Sophia Loren, uma das maiores estrelas do cinema mundial, celebra 90 anos a 20 de setembro, mantendo-se como um ícone de elegância, talento e resistência. Nascida Sofia Scicolone, numa família humilde perto de Nápoles, Loren superou a pobreza extrema e o caos da Segunda Guerra Mundial para se tornar uma das atrizes mais reconhecidas e premiadas da história do cinema.
Ao longo de uma carreira que abrange mais de sete décadas, Loren partilhou o ecrã com alguns dos maiores nomes de Hollywood, como Cary Grant, Marlon Brando, e Gregory Peck. Foi a primeira atriz a ganhar um Óscar por um filme não falado em inglês, Duas Mulheres (1960), realizado por Vittorio De Sica, com quem formou uma parceria de longa data.
Para celebrar o seu 90º aniversário, será organizada uma homenagem no Cinecittà, em Roma, com a presença de amigos e familiares, bem como uma reexibição especial de Matrimónio à Italiana (1964), outro dos seus grandes sucessos ao lado de Marcello Mastroianni. Sophia Loren, que recentemente brilhou no filme Uma Vida à Sua Frente (2020), dirigido pelo seu filho Edoardo Ponti, continua a ser uma presença marcante na cultura italiana e global.
“Na minha carreira, resisti e lutei, e acredito que Deus me ajudou muito. Sempre tentei fazer o meu melhor em tudo o que fiz, e sinto que isso me trouxe até aqui”, disse a atriz numa entrevista recente. A longevidade de Loren é um testemunho não só do seu talento, mas também da sua perseverança e dedicação à arte.
A série Industry, que mergulha no mundo intenso e competitivo da alta finança, acaba de ser renovada para uma quarta temporada pela HBO. A notícia foi anunciada a 19 de setembro, pouco antes do final da terceira temporada, que tem atraído uma audiência fiel e elogios da crítica. Desde a sua estreia em 2020, Industry tem conquistado o público com o seu olhar cru e impiedoso sobre os jovens banqueiros do banco internacional Pierpoint & Co, em Londres
Criada por Mickey Down e Konrad Kay, Industry continua a destacar-se pela forma como explora a ambição, a pressão e as dinâmicas de poder no setor financeiro, abordando também temas como classe, privilégio e ética profissional. A terceira temporada trouxe uma adição de peso ao elenco com a participação de Kit Harington (A Guerra dos Tronos), que se juntou a Myha’la Marisa Abela, Harry Lawtey e Ken Leung nos papéis principais.
A vice-presidente executiva da HBO, Francesca Orsi, expressou entusiasmo pela renovação da série, destacando a capacidade de Industry em redefinir as histórias de trabalho contemporâneas. “Sob a visão singular de Mickey e Konrad, Industry tornou-se um dos dramas mais marcantes da HBO. Não temos dúvidas de que a quarta temporada será ainda mais emocionante e inovadora”, afirmou.
Os fãs da série podem esperar mais intrigas no mundo dos negócios, com novos desenvolvimentos que prometem manter o suspense e o drama no centro do enredo.
Tom Cruise volta a provar porque é um dos atores mais ousados de Hollywood. Conhecido por realizar as suas próprias cenas de ação, o ator foi visto a filmar uma sequência particularmente arriscada para Missão Impossível 8 no norte de Oxfordshire, Inglaterra, a 15 de setembro. Durante a gravação, Cruise, que dispensa duplos para as cenas mais perigosas, foi observado a utilizar um dispositivo de segurança enquanto voava em dois aviões e se mantinha em pé em pleno voo.
Esta não é a primeira vez que o ator, famoso por desafiar os limites físicos e a gravidade nas suas cenas de ação, é visto a rodar o novo capítulo da franquia Missão Impossível. As filmagens também passaram por locais icónicos de Inglaterra, como a Westminster Bridge e o Natural History Museum, em Londres, bem como as regiões de Surrey e Derbyshire. O filme tem estreia marcada para 2024 e promete ser mais um espetáculo de ação, com as cenas de risco a servirem como um dos principais atrativos para o público.
Os fãs de Tom Cruise podem esperar mais um desempenho impressionante, onde o ator, já com 61 anos, mostra que ainda é capaz de entregar algumas das sequências mais audazes da história do cinema de ação. Esta dedicação em realizar as suas próprias cenas é uma marca registada da sua carreira, especialmente em filmes como Missão Impossível e Top Gun: Maverick.
Tom was seen filming 'Mission Impossible 8' in Bicester Airport,England 🇬🇧 (September 15,2024) ✨ pic.twitter.com/FPXhPfxjzN
O Festival Queer Lisboa começa hoje, 23 de setembro, com a exibição do filme Baby, do realizador brasileiro Marcelo Caetano, abrindo um certame que se estende até ao dia 28 de setembro. Este ano, o festival convida o público a refletir sobre temas como as assimetrias sociais, os conflitos no mundo, e um cinema que se impõe como urgente e necessário.
“Baby”: Amor, Família e Marginalidade no Centro de São Paulo
O filme Baby, que valeu ao ator Ricardo Teodoro o prémio de Revelação na Semana da Crítica em Cannes, narra uma história de amor, família e perda no cenário das margens da sociedade no centro de São Paulo. A obra de Marcelo Caetano é um retrato sensível das dificuldades de viver à margem, capturando a complexidade das relações humanas num contexto urbano marcado pela desigualdade social. Esta estreia promete dar o tom para o que será uma semana intensa de cinema que desafia convenções e expõe realidades por vezes invisíveis.
Nas várias secções competitivas do Queer Lisboa, algumas produções portuguesas também terão lugar de destaque. Entre elas, As Minhas Sensações São Tudo o que Tenho para Oferecer, de Isadora Neves Marques, e Seu Nome Era Gisberta, de Sérgio Galvão Roxo, que abordam questões pessoais e políticas ligadas à identidade e à luta pela aceitação. Outra produção a ter em conta é Kiss Your Hand Madame, uma coprodução entre Portugal, Hungria e Bélgica, dirigida por Jeremy Luke Bolatag.
Estas obras, todas com um forte cunho autoral e temáticas que dialogam diretamente com o público LGBTQI+, serão acompanhadas com grande expectativa, reforçando a importância do festival para dar visibilidade a novas vozes no cinema queer português.
Panorama e Cinema Internacional: Elliot Page e Peaches em Destaque
Na secção Panorama, o festival destaca o filme Close to You, coescrito e protagonizado por Elliot Page, que continua a afirmar-se como uma das mais importantes figuras trans do cinema contemporâneo. O filme, realizado por Dominic Savage, explora questões ligadas à identidade de género e à complexidade das relações humanas, sendo um dos grandes destaques da programação internacional deste ano.
Outro destaque vai para o documentário Teaches of Peaches, de Philipp Fussenegger e Judy Landkammer, que traça o percurso artístico da icónica performer canadiana Peaches, famosa pelas suas atuações provocadoras e inovadoras na música eletrónica.
Resistência Queer: Um Foco na Luta em Contextos de Conflito
Este ano, o Queer Lisboa tem como tema central a “Resistência Queer”, focando-se nas experiências das comunidades LGBTQI+ em territórios sob conflito ou governados por regimes autoritários, como o Kosovo, a Palestina, o Chipre, a Ucrânia e a Hungria. O festival pretende dar voz àquelas populações que vivem diariamente sob a repressão e que continuam a lutar pelos seus direitos num cenário de constante perigo.
Entre as obras que integram este foco, destaca-se Foggy: Palestine Solidarity Cinema & The Archive, uma série de curtas-metragens que exploram o tema da solidariedade com a Palestina, através das lentes de cineastas como Mike Hoolboom e Amy Gottlieb.
Encerramento com “Call Me Agnes” e Festival Queer Porto
O filme de encerramento do Queer Lisboa será Call Me Agnes, uma produção neerlandesa de Daniel Donato. Esta obra cruza elementos de documentário e ficção para contar a história de Agnes Geneva, uma mulher trans da Indonésia, explorando temas de identidade, resistência e transformação.
O festival não termina em Lisboa. No próximo mês, de 8 a 12 de outubro, acontecerá o Queer Porto, que celebrará a sua 10ª edição com programação a decorrer em espaços emblemáticos da cidade, como o Batalha Centro de Cinema, Passos Manuel e a Casa Comum da Reitoria da Universidade do Porto.
O Cinema Queer como Voz de Resistência e Reflexão Social
O Queer Lisboa volta a afirmar-se como um espaço privilegiado para a reflexão e a celebração do cinema queer, dando palco a produções que não só exploram questões de identidade de género e orientação sexual, mas que também abordam as lutas e resistências das comunidades LGBTQI+ em várias partes do mundo. O festival continua a ser uma referência no panorama cultural português e internacional, trazendo para o grande ecrã histórias que merecem ser ouvidas e vistas.