e barulho)

Desde as sessões de pré-estreia, na quinta-feira à noite, que se percebia que algo estava a acontecer: só nessa noite, A Minecraft Movie já tinha acumulado 10,5 milhões de dólares — um número impressionante que deixou Five Nights at Freddy’s a um canto da sala a chorar em silêncio.

As audiências não tardaram a reagir: os miúdos adoraram, os adolescentes vibraram, e até o público acima dos 45 anos deu nota alta ao filme. As redes sociais, como seria de esperar, explodiram: vídeos de fãs aos gritos, danças espontâneas nas filas dos cinemas e pais confusos mas rendidos à euforia generalizada.

Num dos vídeos virais, um espectador emocionado resume a experiência:

🗣️ “A MELHOR experiência no cinema da minha vida! Minecraft para sempre!”

💥 Blockbusters em modo pixelado

A comédia em live-action, realizada por Jared Hess (Napoleon Dynamite), consegue equilibrar na perfeição o tom visual e narrativo do jogo, com piadas acessíveis, visuais vibrantes e uma inesperada profundidade emocional. Jack Black, como a personagem Steve, rouba cenas com canções hilariantes — um verdadeiro êxito, a julgar pelas crianças que cantam as falas no meio da sessão.

Além disso, os dados são claros:

  • O filme lidera em 4.263 salas de cinema.
  • 57% dos bilhetes foram comprados no próprio dia — um reflexo da eficácia da estratégia de marketing digital hiperlocal da Warner Bros.
  • 50% dos espectadores disseram que o filme superou as suas expectativas.

E se ainda havia dúvidas, as Minecraft Happy Meals da McDonald’s vieram selar o fenómeno com molho barbecue e brinquedos em forma de Creepers. 🧨🍔

🎯 Uma pedrada no charco para 2025

Este mega êxito é um verdadeiro sopro de ar fresco para uma indústria ainda a recuperar do duplo murro no estômago da pandemia e das greves de 2023. Num ano onde muitos títulos “grandes” tropeçaram — como Snow White ou Mickey 17—, A Minecraft Movie surge como o salvador improvável do box office.

E nem as críticas mornas (51% no Rotten Tomatoes) conseguiram travar o entusiasmo dos fãs. Tal como aconteceu com Five Nights at Freddy’s, estamos perante um daqueles casos em que a opinião do público vale mais do que qualquer crítica de jaleca vestida.

🔮 E agora?

Com este arranque fulgurante, tudo aponta para que A Minecraft Movie se torne a maior estreia de um filme baseado em videojogos da história. O merchandising já voa das prateleiras, os memes multiplicam-se, e os fãs já pedem sequela. Aliás, se a Warner Bros. não estiver já a preparar o segundo capítulo… estará a perder uma montanha de blocos de ouro.

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E num mercado faminto por sucessos e nostalgia, talvez a resposta esteja mesmo nos píxeis.

Sexo, Cancro e Comédia: Jay Duplass Fala sobre a Série Selvagem que Vai Abanar o Disney+ 💥💋

Estreou esta sexta-feira, 4 de abril, no Disney+, e promete ser tudo menos discreta. Dying for Sex é o novo comédia dramática do canal FX, baseada numa história real, com Michelle Williams no papel principal e Jay Duplass a encarnar aquele tipo de homem que “só quer salvar o dia” – mesmo quando isso não é o que está em jogo.

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Inspirada num popular podcast com o mesmo nome, a série retrata os últimos meses de vida de Molly Kochan, vítima de cancro da mama, e o modo inesperado como escolheu vivê-los: redescobrindo a sua sexualidade e mergulhando em aventuras eróticas com a intensidade de quem sabe que o tempo é limitado. Tudo isto com muito humor, sem filtros e com um elenco afiado.

Mas Dying for Sex não é apenas uma série sobre cancro, sexo ou amizades femininas. É também sobre os equívocos masculinos, as boas intenções que saem pela culatra, e os homens que querem salvar o dia com capas invisíveis e planos de saúde. Quem o diz é o próprio Jay Duplass, numa conversa bem-humorada com o SAPO Mag.

“Só quero que a minha mulher viva”

Duplass interpreta Steve, o marido da protagonista Molly. Um homem bem-intencionado, mas algo patético, que tenta segurar uma relação à medida que a sua mulher se transforma noutra pessoa – ou talvez apenas comece finalmente a ser quem sempre foi. “Ele é o antagonista da série, mas só porque ama profundamente a mulher e quer que ela sobreviva”, diz o ator. “Ele é nerd, super empenhado… e completamente alheado da verdadeira viagem que ela está a fazer.”

Sobre equilibrar drama e comédia num tema tão sensível como o cancro, Duplass é claro: “Quanto mais nos empenhamos no drama, mais engraçado se torna. Gosto de comédia que nasce do desespero. É aí que está a graça.”

Um olhar feminino… com um actor que compreende isso

Dying for Sex é uma série escrita, criada e maioritariamente realizada por mulheres. E Jay Duplass não só se sentiu à vontade nesse ambiente como o abraçou com entusiasmo: “Tenho a sorte de trabalhar muito com mulheres. TransparentThe Chair, agora esta série… sinto que tenho um olhar mais feminino, se é que posso dizer isso. Tento ser recetivo enquanto artista, e este ambiente faz-me sentir em casa.”

As criadoras Elizabeth Meriwether (The Dropout) e Kim Rosenstock (Only Murders in the Building) são descritas por Duplass como “showrunners de sonho”, sempre presentes no set e com um “olhar empático e inteligente”.

Drama com humor… e com Sissy Spacek!

A série junta ainda no elenco nomes como Jenny Slate, que interpreta Nikki, a melhor amiga desbocada de Molly, e Sissy Spacek, que dispensa apresentações. “É uma série ambiciosa e muito selvagem. Tem um tom difícil de encontrar: é divertida, mas está profundamente ligada a temas emocionais e pesados”, salienta Duplass.

E sim, há sexo. E sim, há risos. Mas, acima de tudo, há humanidade – contada a partir da perspetiva de quem já não tem tempo a perder com convenções sociais.

A vida real, entre filhos e não beber copos

Fora da série, Jay Duplass é também realizador, argumentista, produtor e… pai a tempo inteiro. Questionado sobre como gere tudo, ri-se: “A minha agenda parece ridícula. Digo muitos ‘nãos’. E não tenho vida social. Só trabalho e passo tempo com a família. Se me convidam para beber um copo, digo: ‘Desculpa, não gosto de beber. Prefiro fazer um filme’.”

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Ora aí está uma frase que poderia muito bem ser dita por Steve — ou por Jay Duplass, numa entrevista como esta.

“Pulsação”: o novo drama médico da Netflix que conquistou os espectadores logo à entrada 🚑🌪️

A Netflix estreou recentemente Pulsação, o seu primeiro drama médico original em língua inglesa – e a aposta parece ter resultado. A série chegou à plataforma no dia 3 de abril e, no próprio dia, já liderava o top diário global do serviço. Em Portugal, a primeira temporada entrou diretamente para o terceiro lugar do ranking nacional, apenas atrás de AdolescênciaJovens Desaparecidas: O Assassino em Série de Long Island.

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Criada por Carlton Cuse (nome bem conhecido do universo de Lost e Jack Ryan) e pela argumentista Zoe RobynPulsação traz consigo todos os ingredientes do típico drama hospitalar — tensão, romances proibidos, dilemas éticos, decisões de segundos e muitos, muitos bisturis. Mas a grande novidade? Um furacão prestes a atingir o hospital mais movimentado de Miami.

Um hospital no olho do furacão… literal e emocional

No centro da narrativa está a Dra. Danny Simms, interpretada por Willa Fitzgerald (ReacherDare Me), uma interna de terceiro ano que vê o seu mundo virar do avesso quando é promovida de forma inesperada após a suspensão do reputado chefe de equipa, o Dr. Xander Phillips (Colin Woodell).

Com a aproximação de um poderoso furacão, o hospital entra em estado de emergência. As portas fecham, os pacientes acumulam-se e, claro, os conflitos também. Para complicar o cenário, Danny e Phillips são forçados a colaborar — e a enfrentar o passado romântico conturbado (e algo escandaloso) que os une.

Com as emoções à flor da pele e as vidas dos pacientes penduradas por um fio, o caos instala-se. E se, para estes médicos, salvar uma vida pode ser mais simples do que manter as suas próprias em ordem, é porque Pulsação não veio para contar apenas histórias de bisturis e diagnósticos.

Um elenco que mistura veteranos e novos talentos

Além de Willa Fitzgerald e Colin Woodell, o elenco de Pulsação conta com uma série de nomes que prometem dar que falar:

  • Justina Machado (One Day at a Time)
  • Jessie T. Usher (The Boys)
  • Jessy YatesJack BannonChelsea MuirheadDaniela Nieves
  • E participações especiais de Néstor CarbonellJessica RotheSantiago SeguraAsh Santos e Arturo Del Puerto

Cada episódio mistura tensão clínica com dramas pessoais, romances (nem sempre aconselháveis) e dilemas éticos que vão pôr à prova o juramento de Hipócrates… e os corações de quem vê.

Fórmula já vista, mas eficaz

É verdade que Pulsação não reinventa a roda do drama médico — há claras influências de Grey’s AnatomyER – Serviço de Urgência ou The Resident — mas isso não é necessariamente mau. A realização é sólida, o ritmo frenético e os dilemas médicos cativantes. E tudo embrulhado num cenário de catástrofe natural que funciona como metáfora (muito literal, diga-se) para o caos emocional das personagens.

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Se estás à procura de um binge-watch envolvente com bisturis, lágrimas e umas quantas tempestades (no céu e no coração), Pulsação é uma boa escolha. E se a primeira temporada continuar a escalar nos tops da Netflix, não será de admirar que a segunda esteja já no horizonte.

“House of the Dragon”: Terceira Temporada Já Está a Ser Filmada no Reino Unido 🐉🔥

A guerra dos Targaryen ainda está longe de terminar – e a produção da aguardada terceira temporada de House of the Dragon já arrancou oficialmente no Reino Unido. Depois de dois anos repletos de traições, dragões em fúria e alianças perigosas, a prequela de A Guerra dos Tronos promete continuar a saga sangrenta da Casa Targaryen com novos episódios… e novos jogadores no tabuleiro de Westeros.

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Apesar de ainda não haver data de estreia confirmada, o anúncio da Max de que as filmagens já começaram é música para os ouvidos dos fãs da fantasia épica criada por George R.R. Martin.

Um elenco de peso regressa… com sangue novo à mistura

A terceira temporada de House of the Dragon será composta por oito episódios – menos dois do que a anterior – mas promete não poupar na intensidade dramática nem nas batalhas viscerais. Os fãs podem contar com o regresso de muitos dos rostos que marcaram as temporadas anteriores, incluindo:

  • Matt Smith como Daemon Targaryen
  • Emma D’Arcy no papel da Rainha Rhaenyra
  • Olivia Cooke como Alicent Hightower
  • Steve Toussaint como Corlys Velaryon
  • Rhys Ifans como Otto Hightower
  • Fabien Frankel, Ewan Mitchell, Tom Glynn-Carney, Phia Saban, entre outros.

A nova temporada contará também com caras novas no sempre atribulado mundo de Westeros. Entre os reforços do elenco, destacam-se:

  • Tommy Flanagan como Ser Roderick Dustin
  • Dan Fogler como Ser Torrhen Manderly
  • James Norton no papel de Ormund Hightower, uma adição com potencial para agitar os conflitos entre as casas nobres.

Com esta expansão do elenco, tudo indica que a guerra civil conhecida como Dança dos Dragões vai alastrar-se ainda mais e envolver novas casas, territórios e alianças instáveis.

Realização em boas mãos

A terceira temporada será dirigida por uma equipa de realizadores de respeito no universo televisivo, com Clare Kilner, Nina Lopez-Corrado, Andrij Parekh e Loni Peristere a assumirem os comandos de diferentes episódios. A produção mantém-se sob a batuta de Ryan Condal, criador e showrunner, em colaboração próxima com o próprio George R.R. Martin.

O que esperar?

A segunda temporada, com estreia marcada para o verão de 2024, servirá como ponte direta para os acontecimentos ainda mais dramáticos que se avizinham. Com a guerra entre os Verdes e os Pretos a ganhar força, e com perdas pesadas já sofridas por ambos os lados, tudo aponta para uma escalada que não deixará ninguém intocado.

A terceira temporada deverá mostrar o alastrar do conflito por Westeros, o envolvimento de casas anteriormente neutras e o papel fundamental que cada dragão terá na luta pela supremacia. E se conhecermos minimamente George R.R. Martin, sabemos que o sangue vai correr – tanto o azul como o vermelho.

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Conclusão:

Com as câmaras já a rolar no Reino Unido, a terceira temporada de House of the Dragon aproxima-se com promessas de mais intrigas, reviravoltas e – claro – muitos dragões. Será esta a fase em que Westeros se afunda numa guerra total? Resta-nos esperar… com os olhos postos no céu.

“One Battle After Another”: Leonardo DiCaprio Surpreende Como Revolucionário Descompensado no Filme Mais Louco de Paul Thomas Anderson 💣🎥🍷

Se te disseram que o novo filme de Paul Thomas Anderson seria uma mistura de There Will Be Blood com Fear and Loathing in Las Vegas, estavam mais perto da verdade do que pensas. One Battle After Another, apresentado pela primeira vez com imagens explosivas na CinemaCon 2025, é uma das grandes apostas da Warner Bros. para o final do ano — e promete fazer faísca tanto nas bilheteiras como na temporada de prémios.

Com um orçamento a rondar os 130 milhões de dólares (sim, leste bem), este é o filme mais caro alguma vez realizado por Anderson, e marca a sua primeira colaboração com Leonardo DiCaprio. E que estreia! A julgar pelas reações em Las Vegas, o ator de O Lobo de Wall Street está prestes a oferecer-nos uma das interpretações mais selvagens, intensas e surreais da sua carreira.

Um revolucionário em queda… e em fúria

No filme, DiCaprio interpreta um revolucionário exausto, alcoólico e visivelmente afetado por décadas de abuso de substâncias, que embarca numa missão para salvar a filha raptada. A trama, adaptada de um romance de Thomas Pynchon (o autor que já inspirou Inherent Vice), decorre num universo de intrigas políticas, caos urbano e paranoia revolucionária, com uma pitada generosa de humor negro e uma realização grandiosa em formato VistaVision para IMAX.

Durante a CinemaCon, foi mostrada uma sequência hilária em que o personagem de DiCaprio tenta lembrar-se de uma palavra-passe para ativar uma célula de radicais. “Fritei o meu cérebro”, diz ao telefone. “Abusei de drogas e álcool durante 30 anos. Sou um amante de drogas e álcool.” Do outro lado da linha, a resposta é inesperadamente woke: “Estás a ser agressivo e isso está a dar-me ‘gatilhos de ruído’.”

Rimos? Rimos muito. Mas também percebemos que este é o tipo de sátira anárquica que só Paul Thomas Anderson se atreveria a levar a cabo com esta escala.

Um elenco de luxo e um vilão com olhos de gelo

A acompanhar DiCaprio estão Regina Hall, Teyana Taylor e o recém-chegado Chase Infiniti, mas há mais: Sean Penn interpreta o principal vilão — um coronel com um olhar glacial que, segundo quem viu, “mete mesmo medo”. Benicio del Toro surge como um camarada revolucionário armado até aos dentes e com ar de quem também abusou das substâncias erradas nos momentos certos.

É um elenco que transpira talento, caos e carisma — tudo o que este tipo de cinema precisa para se tornar lendário.

“Don’t f*cking panic”

O trailer apresentado foi tudo menos subtil: perseguições de carro, tiroteios de metralhadora, equipas de intervenção especial a arrombar portas e DiCaprio em plena espiral de colapso mental. A última frase, gritada entre explosões e sirenes: “Don’t f*cking panic. Keep your shit together.” Aparentemente, não estava a falar só para si próprio.

E apesar do tom irreverente, DiCaprio garantiu que One Battle After Another “toca em algo político e cultural que arde sob o nosso subconsciente coletivo”.

A estreia estava originalmente marcada para 8 de agosto de 2025, mas a Warner adiou o lançamento para 26 de setembro — um movimento claro para posicionar o filme na rota dos Óscares.

Uma aposta arriscada… mas com pedigree

Apostar 130 milhões num filme sem super-heróis, sabres de luz ou sequelas de animações é quase um ato de resistência nos dias que correm. Mas se há alguém que pode justificar essa aposta, é Paul Thomas Anderson. E com DiCaprio no leme da loucura, tudo pode acontecer. Lembremo-nos que The Revenant (2015) e O Lobo de Wall Street (2013) também pareciam “demasiado estranhos para o grande público” — e renderam fortunas.

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Neste caso, há quem fale já num regresso à glória do cinema audaz e autoral, com músculo técnico e ambição desmedida. E, convenhamos, só o facto de One Battle After Another existir já é um pequeno milagre num mercado saturado de fórmulas previsíveis.

Conclusão: DiCaprio + PTA = caos cinematográfico imperdível

One Battle After Another é, como o título indica, uma luta constante — tanto para os personagens como para a própria indústria que tenta recuperar da estagnação pós-pandemia. Mas se há filme que pode reacender a paixão pelo cinema audaz, provocador e livre, é este.

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A estreia mundial está marcada para 26 de setembro de 2025. E já há quem diga que os bilhetes vão esgotar antes mesmo de sabermos a palavra-passe do revolucionário de DiCaprio.

“Fogo do Vento”: Primeira Longa-Metragem de Marta Mateus Conquista Prémio em Festival Italiano 🇵🇹🔥🎬

O cinema português continua a dar cartas além-fronteiras. Desta vez foi Fogo do Vento, a estreia na longa-metragem de Marta Mateus, a conquistar aplausos internacionais: o filme venceu esta segunda-feira o prémio de Melhor Primeiro Filme Internacional no Festival de Busto Arsizio, em Itália.

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Num anúncio entusiástico, o júri do certame italiano justificou a distinção com a “linguagem pessoal” da realizadora portuguesa, elogiando a forma como a obra “narra, com originalidade, o crepúsculo do mundo rural e proletário”. A vitória ganha ainda mais relevo por se tratar do único filme português em competição.

Uma viagem sensorial entre passado, presente e futuro

Descrito como uma fábula que atravessa gerações, Fogo do Vento mergulha nas histórias de uma comunidade alentejana, misturando realismo, memória e um forte lirismo visual. A obra aprofunda personagens e temas já sugeridos por Marta Mateus na sua curta-metragem premiada Farpões Baldios (2017), apresentada na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes.

O filme explora os ecos do passado — da resistência ao regime salazarista — até às tensões contemporâneas do mundo rural, num gesto de cinema que tanto convoca a tradição como dá espaço à imaginação.

Em nota de intenções, a realizadora partilha a origem sensorial e simbólica do projeto: “Um dia, no Verão de 2017, apareceu-me um touro negro no pensamento. Dias depois, chegou-me a imagem de um incêndio, de terra queimada.” E completa: “Aprendi a dar atenção aos signos, aos sonhos, às visões, a guardar os mais leves prenúncios presentes numa ideia, num sopro de vento.”

Um percurso internacional sólido

Desde a sua estreia mundial no prestigiado Festival de Locarno em 2023, Fogo do Vento tem sido um verdadeiro caso de sucesso nos circuitos de festivais. Foi selecionado para os festivais de Nova Iorque, Londres (BFI), Tóquio, Viennale (Áustria) e Valdivia (Chile), onde foi amplamente elogiado.

Entre os prémios recebidos contam-se o Prémio Especial do Júri no Avant-Garde Film Festival de Atenas, o Prémio FIPRESCI no Festival de Gijón (atribuído pela Federação Internacional de Críticos de Cinema) e o Prémio de Melhor Realização no Festival Caminhos do Cinema Português, em Coimbra.

A longa-metragem é uma coprodução entre Portugal (Clarão Companhia), Suíça (Casa Azul Films) e França (Les Films d’Ici), revelando o crescente interesse internacional pela nova geração do cinema português.

Do Alentejo para o mundo

Com o Alentejo como cenário e fonte de inspiração, Fogo do Vento é, ao mesmo tempo, uma reflexão sobre identidade, pertença, resistência e transformação. Não é um filme de narrativa linear ou convencional — mas sim uma tapeçaria sensorial, onde as imagens e os sons respiram ao ritmo da terra e das suas gentes.

Marta Mateus não faz concessões ao estilo “fácil”. O seu cinema é de presença, de escuta e de resistência poética. E por isso está a conquistar o respeito de quem procura no grande ecrã mais do que entretenimento: procura visão, coragem e autenticidade.

Estreia nacional marcada para setembro

Com um percurso notável em festivais internacionais, Fogo do Vento prepara-se agora para chegar ao público português. A estreia comercial está marcada para setembro de 2025, logo após o verão — uma oportunidade para os espectadores nacionais descobrirem uma das obras mais marcantes e pessoais do recente cinema luso.

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Enquanto isso, é tempo de celebrar mais um triunfo da criatividade portuguesa além-fronteiras — e de Marta Mateus, uma cineasta que, com apenas dois filmes, já se afirma como uma voz singular no panorama do cinema europeu contemporâneo.