
A saga The Hunger Games está a viver um novo renascimento. Quinze anos após a publicação do primeiro livro e mais de uma década desde a estreia do filme com Jennifer Lawrence no papel de Katniss Everdeen, Suzanne Collins voltou ao universo de Panem com o novo romance Sunrise on the Reaping, que explora o passado do carismático (e alcoólico) mentor Haymitch Abernathy. E, como seria de esperar, a adaptação cinematográfica já está confirmada, com estreia marcada para novembro de 2026.
ver também : Bill Skarsgård fica preso no SUV de Anthony Hopkins e o resultado é um thriller tenso e excêntrico
A revelação do novo livro foi feita em simultâneo com o anúncio do filme, demonstrando a confiança da Lionsgate na vitalidade desta franquia — e nos seus fãs dedicados. Quem está novamente ao leme da produção é Nina Jacobson, que esteve envolvida em todos os filmes anteriores e que, em entrevista à Variety, partilhou detalhes empolgantes sobre o que aí vem.
Um novo olhar sobre Haymitch
A prequela segue Haymitch Abernathy nos tempos em que venceu os 50.º Jogos da Fome. Quem viu os filmes lembra-se do Haymitch interpretado por Woody Harrelson: cínico, desiludido, mas com uma faísca de humanidade. O novo livro — e, em breve, o filme — quer mostrar quem ele era antes de tudo isso: o jovem de espírito combativo que ainda não tinha sido consumido pela dor, trauma e culpa.
A equipa de produção está à procura de um ator que capte essa essência, mas sem imitar Harrelson. Segundo Jacobson, querem alguém que represente credivelmente o Haymitch do passado, com o mesmo brilho de inteligência, o mesmo sarcasmo que esconde uma ferida profunda. “Ninguém pode ser o Woody, a não ser o próprio Woody”, afirmou. Mas há que encontrar quem possa mostrar o que havia antes da escuridão.
Livro e filme em paralelo
O desenvolvimento do filme decorre a um ritmo acelerado, muito graças ao facto de a equipa ter tido acesso ao manuscrito muito antes do lançamento do livro. Jacobson e o realizador Francis Lawrence leram uma cópia única — guardada na casa do agente de Collins — e começaram imediatamente a trabalhar.
“Foi emocionante e esmagador ao mesmo tempo. Não podíamos contar a ninguém o que estávamos a fazer. Mas agora podemos finalmente falar com os fãs e partilhar este entusiasmo”, disse Jacobson.
A produtora garante que o guião está bem avançado e que já escolheram locais de rodagem. O casting ainda não foi anunciado, mas tudo indica que a escolha do jovem Haymitch será um dos anúncios mais aguardados dos próximos meses.
Por que continua The Hunger Games a cativar gerações?
Nina Jacobson não tem dúvidas: o segredo está na profundidade dos temas e das personagens. A saga nunca foi tratada como uma típica história juvenil. Há camadas de análise política, comentários sociais e traumas íntimos que ressoam fortemente com o público.
Desde o momento icónico em que Katniss se oferece como tributo, que o franchise sublinha a complexidade das escolhas humanas num mundo distorcido. “Suzanne Collins escreve a partir do tema e da personagem. Há sempre algo para debater quando se sai do cinema. Nunca simplificámos a história, nunca a tornámos fácil — e o público respeita isso”, afirma Jacobson.
A nova prequela Sunrise on the Reaping promete aprofundar ainda mais essas questões. O passado de Haymitch — um jovem lançado numa arena de morte 24 anos antes dos eventos do primeiro livro — permitirá explorar a evolução dos Jogos e o efeito destrutivo que têm sobre os seus vencedores. É uma oportunidade para ver como o sistema corrompe até os mais nobres e como a sobrevivência exige compromissos que nem sempre deixam espaço para a inocência.
O que esperar de Sunrise on the Reaping no cinema?
Com estreia marcada para novembro de 2026, o filme contará, mais uma vez, com a realização de Francis Lawrence e produção de Nina Jacobson. Embora os detalhes ainda estejam sob embargo, a expectativa é que o tom seja igualmente maduro e provocador. A Lionsgate quer manter a qualidade cinematográfica da saga e garantir que este novo capítulo esteja à altura do seu legado.
Enquanto isso, os fãs já se estão a reunir para debater teorias, especular sobre o elenco e revisitar os filmes anteriores. O entusiasmo continua vivo — prova de que The Hunger Games permanece relevante, numa era em que o entretenimento se consome mais depressa do que nunca.
E sim: “Que a sorte esteja sempre a vosso favor”… porque Panem está de regresso.
No comment yet, add your voice below!